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Auditoria Capitulo 1 CONCEITOS BASICOS E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA 1 - Origem da Auditoria — Um breve histérico (Sérgio Jund) 4) No exterior Ao contririo da contabilidade, que tem no Frade Matemético Luca Paccioli o seu icone, a historia da auditoria se perdeu no tempo, ¢ 0 nome do primeiro auditor talvez permanega para sempre ignorado. Provavelmente, pode ter sido um proficiente guarda-livros, a servigo de um mereador italiano do século XV ou XVI que, pela reputagdo de sua sabedoria e conhecimento técnico, passou a ser consultado por outros sobre a escrituragdo de suas transagdes. Supdes-se que a auditoria se estabeleceu como profissio distinta da atividade contabil para um tinico usuario, no momento em que 0 especialista em escrituragio deixou de praticé-la para prestar assessoria aos demais especialistas € mercadores, transformando-se em consultor ptiblico liberal reconhecimento da escrituragiio mercantil como forma de ocupacdo especializada também aconteceu na Itélia (Veneza), onde, em 1581, foi constituido o primeiro Colégio de Contadores, no qual a admissio do candidato tinha de completar aprendizado de seis anos como contador praticamente ¢ submeter-se a exame. ‘A Revolucdo Industrial, na Inglaterra, quando a demanda de capital e a expansio das atividades, naturalmente, criaram problemas contibeis mais complexos, mudou 0 cixo do desenvolvimento pritico dessa disciplina para aquele pais, com o aumento de volume de atividades empresariais e de complexidade nos sistemas contabeis. Os exames de auditoria, que antes eram pormenorizados, se tomaram proibitivos, devido a seu elevado custo, Além disso, chegou-se & conclusio de que o objetivo de detectarem-se erros ¢ falhas poderia ser atingido mais efetivamente através de um adequado sistema de controle interno. Assim, papel do auditor mudou, passando da busca de erros ¢ confirmagdo da exatidao do balango, para o exame do sistema ¢ testes de evidéncias, de modo que se pudesse emitir um parecer sobre a fidedignidade de todas as demonstragdes contdbeis (DCs). Mas a real necessidade da contabilidade piblica (auditoria) somente se manifestou a partir da institucionalizagao do investidor capitalista (ndo participante da administragio), agora, uma classe importante € em crescimento, que passou a exigir relatérios imparciais sobre a integridade de seu investimento e dos resultados econdmicos do empreendimento. bergo da moderna auditoria foi a Inglaterra, que a exportou para outros paises, inclusive para o Brasil, juntamente com seus investimentos, principalmente para a construgdo de estradas-de- ferro € outros servigos de utilidade piblica. 4) No Brasil Nao existem divulgagdes de pesquisas sobre os primérdios da auditoria no Brasil, sendo somente certo que teve origem inglesa. Sabe-se também que a recém extinta firma de auditoria Arthur Andersen S/C e, a atualmente denominada PriceWaterhouseCoopers, j4 mantinham estabelecimentos no Rio de Janeiro, com outras denominagdes, desde 1909 e 1915, respectivamente. Apesar de formalmente organizada em 26 de margo de 1957, quando formado o Instituto de Contadores Publicos no Brasil, em Sao Paulo, a auditoria foi oficialmente reconhecida apenas em 1968, por ato do Banco Central do Brasil. O fortalecimento da atividade, todavia, ocorreu em 1972, 3 por regulamentagdes do Banco Central do Brasil, Conselho Federal de Contabilidade pela formagao de um drgio nacional para congregacao ¢ auto disciplinagdo dos profissionais, o Instituto dos Auditores Independentes do Brasil —Conceituagio e Objetivos da Auditoria Independente A auditoria das demonstragdes contibeis constitui 0 conjunto de procedimentos téenicos que tem por objetivo_a_emissio_de parecer sobre a sua adequacio, consoante os Principios Fundamentais de Contabilidade e as Normas Brasileiras de Contabilidade e, no que for pertinente, a legislagdo espeeifica. (Res. 820/97 § 1.1.1.1). Auditoria pode ser descrita como uma série de atividades visando verificar se um determinado fim foi atingido. O principal ramo da auditoria, a externa, pode ser definido como um exame detalhado para comprovagao da veracidade dos registros e demonstragdes contibeis. Existem varias formas de auditoria: > Extemna: Realizada por empresas privadas e piblicas, tendo como objetivo primordial validar as Demonstragdes Financeiras. Realiza, primordialmente, trabalhos de revisio contibil = Intema: Realizada por funciondrios de uma empresa, com objetivo principal de verificar se as normas internas e demais deliberagdes emanadas pela Alta Administragdo da instituigaio esto sendo seguidas. Realizada, primordialmente, através de trabalhos de controle das operagdes da empresa, visando coibir fraudes ¢ ineficiéncias. = Tributiria: Realizada por funciondrios dos Governos Federal, Estadual ¢ Municipal (os AFRF, fiscais de ICMS e fiseais da Prefeitura), visando verificar se 0 montante de tributos devidos pelas empresas foram corretamente apurados ¢ pagos. um trabalho especifico, que exige muito conhecimento contabil para se iniciar os trabalhos. = Trabalho: Realizada pelo Governo Federal, visando verificar se as condigdes minimas de trabalho garantidas pela Legislagdo estio sendo atendidas. — Especiais: Com finalidade especifica e metodologia propria As auditorias extemas ou independentes ¢ internas podem ser consideradas os prineipai ramos da auditoria. As principais caracteristicas destas duas modalidades de auditoria estdo des: a seguir: tas Auditoria Externa ~ Realizada por empresas privadas c independentes da empresa auditada (apesar de serem pagas por elas). = 0 seu objetivo primordial & emitir opinido sobre as Demonstragdes Financeiras da empresa auditada — A sua opiniio é emitida através de documentos padronizados denominados PHC = No Brasil, atualmente somente so obrigadas a realizar auditoria, as empresas de capital aberto (agdes negociadas em bolsas de valores ou mercado de baleo). A Comissio de Valores Mobilidrios ¢ 0 drgio federal responsavel pela fiscalizagaio do mercado de capitais e pelas auditorias atuantes neste mercado. 4 > Entretanto, para se captar empréstimos em bancos, para atender exigéncias de fornecedores, para se vender participagdes societirias ou para verificar a exatidao das Demonstragdes Financeiras de controladas em outros paises; é necessiria a realizagio de auditorias extemas, © foco & no exame contibil das Demonstragdes Financeiras, nio opinando sobre os controles internos das empresas auditadas, apenas examinando exames visando garantir a no ocorréncia de erros materiais. => Cobre um maior niimero de areas de trabalho do que a auditoria interna, mas com menos detalhamento nos procedimentos em cada uma delas em relagdo aos exames da auditoria interna Auditoria Interna = Realizada por que responde hierarquicamente apenas a0 dono ou presidente. Eo braco direito destes. = 0 seu objetivo primordial é verificar se as deliberagdes ¢ normas esto sendo seguidas, se nilo esto ocorrendo fraudes ou desempenho insatisfat6rio dos funcionrios. > A sua opinido é emitida cm SES AEETSIEIGEES preparados especialmente para o presidente ou dono, => Nido existe obrigatoriedade por parte de nenhuma empresa. E uma opgio individual de cada grupo econdmico, = 0 foco principal € na anilise dos controles intemnos, emitindo opiniao sobre estes € recomendando aprimoramentos sempre que aplicvel. Os conceitos basicos da auditoria externa slo: > Controles internos: garantem a confiabilidade das transagdes e registros efetuados pela empresa. A auditoria interna tem por objetivo garantir sua perfeigdo, enquanto a externa apenas efetua testes visando garantir que a ndo ocorréncia de erro materiais. Materialidade: a auditoria externa nao emite opinido sobre a perfeigiio dos registros contibeis ¢ sim, sobre a no ocorréncia de erros contébeis relevantes ou materiais Relevancia seria 0 erro que faria com que o usuario extemno mudaria de opinio sobre a ‘empresa analisada => Amostragem: A auditoria nfo efetua testes de todos os itens de cada uma das contas contibeis. Os exames sio realizados em uma amostra representativa de cada contas © apenas naquelas relevantes. O tamanho da amostra é definida dependendo do grau de confiabilidades dos controles internos da empresa e do exame superficial do comportamento das contas contabeis, — Diregdo Técnica: Os ativos e despesas sto testados para supervaliagio ¢ as receitas ¢ passivos sero testadas para subavaliagio. No primeiro caso, as contas sio testadas através do exame da documentagdo-suporte contébil, enquanto no segundo caso, as contas so testadas através do exame da documentagio diretamente da rea operacional responsivel. Para a auditoria em gral, os principais conceitos sto oti iid GpERAGHCI CN GUANTCAGG) As contribuigdes da auditoria sobre o patriménio sido: 5 Aspecto administrativo: reduz a ineficiéncia e negligéncia dos empregados e administradores; Aspecto patrimonial: melhor controle do patriménio; Aspecto fiscal: resguarda o patriménio de contingéncias fiscais; Aspecto téenico: melhor preciso das informages; Aspecto financeiro: previne fraudes; Aspecto econémico: maior exatidao do resultado apurado Aspecto ético: resguarda a moralidade. 0000000 As vantagens proporcionadas pela auditoria podem ser assim resumidas: Para a Administragdo: controles internos eficientes, contabilidade exata ¢ evita fraudes / erros; Para os Investidores: contabilidade exata e maior nivel de informagdes financeiras; Para o Fisco: contabilidade exata e obediéncia & legislagao fiscal e Para a Sociedade: fortalece a economia nacional. 0000 Erro x Fraude. (Res. 820/97 § 11.1.4, letra a eb), Erro ~ @OTTOAEAONAD, resultante de desatengio ou ma interpretagio de fatos, na claboragio de registros e DCs. Fraude @SHREHEGHA) de omisstio ou manipulagdo de transages, documentos, registros ¢ DCs. Responsabilidade da administracdo — Responsavel pela. de (EBABY) através da implementagio © manutengo de adequado sistema contdbil e de controle interno, (Res. 820/97 § 1.1.4.3) Responsabilidade do auditor ~ Nao & responsivel_pela_prevengtio de _fraudes ou _erros. Entretanto, 0 auditor deve planejar seu trabalho de forma didetectar fraudes © G08 que impliquem efeitos relevantes nas demonstragdes contdbeis. (IT 03 do § 11.1.4) Ao detectar erros relevantes ou fraudes 0 auditor deve comunicé-los & administracao da entidade ¢ sugerir medidas corretivas, informando sobre os possiveis efeitos no seu parecer, caso las nio sejam adotadas. (Res. 820/97 § 1.1.4.2). IV - Auditoria Interna x Auditoria Externa (independente). Auditoria Interna ~ Com aumento da complexidade das operagdes de uma empresa, aumentou a necessidade de normas e procedimentos internos. Dai surge a figura do auditor interno, cuja funcio principal & verificar se as normas internas vem sendo cumpridas. Paralelamente 0 auditor interno ¢ empregado da empresa, mas como executa auditoria operacional ¢ contibil, deve ter uma certa independéncia dentro da entidade. Se for subordinado ao departamento contibil ou administrative, pode sofrer presses quando da execugdo de seus trabalhos. Assim, para ter o maior grau de independéncia, deveria ser subordinado a presidéncia da empresa. 6 Auditoria Externa - A auditoria externa ¢ realizada por um profissional independente da empresa auditada. © objetivo do auditor externo é emitir uma opinido (parecer) sobre as demonstrages contibeis (DCs). V — Orgaos relacionados com os auditores ‘Orgio Deserigio Finalidade T.CVM __| Autarquia vinculada ao Ministerio da Fiscalizar © normatizar o mercado Fazenda, de capitais no Brasil. 7 Toracon_ | Instituto dos Auditores Independentes, @uma | Fixar principios de contabilidade, pessoa juridica de direito privado sem fins | elaborar normas e procedimentos lucrativos. de auditoria e pericias contibeis € emitit normas de contabilidade. 3, CRC e | Representam entidades de classes dos Registrar e fiscalizar o exercicio crc Contadores da profissio. 4, Audibra | Instituto dos Auditores Internos do Brasil | Promover o desenvolvimento da auditoria interna. VI - Por que as empresas sio auditadas? Auditoria externa ‘Auditoria Interna CVM __]- Soctedades andnimas de capital aberto ~ Ant. 70 da CFB8— Empresas ¢ érgaos da administragdo piblica. - Determinagio da administragdo. BACEN | - Instituigdes financeiras © equiparadas ‘SUSEP_|- Seguradoras ‘ANS __| = Operadoras de planos de saiide e seguro satide ‘SPC __ |= Fundos de previdéncia complementar MPAS |= Regime de previdéncia dos servidores ‘Outros | = Imposigio de bancos para ceder empréstimos - Imposigao de fornecedor p/ financiar compra de MP - Imposigao estatutéria - P/ feito de fusio, incorporacao, cisio ¢ consolidagao VII — Normas de auditoria relativas A pessoa do auditor (Resolugdo CFC 821/97) A auditoria deve ser executada por pessoa: ~ Registrada no CRC: - Independente de todos 0s assuntos relacionados com o seu trabalho; & - Responsdvel, com competéncia técnico-profissional. © auditor deve recusar os servigos sempre que reconhecer nio_estar_adequadamente capacitado para desenvolv 4) Independencia 7 auditor deve aplicar 0 méximo de cuidado e zelo na realizacdo dos trabalhos. Ao opinar sobre as demonstragdes contabeis, o auditor deve ser imparcial Esta impedido de executar trabalho de auditoria independente 0 auditor que tenha tido, no periodo a que se refere a auditoria ou durante a execugdo dos servigos, em relagdo & entidade auditada, suas coligadas, controladas, controladoras ou integrantes do mesmo grupo econdmico: 1) vinculo conjugal ou de parentesco consangilineo em linha reta, sem limites de grau, em linha colateral até 0 3° grau e por afinidade até 0 2° grau, com administradores, ‘ou com empregados que tenham ingeréneia na sua administracdo ou nos negdcios, ou que sejam responsiveis por sua contabilidade, ») relagdo de trabalho como empregado, administrador ou colaborador assalariado, ainda que esta relagao seja indireta, nos dois tltimos anos; ©) participagao direta ou indireta como acionista ou sécio; 4) interesse_financeiro direto, imediato ou mediato, ou substancial interesse financeiro indireto, compreendida a intermediagdo de negécios de qualquer tipo e a realizagao de empreendimentos conjuntos; €) funedio ou cargo incompativel com a atividade de auditoria independente; e £) qualquer outra situacdo de conflito de interesses no exercicio da auditoria independente, na forma que vier a ser definida pelos érgios reguladores ¢ fiscalizadores. b) Honoririos © auditor deve estabelecer ¢ documentar s considerando os seguintes fatores: tus honordrios mediante avaliagdo dos servigos, a) a felevncia, o yulto, a complexidade, e 0 custo dos servigos a executar; ) o mimero de horas estimadas para a realizagao dos servigos; ©) apeculiaridade de tratar-se de cliente eventual, habitual ou permanente; 4) a qualificagdo técnica dos profissionais que iro participar da execugdo dos servigos: € €) 0 lugar em que os servigos serdo prestados, fixando, se for o caso, como serdo cobrados os custos de viagens e estadas. Os honoririos deverdo constar de carta-proposta ou documento equivalente, elaborados antes do inicio da execugdo do trabalho, que também contenham: a) a_descri¢io dos servicos _a_serem_realizados, inclusive referéncias as leis © aos regulamentos aplicaveis ao caso; b) que o trabalho seri efetuado segundo as Normas de Auditoria Independente das Demonstragdes Contabeis e as presentes normas ©) © prazo estimado para a realizagdo dos servigos 4) 98 relatorios a serem emitidos; ¢ ©) ascondicdes de pagamento dos honoritios. A inobservincia de qualquer dos itens acima constitui infragiio a0 Cédigo de Etica_do “ontabilista, DCs que o auditor deve emitir seu parecer. Segundo o Art. 176, I, da Lei 6.404/76 (para Cias abertas), sdo as seguintes: - Balango Patrimonial; - DRE; -DMPL; - Fluxo de Cx: -DVA; - Notas explicativas. ‘A empresa auditada ¢ responsavel por elaborar as DCs ‘manutengao do sistema contabil e de controle interno, inclusive pela implementagao e IX ~ Procedimentos de auditoria. Conjunto de téenicas que 0 auditor utiliza para obter evidéncias suficientes ¢ adequadas para fundamentar sua opinido sobre as DCs, ¢ abrangem testes de: (Res. 820/97 § 11.1.2.1), - Observincia: verificar a existéncia, efetividade e continuidade do sistema de controles internos. (Res. 820/97 § 11.1.2.2 € § 1.1.6.3) - Substantivos: verificar a suficiéncia, exatiddo e validade do sistema em: (Res. 820/97 § 11.1.2.3), testes de transagdes e saldos; € # procedimentos de revisao analitica Na aplicagdo dos testes substantivas, o auditor deve objetivar as seguintes conclusdes: (Res. 820/97 § 1.2.6.4) a) _existéncia ~ se 0 componente patrimonial existe em certa data; b) direitos e obrigagdes —se efetivamente existentes em certa data; ©) _ocorréncia — se a transagao de fato ocorreu; 4) abrangéncia — se todas as transacdes estio registradas; € ©) mensuragdo, apresentacdo e divulgagio — se os itens esto avaliados, divulgados, classificados e descritos de acordo com os Principios Fundamentals de Contabilidade ¢ as Normas Brasileiras de Contabilidade. X — Auditoria por testes (Bernardo Cherman) Suponha que o auditor, ao examinar a conta clientes, verifica que ela é composta de 20.000 duplicatas. Devendo verificar se 0 saldo de clientes esta correto, serd que ele deve examinar (testar todas as duplicatas? 