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A INFORMÁTICA EDUCATIVA NA AVALIAÇÃO DA COMPREENSÃO DA

LEITURA DO ALUNO SURDO

Sheila Fortes Kimura

Resumo

O presente trabalho vem avaliar o auxílio da informática na compreensão de um teste


de leitura para alunos surdos. Este estudo se justifica pela escassez de informações existentes
a respeito deste processo e pela necessidade de contribuir para as pesquisas que buscam o
aprimoramento da utilização do computador como uma ferramenta didático-pedagógica para
aquisição da leitura em alunos surdos. O instrumento utilizado foi o Protocolo para Avaliação
da Compreensão de Leitura em Crianças Deficientes Auditivas de Garolla e Chiari (2001). A
amostra constituiu-se de 25 alunos da 4ª a 6ª série do Ensino Fundamental, de uma escola
especial somente para alunos surdos. Através desta pesquisa foi possível verificar a
importância da utilização do computador para educação do aluno surdo, uma vez que
obtiveram melhores resultados se comprados com os resultados do mesmo protocolo na sua
forma impressa.

Palavras-Chave: surdez, leitura, informática educativa, avaliação.

Abstract

This academic work evaluates the aid of computers in the deaf students understanding
of reading. This study is justified through few available information about this process and the
necessity of contribute to improve the researches about the use of computers as a didactic-
pedagogical tool in reading development of deaf students. It was used the Evaluation Protocol
for Understanding of Reading in Deaf Children of Garolla and Chiari (2001). The sample
consisted in 25 students from 4ª to 6ª degree of brazilian basic education, on a special school
only for deaf students. Through this research it was possible to verify the importance of
computers on deaf students education.

Keywords: deafness, reading, educational computing, evaluation.

Introdução

Por muito tempo diferentes visões sobre a pessoa surda foram construídas, inclusive a
mais utilizada que é a abordagem clínica da surdez. Com isso, a criança surda era considerada
uma criança doente, por considerar-se a surdez como patologia, e assim prejudicando o
convívio social no ambiente em que estava inserida. Mesmo com a mudança de percepção e o
desenvolvimento de uma cultura surda ainda é e sempre será essencial a aquisição da
linguagem e conseqüentemente da leitura e da escrita para uma melhor comunicação.
Em estudo realizado por GUARINELLO e QUINTILIANO (2001 apud BIAZÚZ,
2004a), ao aplicar um questionário em 23 alunos surdos, foi observado que os próprios surdos
afirmam que eles deveriam aprender a ler e escrever para melhorar a sua comunicação.
De acordo com RODRIGUES e ANTUNES (2003a), é justamente na escolarização
dos surdos que se apresentam alguns obstáculos, e um destes obstáculos as autoras
consideram que seja o processo de alfabetização de crianças surdas. Elas ainda afirmam que
com o reconhecimento da LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais) é um dos caminhos
necessários para um efetivo trabalho pedagógico de alfabetização dos alunos surdos, por
resultar em um aprendizado mais significativo para estes alunos, uma vez que está respeitando
sua linguagem própria que é a Língua de Sinais-LS.
Ainda segundo as autoras RODRIGUES e ANTUNES (2003b):

“Investigar o processo de alfabetização de crianças surdas torna-se relevante na


medida em que esta etapa de escolarização incorpora neste indivíduo uma série de novas relações e
habilidades, como é o caso da aquisição da palavra escrita e da leitura que é oportunizada por meio do
contato deste indivíduo com o mundo das letras. Além disso, esta etapa da aprendizagem é um
momento de inicialização de caminhos a serem percorridos pela criança e que refletirão em sua vida
pessoal, social, psicológica e educacional”.

Para o aluno surdo, as experiências demonstram a importância do estímulo visual para


