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Os Vendedores de Sonhos
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- Queremos apresentar-nos ao rei e à rainha!
- Quem sois? – Retorquiu a Dama do Lago.
- Somos vendedores de sonhos.
A Dama, segurando uma linda flor mágica,
afastou as brumas. Então, flutuámos até à porta do
palácio.
Encontrámos um par gracioso transformado em
pedra!
Estupefactos, abrimos o nosso baú dos sonhos.
Retirámos as nossas vestes e transformámo-nos em
crianças.
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Dançámos e cantámos à sua volta durante toda
a noite, até que o primeiro raio de sol nos iluminou e,
com a sua magia, mostrou o par a sorrir!
O sol raiou e assim se quebrou o feitiço…
… E o rei e a rainha voltaram a ser felizes!
Adelaide Soares
Ana Brito
Alzira Figueira
Manuel Soares
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O Viúvo, A Fada e A Lua
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Texto de:
David Machado
Cristina Velhinho Alves
Conceição Alves
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As Flores da Paz
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O soldado inimigo, pequeno em hierarquia e leve
nos anos, bendizia estar vivo e poder voltar para a sua
casa. As pernas tremiam e sangrava abundantemente.
Quebrou e levou os joelhos ao chão.
Aturdido ainda, o velho cavaleiro ouviu o gemido
e fixou o olhar naquele soldado.
Num primeiro impacto, sob impulso de guerra,
avançou de espada em riste. Mas ao erguer a arma, o
seu olhar cruzou com o do pobre soldado. No coração
do velho guerreiro, vibrou uma chama. Naquele cenário
de guerra, a vida resumia-se aos dois, duas gerações,
como pai e filho que se encontravam, e a guerra
desvaneceu-se. O pobre está moribundo, pensou.
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Nesse instante, o cavaleiro ouviu o seu fiel
cavalo, também ele um sobrevivente, mais uma vez a
vir em socorro do seu velho companheiro.
Apesar das suas magras forças, o velho cavaleiro
conseguiu içar o jovem solado para a garupa do cavalo
que, em ajuda, se ajoelhou. Tapou-o com a sua capa
rasgada e levou-o para junto da igreja em ruínas.
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Nesse momento, um cheiro de flores invadiu todo
o campo de batalha. A vida tinha outro sentido e
vencera na adversidade. Uma chuva de pétalas caiu
sobre os dois homens, curando-lhes as feridas no
jovem soldado e a cicatriz no coração do velho
guerreiro.
Todos os anos, florescem os campos em volta do
carvalho e no caminho da velha igreja, como lembrança
da paz que se ouve construir e que começa nos
corações.
Paula Janeiro
Maria José Palma
Leonor Basílio
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O Cego, O Surdo e O Diabo
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Por fim, o negócio já pouco os importava. Agora,
e ainda com sangue quente, gostavam de relembrar as
façanhas já vividas e de lançar uns piropos e algumas
flores que tinham à porta das lojas, às raparigas que
passavam…
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A Menina Mimada, a Santa e O Diabo
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Pediu o que sempre quis mas, ao invés do que
ela esperava, de dentro da flor mágica saiu-lhe um
diabinho.
Estupefacta, exclamou:
- Ah! Como poderá ser?! O que fazes aqui?!
- Não foste tu que me chamaste? – Respondeu
ele.
- Não! Na verdade, eu chamava aquela santa que
a minha mãe sempre adorou.
- Que hei-de agora fazer contigo? – Perguntou o
diabinho, confuso.
E triste, respondeu:
-Fica comigo pois, apesar do meu nome, sou o
mais fiel dos amigos que alguma vez tiveste! Profere as
palavras mágicas e verás o teu desejo realizado!
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E começou a cantar:
Diabo, Diabinha,
Abre a caixinha,
E de lá sairá a santinha!
Vitória, Vitória,
Acabou-se a história!
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Catarina Palma
Filomena Machado
Eglantina Janeiro
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