0 ideal seria a verificagdo total, mas na prética se torna inexegitivel. O custo € 0 tempo gasto desta operacdo seriam muito altos. Além disto, a empresa deveria parar suas atividades para a Verificagdo, Nao ¢ racional parar a atividade da empresa para fazer a auditoria. Por isto é utilizada a 9 auditoria por testes, que significa 0 exame de uma porcentagem dos documentos de modo que 0 auditor possa formar uma opinio correta do valor do saldo de clientes. Qual é a porcentagem recomendada? Nao existe uma regra. A extensio dos testes sera determinada pelo auditor. Ele levard em consideragdo, na determinagio da extensio dos testes, a organizago € procedimentos intemnos da empresa (controles internos). A porcentagem de testes deveré ser fixada pelo auditor de modo que ele tenha seguranca quanto a sua opinido sobre o valor do saldo da conta, com menor risco possivel. Diregio dos testes (Mareelo Cavalcanti) saldo de uma conta do BP ou da DRE pode estar errado para mais (superavaliagio) ou para ‘menos (subavaliagio). A pratica tem demonstrado que as contas devedoras devem ser testadas para superavaliacao € as contas credoras para subavaliagdo. Superavaliacao Razao geral Registro Intermedisrio => Documento. Subavaliagao Documento => Registro Intermedidrio => Razaio geral 1 ise HFOREAATERTGS URANO Res. 820/97 § 11.2.6) © GASPEEAB|(Marcelo Cavalcanti: Contagem fisica ¢ Inspegao de Documentos) Corresponde ao exame de ativos, registros ¢ documentos. Dessa forma, ao conferir a existéncia fisica de estoques, para validar 0 nimero que consta no Balango Patrimonial, o auditor esti aplicando o procedimento de inspegio. O raciocinio ¢ 0 mesmo quando 0 auditor estiver analisando a autenticidade de algumas notas fiseais (NF), para validar a receita de vendas, no caso de NF emitidas pela empresa, ou validar a despesa, no caso de NF emitidas por terceiros. + Uvestigagaa @ confiemagAD (Marcelo Cavalcanti: Confirmagao com terceiros) Consiste em obter, através de confirmacdo com terceiros, informagdes sobre os bens em propriedade de terceiros, direitos a receber e obrigagdes (inclusive causas judiciais). As cartas podem ser enviadas, pedindo a confirmagio do saldo constante nos registros contabeis da empresa, para - Baneos (dinheiro em conta corrente, aplicagdes financeiras, empréstimos ¢ outros); ~ Clientes (duplicatas a receber, estoque em poder de terceiros ¢ outros); - Fomecedores (duplicatas a pagar); € ~ Advogados (causas judiciais). Geralmente 0 auditor inclui no interior da carta, elaborada em papel timbrado da empresa auditada, um envelope resposta enderegado & empresa de auditoria. A confirmago pode ser positiva ou negativa. Na confirmacdo positiva ¢ solicitada resposta da carta ao auditor independentemente do resultado desta. Enquanto, na confirmagio negativa & pedida resposta somente no caso de divergéncia, Normalmente as empresas de auditoria utilizam a positiva. © CWd@IOS (Marcelo Cavalcanti: Conferéncia de célculos) 10 Conferéncia da exatidio numérica, O auditor aplica esse procedimento quando esti conferindo 0 célculo, Ex: valorizagdo de estoque; amortizacao; depreciacio; provi jjuros e variagdo cambial de empréstimos / financiamentos, jes de IRPI e CSL; JCP; © Eo acompanhamento durante a realizagdo. Em determinadas situagdes, especialmente quando o auditor esta levantando o sistema de controle interno, é necessario verificar se, na pratica, os empregados adotam os procedimentos estabelecidos nos manuais da empresa. Isso ¢ feito por meio da observagio feita pelo auditor enquanto os empregados trabalham. Por exemplo: se 0 auditor quer verificar se existe seguranga no almoxarifado ou na tesouraria (se 0 controle interno esti em efetivo funcionamento), basta que fique proximo a esses departamentos acompanhando tudo que acontece. Desta forma, saberd se as mercadorias ao chegar na empresa sio conferidas, se qualquer pessoa tem acesso a tesouraria ou se a entrada ¢ restrita, etc. E feita por meio de (ACS TSTSETSCSRPERGTES Consiste em andlises eriticas das demonstragdes contibeis com o objetivo de delinear tendéncias ou situagdes anormais. Como exemplo, podemos imaginar o exemplo de 2 empresas, uma prestadora de servigos e outra revendedora de mercadorias. Ao analisar a DRE, 0 auditor constatou que 0 CMV (Custo de Mercadorias Vendidas) na empresa comercial & bastante expressivo. Nada anormal para uma empresa que compra ¢ vende mercadorias. Contudo, ao analisar a empresa prestadora de servigos, percebeu que o CMV responde por parcela significativa dos gastos. Epa! Como pode uma empresa prestadora de servigos ter 0 CMV como item mais expressive? Isso & um indicador de anormalidade. Acontece, também, quando hé variagdes muito expressivas de um exereicio social para o outro, ou quando a conta Despesas gerais tem saldo muito alto (0 que significa despesas gerais???). Desta forma, qualquer atipicidade auxiliar’ 0 auditor a definir quais sio as dreas que ‘merecem uma atencdo especial na realizagao dos testes. Na aplicagdo dos procedimentos de revisiio analitica, o auditor deve considerar: (Res. 820/97 § 1.2.6.5), ) 0 objetivo dos procedimentos e o grau de confiabilidade dos resultados aleangéveis; b) anatureza da entidade e 0 conhecimento adquirido nas auditorias anteriores; € ©) a disponibilidade de informagdes, sua relevancia, confiabilidade e comparabilidade. Se nio obtiver informagdes suficientes, deve efetuar_verificacdes adicionais, com novos procedimentos de auditoria, até alcancar conclusdes satisfatorias. (Res. 820/97 § 1.2.6.6). Exemplificando: auditando a conta de despesa de FGTS, o auditor selecionou alguns itens € os testou, tendo constatado que eles estavam corretos. Entretanto, um valor indevidamente debitado nessa conta € ndo selecionado para teste s6 seria identificado se 0 auditor comparasse o total das, despesas do ano de salirios com o saldo da conta de despesa de FGTS, quando entio ele verificaria {que o percentual encontrado ¢ diferente de 8%, que & o estabelecido pela legislagao. Cuidado: A iditOFia)@R@FHA Io é realizada para detectar fraudes, erros ou para interferir na administracdo da empresa, ou ainda, reorganizar 0 processo produtivo ou demitir pessoas 1 ineficientes. Naturalmente, no decorrer do processo de auditoria, 0 auditor pode encontrar fraudes ou erros, mas o seu objetivo no é este. Seu objetivo é emitir um parecer sobre as DCs. O principal objetivo dos testes ¢ obter evidéncias que suportem o seu relatério. Estas evidéncias tém que ser suficientes, pertinentes, fidedignas e podem ser classificadas em fisicas (ativos e obras, por exemplo), documentais, analiticas (andlise de célculo ¢ controles financeiros, como exemplos), testemunhais e por confirmagao por terceiros (as circularizagées). As circularizagdes podem ser positivas € negativas. A diferenga entre elas ¢ que as positivas exigem resposta do circularizado, 0 que nio acontece com as negativas, onde a inexisténcia de resposta presume a confirmacao das informagdes contidas na correspondéncia enviada. As circularizagoes positivas podem ser segregadas em brancas e pretas. As brancas sio aquelas onde somente existem perguntas na circularizagdo, enquanto na preta ¢ enviado o valor registrado para a confirmacio, Em resumo, as técnicas de auditoria sio descritas a seguir: > Cireularizagao > Exame de documentos originais > Conferéncia de somas e cdlculos > Exame dos langamentos contibeis, > Entrevistas > Exame de livros e registros auxiliares > Correlagdo entre as informagdes obtidas + Observagdes das atividades. Os procedimentos bisicos de auditoria para os testes de observancia e substantivos sao: > Inspegdo (testes com documentos) > Observagio (inventarios) > Investigagdo/Confirmagio (circularizagdes) > Ciileulo (testes de empréstimos ou PL) > Revisio Analitica (planejamento) Os testes substantivos tém por objetivo verificar a existéncia dos saldos registrados, a certificagio de que as transagGes registradas realmente ocorreram, da verificagdo que os registros abrangeram todas as transagOes ocorridas e se a mensuragdo/apresentacdo/divulgagdo das informagdes esto em consonincia com as boas normas. IV.3 TESTES E PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA EXTERNA Segue um breve resumo dos testes basicos das principais dreas das Demonstragdes Financeiras: 12 cA “ontagem fisica e confronto do resultado com o razao, Para c/e bancérias, a conciliagao bancéria ¢ testada. Geralmente ndo é relevante. APLICACOES FINANCEIRAS: 0 principal procedimento é a circularizagao (confirmagao direta através de carta) dos principais bancos onde a empresa auditada possui estes ativos. Caso ndo se obtenha sucesso na circularizagao, pedir documentagdo suporte das aplicagdes (contratos e extratos de aplicagdo) ¢ realizar os eilculos pré-rata. Adicionalmente, verificar movimentagao financeira € extrato bancétio. Para as aplicagdes de renda varidvel, verificar valor de mercado das aplicagGes financeiras. Caso seja menor do que o valor contabilizado, deverd possui provisdo para desvalorizagtio constituida. CLIENTES: O principal procedimento também é a circularizag4o, com selegio realizada para os Principais clientes (maiores saldos contabeis). Se as respostas apresentarem divergéncias relevantes, deve-se efetuar conciliacdo das respostas junto as aberturas analiticas de clientes e analisar a documentago-suporte das divergéncias. Para as respostas nao recebidas, realizar o procedimento altemativo de verificar os recebimento subsegiientes. PROVISAO PARA DEVEDORES DUVIDOSOS: A auditoria deve solicitar e validar o hist6rico de perdas com inadimpléncia da empresa. Com base neste historico, deve estimar a proviso necesséria para fazer frente a perdas desta natureza e confrontar com 0 total contabilizado. Um dos grandes problemas existentes no Brasil é o fato das empresas contabilizarem estas provisdes conforme determina a Legislagdo Fiscal. Um procedimento alternativo de auditoria ¢ a andlise do relatério comercial que detalha as contas a receber por idade de vencimento, de forma a possibilitar a andlise da razoabilidade do nivel de inadimpléncia ESTOQUES: O principal procedimento é o inventério fisico dos saldos existentes no final do ano. Entretanto, este procedimento somente faz sentido com a andlise do custo unitirio registrado na data O teste para esta andlise consiste em checar a exatido dos registros de diversos itens por amostragem. Outros procedimentos sio a anzlise da movimentagao dos estoques, testes de compras € verificagio de saldos obsoletos. QUTROS ATIVOS CIRCULANTES: 0 principal procedimento ¢ andlise da expectativa real de realizagao, através da documentagio-suporte e, se possivel, circularizacao, MUTUOS: O procedimento padrio ¢ circularizagao. IMPOSTOS DIFERIDOS: Avaliar fundamentago de sua constituigdo e sua expectativa real de realizagdo, através da andlise da documentagio-suporte, INVESTIMENTOS: Para aqueles avaliados pelo método de custo, somente testar se for relevante. Neste caso, efetuar circularizacao. Para os investimentos avaliados por equivaléncia patrimonial, preparar movimentacdo ¢ testar as varidveis. Os resultados de equity sdo validados através da checagem dos resultados das coligadas/controladas em conjunto com os percentuais de participagdes, Os saldos finais do investimento sdo validados pela andlise da DMPL das investidas. Todas as informagdes utilizadas devem set confirmadas por circularizagao. 13 IMOBILIZADO: Preparar movimentagdo anual ¢ validar variaveis. Conferir os saldos iniciais com 0s saldos jé validados das Demonstrag6es Financeiras do ano anterior. As adigdes serdo alvo de testes de detalhe com selecdo através de amostragem (privilegiando os maiores itens), com andlise da documentago-suporte. Para as baixas, andlise da documentagdo-suporte e da contabilizacio, Validar os cdlculos das despesas com depreciago, com verificagdo da corregdo das taxas utilizadas. Realizar inventirios fisicos, caso seja detectada a necessidade. ATIVO INTANGIVEL: Testes semelhantes ao ativo imobilizado, com diferenga apenas para a natureza distinta dos ativos. FORNECEDORES: A diregdo técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliagdo (comegar o teste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a drea estdo descritos a seguir: => Confrontar relagdo analitica operacional com o total do razio. Em caso de apuragio de divergéncias relativamente importantes, solicitar a empresa auditada a conciliago © andlise das divergéncias. > Apés a entrega desta conciliagdo, auditar (indagagdes, andlise da documentagdo-suporte anilise dos pagamentos efetuados) a conciliagio no seja entregue; considerar a diferenga como ajuste contabil as Demonstragdes Financeiras. Preparar © enviar circularizagao para os fomecedores mais. tradi diretamente da relagdo analitica operacional. => Para as repostas com saldo igual ou com diferenga relativamente irrelevante para 0 saldo contabil, considerar 0 saldo validado. Para as respostas com saldo com diferengas relativamente relevantes para 0 saldo do razio, preparar conciliagdo por nota fiscal ¢ solicitar que a contabilidade analise os documentos divergentes. Apds a entrega da andlise, auditar a conciliagdo. > Para as circularizagdes ndo respondidas, efetuar 0 procedimento alternativo para a drea. Este procedimento consiste em verificar todos os pagamentos efetuados ao fornecedor analisado, relativo a0 periodo posterior a data-base auditada. Estes pagamentos seriam analisados diretamente no setor operacional. Apés esta verificagio, seria totalizados todos os pagamentos com competéncia do periodo analisado € confrontados como total contabilizado deste passivo, com objetivo de se verificar a razoabilidade do saldo registrado. u nnais, selecionados Apesar de ndo ser to comum neste grupamento contibil por sua caracteristica de acompanhamento do ciclo operacional, & obrigatério a verificagto da existéncia de valores a serem registrados no longo prazo (principalmente saldos estrangeiros, ja que o fornecedor nacional dificilmente concede prazos longos). EMPRESTIMOS: Este grupo contibil possui uma diversidade grande de modalidades, como ACC (Adiantamento de Contrato de Cambio), empréstimos nacionais, empréstimos externos, financiamentos com operagdes de SWAP ¢ HEDGE, miituos (empréstimos com empresas ligadas), debéntures, entre outros. Existem particularidades de registro contabil para cada uma destas modalidades, como & natural em operagdes distintas. Estas diversas contabilizagdes foram explanadas brevemente em sala de aula ¢ so importantes para 0 entendimento perfeito da cadeira de auditoria. A diregdo técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliagdo (comecar 0 teste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a drea esto descritos a seguir: > Confrontar relagdo analitica operacional com o total do azo. Em caso de apuragio de divergéncias relativamente importantes, solicitar a empresa auditada a conciliago © andlise das divergéncias. A fonte independente neste caso ¢ © Departamento Financeiro. 