a comunicação e a informática fornece instrumentos poderosos que facilitam a autocorreção
na construção e ou reconstrução de textos, permitindo ainda o desenvolvimento da autonomia
do aluno em situação altamente promovedora de sua criatividade. (PINTO, 1998).
O computador está sendo foco de muito estudo na área educacional, como uma
ferramenta didático-pedagógica para auxílio no ensino e na aprendizagem escolar. Existem
muitos cursos e pesquisas nessa área atualmente, mas esta ferramenta necessita de um bom
planejamento para que o objetivo, que é o desenvolvimento cognitivo do aluno, seja atingido.
Por isso desenvolver um projeto para avaliação de um protocolo de avaliação de compreensão
de leitura utilizando o computador como mediador desse processo, tornando-se uma resposta
interessante ao processo de alfabetização da Língua Portuguesa por alunos surdos.
Uma vez que os surdos possuem sua percepção visual mais estimulada e desenvolvida,
se comparados de um modo geral com os ouvintes, é importante salientar a questão da
usabilidade dos softwares utilizados nos projetos educativos para trabalhar a sua alfabetização
no laboratório de informática. Para LÉVY (2000), a interface contribui para definir o modo de
captura da informação oferecido aos atores da comunicação. Ela abre, fecha e orienta aos
domínios de significação, de utilização possível de uma mídia.
GAROLLA e CHIARI (2001 apud Biazús, 2004a) elaboraram e desenvolveram o
Protocolo para Avaliação da Compreensão de Leitura em Crianças Deficientes Auditivas
estimuladas nas inúmeras pesquisas e leituras existentes utilizando o SDRT (Stanford
Diagnostic Reading Test) como instrumento principal de sua avaliação, visando estabelecer os
níveis de maior dificuldade encontrada pelo leitor surdo na compreensão do texto.
Este protocolo trata-se de um teste com diversas atividades de compreensão de leitura
da Língua Portuguesa com múltipla escolha, sendo seu objetivo avaliar no aluno surdo a
compreensão do sentido global de textos e ler os mesmos de forma independente, cuja forma
e conteúdo são familiares.O início da informática educativa nas escolas proporcionou aos
alunos, tanto surdos quanto ouvintes, uma ferramenta didático-pedagógica de auxílio na
educação, utilizando softwares específicos para a aprendizagem, a Internet e o conhecimento
de informática.
Partindo desta intenção de avaliação do trabalho das autoras citadas acima, este estudo
propõem a verificação da melhora da compreensão da leitura realizando a avaliação por meio
do uso do computador para aplicação do teste.

Surdez e Língua de Sinais

Segundo SACKS (1998a), o termo “surdo” é muito abrangente, nos impedindo de


levar em conta o grau de surdez imensamente variado, graus estes que acabam por ter uma
importância qualitativa e mesmo “existencial”. Existem aqueles que possuem uma dificuldade
para ouvir, pessoas que conseguem ouvir partes do que é dito com o auxílio de aparelhos
auditivos, como por exemplo: pais e avós que muitos de nós possuímos que utilizam
aparelhos e escutam parcialmente ou até normalmente. Há também os “seriamente” surdos,
muitos vítimas de doenças ou danos nos ouvidos ocorridos na infância ou juventude. Estes
também conseguem ouvir a partir do uso de aparelhos auditivos, em especial com os novos e
cada vez mais sofisticados. E existem também os “profundamente surdos” - chamados
também de “totalmente surdos” – que não possuem nenhuma esperança de ouvir. Essas
pessoas não conseguem comunicar-se de maneira usual, precisando ler os lábios, utilizar a
língua de sinais ou ambos.
Mas, não é apenas o grau de surdez que importa, mas sim a idade ou estágio em que
ocorre. O autor citado anteriormente, Wright (1969 apud SACKS, 1998b), perdeu a audição
somente após ter aprendido a língua, assim ele não poderia imaginar como seria ter nascido
surdo. Ele discorre em sua obra sobre “vozes fantasmagóricas” que ele ouve quando alguém
lhe fala, mas ele precisa ver o movimento dos lábios e do rosto da pessoa. Conta que “escuta”
o barulho do vento batendo nas árvores sempre que as vê sendo agitadas pelo ar. Embora ele
saiba que os sons que ele “ouve” são “ilusórios” – projeções do hábito e da memória –, eles
permanecem vívidos para ele ao longo de décadas de surdez.
Sabemos que a aquisição da linguagem ajuda a criança a desenvolver seus conceitos
sobre o mundo e está interligada ao desenvolvimento das capacidades mentais. Além disto, a
educação depende das inter-relações sociais, culturais e emocionais da criança surda.
Segundo SACKS (1998c), a mais profunda das questões quando refletimos sobre o
que aguarda ou o que pode aguardar aqueles que nascem ou tornam-se surdos muito cedo é a
relação da linguagem com o pensamento. Assim o autor cita Wright, um escritor do século
XVIII mais fácil de ler do que os grandes escritores surdos dessa época, indica que a primeira
obra do mesmo seja lida primeiramente, facilitando a leitura dos outros autores, pois prepara o
leitor. No final dessa obra WRIGTH escreve:

“Não há muitas coisas escritas por surdos sobre a surdez. Mesmo assim, considerando
que só fiquei surdo depois de ter aprendido a língua, não estou em melhor posição do que uma pessoa
ouvinte para imaginar como seria nascer no silêncio e chegar a idade da razão sem adquirir um veículo
de pensamento e comunicação. Só o tentar já mostra a eloqüência da extraordinária abertura do
Evangelho de São João: No princípio era o Verbo. Como é que se formulam conceitos nessas
condições?” (WRIGHT 1969 apud SACKS, 1998d).

