CURSO DE AGRONOMIA
Professor:
Ms. Danilo Cesar de Oliveira Bastos
MANEJO E CONSERVAÇÃO DE
ÁGUA E SOLO
Dimensionamento de Terraços
VILHENA-RO/2008
CÁLCULO DE UM SISTEMA DE TERRAÇOS
450 m
Ss
200 m
Si
1 - Cálculo da declividade
200 m ------ 30 m
100 m ------ x m D = 15 %
2 - Tipo do terraço
2
3 - Cálculo do espaçamento vertical do terraço
D
EV = + 2 .0,3
E
3
4. Cálculo do espaçamento horizontal do terraço
EV ----- EH
D ------ 100 ..
EV .100
EH =
D
Onde: EH = Espaçamento horizontal do terraço (m).
N = DV ou N=C
EV EH
Onde:
C= comprimento da pendente,
EV = Espaçamento vertical,
DV = desnível vertical total da área, e
EH = Espaçamento horizontal.
N = 30/1,88 = 15,95 = 16 - 1 = 15 terraços ( - 1 terraço porque o último não é
marcado.) ou
Q=ICA (m3/s)
360
onde:
A = Área de tributação para cada terraço (ha); extensão do terraço que ocorre
enxurrada para o canal do terraço,
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6.1 ÁREA DE CADA TERRAÇO
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TEMPO DE CONCENTRAÇÃO (TC )- É o tempo gasto para que uma fração do
escoamento percorra á área do ponto mais remoto ao ponto de descarga ou exutório
da bacia, no sentido de maior comprimento.
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Igualando-se este valor a duração de chuva para o período de retorno desejado,
na tabela 5 abaixo temos a intensidade máxima de chuva, para todo Nordeste.
30 min 41 mm
37,58 min I
60 min 60 mm , assim:
37,58 – 30 I – 41
60-30 60 - 41 ∴ 30 I-1230 = 144,02 ∴I = 45,80 mm/h.
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7. Cálculo do canal escoadouro vegetado
Seção superior: Ss
Seção transversal do canal escoadouro: trapezoidal com cobertura média de capim.
Assim:
B
h ↓
e
↑ ↑
b z = e/h
TALUDES
Sugestão de Taludes (z)
Natureza do material do canal z
Rocha 0,2
Rocha intemperizada 0,5 - 1
Solo (argila,silte e areia) 1,5
Solo arenoso 1,5
Argila compactada 1,5
Areia fina 3,0
Fonte: Simons & Senturk (1992)
b
A seguinte relação pode ser usada: = 4− z,
h
Q = V.A
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Velocidades máximas de escoamento em função da textura do solo e da
cobertura vegetal do canal, para canais aluviais.
Textura velocidade máxima em m/s
(perceba na tabela que o aumento no teor de argila, portanto maior coesão, confere
uma maior resistência à erosão, apesar da infiltração ser maior nos solos arenosos.)
b
= 4− z, então: b/h = 4-1,5=2,5 → b = 2,5 h
h
b = 2,5 h
A 0,4734
h= = = 0,3440 m
4 4
b = 2,5.0,3440 = 0,86 m
B = b + 2zh = 0,86 +2.1,5.0,3440 = 1,89 m
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8 - Altura de corte e Largura total de cada terraço
Obs: essas dimensões só podem ser calculadas no fim do projeto, pois são necessárias
as dimensões da menor altura do canal de terraço e da base maior (B).
Altura de corte (C ):
C ={h + (D x B) }/2
Altura de corte:
EQUAÇÃO DE MANNING
V = Rh2/3 x D1/2
n
Onde:
V = Velocidade média de escoamento (m/s)
D = Declividade do canal (m/m)
R = Raio hidráulico (relação entre a área da seção do canal e o perímetro molhado -
m)
n = Coeficiente de rugosidade que varia entre 0,04 e 0,08 para o caso de canais de
terra vegetado.
8,8 Rh 2g
V per = log [ ( ρ s − ρ ) d ] (m / s )
d 0,44n
sendo:
Rh = raio hidráulico,
d = diâmetro característico das partículas do solo,
g = aceleração da gravidade,
ρs = densidade de partícula = 2,65
ρ = densidade da água = 1,0 e
d
n = 1+ ,
0,00005 + 0,3d
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Para solos argilosos (canais em solos argilosos)
8,8 Rh
V per = log
2 gm
2,6γ n
[ ]
( ρ s − ρ ) d + 1,25C f K (m / s )
d
Rh = raio hidráulico,
d = diâmetro característico das partículas do solo,
g = aceleração da gravidade,
γ = peso específico da água em (T/m3) = 1 T/m3,
m = coeficiente de friabilidade, para solo recém preparado = 1,
ρs = densidade de partícula = 2,65
ρ = densidade da água = 1,0
K = Fator de homogeneidade da argila:
ασ
K = 1−
C
α = probabilidade de resistência mínima = 3,0,
σ = desvio padrão,
d
n = 1+ ,
0,00005 + 0,3d
Cf = coesão de falha = 0,035C
C = coesão média.
Textura Coesão
Franco arenosa 1,5 - 2
Argilosa 2,5 – 3,5
Considerar σ = desvio padrão = 0,52
Rh = A/P = Si /P
P = b + 2h 1 + z 2 = 0,86 + 2.0,344 1 + 1,5 = 2,104m
2
A 0,4734 m 2
⇒ Rh = = = 0,2258m
P 2,104m
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2 2 1
R 3 .S 1 2 0,2258 3.0,15 2
aplicando: V = h = = 2,393m / s
n 0,06
Essa velocidade máxima permitida, por Manning, para solo arenoso com
cobertura média de capim é de 1,5 m/s (consultar a tabela anterior), portanto esta
velocidade tem de ser reduzida para que o canal escoadouro não sofra erosão.
8,8 Rh 2g
V per = log [ ( ρ s − ρ ) d ] (m / s )
d 0,44n
d= 2,8x10-4m
d 2,8 x10− 4 2,8 x10− 4
n = 1+ = 1+ = 1 + = 3,09
0,00005 + 0,3d 5 x10− 5 + 0,3.2,8 x10− 4 1,52 x10− 4
ρs = 2,65
ρ = 1,0
8,8.0,2258 2.9,81
V per = log −4
[ ]
( 2,65 − 1) 2,8 x10− 4 = log(7096,57). 6,666 x10− 3 = 0,3144m / s
2,8 x10 0,44.3,09
Para este caso, como a velocidade por Manning passou do limite, e por
Mirtskhulava ficou abaixo, pode-se julgar que por Mirtskhulava como sendo
adequada essa velocidade e as dimensões do canal escoadouro. No entanto em nível
de exercício, vamos calcular os estabilizadores.
→ Alternativas para diminuir a velocidade do canal escoadouro:
1 - Diminuir o raio hidráulico (R), aumentando o perímetro molhado (Pm), pelo
alargamento do canal.
2 - Diminuir a velocidade através da construção do canal transversalmente ao terreno,
o que aumenta os custos de construção e prejudica o trânsito de maquinas.
3 - Construir estabilizadores - São obstáculos constituídos de pequenas barragens de
madeira, alvenaria, pedras soltas ou rejuntadas.
E = . H .x 100
Do - Dc
Onde:
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V 2n2 1,520,062 2,25.0,0036
Dc = = = = 0,0589 *100 = 5,89%
Rh 3 Rh 0,22583 0,2258 0,2258.0,6089
Então :
Projetar o canal escoadouro com a base menor (b) = 3,0 m na seção inferior ( Si), por
exemplo.
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