14 => Preparar e enviar circularizagao para todos as instituigdes bancérias que a empresa opera ou ‘iA possui relagdes anteriormente, selecionados diretamente da relagdo analitica operacional. => Para as respostas com saldo igual ou com diferenga relativamente irrelevante para o saldo contabil, considerar 0 saldo validado. => Para as respostas com saldo com diferencas relativamente relevantes para o saldo do razio, questionar diretamente a contabilidade e solicitar andlise da divergéncia. Apés a entrega da anilise, auditar a conciliagao. Para as circularizagdes no respondidas, efetuar 0 procedimento alternativo para a area. Este procedimento consiste em solicitar todos os contratos de empréstimos da instituigdo bancéria € preparar uma movimentagdo financeira dos empréstimos captados junto a este banco. Os documentos devem ser selecionados diretamente na rea operacional. Neste processo de anilise esto contemplados andlise quanto aspectos como cilculo dos juros, verificagao da entrada de numeririo na captacdo, verificacao de pagamentos, entre outros. No entanto, para esta rea em especifico, & extremamente provavel que se consiga realizar os procedimentos principais de auditoria (circularizagdo) devido ao forte relacionamento comercial existente entre os bancos ¢ os seus devedores. E dificil um baneo se escusar de responder as cartas de circularizagdo de auditoria, principalmente se a empresa auditada reiterar 0 pedido em caso de morosidade. => Um ponto importante a ser lembrado neste resumo ¢ a importincia de se obter uma listagem da area operacional contemplando todos os bancos que a empresa possui ou jé possuiu algum relacionamento. E preciso rigor na obtengdo e rigor desta listagem, uma vez que toda a eficiéncia da circularizagio depende da completeza desta listagem. A idéia é que se a empresa possuir algum empréstimo nao contabilizado, ela iri possuir condigdes de capti-lo em uma instituigdo bancdria ja conhecida e que ja possui confianga comercial na empresa. Sendo assim, se a auditoria circularizar todas os bancos em que a empresa j4 possui algum tipo de relacionamento no passado, este risco especifico estaria mitigado. u u Um passo obrigatério na drea é a correta segregagdo dos valores classificados a curto ¢ a longo prazo, através da verificagao da existéncia de valores a serem registrados no longo prazo. Uma possivel incorregiio neste procedimento pode distorcer, de sobremaneita, a andlise do usudrio extemo destas Demonstragdes Financeiras, FOLHA DE PAGAMENTO: Este grupo contébil possui uma diversidade grande de contas relacionadas: Salérios a pagar, IRRF, INSS Funciondrio, INSS Empresa, Provisio de Féria Proviso para 13 Salirio, FGTS, entre outras contas de menor expresso, Em sala de aula, foram detalhados os registtos € célculos necessérios para o correto registro destas principais contas. Cabe ressaltar que o entendimento destas contabilizagdes ¢ o ponto de partida essencial para o aprendizado desta rea de auditoria. A diregdo téenica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliagao (comegar o teste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a drea estdo descritos a seguir: A) Saléirios a pagar => Confrontar relagdo analitica operacional da Folha de Pagamento com o total do razio. Em caso de apuragdo de divergéncias relativamente importantes, solicitar a empresa auditada a conciliagao ¢ andlise das divergéncias. A principio, estas divergéncias significam ajustes contabeis. A fonte independente neste caso & 0 Departamento Pessoal. Efetuar teste de detalhe na folha de pagamento: selecionar um nimero aletério de funcionérios, confrontar o total de funciondrios da Folha de pagamento com 0 total constantes nas fichas de controle do DP, calcular as varidveis do salério destes funciondrios (principalmente horas extras, INSS Retido, IRRF) ¢ confrontar o total calculado com o total liquido da Fotha. Apés a validacdo da Folha neste teste de detalhe, verificar 0 pagamento em extrato bancério. u 15 => Apés um més estar validado, fazer revisto analitiea para validar as despesas desta natureza na DRE. A) Encargos Sociais Confrontar controles operacionais com 0 razao. Efetuar teste através de célculo global dos valores devidos de INSS mensal, diretamente no més ja validado da Folha de Pagamento. Verificar registro na DRE e somar ao IRRF Funcionirio com objetivo de se validar o passivo, Para este procedimento, & necessério se verificar todas as guais pagas e autenticadas, => 0 total de despesas pode ser validado através de célculos globais, B) Provisdo para 13 Saldrio Nao deve possuir saldo no balango, salvo péssima situagdo financeira da empresa auditada O saldo da DRE deve ser aproximadamente igual a diltima Folha de pagamento. Caso esta esteja validada, basta comparar os saldos. ©) Provisdo de Férias => Confrontar relagio analitica operacional com o total do saldo provisionado na Contabilidade. Questionar diferengas, j4 com a presungdo de ajuste contabil, = Selecionar um nimero aleatério de funciondrios para teste de detalhe: verificar titimo recibo de férias gozado, verificar saldrio bruto, calcular provisio devida levando em consideragao 0 adicional legal de 1/3 Outros pontos desta rea merecem atengio especial: existéncia de parcelamento de encargos soci parcelas destes encargos em atraso sem provisionamento de multa e juros, salérios atrasados, entre outros. IMPOSTOS: Os principais impostos usualmente identificados neste grupo contabil so ISS, ICMS, PIS, Cofins, Imposto de renda e Contribui¢do social. Assim como as outras dreas, sio necessirias uma revisio detalhada da base técnica contébil destes tributos, de forma a possuir o perfeito entendimento desta area de auditoria. O principal ponto a ser lembrado em relagdo a0 ICMS é a sua caracteristica de compensagio do saldo pago na compra de mercadorias. Sendo assim, o saldo passivo é liquido dos valores a recuperar. Jd 0 PIS, Cofins ¢ ISS ndo possuem esta caracteristica ¢ so provisionados no passivo no valor igual ao registro em despesas (com excecdo do PIS vigente em 2003). Em relagdo a Imposto de renda ¢ Contribuigdo social, estes tributos serdo discutidos no proximo tépico. A diregio técnica do teste é como para qualquer passivo, para sub-avaliagdo (comegar o teste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a drea estdo descritos a seguir: A) ICMS a pagar > Confrontar total existente no Livro Fiscal ¢ o total registrado no raziio. Vale ressaltar que 0 ICMS € cobrado por unidade produtiva ou comercial das empresas, com 0 seu fato gerador ocorrendo na simples movimentago de mercadorias entre filiais de uma empresa. Desta forma, para se verificar o saldo de uma empresa em um Livro Fiscal de ICMS, & necessério a verificagdo dos saldos de todas as filiais da empresa efetuando a comparagio com seus respectivos saldos de razio. Este Livro Fiscal & segregado em duas paginas por unidade e més de apuragio, sendo que uma controla ¢ calcula o saldo a recuperar e a outra pagina calcula o saldo a recother. Nestas u 16 folhas de controle esto evidenciados as vendas ¢ compras tributiveis, os valores isentos de tributagdo, as aliquotas incidentes e os avlores a recuperar oriundos de compra de imobilizado. Caso existam diferengas entre os totais do Livro Fiscal e o razdo, questionar imediatamente a contabilidade e auditar a conciliagdo efetuada. —> Apés esta confrontagdo do razdo com 0 Livro Fiscal, validar os valores apurados de ICMS a recolher e a recuperar através de procedimentos como: amostragem de notas fiscais visando verificar a exatidio de classificagao entre produtos tributaveis e isentos, céleulos globais aplicando a aliquota vigente no saldo tributivel e apuragao do saldo liquido a pagar ou recuperar. => Este célculo do valor do passivo ou ative & complementado obrigatoriamente com a verificagdo da quitagdo de todas as guias fiscais. Sendo assim, verificaremos o real valor do passivo da empresa. => 0 teste do valor a recuperar do ativo imobilizado tem sido alterado de acordo com as alteragdes nas Legislagdes estaduais pertinentes. Efetuar teste global em consondncia com a Legislagao vigente. Em caso de apuragio de erros relevantes nesta auditoria, convocar especialistas tributérios para uma avaliagao mais precisa. u u B) ISS a Recolher => Confrontagdo do Livro Fiscal com o saldo do razao, sendo que o ISS é devido por municipio da empresa onde foi prestado o servigo. Como os municipios possuem diferentes aliquotas deste tributo, ¢ necesséria a abertura do saldo a recolher por municipio, sua aliquota respectiva e a guia paga. => A validacdo dos saldos é através de cilculo global ¢ amostragem de notas fiscais de venda com objetivo de validar a confecedo do Livro Fiscal, se necessirio, Assim como 0 ICMS, caso sejam detectados erros relevantes, um especialista deve ser convocado para a continuidade dos testes. u ©) Cofins a Recolher => E calculado sobre 0 faturamento (com alguns ajustes) e as receitas operacionais (com algumas dedugdes). Confrontar o total apurado pelo Setor Fiscal 0 razao. Verificar as guias pagas. Rever a base de calculo, > & )) PIS a Recolher Semelhante ao Cofins. Apés a nova lei de 2003, semelhante ao ICMS. UU IMPOSTO DE RENDA: As formas de apurago deste imposto sdo: Arbitrado, Presumido ¢ Real. As Tormas de pagamento se limitam a duas: Presumido ou Real. A diregao técnica do teste é, como para qualquer passivo, para sub-avaliagdo (comecar o teste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a dea esto descritos a seguir: => Confrontar total existente no LALUR (Livro de Apuragio do Luero Real) com 0 total registrado no razdo. Indagago imediata das divergéncias a Contabilidade. 17 Verificar contabilizacao. => Revisar apuragdo fiscal => Verificar guias pagas e correta contabilizagao dos Impostos antecipados. => Revisar registros dos impostos diferidos. QUTRAS CONTAS A PAGAR: Este grupo contabil possui uma diversidade grande de contas relacionadas: Miituos (Saldos entre empresas do mesmo grupo econdmico), adiantamentos de clientes, provisdes ¢ outras contas a pagar. Atentar que um grupo com denominagao genérica como esse, niio pode ultrapassar 10% do total do grupamento contabil a que pertence. A diregdo técnica do teste & como para qualquer passivo, para sub-avaliagao (comecar o teste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a drea estio descritos a seguir: = Teste do Passivo Omitido: verificagdo de todos os pagamentos acima de uma valor estipulado pelo auditor (10% da materialidade, por exemplo), onde sio verificados a sua competéncia e, caso aplicivel, a sua correta contabilizago no exercicio sob exame de auditoria. E imprescindivel para se obter uma seguranga geral para a corregio material de todo o saldo passivo. Para todos os saldos onde procedimento de circularizagao for pos procedimento prioritério (adiantamentos, mituos). Para saldos genéricos, analisar documentacdo-suporte diretamente na drea operacionall Para as provisdes, obter relagtio no Departamento Juridico, contendo todos os processos em aberto. Circularizar todos os advogados externos ¢ internos. Para os processos com alto risco de perda, efetuar provisdo contabil. Para aqueles com risco médio, quantificar em nota explicativa. Para aqueles com baixo risco, nio efetuar quaisquer procedimentos adicionais, u vel ¢ eficiente, este € 0 UU PATRIMONIO LIQUIDO: A base contébil e a confecedo € entendimento da Mutagao do PL e seus varios componentes: reservas de lucro, reavaliagdo ¢ de capital; Iucros acumulados, capital social agdes em tesouraria. A direc técnica do teste é como para qualquer passivo, para sub-avaliagdo (comegar o teste pela fonte independente, externa ou interna) Os principais testes para a drea estdo descritos a seguir: = Verificar a exatidao da Mutagio do PL, com procedimentos como: andl egais das reservas, registro correto destes célculos anteriores, céleulo dos dividendos. ¢ de atas, céleulos correto registro de ajustes de exercicios RECEITA DE VENDAS: A base contibil mais importante para entendimento da contabilizagio de receitas & o estudo do Principio contabil do reconhecimento de receitas. Em resumo, as receitas sio geralmente reconhecidas na transferéncia do bem ou prestagao de servigos. Existem ainda casos especiais de reconhecimento em momentos diversos, como no caos das atividades de construgdo naval e civil. Os principais procedimentos esto descritos a seguir: Para esta dea, devido ao grande nimero de transagdes realizadas durante o exercicio para a grande maioria das empresas existentes, no é eficiente a realizagdo de testes de detalhes. Seria muito demorado para se analisar um grande nimero de documentos que, no entanto, apenas significariam uma pequena fragdo do total a ser analisado. Assim, ndo se obteria seguranca quanto a correcdo dos saldos. O desejavel é a realizagao de célculos globais visando validar todo o relevante saldo da conta de uma s6 vez ¢ abrangendo todo o saldo na anilise. Para este teste global, entender 0 ambiente de negécios onde a empresa atua, as perspectivas do mercado como um todo ¢ da empresa em especifico e todos os fatores que podem refletir 18 no faturamento. Para tomar 0 teste objetivo, conseguir inicialmente as informagdes de quantidades produzidas, prego de venda praticado, explicagdes sobre as principais flutuagdes de pregos ¢ margens de lucro bruto € regides de venda. Com base nestes dados conseguidos na fonte independente (Departamento Comercial), realizar uma estimativa preliminar, corroborar com informagdes do mercado € confrontar com o raziio. No caso de se encontrar divergéncias relevantes, questionar diretamente os setores envolvidos. —> Caso o teste apresente diferengas fundamentadas ¢ no explicadas, estender os testes de detalhe (caso se deseje corroborar um parecer de incorregio no faturamento contibil) para anilise dirigido de grande parte das notas fiscais (se possivel) atentando para data de registro, condigdes gerais de venda, documentagao comprobatéria da efetiva entrega do bem ao comprador. Na pratica & um teste dificil, que exige s6lidos conhecimentos contaby especifico por parte do auditor responsivel. u € da empresa em CUSTO DAS VENDAS: A base contibil mais importante ¢ entender as principais formas de custeios, tanto sistemas quanto métodos. A completa separagdo técnica e pritica das diferentes formas de registro na indistria © no comércio também & muito importante. Os_principais procedimentos estio deseritos a seguir: O saldo de CMV ja esti validado pelos testes correlatos do estoque da empresa. Basicamente na DRE, se faz uma anilise aprofundada das margens de lucro bruto, entendendo profundamente as causas das variagdes especificas nesta varidvel vital para qualquer empresa. DEDUGOES DE VENDAS: Neste grupamento existem as contas de abatimentos, devolugdes de vendas © impostos sobre vendas (ICMS, PIS, Cofins, ISS). Os principais procedimentos estio descritos a seguir: —> Em relagdo a abatimentos, 