Segundo GOLDEFELD (2002a), os conceitos de linguagem, língua, fala e signo


lingüístico foram primeiramente sistematizados por Sausurre, em 1916. Ele é considerado o
pai da lingüística, pois foi com base em sua sistematização dos estudos lingüísticos que a
lingüística passou a ser considerada como ciência.
De acordo com SAUSURRE (1991 citado por GOLDFELD, 2002b), a linguagem é
formada pela língua e fala. A língua é tida como um sistema de regras abstratas compostas por
elementos significativos inter-relacionados. Ela é o aspecto social da linguagem, já que é
compartilhada por todos os falantes de uma comunidade lingüística. Já a fala, ainda na visão
de Sausurre, é o aspecto individual da linguagem, são características pessoais que os falantes
imprimem na sua linguagem.
GOLDEFELD (2002c), ainda difere o conceito de Sausurre para a noção de linguagem
e fala para Vygotsky, pois para este, uma importante noção é o fato de perceber a linguagem
não apenas como uma forma de comunicação, mas também como função reguladora do
pensamento. O termo linguagem tem um sentindo amplo, é tudo que envolve significação e
não se restringe apenas a uma forma de comunicação. O conceito de fala se refere à
linguagem em ação, à produção lingüística do falante no discurso. Vygotsky divide a fala em
três tipos: social, egocêntrica e interior. A fala, para o autor não se refere ao ato motor de
articulação dos fonemas e sim à produção do falante que deve ser sempre analisada em
relação de interação, no diálogo. É a linguagem que constitui o pensamento do indivíduo. Por
isso, a linguagem está sempre presente no sujeito, mesmo nos momentos em que ele não está
se comunicando com outras pessoas.
Segundo ALMEIDA (2000a), a LIBRAS (Língua de Sinais Brasileira), como as
línguas de sinais de outros países, apresenta organização, estrutura formal e gramatical
próprias. A língua de sinais é um sistema de representação que se baseia em um número
determinado de elementos, que são parâmetros formacionais (configuração das mãos, local de
articulação, movimento das mãos, dedos, pulsos, braços) regidos por regras que estabelecem o
modo como esses elementos serão combinados para expressar diferentes significados. Em
relação ao aspecto gramatical, a LIBRAS possui uma organização própria dos itens lexicais, e
os parâmetros que compõem os sinais, como configuração das mãos e seus movimentos e sua
localização em relação ao corpo do sujeito podem ser combinados de diversas maneiras a fim
de expressar diferentes significados.
A LIBRAS foi e ainda é desenvolvida e utilizada por comunidades de surdos no
Brasil. Assim, o português pode ser aprendido, mas é considerado pelos defensores do
bilingüismo como uma segunda língua. Ela não possui sinais para artigos, para maior parte
das preposições e das conjunções do português, uma vez que o significado expresso por tais
elementos está contido nos próprio sinal.
De acordo com KLIMA E BELLUGI (1979 citado por ALMEIDA, 2000b), a língua
de sinais apresenta uma característica formal e icônica. Por formal, pois existem regras que
regem a formação dos sinais, bem como a sintaxe que é a própria característica, com flexões
que são expressas através da expressão corporo-facial. Por icônica, entende-se uma relação
básica direta entre o sinal e o objeto representado, que se dá quando o sinal é criado. Com o
tempo o sinal vai se modificando, perdendo muito de sua transparência original, até
abandonar esta característica icônica inicial para tornar-se símbolo.
Ainda conforme ALMEIDA (2000c), se a língua de sinais fosse apenas icônica,
ouvintes normais a entenderiam sem problemas, o que não corresponde à realidade. Essa
língua apresenta-se por meio de associação de sinais que remetem a imagens ou ícones, e por
símbolos arbitrários designados por elementos da natureza.
Língua de sinais e língua oral têm semelhanças e diferenças do ponto de vista
operacional, mas a comunicação em língua de sinais é tão eficaz quanto a oral. Os dois tipos
apresentam uma estrutura hierárquica dos elementos que participam dos processos de
codificação e decodificação. Nas duas, o tratamento das mensagens exige uma análise
interativa tanto quanto paralela.
Os usuários de LIBRAS possuem um alfabeto digital, que se baseia nas letras do
alfabeto comum do nosso português, permitindo assim a soletração e a tradução para o
português ou qualquer outra língua alfabética.
Educação de alunos Surdos

