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Ponto de partida: o sujeito pensante pensa em ideias, nomeadamente na ideia de perfeio (ideia inata, clara e distinta) Pela luz natural (razo) Descartes apercebe-se de que: 1) Qualquer efeito (realidade) tem uma causa, 2) No pode haver mais realidade (perfeio) no efeito do que na causa (Princpio de Adequao Causal) O efeito, ideia de perfeio, exige: 1) causa, 2) causa igualmente perfeita. Baseando-se na concepo escolstica de ideia, Descartes afirma que qualquer ideia tem uma dupla realidade: 1) realidade formal, modos do meu eu - so todas semelhantes e 2) realidade objectiva, representam contedos distintos. Consequentemente as ideias do ponto de vista da sua realidade objectiva exigem causas distintas. Se a causa da realidade formal da ideia de perfeio o sujeito pensante (algo pensado por ele), o mesmo j no se pode dizer da sua realidade objectiva. Qual a causa da realidade objectiva da ideia de perfeio (ser omnipotente, omnisciente, eterno, veraz, infinito )? O critrio de deciso entre as vrias causas possveis reside na aplicao do Princpio de Adequao Causal (no pode haver mais perfeio no efeito do que na causa). Existncia de vrias hipteses de causa: 1) NADA, - ora do nada (imperfeio) nada pode provir hiptese rejeitada; 2) EU PENSANTE - este um ser que duvida, imperfeito. Seria absurdo que o efeito a ideia de perfeio ou perfeito tivesse mais realidade e perfeio do que a causa o sujeito pensante hiptese rejeitada; 3) SER PERFEITO - de um ser que possua todas as propriedades contidas na realidade objectiva da ideia de perfeio, tais como a omnipotncia, a omniscincia, a eternidade, e a veracidade - hiptese correcta. S um ser perfeito pode ser causa da ideia de perfeio. Esse ser perfeito Deus. Logo, Deus tem de existir.
OBJECES:
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considerar provado o que se pretende provar. Descartes num primeiro momento prova a existncia de Deus (Ser Perfeito) a partir da ideia clara e distinta (evidente) de perfeio e, num segundo momento, prova que as ideias claras e distintas (evidentes) so necessariamente verdadeiras (certas) porque existe um Ser Perfeito, no enganador, que as depositou na razo do sujeito pensante.