0 mais eficiente deve ser um célculo global sobre o volume de vendas. Este céleulo global consiste, basicamente, em acompanhamento da margem pratica destes abatimentos. Este acompanhamento aliado com um conhecimento das priticas comerciais da empresa no exercicio auditado, fazem com que 0 auditor consiga fazer uma avaliagdo razodvel quanto ao valor contabilizado. Caso as margens tenham sofrido variagdes de dificil explicagdo em uma anilise abrangente, a opedo seria realizar teste de detalhe sobre © saldo. Nesta opcdo, solicitaria a abertura do razio € se selecionaria os registros mais relevantes para andlise da documentagdo suport. => Para devolugdes de vendas, o melhor procedimento & 0 acompanhamento da evolugio do percentual de devolucdo. Caso existam percentuais elevados ou crescentes, pode significar deterioragdo técnica ou manipulagdo das vendas (conforme discutido em sala de aula). Assim, caso flutuagdes anormais sejam constatadas, 0 correto ¢ buscar o total entendimento através de questionamentos diretos no Departamento Comercial, andlise documental e quaisquer outros testes especificos para atender o problema identificado. > Para ICMS, o correto seria cilculo global diretamente no Livro Fiscal. Usualmente ¢ usado a simples andlise de margem sobre vendas. — ISS, PIS e Cofins devem ser diretamente validados pelos testes jé descritos no Passivo. DESPESAS OPERACIONAIS: As duas diregies técnicas sfo utilizadas, jé que o Grupo contempla receitas ¢ despesas. Neste grupamento existem, basicamente, as contas de equivaléncia patrimonial, ganhos extraordindrios de impostos (judiciais), despesas de pessoal, gerais ¢ administrativas € comerciais. Os principais procedimentos esto descritos a seguir: = Para as receitas, avaliar documentago suporte diretamente na drea operacional. Avaliar possibilidade de circularizacio, => Para despesas de pessoal, testar diretamente correlacionado com o Passivo, como jé des anteriormente. => Gerais, administrativas e comerciais: quase sempre testados através de testes de detalhes, de forma extremamente semelhante a testes de adigdes de ao imobilizado e compras do estoque. —> Equity: Calcular 0 valor correto através das Demonstragdes Financeiras da coligada/controlada, suas atas e, se for preciso, circularizagao direta. RESULTADO FINANCEIRO: As duas diregdes téenicas sio utilizadas, jd que o Grupo contempla receitas e despesas. Este grupo possui diversas contabilizagdes complexas, reflexo natural das complexas operagdes do mercado financeiro. Em sala de aula ocorreram discussdes sobre as diferentes formas de registro e funcionamento das contas relacionadas. Este saldo ja esti validado pelos testes correlatos das contas financeiras de balango da empresa 20 EXERCICIOS ~ CONCEITOS BASICOS 1. (Auditor / RS) A atividade fundamental do auditor independente & a) orientar o diretor financeiro da empresa auditada, +) expressar uma opinido sobre as demonstragdes contibeis, ©) localizar fraudes que estejam ocorrendo nas empresas auditadas. 4) conferir a conta caixa €) orientar a diregdo da empresa para que seus produtos tenham melhor aceitagao pelos clientes. 2. (Auditor / RS) A auditoria externa ¢ realizada: a) pelo diretor presidente da empresa auditada. ) por um (ou mais) empregados da assessoria da empresa, ©) pelo empregado responsavel pelo caixa da empresa. 4) por um (ou mais) diretores executivos da empresa, especialmente designados. €) por um (ou mais) profissionais independentes, especificamente contratados pela empresa para tal 3. A principal finalidade de uma auditoria contabil & a) elaboragdo das DCs. d) elaboragao € avaliagio dos registros, b) confirmagao dos registros e DCs. €) apuragao correta do lucro do exercicio. ©) conferéncia fisica dos elementos do ativo. 4, (FTE / RS) Os auditores internos tém como caracteristica entre outras que: a) nfo sto diretamente vinculados as empresas, cujas demonstragdes contibeis examinam. b) tém os pareceres que eles fornecem a seus clientes com respeito a fidelidade de suas demonstragdes contibeis, transmitindo a outras entidades interessadas, tais como bancos € fornecedores, que confiam integralmente em seus relatérios por serem auditores completamente independentes. ©) devem colaborar com a administragdo da empresa no acompanhamento ¢ andlise das normas internas executadas, 4) se situam a meio caminho entre a empresa ¢ outros interessados, que usam suas informagdes contibeis, €) no se preocupam com os controles internos. 5. 0 objetivo geral da auditoria interna é atender: ) 4 administragdo da empre +b) aos acionistas da empresa ©) auditoria externa da empresa. 4) a geréncia financeira da empresa €) geréncia comercial da empresa. 6. (FTE / RS) Ao verificar as demonstragdes contabeis de uma empresa, 0 auditor deve considerar que ele: a) € 0 responsivel pelas demonstragdes contibeis em si +b) nao pode dar & administragdo sugestdes relacionadas com as demonstragdes contbeis. ©) ndo precisa se preocupar com a exatidio das demonstragdes contibeis, mas apenas com a sta apresentagio, 4) & 0 responsivel apenas por seu proprio parecer sobre as demonstragdes contibeis claboradas pela administragdo, refletem, ou nio, adequadamente, os fendmenos patrimoniais que elas objetivam refletir. €) nao deve fazer critica, devendo agir com muita educago e cautela, procurando apontar apenas 08 aspectos positivos, tendo em vista que as demonstragdes contabeis constituem afirmacdes feitas pela administragao da empresa. a1 7. Segundo as normas de auditoria, as definigdes de fraude e erro sto, respectivamente: a) Ato ndo-intencional de registrar documentos oficiais corretamente, bem como elaborar DCs de forma correta Ato intencional resultante de omissio, desatengio ou mé interpretagdo de fatos na elaboracdo de registros e DCs, b) Ato nio-intencional de omissio ou manipulagdo de transages, adulteragdo de documentos, registros € DCs. Ato intencional resultante de omissio, desatengdo ou mé interpretagdo de fatos na elaboracao de registros ¢ DCs. ©) Ato nio-intencional de evidenciar a manipulagio de transagdes, adulteragdo de documentos, registros € DCs. Ato intencional resultante de omissdo, desatengo ou interpretagdo correta de fatos na elaboragdo de registros ¢ DCs. 4) Ato intencional de registrar as transagdes de forma adequada os fatos contibeis a elaboragdo das DCs. Ato ndo-intencional resultante de omissio, desatengdo ou interpretagio de fatos de forma correta na elaboragdo de registros € DCs. €) Ato intencional de omissio ou manipulagdo de transagdes, adulteragdo de documentos, registros € DCs. Ato nio-intencional resultante de omissio, desatengao ou mé interpretagdo de fatos na elaboracao de registros ¢ DCs. 8. Ao definir a responsabilidade do auditor independente de demonstragdes contabeis quanto a fraudes ¢ erros, o Conselho Federal de Contabilidade entende que: ) O auditor & responsavel pela prevengdo de fraudes ou erros, de efeitos relevantes nas demonstragdes contibeis da entidade auditada. b) O auditor nao ¢ responsivel nem pode ser responsabilizado pela prevengao de fraudes ou erros relevantes nas demonstragdes contabeis. ©) O auditor é responsavel pela detecgdo de fraudes ou erros i valores monetirios envolvidos. 4) Ao detectar a fraude o auditor tem a obrigagdo de comunicar a administragio da entidade auditada e sempre ressalvar o seu parecer. €) A sugestdo de medidas corretivas de fraudes ou eros nao & responsabilidade do auditor, bastando ressalvar seu parecer. corridos, independentemente dos 9, Marque com “X” os motivos que levam uma empresa a contratar 0 servigo de um auditor extero: ) a. aumentar os lucros. ) b, arranjar novos mercados para seus produtos. ) ¢. atender ds exigéncias estatutdrias ) d. imposigdo de um fornecedor para financiar a compra de matéria-prima, ) €. promover melhor politica de administragdo de pessoal. ) £. detectar todas as irregularidades ocorridas, ) g. obrigacdo através de dispositivos legais. )h. melhorar o processo de produgao. ) i. para efeito de fusdo, incorporacio, cisto ou consolidagao, 10, Para fins de registro do auditor, a CVM faz a seguinte exigéncia em termos minimos de niimero de anos de experiéncia na execugdo de servigos de auditoria contados a partir da data do registro em Conselho Regional de Contabilidade, na categoria de contador: a) 10 anos, ©) 5 anos ©) 2,5 anos b) 8 anos 4) 3 anos 11. Relacione a coluna da esquerda com a da direita. ) Auditor interno (Controle interno bom 22 b) Auditor externo (_.) Empregado da empresa auditada ©)CVM ( ) Orgio fiscalizador do mercado de capitais do Brasil @)cRC (Controle interno ruim ) Audibra (Nao é empregado da empresa auditada £) Ibracon ( ) Orga de registro dos contadores 2) Maior volume de testes (J Instituto dos Auditores Independentes hh) Menor volume de testes (J Instituto dos Auditores Internos 12, Relacione a coluna da esquerda com a da direita: a) Incorporagdo—(__) Unitio de duas ou mais empresas para formar uma nova sociedade. ) Fusio (_) Agrupamento de DCs de duas ou mais empresas. ©) Cisio (Uma empresa é absorvida por outa. 4) Consolidagio (A empresa transfere parcela de seu patriménio para outra sociedade. 13, Coloque “Sup” nas contas que sto testadas para superavaliagtio e “Sub” nas contas que sto testadas para subavaliagio (teste principal). (a. Caixa (Jo. Aplicagdes em debéntures (__ )b. Financiamento obtidos (__ )p. Debéntures a pagar (ec. Vendas no mercado extemo (_)q. Financiamentos concedidos (ed. Despesas de comissio (Jr. PDD ou PCLD (__ Je. Receitas financeiras ()s. [Pla pagar (_)£ Capital social (Jt. Bancos (_)g. Agdes em tesouraria ()u FGTS a recolher (_)h. Receitas nao operacionais ()v.IPla recuperar (__ ) i. Provisdo para desvalorizagio de estoque (ww. Saldrios a pagar (__)j- Adiantamento a fornecedores (x. PiS arecolher (__)k. Despesa antecipada de seguro (yy. COFINS a recuperar (_)L Investimentos em controladas (__)Z Despesas pré-operacionais (_)m. Provisio para férias (_)n. Depreciagdo acumulada 14, Um dos itens que diferencia o auditor interno do extemo & a) forma de avaliar o controle interno ©) forma de se portar na empresa b) volume de testes 4) forma de preparar os papéis de trabalho 15, Assinale com “V"a frase verdadeira e com “F” a frase falsa. (a. O objetivo principal do auditor externo ou independente ¢ emitir um relatério-comentirio deserevendo os problemas constatados durante o exame de auditoria. (_)b. O saldo de qualquer conta de ativo, passivo, receita ou despesa pode estar superavaliado ou subavaliado, (_)¢. As contas devedoras (ativo e despesas) sio testadas para subavaliacao, (_)d. No teste de superavaliagao, 0 auditor parte do razao geral para o documento, enquanto no teste de subavaliagdo, 0 procedimento & o inverso. (_)e.As contas credoras (passivo ¢ receitas) sfo testadas para subavaliagao. (_) £O relatério do conselho de administragdo faz parte das demonstragdes financeiras, para as quais 0 auditor tem de emitir seu parecer. 16, (AFRF) Assinale a opgdo que contenha demonstragdes divulgadas pelas companhias abertas no Brasil e que devem ser, obrigatoriamente, objeto da opinitio de auditores independentes de acordo com a legislagdo societiria: ) Balango Social, DVA e Demonstragdo do Fluxo de Caixa. ) Balango Patrimonial, Demonstragao do Resultado do Exercicio e DOAR. ) Balango Patrimonial, Balango Social e DOAR. 4) Demonstragio do Resultado do Exercicio, DVA e Demonstragio do Fluxo de Caixa. 23 €) Balango Patrimonial, Balango Social e Demonstragao do Resultado do Exercicio. 17. (AFRF) Quando um auditor independente utiliza relat6rios elaborados pelos auditores internos para concluir seus trabalhios nas areas de estoque ¢ imobilizado, a responsabilidade do parecer: a) deve ser compartilhada com a administragao da empresa +b) deve ser compartilhada com auditor intemo, ) & do auditor interno, se os estoques forem relevantes. 4) & tinica e exclusiva do auditor independente. €) & do auditor independente, porém de forma limitada. 18, As demonstragdes contibeis sao elaboradas sob a responsabilidade: a) do auditor independente ) do contador ) da administragao ©) do conselho fiscal ) do auditor interno 19, Estabelecer a forma adequada de realizagao dos trabalhos ¢ controlar o tempo despendido em sua realizagdo so vantagens fornecidas ao auditor, através: a) da planilha de controle de horas (Time Sheet) ) da revisio dos papéis de trabalho ©) do memorando descritivo 4) do relatério de auditoria €) do programa de auditoria 20. Um auditor designado para realizar auditoria em uma determinada empresa ¢ irmo de um dos ex-diretores dessa empresa. Seu irmio deixou a diretoria no inicio do ano anterior, exercicio que também seri auditado. O auditor deve: a) realizar normalmente a auditoria, pois o seu itmao no é mais diretor. b) realizar normalmente a auditoria, pois sua competéncia profissional e experiéneia garantirdo a imparcialidade. ©) ressalvar as circunstancias de parentesco no parecer. 4) declarar-se impedido, pois as circunstincias ferem a norma da independéncia. €) declarar-se impedido, pois as circunstincias ferem a norma da competéncia profissional 21. A NBC P ~ I Normas Profissionais de Auditor Independente do CFC, entre outras, estabelece as seguintes normas: a) competéncia técnico-profissional, independéncia, cuidado e zelo. +b) competéncia téenico-profissional, elementos comprobatérios, cuidado e zelo. ©) avaliagio do controle intemo, independéncia, cuidado e zelo. 4) competéncia téenico-profissional, independéncia, cuidado ¢ planejamento. €) competéncia técnico-profissional, dependéncia, supervisio ¢ imparcialidade. 22. De acordo com a NBC P —~ 1 Normas Profissionais de Auditor Independente, ao estabelecer documentar seus honoririos, 0 auditor incorre em infringéncia ao Cédigo de Etica do Contabilista, quando: a) determina a forma como os custos de viagens ¢ estadas serdo reembolsados. }) omite os tipos de relatérios de auditoria previstos por serem emitidos. ©) fixa honordrios com base em estimativa de horas por serem gastas. 4) omite a data de validade da proposta comercial de prestagdo de servicos. €) define os prazos para realizago dos servigos de auditoria contratados. 24 2 EXERCICIOS ~ PROCEDIMENTOS DE AUDITORIA, 1. Das opgdes abaixo, assinale a que ndo corresponde a um procedimento de auditoria: a) inspegdo e conferéncia de céilculos. d) inspegao ¢ revisdo analitica. b) investigagio e confirmagao. ©) observagao ¢ revistio analitica, ©) anilise do fluxo de eaixa. 2. Ao constatar a ineficdcia de determinados procedimentos de controle o auditor deve a) aumentar a extenstio dos testes de controle. ) diminuir a extensio dos testes substantivos ©) aumentar o nivel planejado de risco de detecgdo. 4) diminuir o nivel de risco inerente da drea em questio. €) aumentar o nivel planejado de testes substantivos. 3. A evidéncia de auditoria mais apropriada para o auditor certificar-se da existéncia fisica de um. bem & a) Inspegao fisiea €) Nota fiscal de compra ©) Registro contabil b) Declaragio administrador —_d) Bons controles intemnos 4, Os procedimentos de auditoria sto um conjunto de técnicas que permitem ao auditor obter evidéncias ou provas suficientes e adequadas para fundamentar sua opinido sobre as demonstragdes contibeis auditadas. Tais procedimentos abrangem os seguintes testes: a) substantivos ¢ de observancia. 4) de confirmagao e de observancia, ) de revisio analitica e substantivos. €) de inspego e revisio analitica. ) substantivos e de célculo, 5. A conclusio quanto & ocorréncia efetiva de uma transagio contébil ¢ um dos objetivos do auditor para a aplicagaio dos: a) testes de céleulos 4d) testes substantivos b) testes de observancia ¢€) testes de procedimentos ©) testes de abrangéncia 6. Na aplicagdo dos testes de observancia, 0 auditor deve verificar a : e de controles intemnos. a) existéncia, efetividade, continuidade. b) deficiéncia, inexisténcia, continuidade. ©) validade, relevancia, materialidade. 