Sobre a educação de surdos no Brasil, têm-se relatos de que em 1855 chegou ao país
um professor francês surdo chamado Hernest Huet. Foi trazido pelo imperador D. Pedro II
para iniciar o trabalho de educação de duas crianças surdas.
Em 1857 foi fundado o Instituto Nacional de Surdos – Mudos, atual Instituto Nacional
de Educação dos Surdos (INES), que utilizava a língua de sinais. Em 1911, o INES, seguindo
a tendência mundial, estabeleceu o oralismo puro em todas as disciplinas. Mesmo assim, a
língua de sinais sobreviveu em sala de aula até 1957, quando a então diretora chamada Ana
Rímola de Faria Doria, com assessoria da professora Alpia Couto, proibiu a língua de sinais
oficialmente em sala de aula.
No final da década de 1970 chega ao Brasil, através da visita de uma educadora de
surdos chamada Ivete Vasconcelos da Universidade Gallaudet, a comunicação Total. Na
década seguinte inicia o bilingüismo.
Atualmente, essas três abordagens convivem no Brasil, e pode-se dizer que todas têm
relevância no trabalho com surdos. As diferentes abordagens causam conflitos entre os
profissionais que as seguem, mas no Brasil, assim como na maioria dos países que convivem
com essas diferentes visões não existe uma verdade única, todas as abordagens devem ter
espaço para serem estudadas seriamente.
Os discursos atuais, como a Declaração de Salamanca, evidenciam uma urgência ao
incluir qualquer aluno, independentemente de sua singularidade, na escola regular. Segundo
SILVA (2001a), o que fica no esquecimento é o que diz o artigo 19 da declaração: “Políticas
educacionais deveriam levar em total consideração as diferenças e as situações individuais. A
importância da linguagem de sinais como meio de comunicação entre os surdos, por exemplo,
deveria ser reconhecida”.
Além disso, é importante que os órgãos governamentais, pais, profissionais e pessoas
ligadas ao assunto se dêem por conta que a inclusão social é uma atitude. É preciso, também
que se entenda que os alunos necessitam de atendimento especializado. Na Lei de Diretrizes e
Bases da Educação (LDB – Lei n° 9.394/1996), em seu artigo 58, Capitulo V, define a
educação Especial “como modalidade escolar para educandos portadores de necessidades
especiais na rede regular de ensino. (...) Estabelece também que os sistemas de ensino deverão
assegurar, entre outras coisas, professores especializados ou devidamente capacitados para
atuar com qualquer ‘pessoa especial’ em sala de aula. Admite também que, nos casos em que
necessidades especiais do aluno impeçam que se desenvolva satisfatoriamente nas classes
existentes, este teria o direito de ser educado em classe ou serviço especializado”.
Assim sendo, precisa-se levar em consideração que a inclusão tão falada ultimamente
necessita de uma análise antecipada dos casos em que se procura atuar em classes regulares.
Os surdos, por exemplo, possuem a mesma forma de aquisição da linguagem, mas com
modalidade diferente dos alunos ouvintes e muitos não são oralizados, somente possuem a
LIBRAS como comunicação, como língua oficial e a alfabetização da Língua Portuguesa
como segunda língua.
Ainda de acordo com SILVA (2001b):

(...) “a inclusão do aluno surdo não deve ser norteada pela igualdade em relação ao
aluno ouvinte e sim por suas diferenças sócio-histórico-culturais, às quais o ensino se sustente em
fundamentos lingüísticos, pedagógicos, políticos, históricos, implícitos nas novas definições e
representações sobre a surdez. (...) Portanto, que se tenha um currículo em LIBRAS e uma pedagogia
centrada no ensino da escrita, no caso dos surdos brasileiros, o português”.

A alfabetização ocupa-se de proporcionar ao indivíduo a capacidade de comunicar-se


pela palavra escrita com o outro indivíduo, independente do tempo e do espaço.
De acordo com GÓES (1996):

“... aprender uma língua implica considerar um certo modo de significar o mundo
através da linguagem e, portanto, uma disponibilidade para perceber peculiaridades culturais”.

Porém é importante salientar o fato de que toda a criança possui um esquema de


assimilação que evolui de acordo com a etapa de desenvolvimento em que se encontra. E,
também que a aquisição da língua escrita é uma dificuldade encontrada pelos surdos, pois esta
será sua segunda língua.
Segundo SILVA (2001c), a surdez é o motivo de retardo da linguagem ou da
perturbação que ela provoca no desenvolvimento geral, indiretamente, pois, “acreditar que o
surdo não desenvolva o pensamento abstrato (ou que o mesmo seja pobre) é acreditar que o
pensamento chinês, pelo fato de ter inventado categorias lingüísticas como o yin e o yang, não
seja capaz de assimilar conceitos da dialética materialista”.
Pode-se dizer que estas dificuldades dos surdos acontecem, pelo fato de línguas orais
serem as únicas utilizadas pela maioria das comunidades, não havendo para o surdo a
possibilidade de adquiri-la espontaneamente. A surdez, por si só, não poderia ser obstáculo
para o desenvolvimento intelectual da criança surda, a mudez e a falta de linguagem é que se
tornam o problema. A educação tem por tarefas trabalhar essas questões.
Assim como diz que é necessário enfatizar que as condições de aprendizagem da
leitura e da escrita no processo de escolarização do aluno surdo dependem, por via de regra,
do modo pelo qual são encaradas suas dificuldades e as diferenças ocorridas no processo
educacional pelas instituições. (...) suas dificuldades (dos surdos), em quaisquer disciplinas,
estão relacionadas às estruturas lingüísticas pouco desenvolvidas, repercutindo na sua
educação de um modo geral. SILVA (2001d).

