A primeira escola catlica de Servio Social Foi fundada em 1929 e obedeceu aos interesses da Igreja, tendo em vista que

a mesma queria criar um centro ortodoxo para formar os agentes sociais adequados s mudanas sofridas pela sociedade, que respondesse, portanto, aos estmulos que a luta de casse impunha. A Igreja se via impelida a situar-se no interior da questo social emergente com a modernizao capitalista. Tratava-se de voltar os olhos para as consequncias da mercantilizao do trabalho. A criao da Escola Elvira Matte de Cruchaga obedeceu a uma dupla racionalidade: de um lado tinha que responder as demandas da Questo Social Igreja e sua intelectualidade e de outro, tinha que exercer o papel de promotora internacional do Servio Social catlico, j que a Igreja conferiu ao Servio Social uma base, estimulando o surgimento de outras escolas que tinham essa mesma perspectiva. O surgimento dessa escola catlica surgiu com o objetivo de complementar a ao da escola de Del Rio. Porm existem diferenas importantes nessa relao. A escola de Del Rio partiu de motivaes especificas, inseridas nos interesses da profisso mdica, onde a prtica do assistente social era delimitada. J a escola Elvira Matte de Cruchaga, desde o primeiro momento, fixou-se no amplo espao da questo social. Na primeira escola catlica de Servio Social era importante observar que tinha que se ter o dom da vocao e um componente de entrega por cuidar do corpo e da alma humana . Mas este componente vai se reformulando, tendo em vista que a pratica necessitava de uma aproximao terica com a cincia e com a tcnica. Desde a sua fundaoa Escola Elvira Matte de Cruchaga est em constante conexo com a Ao Catlica e representou no s uma possibilidade diversificada de ao profissional , mas tambm um centro de educao que se definiu a partir do Servio Social catlico. Existe um ponto fundamental na relao entre a Escola que Del Rio criou, a primeira escola de Servio Social, e a escola Elvira Matte de Cruchaga, primeira escola de Servio Social catlica: as duas se colocavam como instrumentos funcionais defesa, ao resguardo e reforma do regime de classes vigentes.