4) aplicabilidade, eficiéncia, légica €) extensio, irregularidade e descontinuidade. 7. Os testes substantivos de auditoria dividem-se nas seguintes categorias: a) testes de eventos subseqiientes ¢ testes de transagdes e saldos b) testes de observincia e testes de circularizacdo de saldos ¢) testes de amostragem estatistica e procedimentos de revistio analitica d) testes de observincia e testes de amostragem estatistica €) testes de transagdes e saldos e procedimentos de revisio anali a 8. O objetivo dos testes de observancia (ou aderéncia) é: a) observar se os empregados so observadores e competentes ) aderir ao PDV (Plano de Demissio Voluntaria) ©) investigar se as despesas estdo sendo devidamente autorizadas 4) comprovar se as compras sto habilitadas para pagamento €) verificar se o sistema levantado é 0 que esté sendo utilizado na pritica 26 9. Os testes substantivos tém por finalidade: a) avaliar a eficdcia dos controles internos mantidos pela administrago da empresa. }) determinar a adequagdo de afirmagdes significativas nas demonstragdes contabeis. ©) determinar a adequagao das metas significativas previstas nas demonstragdes contbeis. 4) avaliar a fidedignidade dos controles mantidos pela administrago através de testes documentais, 10. Coloque “IF” para Inspegdo Fisica, “CT” para Confirmagdo com Terceiros, “CC” para Conferéncia de Célculos e “ID” para Inspegio de Documentagdo-suport. a. Dinheiro em banco (i, Fornecedores a pagar )b. Dinheiro em caixa )j- Pagamentos de empréstimos ) c. Estoques armazenados na empresa ) 1. Compra de ativo imobilizado )d. Estoques em poder de terceiros ) m. Despesas de salirio )e. Avaliagao de estoques )n. Duplicatas a receber )£. Compras de matéria-prima 0. Despesas de limpeza ) g. Apropriagdo de despesas antecipadas de seguro (_) p. Bens do ativo imobilizado )h. Depreciagdo do ano ) q. Despesa de propaganda 11, Assinale a opgo na qual todos os itens relacionados so procedimentos de auditoria geralmente aceitos: a) exame fisico, expresstio monetéria, investigagdo minuciosa, indagacdo e avaliagdo de eriticas € cifras, b) exame dos documentos originais, andlise comparativa, continuidade, verificagdes matemati avaliages criticas de transagdes. ©) exame da escrituracio, circularizacdo, entidade, conciliagdes de saldos e inspeodes fisicas. 4) investigagao e confitmacdo, célculos, revisio analitica, inspegdo e custo histérico como base de valor. €) cileulos, revisio analitica, inspegdo, observagao, investigagdo e confirmagao. 12, A administragdo de uma entidade envia uma carta as diversas instituigdes financeiras com as quais se relaciona comercialmente, solicitando informagdes dos saldos em aberto existentes nessas empresas em uma determinada data, cuja resposta deva ser enviada diretamente aos seus auditores independentes. Nesse caso, ocorre um procedimento de: a) cfleulo 4) revisio analitica ) observagio ©) inspegao ©) investigago e confirmagio 13, (AFRF) A confirmagio de terceiros implica a obtencdo de declaragdo formal ¢ isenta de pessoas independentes & Cia. Quais dos procedimentos abaixo no estio relacionados com os exames de confirmagio? a) selecao criteriosa dos itens, por serem examinados através do procedimento da confirmacao. }) controle dos pedidos de confirmacdo por serem despachados aos destinatarios. ©) procedimento alternativo de verificagdo para as respostas de confirmago ndo recebidas. 4) as respostas do pedido de confirmacio devem ser enderegadas & empresa auditada. €) confirmagdes obtidas pessoalmente, nos casos julgados apropriados pelo auditor. 14, A circularizagdo é um procedimento de auditoria que aplicado a érea de contas a receber confirma: a) 0s céleulos efetuados pelo auditor. b) aexisténcia fisica do bem da empresa. ©) aexisténcia fisica do documento gerador do fato. 4) a existéncia de duplicatas descontadas. €) 0 saldo apresentado pela empresa no cliente. 27 15. O pedido de confirmagao (circulariza¢ao) no qual 0 auditor solicita que o destinatario responda apenas se a informagdo esti errada ¢ usualmente denominado na atividade de auditoria independente: a) Positivo ©) Em branco €) Com divergéneia b) Em preto 4) Negativo 16. A circularizagdo de clientes & um procedimento basico de: a) inspegio 4) contingenciamento ) observagio ©) controle ©) investigagao e confirmagio 17, Normalmente, o auditor efetua a conferéncia da exatidio de rendimentos de aplicagdes financeiras de longo prazo considerando as receitas auferidas destas aplicagdes de acordo com 0 regime de competéncia. Esse procedimento de auditoria & denominado: a) inspegdio ) observagio €) investigagaio ¢ confirmagio b) calculo 4) revisio analitica 18, Assinale a opgio em que 0 procedimento de revisdo analitica ndo esti associado a clientes. a) Anilise de flutuagdes de volume ou na quantidade de vendas por produto, ) Anilise do nivel de devolugdes ¢ abatimentos por clientes individualmente. ©) Margem bruta por produto ou por localidade de seus postos de vendas. 4) Anilise de variagdo de pregos de produtos entregues pelos fornecedores. €) Alteragdes nos pregos unitarios e taxas de desconto para clientes especiai 19. O procedimento de auditoria de verificacao do comportamento de valores relevantes, mediante indices, quocientes ¢ outros meios, visando identificar tendéncias ou situagOes anorm: denomina-se: a) Revisdo analitica 4) Conferéncia de céleulo b) Observacao ©) Inspegio ©) Investigagdo e confirmagao 20) © auditor independente, durante 0 exame das demonstragdes contibeis, recebeu uma carta de circularizagiio do advogado que presta servigo para empresa auditada. Nesta carta, 0 advogado ‘mencionava apenas uma agdo trabalhista movida por um ex-funciondrio (autor) contra a empresa auditada (réu), no valor de RS 500 mil (valor relevante para empresa auditada) e segundo informagdes do advogado ¢ provavel que a empresa auditada perea a agio. Baseado no julgamento do advogado, a posigdo do auditor & que a empresa: ) contabilize o valor total da ago e adicione uma nota explicativa ) contabilize 0 valor parcial da acdo e adicione uma nota explicativa ©) contabilize o valor parcial da agdo sem uma nota explicativa 4) no contabilize o valor da ago e nio inclua nota explicativa. €) no contabilize o valor da ago e adicione uma nota explicativa 28 ODELOS DE CARTA DE CIRCULARIZA MODELO 1 - Confirmagio bancaria (PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA AUDITADA) [Ao Banco: Agéncia: lEndereco: |Atengao: Confirmagio de saldos para fins de auditoria Por solicitagdo de nossos auditores WMA Auditores Independentes pedimos a gentileza de informar, no quadro anexo, a posi¢io em 31 de dezembro de 2005, dos saldos de nossas operagdes com V.Sas. Sempre que possivel, favor anexar & sua resposta extratos ou demonstrativos de nossas posigdes. todia, Solicitamos incluir em sua resposta todas as operagdes registradas, inclusive cobrang descontos, cémbio e outros. Queiram encaminhar sua resposta diretamente aos nossos auditores, utilizando-se do envelope resposta anexo, ou a Av. Almirante Barroso, n° 52 - 17° andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ, CEP 20031-000 ou pelo fax n° (21) 2544-1338 aos cuidados do Sr. Fulano (Gerente de Auditoria) Atenciosamente, (Nome ¢ cargo do responsivel pela empresa auditada) Anexos: Demonstrative Envelope-resposta Anexo - Confirmagao bancaria (Resposta) 29 A WMA Auditores Independentes Av. Almirante Barroso, n° 52 - 17° andar CEP: 2031-000 - Rio de Janeiro - RJ AIC: Sr. Fulano (Gerente de Auditoria) De: (nome do banco que esti sendo circularizado) 31/12/2005 Para fins de auditoria, fornecemos abaixo as informagdes solicitadas por nosso cliente NOME DA EMPRESA AUDITADA. 1. Contas correntes Namero da conta Saldo RS 2. Aplicagdes finaneeiras Datas Valor RS Tipo Aplicagio —-Resgate_Aplicagio—_—Resgate 3. Cimbio Moeda Saldo ME Saldo RS 4. Descontos Tipo Veneimento final Valor RS Promiss6rias Duplicatas Outras 5, Empréstimos e Financiamentos Saldo Datas RS Moeda base N° Vencim RS/UFIR/ Prinei Tipo contrato Inicio ento USS pal Adiantamento Conta garantida Capital de giro Repasse ME Repasse MN 6. Cobrangas Tipo Simples Vinculada Caucionada 7. Custédia Tipo Titulos de aplicagdo financeira (Carimbo) Assinatura Deserigao Enear das gos garantias Saldo RS Saldo RS 30 31 MODELO 2 - Confirmagio de contas a receber de clientes (PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA AUDITADA) [Ao Cliente: lEnderego: |Atengao: Confirmagio de saldos para fins de auditoria Para fins de auditoria, solicitamos a V.Sas. 0 especial obséquio de confirmarem ou contestarem diretamente aos nossos Auditores WMA. Auditores Independentes, a exatidio do saldo da sua conta constante em nossos registros em 31 de dezembro de 2005, conforme detalhado no anexo, Solicitamos também, demonstrar ao lado de cada titulo, a data do seu pagamento, caso o mesmo jé tenha sido liquidado por V.Sas. Favor encaminhar a resposta diretamente aos nossos auditores, utilizando-se do envelope resposta anexo, ou Av. Almirante Barroso, n° 52 - 17° andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ, CEP 20031-000 ou pelo fax n° (21) 2544-1338 aos cuidados do Sr. Fulano (Gerente de Auditoria). Antecipadamente gratos pela sua valiosa cooperagdo, subscrevemo-nos, Atenciosamente, (Nome ¢ cargo do responsivel pela empresa auditada) Anexos: Demonstrativo Envelope-resposta 32 Anexo - Confirmagao de contas a receber de clientes (Resposta) A WMA Auditores Independentes Ay. Almirante Barroso, n’ 52 - 17° andar CEP: 2031-000 - Rio de Janeiro - RJ AIC: Sr. Fulano (Gerente de Auditoria) De: (Nome da empresa informante - cliente) de 20__ Confirmamos o saldo de nossa conta mantida com a EMPRESA AUDITADA em 31 de dezembro de 2005. Duplicata/ nota fiscal n* ‘Vencimento RS Anotagdes Saldo a seu favor ‘Assinatura do cliente 33 MODELO 3 - Confirmagio de advogados (PAPEL TIMBRADO DA EMPRESA AUDITADA) [Ao |Advogado: lEndereco: |Atengao: Informagdes para fins de auditoria Prezados Senhores: Pela presente, solicitamos a V.Sas. 0 especial obséquio de fomecerem, diretamente aos nossos auditores WMA Auditores Independentes utilizando-se do envelope-resposta anexo, ou a Av. Almirante Barroso, n° 52 - 17° andar - Centro - Rio de Janeiro - RJ, CEP 20031-000 ou pelo fax n° (21) 2544-1338 aos cuidados do Sr. Fulano (Gerente de Auditoria), que esto procedendo ao exame das nossas demonstracdes financeiras, as informagdes relacionadas abaixo. Suas respostas devem incluir os assuntos existentes em 31 de dezembro de 2005 ¢ aqueles surgidos no periodo compreendido entre aquela data e a data de sua resposta. Solicitamos a V.Sa.(s) 0 obséquio de fornecer-Ihes as seguintes informagdes: (1) Uma relagaio mencionando a natureza ¢ a situagdo atual de qualquer litigio ou demanda judicial de nosso interesse € a opinitio de V.Sa.(s) quanto ao desfecho da lide, sua classificagao de risco em provivel, possivel ou remota e indicagao do montante do principal encargos, corrigidos monetariamente. Queira(m) informar, também, o valor efetivo ou estimado dos honordrios € dos custos processuais que sero devidos em caso de sucumbéncia Clas ficagdo de riscos envolvidos: Provavel - Existe grande risco de perda. Possivel - Ha possibilidade de que a perda ocorra, mas nao é remota. Remota - O risco de ocorréncia da perda & pequeno. (2) Detalhes de quaisquer outras demandas, reclamagdes ou responsabilidade contingentes (por exemplo: assuntos em que exista a possibilidade de um desfecho que poderé afetar significativamente a posicdo financeira e os resultados operacionais desta Empresa). (3) Qualquer outra informagao de natureza semelhante da qual V.Sa.(s) tenha(m) conhecimento que, em sua opinido, deva ser divulgada em nossas demonstragdes financeiras, por ser de interesse dos usuirios de tais demonstragdes. (4) Agdes e reclamagdes ainda nao em trimite na justiga 34 De acordo com a data programada para o término do exame, nossos auditores, WMA Auditores Independentes, esperam receber a resposta de V.Sa.(s) até 12 de janeiro de 2006, Agradecendo antecipadamente sua atencao, firmamo-nos, Atenciosamente, (Nome ¢ cargo do responsivel pela empresa auditada) 35 Capitulo 2 CONTROLES INTERNOS - CONCEITOS E AVALIACAO Defini¢io do sistema contabil e de controles internos. Compreende 0 plano de organizagao € 0 conjunto integrado de métodos ¢ procedimentos adotados pela entidade na protecio do seu patriménio, promocdo_da_confiabilidade_e tempestividade dos seus registros ¢ demonstracdes contabeis, ¢ da sua eficicia operacional. (Res. 820/97 § 11.2.5.1) finicao de Marcelo Cavalcanti E 0 conjunto de procedimentos, métodos ou rotinas com objetivo de: ~ Proteger os ativos; - Produzir dados contabeis confidveis; € - Ajudar a administragio na condugao ordenada dos negécios da empresa. Os dois primeiros objetivos referem-se aos controles intemnos contabeis € o tltimo aos controles internos administrativos. Sao exemplos controles contabeis: stema de conferéncia, aprovagdo e autorizagao; ~ segregagdo de fungde - controles fisicos sobre ativos; € - auditoria intema. Sao exemplos de controles administrativos (relacionados com a eficiéneia operacional): ~ andlises estatisticas de lucratividade; - treinamento de pessoal; - estudos de tempos € movimentos; - controle de qualidade; € - andlises de variagdes entre os valores orgados ¢ os incorridos IL - Prineipios de controles internos (Marcelo Cavalcanti). - Responsabilidades: estabelecer, de preferéncia por escrito, as atribuigdes dos empregados e setores internos da entidade, - Rotinas internas: definir no manual de organizagao todas as suas rotinas internas. Ex: formuldrios (internos e extemos) instrugdes para preenchimento; e evidéncias de execugdo de procedimentos {assinatura ¢ earimbos), so aos ativos: limitar o acesso de pessoas ¢ estabelecer controles fisicos sobre os ativos. ~ Segregacdio de funedes: estabelecer que uma mesma pessoa no pode ter acess Vos € aos registros contibeis. a - Confronto dos ativos com os registros: estabelecer procedimentos de forma que seus ativos sejam confrontados com registros contibeis periodicamente. 