Informática Educativa na Educação Especial

Conforme OLIVEIRA (1997a), a supervalorização da tecnologia Educacional em um


período da história da educação brasileira resultou na existência, entre muitos educadores, de
um sentimento de descrédito em relação ao uso de artefatos tecnológicos no processo de
ensino. Esta repulsa só pode ser compreendida e superada à medida que, além de
conhecermos sua origem, apontemos para uma nova compreensão da importância do uso da
Tecnologia Educacional no processo de ensino-aprendizagem.
A era da informática está reunindo as pessoas em um mundo onde há cada vez mais
possibilidades, permitindo novas formas de conhecer e pensar. Para os surdos, em especial, a
utilização desse recurso surge como uma alternativa de comunicação e de aprendizagem.
De acordo com FLEISCHMANN (2001a):

“A linguagem do computador facilita e amplia as possibilidades de comunicação


entre as pessoas, não estabelecendo apenas um código, um desenho para letras. Pretende uma
linguagem mais universal, que domine o entendimento de um maior número de crianças, em diferentes
tipos de sociedade, linguagens e culturas”.

Segundo OLIVEIRA (1997b), abordando a questão pedagógica da entrada do


computador na educação, afirma que, embora não tenhamos provas contundentes a respeito
do potencial deste instrumento pedagógico, acredita que o contato regrado e orientado da
criança no trabalho com o computador pode contribuir, positivamente, para acelerar seu
desenvolvimento cognitivo e intelectual, em especial no que concerne ao raciocínio lógico e
formal, à capacidade de pensar com rigor e de encontrar soluções para os problemas. Para ele,
não será apenas com o computador que se atingirão tais objetivos. No entanto, esta máquina
traz o elemento motivacional, tanto para os alunos quanto para os professores.
O mesmo afirma que:

“Quase toda forma de utilização do computador por parte da criança deverá surtir
algum benefício pedagógico. Algumas formas de utilização serão mais adequadas para o
desenvolvimento de certas habilidades, algumas formas se adaptarão melhor à consecução de outros
objetivos educacionais”.

Ainda neste aspecto, OLIVEIRA (1997c), diz que a entrada dos computadores na
educação, provavelmente, será propulsora de uma nova relação entre os professores e alunos,
uma vez que a chegada desta tecnologia sugere ao professor um novo estilo de
comportamento em sala de aula, talvez, independentemente da forma de utilização que ele
faça deste recurso no seu trabalho. À medida que os professores passem a utilizá-lo, não
encontrarão espaço as práticas que inibam o aluno de avançar na elaboração de estratégias
próprias de resolução de problemas, bem como na construção de atividades que sejam
expressões da imaginação rica e sem limite da criança ou do adolescente.
TAJRA (2000), fala sobre as duas modalidades também: a utilização do computador
para fins pedagógicos ou sociais. Para o primeiro fim, pedagógico, a escola utiliza o
computador como ferramenta independente da abordagem, para complementos e
sensibilizações disciplinares ou projetos educacionais. Para os fins sociais, a escola preocupa-
se em repassar para os alunos alguns conteúdos tecnológicos. Como já dito, esta divisão
assemelha-se muito a divisão feita por Valente. A autora sugere que a prática indicada é a
conciliação dos enfoques pedagógico e social; portanto, ao elaborar o plano de curso com a
utilização da informática, deverá ser previsto um momento em que sejam repassadas algumas
orientações tecnológicas básicas associadas às orientações pedagógicas.
A autora ainda fala que o uso da informática, de forma positiva dentro de um ambiente
educacional, irá variar de acordo com a proposta que está sendo utilizada em cada caso e com
a dedicação dos profissionais envolvidos. É importante que as pessoas incorporadas nesses
projetos estejam dispostas aos novos desafios. As situações positivas mais freqüentemente
encontradas são que os alunos ganham autonomia nos trabalhos, podendo desenvolver boa
parte das atividades sozinhos, de acordo com suas características pessoais, atendendo de
forma mais nítida ao aprendizado individualizado, assim como em função da gama de
ferramentas disponíveis nos softwares, os alunos, além de ficarem mais motivados, também
se tornam mais criativos.
De acordo com FRANCO (2004), o desafio do momento, na educação especial,
consiste, justamente, numa abordagem do tipo “divers-abiles” e na construção de um
ambiente educacional enriquecedor. Tal perspectiva supera a exclusão social tradicional, com
relação às pessoas com necessidades especiais, percebendo-as como pessoas capazes, ao
mesmo tempo em que enfatiza suas potencialidades, ao invés de suas limitações. Possibilitar
que as pessoas com necessidades educacionais especiais usufruam a multiplicidade de novas
oportunidades que as tecnologias de informação e comunicação oferecem atualmente –
passando a ter uma interação de maior e melhor qualidade com o mundo – é contribuir para
que ampliem sua participação social, como sujeitos com uma nova condição de cidadania.

