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O motivo que me leva a escrever este esclarecimento sobre o uso das Triplicidades
na Astrologia Tradicional deve-se ao facto de que muitos dos estudantes fazem um
uso incorrecto da aplicação dos regentes das Triplicidades na Astrologia Natal e em
outros ramos da Astrologia.
“Uma vez ordenado o círculo Zodiacal por diferença e por propriedade, nós
achamos dois grupos – um grupo diurno e um nocturno, do Sol e da Lua
respectivamente…” [1]
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Para a Triplicidade do fogo: “…seus regentes de dia são o Sol, depois Júpiter, depois
Saturno; seus regentes de noite são Júpiter, depois o Sol, depois Saturno.” [6]
Para a Triplicidade da terra: “…seus regentes de dia são Vénus, depois a Lua,
depois Marte; de noite, a Lua, depois a Vénus, depois Marte.” [7]
Para a Triplicidade do ar: “…seus regentes de dia são Saturno, depois Mercúrio,
depois Júpiter; de noite Mercúrio, depois Saturno, depois Júpiter.” [8]
Para a Triplicidade da água: “…seus regentes são Vénus, depois Marte, depois a
Lua; de noite Marte, depois a Vénus, depois a Lua.” [9]
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Talvez, e esta é uma suposição minha, o uso incorrecto das Triplicidades se tenha
enraizado nas nossas ‘crenças’ astrológicas devido (mas não só, obviamente) à
enorme influência do grande astrólogo Inglês William Lilly quando no seu “Christian
Astrology” escreveu,
“Triplicidade – Se estiver em qualquer dos signos que são atribuídos à sua
triplicidade, são lhe dadas três dignidades; mas aqui há de ser-se muito cauteloso;
como por exemplo: numa pergunta, natividade, ou semelhante, se se encontrar o
Sol em Carneiro, e a pergunta, ou natividade ou o esquema levantado for nocturno,
e se se examinar as fortalezas do Sol, ele terá quatro dignidades por estar na sua
exaltação, o que acontece em todo o signo; mas não terá nenhuma dignidade por
estar na sua triplicidade, pois durante a noite não é o Sol que rege a triplicidade do
fogo, mas sim Júpiter, o qual, se tivesse estado no lugar do Sol, e durante a noite,
teria recebido três dignidades; fazer assim com todos os planetas em geral,
exceptuando Marte que rege a triplicidade da água de noite e de dia.” [10]
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Os regentes das Triplicidades não se aplicam somente aos signos mas também às
casas.
Os regentes das triplicidades também agem como significadores e fornecem-nos
um útil manancial de ajuda para delinear uma natividade.
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Casa 2 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ concede bens no início da
vida."
Casa 2 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ concede bens no meio da
vida."
Casa 2 – "O regente da triplicidade participante concede bens no fim da vida."
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Casa 3 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa os irmãos mais
velhos."
Casa 3 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa os irmãos do meio."
Casa 3 – "O regente da triplicidade participante significa os irmãos mais novos, e
as suas condições estão de acordo com a posição dos regentes."
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Casa 4 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa os pais."
Casa 4 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa países e terras."
Casa 4 – "O regente da triplicidade participante significa o final das coisas e
prisões."
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Casa 5 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa crianças e vida."
Casa 5 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa prazeres."
Casa 5 – "O regente da triplicidade participante significa mensageiros."
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Casa 6 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa doenças e a
recuperação das aflições."
Casa 6 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa escravos brancos e
negros."
Casa 6 – "O regente da triplicidade participante significa o que se recebe dos
escravos, a sua importância e as suas acções."
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Casa 7 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa esposas."
Casa 7 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa controvérsias."
Casa 7 – "O regente da triplicidade participante significa a entrada em negócios
(contratos)."
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Casa 8 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa morte."
Casa 8 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa coisas antigas."
Casa 8 – "O regente da triplicidade participante significa heranças."
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Casa 9 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa viagens e os seus
objectivos."
Casa 9 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa religião e práticas
religiosas, a eminência que se obtém nelas e a forma que a eminência toma."
Casa 9 – "O regente da triplicidade participante é significador de ciência, visões,
estrelas (astrologia) e presságios e verdade e falsidade nisto."
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Casa 10 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa governadores,
honra e altos níveis."
Casa 10 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa fama e bravura (no
acima mencionado)."
Casa 10 – "O regente da triplicidade participante significa estabilidade e
continuidade."
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Casa 11 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa esperança."
Casa 11 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa amigos."
Casa 11 – "O regente da triplicidade participante significa a utilidade dos amigos."
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Casa 12 – "O primeiro regente da triplicidade do ‘Sect’ significa inimigos."
Casa 12 – "O segundo regente da triplicidade do ‘Sect’ significa desgraça."
Casa 12 – "O regente da triplicidade participante significa montaria e animais
domésticos."
[2] “Liber Astronomiae” by Guido Bonatti – Translated by Robert Zoller and Robert
Hand © Spica Publications 1998 – Capítulo XXXII, Página – 36
[3] Ibid
[4] Ibid
[5] Ibid
“Al – Qabisi (Alcabitius): The Introduction to Astrology” – Charles Burnett, Keiji
[6]
Yamamoto, Michio Yano © The Warburg Institute – Nino Aragone Editore 2004 –
Capítulo 1, Página – 25, 27
[7] Ibid
[8] Ibid
[9] Ibid
[10]“Astrologia Cristã” por William Lilly – Tradução MCMM, QHP © Biblioteca
Sadalsuud – Capítulo XVIII, Página – 102
[11] “Carmen Astrologicum” por Dorotheus de Sídon – Tradução MCMM, QHP ©
Biblioteca Sadalsuud – Capítulo 1, Página – 2
“Al – Qabisi (Alcabitius): The Introduction to Astrology” – Charles Burnett, Keiji
[12]
Yamamoto, Michio Yano © The Warburg Institute – Nino Aragone Editore 2004 –
Capítulo 1, Página – 51 a 55