36 ~ Amarragdes do sistema: estabelecer que somente os registros autorizados sejam registrados, por seus valores corretos e dentro do periodo de competéncia. Auditoria intemna: verificar se os empregados esto cumprindo as normas ¢ avaliar a necessidade de alteragio do controles internos. - Custo do controle x beneficios: o custo do controle ndo deve ser superior aos beneficios proporcionados por ele. Ex: Estabelecer limites de algada (compras ou vendas), Avaliagdo do Sistema Contibil e de Controles Internos auditor deve efetuar o estudo ¢ a avaliacdo do Sistema Contibil e de Controles Internos da entidade, como base para determinar_a natureza, oportunidade ¢_extensio da aplicagdo_dos procedimentos de auditoria, considerando: (Res. 820/97 § 1.2.5.2). a) 0 tamanho e a complexidade das atividades da entidade; b) os sistemas de informacdo contibil, para efeitos internos ¢ externos; ©) as dreas de risco da auditoria; 4) a natureza da documentacdo, em face dos sistemas de informatizago adotados pela entidade; €) 0 grau de descentralizacdo de decisio, adotado pela administragdo da entidade; e £) 0 grau de envolvimento da auditoria interna, se existente. A administragdo da entidade & responsivel pelo Sistema Contébil ¢ de Controles Internos; porém, 0 auditor deve efetuar sugestdes objetivas para seu aprimoramento, decorrentes de constatagdes feitas no decorrer do seu trabalho. (Res. 820/97 § 1.2.5.3). A avaliagdio do Sistema Contabil e de Controles Intemnos pelo auditor deve considerar os seguintes aspectos’ (Res, 820/97 § 1.2.5.4; § 11.2.5.5 € § 11.2.5.6), * oambiente de controle existente na entidade; € ‘+ 0s procedimentos de controle adotados pela administragdo da entidade. + Aaavaliago do ambiente de controle existente deve considerar: a) adefinicdo de fungdes de toda a administragao; b) © processo decisério adotado na entidade; ©) @ estrutura organizacional da entidade ¢ os métodos de delegagdo de autoridade responsabilidade; 4) as politicas de pessoal ¢ a segregacdio de funedes; ¢ €) 0 sistema de controle da administraedo, incluindo as atribuigdes da auditoria interna, se existente. + A avaliago dos procedimentos de controle deve considerar: ) as normas para a elaboragdo de DCs ¢ quaisquer outros informes contibeis administrativos, para fins internos ou externo: b) a claboracio, a revisio e a aprovacdo de conciliacdes de contas; ©) a sistemdtica revisio da exatidio aritmética dos registros: 4) a adogto de sistemas de informagio computadorizados ¢ os controles adotados na sua implantagdo, alteragdo, acesso a arquivos e geragdo de relatérios; 37 €) 05 controles_adotados sobre as contas que registram as principais transagdes da entidade; £) 0 sistema de aprovaedo e a guarda de documentos; 2) a comparacdo de dados internos com fontes externas h) os procedimentos de inspecdes fisicas periddic: i) a limitagdo do acesso fisico a ativos € registros; € {) @ comparagio dos dados realizados com os dados projetados, IV ~ Levantamento do sistema de controle interno. As informacies sto obtidas das através de: | Sao registradas pelos auditores em: ~ manuais internos; ~memorandos; - inspegdo fisiea de documentos; & - questiondrios; € - entrevistas com empregados. - fluxograma. V —Limitagdes dos controles internos (Marcelo Cavalcanti). Sao principalmente com relagdo a: - conluio de empregados; - empregados negligentes na execugio de tarefas; € - empregados ndo so adequadamente instruidos com relago as normas intemnas. Embora a empresa tenha um excelente efetuar procedimentos minimos de auditoria, tema de controle interno, 0 auditor extemo deve VI Desfalques temporarios e permanentes (Marcelo Cavalcanti). - Temporario: empregado apossa-se de um bem da empresa e nao altera s tegistros contabeis. Exemplos: — Oempregado desvia um bem qualquer da empresa (dinheiro em caixa, estoques etc.), mas no altera os registros contibeis. Esse desfalque poderia ser descoberto através do confronto dos ativos com os registros contibeis, — Ocmpregado desvia dinheiro de uma duplicata recebida de clientes apés o registro contébil do recebimento. Esse desfalque seria deseoberto confrontando-se a conta clientes com a conta caixa. Se o empregado desviasse 0 dinheiro antes do registro contabil, 0 desfalque poderia ser descoberto mediante confirmagdo com cliente. - Permanente: empregado apossa-se de um bem da empresa ¢ altera os registros contdbei Exemplos — Ocmpregado responsivel pelos recebimentos de clientes e pelos registros contibeis de vendas ¢ recebimentos: ele desvia um recebimento de vendas a prazo e baixa a duplicata correspondente contra receita de vendas no resultado. — Ocmpregado desvia um determinado ativo e debita despesa no resultado. 38 Cuidado: O Sistema Contébil e de Controles Internos & de responsabilidade da administracio e no do auditor interno ou externo. 39 EXERCICIOS ~ CONTROLES INTERNOS, 1. Quanto aos procedimentos de auditoria pode-se afirmar que: 1. _ Nao ha necessidade de enviar cartas de solicitagdo de saldos aos bane auditor tem acesso aos extratos bancarios da empresa auditada. tendo em vista que 0 Il. Caso 0s fomecedores da empresa auditada no respondam as cartas de solicitagdo de saldos, 0 auditor terd que emitir parecer com ressalva. IIL. Os testes de auditoria sdo realizados por amostragem, sendo que 0 tamanho da amostra depende da avaliagio do controle intemo da empresa pelo auditor. a) todas as afirmagdes sto incorretas, ) apenas a afirmagao I é correta ©) apenas a afirmagao II € correta 4) apenas a afirmacdo III é correta. €) apenas as afirmagdes Il € III so corretas. 2. O principal objetivo do auditor independente na avaliagao do controle interno &: a) observar se os empregados so competentes ©) verificar se no houve roubo b) estabelecer o volume de testes de auditoria 4) determinar se a empresa ¢ lucrativa 3. (ICMS / RJ) O trabalho do auditor interno tem por finalidade: a) a verificagao da fidelidade das informagoes b) servir ao interesse de terceiros ©) emitir parecer 4) avaliar © cumprimento das normas ¢ procedimentos internos ) absoluta imparcialidade e total independéncia no trabalho 4, Coloque “CC” para Controle Contibil e “CA” para Controle Administrativo: ) a. estudos de tempos e movimentos ) b. segregacdo de fungdes ) c. andlises das variagdes entre valores orgados ¢ realizados ) d. treinamento de pessoal )e. sistema de conferéncia ) £. controles fisicos sobre os ativos ) g. controle de contratos de compras assinados, mas, ainda nao realizados economicamente )h. auditoria interna 5. 0 sistema contabil e de controles internos é de responsabilidade: a) do auditor externo ) da administragdo da empresa e) do CFC. ) do auditor interno 4) do setor contabil 6. Indique o componente abaixo que ndo esta relacionado com a estrutura de controle intemo de uma entidade, ) Controle das atividades ©) Risco de auditoria ©) Avaliagdo de risco ) Informacdo e comunicagio _d) Monitoragio 7. Quando um auditor eleva o nivel de risco de controle, porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes, ele deve: a) aumentar o nivel de risco inerente. 4d) efetuar testes alternativos de controle. b) estender os testes de controle. €) aumentar o nivel de testes substantivos. ) aumentar o nivel de risco de detecgao. 40 8. A implantagdo ¢ a implementagdo de uma estrutura de controles intemnos efetiva mediante a definigio de atividades de controles para todos os niveis de negécios da instituigdo; 0 estabelecimento dos objetivos e procedimentos pertinentes aos mesmos; ¢ a verificagao sistemitica da adogio e do cumprimento desses procedimentos sdo de responsabilidade da(o): a)CVM ) Diretoria da Instituigio ©) CFC ) Auditoria externa ) BACEN 9. No processo de avaliagdo do sistema contabil e de controles intemos, o auditor pode constatar necessidades de aprimoramentos. Nessa circunstincia, o auditor independente: a) nio deve fazer sugestdes de maneira formal, tio-somente verbal b) pode efetuar sugestées relevantes para o aprimoramento do sistema ©) estd impedido de efetuar sugestdes de qualquer espécie 4) ndo pode efetuar sugestdes, sob pena de perder a independéncia €) deve efetuar sugestdes objetivas para tais aprimoramentos 10. A estrutura organizacional da entidade ¢ os métodos de delegagdo de autoridade & responsabilidade devem ser considerados pelo auditor independente na: a) avaliago dos procedimentos de controle ) avaliagdo da continuidade operacional ©) avaliagao do ambiente de controle 4) verificagdo das transagdes com partes relacionadas €) verificagdo das contingéncias trabalhistas 11. O conceito de responsabilidade para fins do controle interno representa: ) a conferéncia de todos os célculos }) limitar 0 acesso de funciondrios aos ativos da empresa ©) estabelecer os fluxos internos de documentos 4) definir as atribuigdes de cada funciondrio 12, Representa um dos objetivos do principio de responsabilidade: a) identificar funciondrios omissos na execucdo de seus deveres }) tornar mais racional a linhas de produgio da fabrica ©) determinar as necessidades internas de treinamento de pessoal 4) captar maior volume de recursos junto ao mercado financeiro 13, A aprovagio da aquisigao de um bem representa a) evideneiar que o bem chegou na empresa ) autorizar o gasto com a compra do bem ©) indicar que a nota fiscal do fornecedor concorda com a ordem de compra 4) programar a nota fiscal do fornecedor para pagamento 14, 0 procedimento de cotar pregos junto aos fornecedores ¢ efetuado pela seguinte dea a) recepgio ©) compras. ) controladoria 4) financeiro 15. O procedimento de certificar a prestagdo de um servigo representa: a) evidenciar que o servigo foi efetivamente prestado b) processar a aquisigao ©) liberara a nota fiscal do fornecedor para pagamento 4) indicar a data que a nota fiscal do fornecedor deverd ser paga 16. O proceso de habilitar a nota fiscal do fornecedor para pagamento representa: ) conferir fisicamente os bens 41 }) atestar que o servigo foi prestado ©) conferir a nota fiscal do fornecedor e confronti-la coma ordem de compra ou contrato 4) estimar a data de pagamento da nota fiscal do fornecedor 17. 0 procedimento de programagao financeira representa: ) conferir fisicamente 0 bem ) processar a aquisigao ©) liberar a nota fiscal do fornecedor para pagamento 4) providenciar e/ou reservar recursos para o pagamento da nota fiscal do fornecedor 18, (AFRF) Na auditoria das demonstragdes contabeis, o auditor deve efetuar o estudo ¢ avaliagao do sistema contabil e de controles internos da entidade, com a finalidade principal de: a) determinar a natureza, oportunidade e extensdo dos procedimentos de auditoria, ») verificar se os sistemas funcionam da forma como estdo previstos ©) proporeionar a emissao de relatérios de recomendagao de melhorias requeridas 4) constatar pontos fracos ¢ ineficiéncias que possam gerar fraudes ¢ erros €) proporcionar conhecimentos basicos sobre a empresa e sua organizagao 19, (ICMS / RS) Para fins de controle interno, a segregagdo de fungdes consiste: a) em estabelecer que um mesmo empregado nio pode ser responsivel pelas compras € pelas finangas da empresa +b) em estabelecer que um mesmo empregado ndo pode ser responsivel pelas compras e pelas contas a pagar da empresa c)em estabelecer que um mesmo empregado nao pode ser responsivel pelas finangas e pelas contas a pagar da empresa 4) em estabelecer que um mesmo empregado ndo pode ter acesso aos ativos e aos registros contibeis da empresa €) no ato de segregar empregados com um grau de qualificagao e habilidade para 0 cargo que ‘ocupam na empresa 20. Indique com “T” se o desfalque for temporirio e com “P” se for permanente, (a. O empregado inclui um empregado ficticio na folha de pagamentos, apodera-se do envelope de saldrio dese empregado e posteriormente faz 0 langamento contabil da folha de pagamento (débito de despesa de sakirio e crédito em bancos). (_)b. O empregado, responsével pelo pagamento aos fornecedores, efetua um desfalque na empresa, apagando o nome do fornecedor beneficidrio do cheque ¢ colocando seu nome. ( _)c. Oempregado, responsavel pela custédia dos talonérios de cheques em branco, efetua um desfalque na empresa, falsificando as assinaturas (so exigidas duas assinaturas) em um cheque. (_)d. O empregado rouba matéria-prima e faz langamento contabil debitando a conta de despesa de material de escritério ¢ ereditando a conta de matéria-prima. 21. Em relagao aos prinefpios de controles internos, relacione a coluna da esquerda com a da ireita a) Responsabilidades (_) limitar 0 avesso de pessoas ¢ estabelecer controles fisicos sobre os bens. ) Rotinas internas (_)__estabelecer procedimentos de forma que seus ativos sejam confrontados com registros contabeis periodicamente. ©) Acesso aos ativos (_) estabelecer, de preferéncia por escrito, as atribuigdes dos empregados ¢ setores internos da entidade. 4) Segregagao de fungdes (__)-_estabelecer que uma mesma pessoa nao pode ©) Contfronto dos ativos com os registros 4) Amarragdes do sistema 2) Auditor interna h) Custo do controle x beneficios 42 ter acesso aos ativos ¢ aos registros contibeis. estabelecer que somente os registros autorizados sejam registrados, por seus valores corretos e dentro do periodo de competéncia. verificar se os empregados estio cumprindo as normas ¢ avaliar a necessidade de alterago do controles internos. © custo do controle ndo deve ser superior aos, beneficios proporcionados por ele. definir no manual de organizagao todas as suas rotinas internas. Ex: formulirios 43 Capitulo 3 PAPEIS DE TRABALHO - CONCEITOS E TECNICAS DE PREPARACAO 1 - Definigdo de papéis de trabalho (PT ou WP). E 0 conjunto de documentos ¢ apontamentos com informagdes e provas coligidas pelo auditor que constituem a evidéncia do trabalho executado e 0 fundamento de sua opinido. (Res. 820/97 § 1.1.3.1). Finalidade: ~ fundamentar sua opinido (principal); - facilitar a revisio; - servir como avaliago dos auditores: - ajudar no trabalho da préxima auditoria; e - servir de prova, em caso de justiga Preparados de forma: ~ manual; = meios eletrénicos; e - outros meios. — Tipos de papéis de trabalho. - Programa de auditoria: Orientar ¢ controlar execugao dos exames de auditor. - padronizar os procedimentos de auditoria de uma organizagio; € - evitar que sejam omitidos procedimentos importantes. - Papéis elaborados pelo auditor: Registrar os procedimentos previstos no programa. - Outros papéis de trabalho: - cartas de confirmagao de terceiros (circularizagdo); - cépias de documentos importantes, Documentagio da auditoria (Res. 820/97 § 11.2.7 ¢ IT 02). Papéis de trabalho (PTs) ~ documentar todos os elementos significatives dos exames realizados € que evidenciam ter sido a auditoria executada de acordo com as normas. Os PTs levem: + ter abrangéncia ¢ detalhes para 0 entendimento eo suporte_da_auditoria executada, compreendendo a documentagdo do planejamento, # natureza, oportunidade e extensdo dos procedimentos de auditoria, bem como o julgamento do auditor e as conclusdes alcancadas organizados ¢ arquivados de forma sistemitica ¢ racional © ser elaborados Quando 0 auditor uti u outros documentos fornecidos pela entidade, deve contificar-se_da_sua ex (© auditor pode usar quaisquer documentos preparados ou fornecidos pela entidade, desde que avalie sua consisténcia e se satisfaga com sua forma ¢ contetido. Os papéis de trabalho, além de outros, incluem: a) b) ° d ° fy 2) hy i) i) ky » m) n) informagdes sobre a estrutura organizacional ¢ legal da entidade; Cépias de documentos legais, contratos ¢ atas; informagdes sobre o setor de atividades, ambiente econdmico ¢ legal em que a entidade opera; evidéncias do processo de planejamento, incluindo programas de auditoria e quaisquer mudangas nesses programas; evidéncias do entendimento, por parte do auditor, do sistema contabil e de controle interno, ¢ sua concordéncia quanto a sua eficicia ¢ adequacio; evidéncias de avaliagao ¢ conclusdes do auditor ¢ revisio sobre 0 trabalho da auditoria interna; de transagdes, movimentacdo e saldos de contas; tendéncias, coeficientes, quocientes, indices € outros indicadores registro da natureza, oportunidade ¢ extensio dos procedimentos de auditoria e seus resultados, evidéncias de que o trabalho executado pela equipe técnica foi supervisionado ¢ revisado; indicagdo de quem executou ¢ revisou os procedimentos de auditoria e de quando o fez; cartas de responsabilidade da administracdo; conclusdes do auditor acerca de aspectos significativos, incluindo o modo como foram resolvidas ou tratadas questdes no-usuais; € Cépias das demonstragdes contibeis, assinadas pela administragao da entidade e pelo contabilista responsavel, e do parecer e relatérios do auditor. IV — Natureza dos papéis de trabalho. - So os que contém as informagox relacionadas com o tipo de auditoria em com a organizagao e ati execugio. - Utilizados em apenas Corrente Permanente - So os que contém informagdes relacionadas idades da empresa. - Utilizados em mais de um exercicio social um exercicio social, v ‘enicas de elaboragao de papéis de trabalho. As principais téenicas sao: se manual, deve ser eseriturado a Lipis (preto); deve conter: - 0 nome da empresa auditada; ~a data-base de exame; - Grea do balango (Ex: imobilizado); 45 te (Ex: recdlculo de depreciagao); natura da pessoa que preparou e do revisor; - codificacao; - objetivo do papel de trabalho; - descri¢do dos procedimentos efetuados; € - conelusdes alcangadas. ‘+ comentarios concisos ¢ com redagdo clara e compreensivel VI - Propriedade e periodo de guarda dos papéis de trabalho. - Propriedade: exclusiva do auditor, responsivel por sua guarda ¢ sigilo. Partes ou excertos destes podem, a critério do auditor, ser postos disposi¢ao da entidade. (Res. 820/97 § 11.1.3.2 e IT 02). © auditor deve assegurar_o sigilo relativamente as informagdes obtidas durante 0 seu trabalho na entidade auditada, nio_as divulgando, sob nenhuma circunstineia, sem autorizagio expressa da entidade, salvo quando houver obrigagdo legal de fazé-lo. (Res. 821/97 § 1.6.2). © auditor somente deverd divulgar a terceiros informacdes sobre a entidade auditada ou sobre 0 trabalho por ele realizado caso seja autorizado, por escrito, pela administracio da entidade, com poderes para tanto, contendo, de forma clara ¢ objetiva, os limites das informacdes a.serem fornecidas, sob pena de infringir o sigilo profissional. (Res. 821/97 § 1.6.3). © auditor, quando previamente autorizado_por escrito, pela entidade_auditada, deverd fornecer as informagdes que forem julgadas necessdrias a0 trabalho do auditor independente que 0 suceder, as quais serviram de base para a emissao do tiltimo parecer de auditoria por ele emitido. - Periodo de guarda: cinco anos, a partir da data de emissio de seu parecer. (Res. 821/97 § 1.5.1). VII — Fotha de ajuste. Papel de trabalho onde o auditor elabora langamentos extracontibeis, a fim de que as DCs teflitam adequadamente a situagdo da companbia, ~ Ajuste: quando ocorre uma variagao do patrimdnio da empresa - Reclassificaciio: quando ndo ocorre uma variagao do patrimdnio da empresa cemplo Resumo das diferengas encontradas durante o servico de auditoria. 