Avaliação da compreensão da Leitura do Surdo

Avaliar a compreensão do aluno surdo é uma tarefa difícil, pois se trata de uma
questão que envolve o trabalho constante de pesquisadores e profissionais envolvidos na
alfabetização da Língua Portuguesa destas crianças e, também, pela falta de um instrumento
com este objetivo.
Segundo GAROLLA (2001a), nos Estados Unidos e no Canadá além de possuírem
este tipo de instrumento, utilizam-no amplamente incluindo-o em suas pesquisas. Ainda
segundo as autoras, partindo da necessidade de haver um instrumento eficiente na avaliação
das crianças surdas, centraram a aplicação do protocolo nos níveis iniciais da leitura com
relação às habilidades exigidas em Língua Portuguesa ao final do “Primeiro Ciclo” (1ª e 2ª
série do ensino fundamental), descritos nos Parâmetros Curriculares Nacionais.
Os principais objetivos visados pelas autoras do protocolo foram de comparar os
níveis de leitura alcançados pelos indivíduos surdos com os níveis alcançados pelos
estudantes não surdos, através dos escores obtidos em ambos grupos, assim como verificar em
que período escolar se daria a semelhança de respostas obtidas pelo grupo de surdos estudado,
em relação ao grupo de controle da sua pesquisa.
Conforme MEDEIROS (1983 apud BIAZÚS, 2004b), as vantagens das questões de
múltipla escolha são as seguintes: apresentam opções de resposta para exame crítico, não
precisando apoiar-se em memorização; solicitam a capacidade de análise e comparação das
possíveis respostas, estimulando uma atitude crítica; facilitam a identificação das deficiências
individuais, ao apresentarem nas opções os erros mais comuns, ajudam a apurar o número e
qual o erro cometido pelo participante; seu julgamento é rápido e objetivo; permite o exame
de resultados complexos como: compreensão de leitura, raciocínio dedutivo, raciocínio
indutivo e julgamento de valor.
Partindo deste protocolo já introduzindo em séries iniciais de alfabetização cabe agora
introduzi-lo através da ferramenta didático – pedagógica, o computador, e verificar se este
protocolo informatizado será de maior auxílio e valia para pesquisadores e profissionais
envolvidos na alfabetização dos alunos.

Experimento

O presente estudo se desenvolve na aplicação do protocolo de avaliação da leitura dos


alunos surdos em duas etapas, na primeira é aplicado o protocolo informatizado com os
alunos, na segunda etapa os alunos recebem o protocolo em versão impressa.
A população do estudo constitui-se de alunos de uma escola especial para surdos, de
ambos os sexos. A amostra soma 25 alunos de uma escola especial de Porto Alegre – RS,
estudantes da 4ª a 6ª série do Ensino Fundamental.
Utiliza-se, então, o Protocolo de Avaliação de Leitura em Crianças Deficientes
Auditivas de Garolla e Chiari de 2001. Para a elaboração do protocolo foram formuladas
questões que visam à avaliação das habilidades básicas necessárias para a compreensão de
leitura, separadamente divididas por categoria, aumentando-se o grau de dificuldade
gradualmente. O grau do teste é equivalente a segunda série do ensino fundamental.
O protocolo informatizado, sendo o principal instrumento de verificação do objetivo
principal desta pesquisa, é aplicado primeiro para que não houvesse um possível vício das
palavras que compõe o protocolo. O laboratório de informática da escola possui 4
computadores nos quais foi possível fazer a aplicação do teste, assim as turmas foram
divididas em grupos e chamadas conforme a ordem de série.
Não é estabelecido tempo para o término do teste. A instrução dada foi de que o teste
fosse completado até o final, com leitura e interpretação individual.
Após aplicar o protocolo informatizado, é aplicado o protocolo na sua forma original,
ou seja, impresso.
Para a comparação pretendida nesta pesquisa, a utilização do computador para
aplicação do teste, utilizou-se o Teste de médias. Este trabalho corresponde a um estudo
pareado, onde temos duas amostras, mas cada observação da primeira amostra é pareada com
uma observação da segunda amostra (aplicados dois tipos de teste na mesma criança). Tal
delineamento ocorre, por exemplo, num estudo de medidas feitas antes e depois no mesmo
indivíduo. Como esperado, as duas observações do mesmo indivíduo (ou de um conjunto de
gêmeos) são mais prováveis de serem similares e, portanto, não são considerados
estatisticamente independentes.

Discussão

Com os recursos da informática o educador poderá compreender melhor os processos


mentais, os conceitos e as estratégias que os alunos utilizam e, com isso, mediar e contribuir
mais efetivamente nesse processo de construção do conhecimento. (VALENTE, 1999 apud
FARIA, 2002a).
Segundo FARIA (2002b), afirma que com a utilização dos recursos tecnológicos é
facilitada a passagem do modelo mecanicista para uma educação sociointeracionista. Ainda
diz que é muito importante criar um ambiente de ensino e aprendizagem que instigue os
alunos, que proporcione à eles oportunidades para que pesquisem e participem da comunidade
com autonomia.
É importante, também, que os professores aprimorem seus conhecimentos
tecnológicos para que dominem a máquina, podendo então, criticamente avaliá-la e conhecê-
la para que possam saber as vantagens e desvantagens, os riscos e as possibilidades, para que
o computador possa ser uma ferramenta útil. (FARIA, 2000c).
O computador na educação tem causado uma revolução na concepção de ensino e
aprendizado, uma vez que eles podem ser utilizados para ensinar, existe uma quantidade de
programas educacionais e diferentes modalidades de uso do computador que mostram a
utilidade do computador na educação. As novas modalidades do uso do computador na escola
desenvolvem a concepção do uso desta tecnologia não como uma máquina para ensinar, mas
como uma mídia educacional. Ele passa a ser uma ferramenta de complementação, de
aperfeiçoamento e de mudança na qualidade de ensino. (VALENTE, 1991a).
Após a aplicação do protocolo impresso é possível comparar a dificuldade com que os
alunos realizaram as atividades. No protocolo impresso fica muito confuso para eles o
comando das atividades, mesmo realizando treinamento que antecedia os exercícios
juntamente com o mediador, treinamento este que, obviamente, não entra na contagem de
pontos.
No protocolo informatizado, este treinamento também é realizado e, também, não
participa da contagem de pontos, mas os alunos demonstravam já saber o que o comando
pretendia realizar.
Segundo FLEISCHMANN (2001b):

“... a criança não precisa dominar a língua escrita para trabalhar no computador, ela
precisa apenas reconhecer um símbolo que indicará o programa que irá utilizar”.

Mesmo não sendo necessário dominar a língua escrita para dominar a máquina é
essencial lembrarmos que o computador deve ser utilizado para apoio do desenvolvimento de
qualquer área, conhecimento, inteligência, saber. Enfim, que ele seja um facilitador para
qualquer objetivo de desenvolvimento dos alunos, assim como a compreensão de leitura e
escrita.
De acordo com WEISS (2001), o uso do computador só funciona efetivamente como
instrumento no processo de ensino – aprendizagem, se for inserido num contexto de
atividades que desafiem o grupo em seu crescimento. Espera-se que o aluno construa o
conhecimento: na relação consigo próprio, com o outro (professor e colegas) e com a
máquina.
Devido às dificuldades de memória, no encadeamento de ações ou informações, na
solução e compreensão de problemas, os deficientes cognitivos e de linguagem podem ser
beneficiados com a existência (...) de conteúdo em pequenos parágrafos, elementos que
facilitem sua orientação ou que mantenham um histórico das ações realizadas ou telas
visitadas (...), telas simples, organizadas de maneira consistente, padronizadas e com
seqüências óbvias de interação (DIAS, apud BARTH 2005a).
Neste estudo fica muito óbvia a diferença entre o protocolo informatizado e o
impresso, sendo que no computador cada atividade é apresentada ao aluno em uma tela por
vez, enquanto o impresso possui de 4 a 10 exercícios na mesma folha. Essa interface é
facilitadora no que diz respeito ao desenvolvimento da cognição.
A partir dos critérios de usabilidade citados por Dias anteriormente, a prototipação do
design das telas refere-se à qualidade de interação do usuário com as atividades, sendo que a
compreensão do mesmo ao aprender com facilidade os caminhos propostos.
De acordo com ROCHA e BARANAUSKAS (2003 apud BARTH 2005b), existem
critérios importantes em relação à avaliação de um protótipo, o mais visado no
desenvolvimento do protocolo informatizado é a facilidade no modo de operação, uma vez
que se dispõe ao usuário poucos estímulos visuais, com uma organização de interface padrão
a cada nível de atividade, e botões permanecem com as mesmas relações – imagem/função-
em todas as telas, assim ocorre mais um critério que é o reconhecimento ao invés de
relembrança, já que os ícones se mantêm padronizados ao inferirem às mesmas ações durante
toda a interação com as atividades. E outro critério essencial foi a estética e design
minimalista, para qual ocorrer foi utilizadas somente informações extremamente necessárias,
imagens claras, contendo simplesmente as informações iconográficas importantes à
comunicação. Fundo branco em todas as telas, sendo que na tela final a diferenciação de cor
para o reconhecimento do aluno quanto ao término das atividades.
De acordo com VALENTE (1991b), o uso do computador na educação com pessoas
que necessitam de algum tipo de atendimento especial vem tornando-se cada vez mais uma
realidade e se desenvolve graças ao avanço tecnológico e a criatividade dos profissionais que
trabalham na Educação Especial. O autor também salienta a importância de não ter o
computador como solução dos problemas da Educação Especial, pois cada caso deve ser
analisado, pensado e tratado individualmente.