46 Contas Envolvidas “Ative Passive Deserigio [Bespesa de Jaros nto contabilizada Jconforme previsto no contrato de empréstimo, ID — Despesas no operacionais Veiculo alien nado por venda e no own ren fn lbaixado do ativo imobilizado. Cimobilizado 115336 ID = Contas a Receber LP T34,099 Reclassiicapio entre canto e Tonge : sic ince) none lprazo. Contas a Receber apés 0 Je'"Conias's Receber “CP 134.059 téemino do exercicio seguinte. D - Passivo Circulante ear 253.600 “Aumento do Passivo Reclassificagio entre curto e longo pcazo. Empréstimo entre partes relacionadas. 47 EXERCICIOS ~ PAPEIS DE TRABALHO 1. (Auditor / RS) Por PAPEIS DE TRABALHO entende-se 0 conjunto de formulirios € documentos que contém as informagdes ¢ apontamentos coligidos pelo auditor, no decurso do exame, as provas por ele realizadas e, em muitos casos a descrigo dessas provas, que constituem o testemunho do trabalho executado ¢ fundamento da opiniio expressa pelo auditor independente. Os PAPEIS DE TRABALHO sao de propriedade: a) da empresa auditada, pois registram dados confidenciais relativos a suas atividades ) do auditor e da empresa auditada ©) piblica 4) exclusiva e confidencial do auditor €) da diretoria da empresa auditada 2. A finalidade principal dos papéis de trabalho & a) fornecer dados para a empresa elaborar as demonstragdes contabeis }) ajudar o auditor independente no preparo das demonstragdes contibeis e do relatério da administragio ©) registrar as evidéncias obtidas durante a execugo do servigo de auditoria 4) auxiliar a empresa na maximizagao de seus lucros 3. (ICMS / RS) O auditor independente deve conservar em boa guarda toda a documentaco, correspondéncia, papéis de trabalho, relatérios e pareceres, relacionados com os servigos realizados pelo prazo de: a) 3 anos a partir da data da emissio de seu parecer. +b) 3 anos a partir da data da publicagao de seu parecer. )5 anos a partir da data da emisstio de seu parecer. 4) 5 anos a partir da data da publicagao de seu parecer. €)3 anos em relagdo aos pareceres adversos ou com abstengdo de opinidio, contados a partir da data da publicagdo de seu parecer. £) 5 anos em relagdo aos pareceres sem ressalva ou com ressalva e de 3 anos em relagdo aos pareceres adversos ou com abstengdo de opinido, contados a partir da data da publicagdo de seu parecer. 4, (CRC — R199) Os papéis de trabalho consistem no conjunto de documentos e apontamentos com informagdes e provas coletadas pelo auditor extemno, sio de sua propriedade exclusiva, e tém como principal objetivo: a) servir de elemento de prova para registro no departamento contabil +b) acumular as provas necessirias para dar suporte ao parecer do auditor ©) evitar desperdicios e erros 4) controle dos compromissos assumidos pelo auditor €) cobrar os honoririos ‘5. Na primeira linha da parte superior dos papéis de trabalho deve constar: a) a data-base do exame 4) 0s comentarios b)onomeda empresa auditada _€) as observagdes ©) as explicagdes dos tiques 6. Consiste em uma das vantagens de utilizagdo de simbolos (ticks), nos papéis de trabalho do auditor: a) facilitar 0 estudo e a avaliagio dos controles internos. b) facilidade de revisto ¢ eliminagao de repetigdo de explicagdes. ©) servir de base para avaliagao individual do desempenho do auditor. 4) determinar se 0 servigo foi realizado de forma adequada e eficaz 48 ©) servir de fonte de informagdes para consultas, a fim de obter detalhes de saldos de contas. 7.0 objetivo principal de codificar e referenciar os papéis de trabalho ¢: a) levantar pontos para o relatério-comentado 4d) avaliar os auditores b) estabelecer o planejamento de auditoria ©) dificultar o entendimento ©) facilitar de imediato a identificagdio das informagdes 8. Os papéis de trabalho permanentes sdo utilizados em: a) um exercicio social ) mais de um exercicio social b) dois exercicios socia €) quatro exereicios sociais ©) trés exercicios sociais, 9, So exemplos de papéis de trabalho permanentes, exceto: a) relagio com assinatura dos principais diretores, }) contrato social da entidade ©) estatuto social 4) exame do contas a pagar do exercicio auditado €) deserigio dos negécios 10. Vocé esté, durante uma auditoria, consultando o exame do patriménio liquido do exereicio auditado da Empresa. Esti, portanto, consultando um papel de trabalho: a) corrente 4) do patrimnio liquido ) permanente €) das DCs ©) de revisdo analitica 11. Além de outros mais especificos, os papéis de trabalho devem ineluir, exceto: a) informagdes sobre a estrutura organizacional ¢ legal da entidade. }) c6pias ou excertos de documentos legais. ©) evidéncias de avaliagdo dos riscos de auditoria, 4) evidéncias de avaliagdo dos saldos bancérios dos acionistas, €) anilise de transagdes, movimentacdo e saldos de contas, 12, Representa um dos objetivos do programa de auditoria: a) aumentar a lueratividade da empresa auditada ) padronizar os procedimentos dos auditores de uma mesma empresa de auditoria ) melhor a disposigdo fisica das méquinas na fibrica 4) estabelecer uma estrutura organizacional mais adequada para a empresa auditada 13. Os papéis de trabalho sto conjunto de documentos que evidenciam o trabalho do auditor independente. Assim sendo: a) devem ser entregues & empresa auditada, ao término do trabalho, para justificar o parecer emitido e 0s honoririos cobrados. +b) devem ser entregues & CVM para revistio e aprovacao. ©) sto de sua propriedade, sendo também responsivel pela sua guarda ¢ s 4) so de propriedade da empresa auditada, mas ficam & disposigio da CVM. €) niio sto de propriedade do auditor, mas ficam & disposigdio da CVM e da Receita Federal 14, (Auditor / RS) Examine atentamente os itens abaixo e cumpra a instrugdo dada logo a seguir: 1— Anotagdes da comparagio dos balangos dos iltimos 3 anos para acompanhar a tendéncia de dados da empresa. II— Anotagdes do inventirio fisico de estoques. Ill — Confirmagdes de saldos referentes a bancos, advogados, fornecedores, seguradoras € contas ‘mantidas no exterior. IV ~ Cépias de contratos bancéirios de financiamentos a longo prazo 49 V— Anilise da declaragdo de imposto de renda da pessoa juridica, para adequagdo da proviso do imposto de renda Assinale a peo que contém os itens que correspondem aos paptis de trabalho do auditor que devem corretamente fazer parte da pasta corrente aL IVeV dt MeV b)L, Mell el Melv oll, VeV 15, (AFRF) Os papéis de trabalho devem seguir um padrdo definido e claro. Com base nesta afirmacdo, assinale a opcdo que ndo se constitui numa regra bisica que deve ser observada na elaboracdo dos papéis de trabalho. ) os papéis de trabalho devem ser limpos, claros e evidenciar a obediéneia as normas de auditoria. +b) os papéis de trabalho devem incluir todos os dados pertinentes, inclusive os irrelevantes. ©) 0s papéis de trabalho devem ser limpos, claros e corretos, ¢ ainda sem erros matematicos. 4) os papéis de trabalho devem ser concisos, limpos, claros, sem erros de matemitica e objetivos. €) 0 papéis de trabalho devem ser limpos, claros, corretos ¢ elaborados de forma sistemitica e racional 16. (AFRF) Assinale a opgo que nio se relaciona com os papéis de trabalho utilizados pelo auditor no transcorrer dos seus trabalhos: ) 0s papéis de trabalho so 0 conjunto de documentos e apontamentos do auditor. +) os papéis de trabalho, por serem confidenciais, sio de propriedade da empresa auditada ©) 0s papéis de trabalho constituem a evidéncia do trabalho executado pelo auditor. 4) os papéis de trabalho devem ser mantidos em arquivo por 5 anos, €) os papéis de trabalho contém informagdes ¢ provas coligidas pelo auditor. 17. Indique com “C” se © papel de trabalho for Corrente e com “P” se for Permanente. ) a. Caixa e bancos ) b. Contas a receber ) c. Patriménio liquido ) d. Estatuto social ) e. Revisdo analitica ) £. Cépia de contratos de financiamentos a longo prazo ) g. Cépia do Manual de Contabilidade )h. Descrigio dos negécios em que a empresa auditada atua 18, O auditor elabora langamentos extracontabeis ¢ os registra no papel de trabalho das demonstrages contibeis, a fim de que estas reflitam adequadamente a situacdo da companhia, Para as frases abaixo relacionadas, indique com “A” se o langamento for de ajuste e com “R” se for de reclassificacao. (a. A empresa no contabilizou os juros devidos referentes as aplicagdes financeiras de curtissimo prazo. (_)b. As matérias-primas foram classificadas indevidamente no grupo do ativo imobilizado. (_)¢. Uma despesa com encargos sociais foi registrada erroneamente no grupo de despesas nao operacionais. (_)d. Uma despesa de manutengdo de maquinas foi classificada no balango patrimonial (_)e.A provistio para devedores duvidosos estava insuficiente. (_) £ A empresa superavaliou a provisdo para o imposto de renda, (__)g. Os juros a pagar sobre empréstimos em moeda estrangeira foram classificados na conta de fornecedores a pagar. (_)h. As vendas dos iltimos dias do final de ano foram contabilizadas no exercicio social seguinte. 50 19, (Estilo — UNB) Os papéis de trabalho sto 0 conjunto de documentos e apontamentos com. informagdes e provas coligidas pelo auditor que constituem a evidéncia do trabalho executado e 0 fundamento de sua opinidio. Acerca deste assunto, julgue os itens seguintes: (a. 0s papéis de trabalho, por serem confidenciais, sio de propriedade da empresa auditada. (_)b. segundo as informagdes que contém, podem ser classificados em permanentes ou correntes. (_). oestatuto ou contrato social sao exemplos de papéis de trabalho correntes, (Jd. devem ser guardados, para fins de fiscalizago do exereicio profissional, pelo prazo de S anos, contados a partir da data de emissio do parecer. 51 Capitulo 4 PLANEJAMENTO DE AUDITORIA "Antes da batalha o planejamento & tudo. Assim que 0 tiroteio comega, planos so intteis" Dwight Eisenhower Defini¢io de planejamento de auditoria. De acordo com Lopes de Sé “Plano de auditoria ou planejamento de auditoria significa tarefa preliminar tragada pelo auditor que se caracteriza pela previsdo dos trabalhos que devem ser executados em cada servigo, a fim de que este cumpra integralmente as suas finalidades dentro das normas cientificas da contabilidade e da técnica de auditoria”” O planejamento deve considerar a execucdo em primeiro lugar das dreas de controle interno € revisio analitica, a fim de determinarem-se a natureza, oportunidade ¢ extensdo dos procedimentos de auditoria, para as diversas contas do balanco patrimonial e da demonstragao de resultado. © plano, ainda, deve ter uma certa flexibilidade se, durante a execugao dos trabalhos, 0 auditor decidir que deve mudar algum procedimento ou seguir outra linha de trabalho. © auditor deve_planejar_seu trabalho consoante as Normas Profissionais do Auditor Independente e de acordo com os prazos e demais compromissos contratualmente assumidos com a entidade. (Res. 820/97 § 11.2.1.1). planejamento pressupde_adequado nivel de conhecimento sobre as atividades, os fatores econdmicos, a legislagio aplicdvel, as priticas operacionais da entidade e o nivel geral de competéncia de sua administragdo, (Res. 820/97 § 1.2.1.2). —Fatores relevantes na execucHo dos trabalhos (Res. 820/97 § 1.2.1.3), planejamento deve cor especialmente os seguintes: siderar todos os fatores relevantes na execugio dos trabalhos, ) © conhecimento detalhado das priticas contibeis adotadas pela entidade e as alteragdes procedidas em relagdo ao exercicio anterior, b) © conhecimento detalhado do sistema contabil e de controles internos da entidade ¢ 1u grau de confiabilidade; ©) 08 riscos de auditoria e a identificagdo das areas importantes da entidade, quer pelo volume de transagdes, quer pela complexidade de suas atividades; d) a natureza, a oportunidade € a extensio dos procedimentos de auditoria a serem aplicados; ©) aexisténcia de entidades associadas, filiais e partes relacionadas; £0 uso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas € auditores internos; 2) a natureza, 0 conteiido ea oportunidade dos pareceres, relatérios e outros informes a serem entregues & entidade; ¢ 52 h) a necessidade de atender prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras e para a entidade prestar informagdes aos demais usudrios externos. Documentaco do planejamento (Res. 820/97 § 1.2.1.4 até 1.2.1.8). © auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de trabalho por escrito, de forma a servir como guia ¢ meio de controle de sua execugio, detalhando a natureza, oportunidade e extensio dos procedimentos que serio aplicados. planejamento da auditoria, quando incluir a designacio de equipe técnica, deve prever a orientacio ea supervisdo do auditor, que assumira total _responsabilidade pelos trabalhos executados. planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados € novos fatos 0 recomendarem. IV ~ Inexisténeia de auditoria anterior ou DCs examinadas por outros auditores (Res. 820/97 § 1.2.1.9), Quando for realizada uma auditoria pela primeira vez na entidade, ou quando as demonstragdes contabeis do exercicio anterior tenham sido examinadas por outro auditor, 0 planejamento deve contemplar os seguintes procedimentos: a) obtengo de evidéncias suficientes de que os saldos de abertura do exercicio mio contenham representagdes erréneas ou inconsistentes que, de alguma maneira, distorgam as demonstragdes contabeis do exercicio atual; b)_exame da adequagdo dos saldos de encerramento do exercicio anterior com os saldos de abertura do exercicio atual; ©) _vetificagdo se as priticas contabeis adotadas no exercicio atual_ so uniform adotadas no exercicio anterior; 4d) idemtificagao de fatos relevantes que possam afetar as atividades da entidade e sua ituagdio patrimonial e financeira; € ©) identificagdo de relevantes eventos subseqiientes ao exercicio anterior, revelados ou no revelados. $ com as V—Como adquirir conhecimentos sobre a empresa auditada (Marcelo Cavaleanti) auditor deve analisar as seguintes dreas: Financeira: Contébit ~ comportamento do Muxo de caixas ~ adogdio dos principios contaber - existéncia de contas em atraso - se as andlises das contas est (recebimento e pagamentos); preparadas; - principais investimentos, - elaboragdio das DCs. Orcamentéria: = situago do orgamento (orgado x real), - explicagdes das variagdes = projegdes até o final do exerci 53 Pessoal: ~ politicas de admissio, treinamento, avaliaglo ¢ remuneragio; ~ estrutura organizacional Operagies ¢ PCP: Vendas: ~ aquisigbes € baixas de bens do ~ market-share da empresa € de seus imobilizado; produto: - maquinas paradas e obsoletas; - estoquees obsoletos ou com baixa rotatividade; - planejamento de inventatio fisico, Suprimentos (compras ~ limite de algada das compras; - sistema de compras; = tinico fornecedor; - dificuldade de importagao, VI - politica de propaganda; - limite de aprovagao das vendas (andlise de crédito); - politicas de garantias de produtos. Fiscal e Legal ~ processos judiciais, ituagao dos livros fiscais; ~ alteragdes no contrato social ou estatuto. Areas que 0 auditor poderia efetuar procedimentos de auditoria na visita preliminar. - levantamento e avaliagdo do sistema de controle; - resumo de atas; - atualizagdio da pasta permanente; - revisdo analitica das DCs intermedi testes das receitas ¢ despesas acumuladas até a data da visita preliminar; € testes de compras de bens do ativo imobilizado. EXERCICIOS ~ PLANEJAMENTO 1. Marque com “V" a frase verdadeira e com “F” a frase falsa. (a. No planejamento de auditoria, o auditor extemno deve ponderar menor niimero de horas € ‘melhor qualidade, (_)b. As empresas normalmente encerram o exercicio social em julho de cada ano. (Jc. Levantar os problemas da empresa de imediato & um dos objetivos que levam o auditor extemo a planejar maior volume de horas nas auditorias preliminares. (_)d. Um bom sistema de controle interno reduziria o risco da existéncia de um erro nas demonstragdes contibeis. (_)e. Nas reas onde 0 controle interno ¢ ruim, o auditor extemno faz menor volume de testes. (_) £ Oauditor externo faz maior volume de testes nas dreas onde a revisio analitica indica uma situagdo normal, (_ )g. Pela leitura da pasta permanente, o auditor pode obter conhecimento sobre a forma de organizacao, principais contratos e priticas contdbeis da empresa auditada. 