Conclusão

Este estudo objetiva a verificação do auxílio do computador como ferramenta didático


– pedagógica na aplicação de um protocolo de avaliação da compreensão da leitura em
crianças surdas.
Na amostra pesquisada é possível perceber a diferença de reação dos alunos quanto a
forma do protocolo. No computador eles obtém maior autonomia para finalizar o teste, já no
impresso ele possuem uma dificuldade significativa para responder as questões objetivas com
múltipla escolha onde havia figuras. Conclui-se com esse fato que os alunos provavelmente
ficaram confusos com as figuras reunidas e de mesma forma e cor.
Para a implementação deste protocolo foi necessária a atenção em vários itens, sempre
respeitando critérios de usabilidade a partir do perfil dos usuários. Uma vez que segundo
BARTH (2005c):

“Essa característica, apesar de ser direcionada aos deficientes, torna mais fácil o uso
dos produtos por todas as pessoas, diminuindo a fadiga, aumentando a velocidade de interação,
diminuindo a quantidade de erros e o tempo de aprendizado”.

A questão da “usabilidade” do material é de extrema importância tratando-se de alunos


surdos, uma vez que os mesmos têm uma percepção visual mais aguçada para tentar
compensar a perda auditiva. Qualquer material, seja este impresso ou informatizado, precisa
ser estruturado de forma a facilitar e auxiliar o aluno a desenvolver o processo de
aprendizagem.
Através dos dados obtidos pela aplicação do protocolo, na sua forma impressa e
informatizada, pode-se concluir que o computador utilizado como ferramenta – didático
pedagógica auxilia os alunos que participaram deste estudo, não podendo se generalizar para
outra população. Foi fato, também, que os alunos obtiveram um grande número de respostas
nulas, ou seja, não responderam, no protocolo impresso, sendo que no informatizado os
alunos finalizavam a atividade antes de passar para a próxima questão. Assim, o protocolo
informatizado atendente ao requisito primordial para ser um auxiliar, ele apresenta uma
estrutura de apresentação amigável.
LÉVY (1996), ainda esclarece que considerar o computador como somente um
instrumento para produção de textos, sons ou imagens é o mesmo que negar a capacidade de
criação e desenvolvimento cultural que o mesmo pode proporcionar.
De acordo com VALENTE (1991), o uso do computador na educação com pessoas que
necessitam de algum tipo de atendimento especial vem tornando-se cada vez mais uma
realidade e se desenvolve graças ao avanço tecnológico e a criatividade dos profissionais que
trabalham na Educação Especial. O autor também salienta a importância de não ter o
computador como solução dos problemas da Educação Especial, pois cada caso deve ser
analisado, pensado e tratado individualmente.
Além disso, para o surdo a questão viso-espacial é um dos fatores necessários para
gerar mais atenção, pois conforme este espaço é utilizado para desenvolver esta criança
melhor poderá se dar o trabalho.
Com este estudo percebemos, então, a importância de encontrar novas ferramentas
para o auxílio da Língua Portuguesa no aluno surdo, pois segundo Garolla (2001b), a
eficiência na leitura está relacionada ao êxito escolar e é de extrema importância aprender a
ler, mas mais importante ainda seria ler para aprender, ou seja, que a leitura sirva de
instrumento para a aquisição de conhecimento. Uma vez que as pessoas que possuem o hábito
da leitura são melhor orientadas para o futuro.
LEITE et al. (2000 apud FARIA, 2002d) reforça estas idéias dizendo que:

“Diante desta realidade, torna-se necessário que as escolas passem a trabalhar visando
a formação de cidadão capaz de lidar, de modo crítico e criativo, com a tecnologia no seu dia-a-dia.
Cabendo à escola esta função, ela deve utilizar como meio facilitador do processo de ensino-
aprendizagem a própria tecnologia com base nos princípios da Tecnologia Educacional”.

Referências

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