2. 0 planejamento de auditoria deve considerar todos os fatores relevantes na execugtio dos trabalhos. Assinale a op¢do que nao se constitui em fator relevante para o planejamento de auditoria a) riscos de auditoria b) existéncia de entidades associadas, filiais e partes relacionadas. ©) uso do trabalho de especialistas. 4) prevengao de fraude e erro. €) grau de confianga dos sistemas de controles internos. 3. Um dos objetivos principais do planejamento de auditoria a) conhecer a empresa a ser auditada. ©) verificar se a diretoria é competente. ) aumentar a lucratividade da empresa 4d) aumentar © market-share. 4. 0 estudo da drea financeira poderia determinar o seguinte tipo de problema ) baixa qualidade dos produtos vendidos. ) necessidade da constituigdo de uma provisdo de juros para atender a dividas em atraso com fornecedores. ©) processo fiscal contra a empresa. 4) erro de corregdo monetiria sobre ativo permanente. 5. No estudo da dea contibil, poderia ser detectado o seguinte: a) problemas de liquidez da empresa. }b) despesas muito acima do previsto. ©) politica para conseguir novos mercados para os produtos da empresa nio ¢ adequada. 4) atraso no preparo das andilises de contas. 6. 0 estudo da drea orgamentiria poderia levar 0 auditor a detectar o seguinte problema: ) auséncia de um efetivo controle sobre as despesas. +b) empréstimos a longo prazo classificados no passivo circulante. ) mudanga no estatuto da empresa. 4) existéncia de maquinas obsoletas. 7. No estudo da drea de pessoal, poderia ser detectado 0 seguinte problema: a) 0s fiscais da Receita Federal multaram a empresa ») falta de proviso para planos de demissdes voluntirias de empregados. ©) 0s clientes ndo esto pagando suas contas em dia. 4) areceita incorrida esta bem abaixo da prevista BB 8. No estudo da drea fiscal poderia deixar em evidéncia 0 seguinte problema: a) a empresa mudou o método de avaliar estoques. }) variacdo anormal entre as compras orgadas e as incorridas. ©) falta de escrituragao do livro de apuracao do Iuero real, 4) produtos acabados obsoletos. 9. A anélise da drea legal poderia levar auditor a detectar o seguinte problema: a) mudanga do controle aciondrio da empresa e a necessidade de divulgago em nota explicativa b) apercentagem do custo das vendas em relagao as vendas melhorou em comparagao com 0 exercicio social anterior. ©) 0 gerente financeiro nao & competente. 4) a.empresa no de adaptou & nova legislagdo do imposto de renda, 10, A apreciagao da drea de operagdes da empresa poderia levar o auditor a pereeber o seguinte problema: a) alta variagdo na taxa de cdmbio ¢ o conseqiiente aumento do endividamento da empresa +b) mudanga na estrutura organizacional da empresa ©) paralisagdo da fabrica em fungdo da falta de matéria-prima, 4) modificagao do plano de contas da empresa. 11. O estudo da dea de vendas poderia levar o auditor a detectar o seguinte problema: a) falta de conservagio do meio ambiente +b) a empresa esta perdendo mercado de seus produtos para outros concorrentes. ©) atraso na escrituragio do livro de atas de reuniio da diretoria, 4) 0s empregados nao estio sendo treinados adequadamente. 12, A pesquisa na drea de contabilidade poderia indicar o seguinte problema: a) a taxa de depreciagao de novos bens nao esté adequada. +b) 0s produtos vendidos nao esto pasando pelo controle de qualidade. ©) 0 fiscal de ICM multou a empresa. 4) aempresa no esta cumprindo as exigéncias de seguranca. 13, (Estilo UNB) De conformidade com NBC T 11 —Normas de Auditoria Independente das Demonstragdes Contibeis, em relagdo ao planejamento de auditoria, julgue os itens seguintes: (a. oauditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de trabalho por escrito, detalhando o que for necessirio & compreensio dos procedimentos que serio aplicados, em termos de natureza, oportunidade e extensio. (Cb. os programas de trabalho devem ser detalhados, de forma a servirem como guia e meio de controle de sua execugio. (Cc. 0 planejamento de auditoria ¢ os programas de trabalho ndo podem ser revisados atualizados mesmo que novos fatos o recomendarem. (_)d.0 planejamento da auditoria, quando incluir a designagao de equipe técnica, deve prever a orientagdo ¢ a supervisdo do auditor, que assumiré total responsabilidade pelos trabalhos executados. (eA utilizagdo de equipe técnica deve ser prevista de maneira a fornecer razodvel seguranga de que o trabalho venha a ser executado por pessoa com capacitagdo profissional, independéncia e treinamento, requeridos nas circunstincias. 14, O auditor contabil deve planejar seu trabalho, o que pressupde adequado nivel de conhecimento acerca do ramo de atividade, negécios ¢ priticas operacionais da entidade a auditar. Os fatores relevantes que o planejamento deve considerar na execugdo dos trabalhos de auditoria incluem: (a. oconhecimento detalhado do sistema contabil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade. 56 (_)b. anatureza, a oportunidade ¢ a extenstio dos procedimentos de auditoria a serem aplicados. (_)¢. oso dos trabalhos de outros auditores independentes, especialistas e auditores internos. (dos investimentos que a entidade esta planejando fazer e as fontes de recursos para financid-los. (_)e-onivel de quatidade da matéria-prima, do pessoal e dos produtos finais da entidade. (_) £-aexisténcia de entidades associadas, filiais e partes relacionadas. (__)g. responsabilidade pela prevengdo de fraude e erro, (___)h.os riscos de auditoria e a identificagdo das dreas importantes da entidade, quer pelo volume de transagdes, quer pela complexidade de suas atividades. (_ )icas fontes de recursos para investimento que a entidade esta planejando fazer. (_)j-conhecimento detalhado das priticas contibeis adotadas pela entidade € as alteragdes procedidas em relacdo ao exereicio anterior. (Las normas para elaborago de DCs e quaisquer outros informes contibeis e administrativos, para fins internos ou externos. (Cm. anecessidade de atender prazos estabelecidos por entidades reguladoras ou fiscalizadoras ¢ para a entidade prestar informagdes aos demais ususrios externos. a7 Capitulo 5 RISCOS DE AUDITORIA 1 Definigio de riseo de auditoria E a possibilidade de 0 auditor vir a emitir uma opiniao tecnicamente inadequada sobre demonstragdes contibeis significativamente incorretas. (Res. 820/97 § 11.2.3.1) A andlise dos riscos de auditoria deve ser feita na fase de planejamento dos trabalhos, considerando a relevancia em dois niveis: geral (considerando as DCS) e especifico (considerando as contas separadamente). (Res. 820/97 § 1.2.3.2) —Tipos de riseos 3s riscos podem ser tipificados em trés amplas categorias, a saber: + Risco inerente: & a possibilidade de ocorréncia de erros ou irregularidades relevantes antes de conhecer-se a eficicia dos sistemas de controle, normalmente relacionado com a atividade fim da entidade. + Risco de controle: & a possibilidade do saldo de uma conta (classe ou transagdo) estar errado e nao ser detectado pelo sistema de controle interno, + Risco de deteegao: & a possibilidade do saldo de uma conta (classe ou transago) estar errado e nao ser detectado ou levar o auditor a coneluir pela sua inexis Determinagao do risco de auditoria (Res. 820/97 § 1.2.3.3), Para determinar 0 risco da auditoria, o auditor deve avaliar o ambiente de controle da centidade, compreendendo: a) a fungao e envolvimento dos administradores nas atividades da entidade; b) a estrutura organizacional ¢ os métodos de administragdo adotados, especialmente quanto a limites de autoridade e responsabilidade; ©) as politicas de pessoal e a segregagao de fungdes;, 4) a fixagdo, pela administragio, de normas para inventério, para conciliagio de contas, preparagtio de demonstragdes contibeis e demais informes adicionai ©) as implantagdes, as modificagdes € 0 acesso aos sistemas de informagio computadorizada, bem como acesso a arquivos de dados e possibilidade de incluso ou exelustio de dados; fo sistema de aprovagao e o registro de transagdes 2) as limitagdes de acesso fisico a ativos e registros contibeis e/ou administrativos; ¢ h) as comparagdes ¢ as anilises dos resultados financeiros com dados histéricos e/ou projetados. EXERCICIOS - RISCO DE AUDITORIA. 1. A possibilidade de o auditor vir a emitir uma opinido tecnicamente inadequada sobre demonstragdes contibeis significativamente incorretas é denominada: a) Risco de detecgio 58 b) Risco de auditoria ¢) Risco inerente 4) Risco de controle €) Risco sistémico 2. (ATMICE) Os trés componentes bisicos do Risco de Auditoria sto: a) risco de amostragem, risco dos procedimentos ¢ risco de materialidade. b) risco de fraude, risco de erro e risco de omissao. ©) risco de planejamento, risco de supervisio ¢ risco de execugto. 4) risco do ambiente, risco de sistemas e risco de parecer. €) risco inerente, risco de controle e risco de deteccdo. 3. Quando um auditor eleva o nivel de risco de controle, porque determinados procedimentos de controle do cliente mostraram-se ineficientes, o auditor deve: a) aumentar o nivel de risco inerente. b) estender os testes de controle. ) aumentar o nivel de risco de detecgdo. 4) efetuar testes alternativos de controle. ) aumentar o nivel de testes substantivos. 4. 0 risco de sistemas contabeis e de controles internos deixarem de prevenir e/ou detectar uma distorgdo no saldo de uma conta que pode ser relevante, classifica-se como risco: a) inerente. 4) de controle. ) do trabalho. ©) do negécio. ©) de deteocao. 5. Quando os produtos que estdo sendo vendidos pela empresa auditada estio sujeitos a alteragdes significativas de precos, o auditor deve: a) aumentar o risco inerente. 4d) reduzir risco de controle. bb) reduzir o risco inerente. €) aumentar 0 risco de controle. ) aumentar risco de detecgao. 59 Capitulo 6 CONTINUIDADE NORMAL DAS ATIVIDADES DA ENTIDADE (Res. 820/97 § 11.2.8). Deve merecer especial ateneio do auditor, quando do planejamento dos seus trabalhos, a0 analisar os riscos de auditoria, e deve ser complementada quando da execuedo de seus exames. Evidéncia de normalidade — (um) ano apés a data-base de encerramento do exercicio das DCs ¢ suficiente para a caracterizago dessa continuidade. Indicios de diivida da continuidade - 0 auditor deve aplicar os procedimentos adicionais necessrios para a formagio de juizo embasado e definitivo sobre a matéria, Evidéneias de riscos na continuidade normal das atividades da entidade, o auditor deverd ‘+ _avaliar os possiveis efeitos nas DCs, especialmente quanto & realizagdo dos ativos; e ‘+ mencionar em pardgrafo de énfase no parecer os efeitos da situagdo na continuidade ‘operacional, de modo que 0s usuarios tenham informagio sobre a mesma Pressupostos adotados pelo auditor na andlise da continuidade (ndo exaustivos) a) indicadores financeiros 1 passivo a descoberto; 2. posicdo negativa do capital circulante liquido (CCL); 3 empréstimos com prazo fixo € vencimentos imediatos, sem poss renovagdo pelos credores; excessiva participagdo de empréstimos de curto prazo, sem a possibilidade de alongamento das dividas ou capacidade de amortizagio;, 5 indices financeiros adversos de forma continua; 6 prejuizos substanciais de operagdo e de forma continua; 7 8 lidade de retragdo ou descontinuidade na distribuigdo de resultados; incapacidade de devedores na data do vencimento; 9 dificuldades de acertos com credores; 10 _alteragdes ou renegociagdes com credores; € 11 incapacidade de obter financiamentos para o desenvolvimento de novos negécios ou produtos, inversdes para o aumento da capacidade produtiva, b) _ indicadores de operagéo: 1 perda de elementos-chave na administragdo sem modificagdes ou substituigdes imediatas; 2 petda de mercado, franquia, licenga, fornecedor essencial ou financiador estratégico; e 3. dificuldades de manter mao-de-obra essencial para a manutengdo da atividade. ©) outras indicagoes 1 - ndo-cumprimento de normas legais, regulamentares ¢ estatutari 2.- contingéncias capazes de ndo serem cumpridas pela entidade; & 3~ mudangas das politicas governamentais que afetam a entidade 60 EXERCICIOS - CONTINUIDADE 1. O Conselho Federal de Contabilidade entende que a continuidade normal das atividades da entidade auditada fica evidente: a) 6 meses apés a data das demonstragdes contibei b) 6 meses apés a data da emissio do parecer. ©) 1 ano apés a data das demonstragdes contabeis. 4) 1 ano apés a data da emissdo do parecer. €) 1 més apds a data da assembléia de acionistas. 61 Capitulo 7 ESTIMATIVAS CONTABEIS (Res. 820/97 § 11.2.11). As estimativas contébeis sto de responsabilidade da administragdo da entidade e se baseiam em fatores objetivos e subjetivos, requerendo o seu julgamento na determinagaio do valor adequado a ser registrado nas DCs O auditor deve: uficientes sobre os controles, procedimentos € métodos utilizados pela belecimento de estimativas que resultem em provisdes; € © ter conheciment entidade, no es ‘+ se assegurar da razoabilidade das estimativas, individualmente consideradas, quando esta forem relevantes. Tal procedimento inclui, além da andlise da fundamentagao matemético- estatistica dos procedimentos utilizados pela entidade na quantificago das estimativas, os seguintes: = acoeréncia destas com 0 comportamento da entidade em periodos anteriores; — as priticas correntes em entidades semelhantes; — os planos futuros da entidade; € = aconjuntura econdmica e suas projegdes. Evidencia variagdes significativas ~ comparagio entre as estimativas de periodos anteriores ¢ os valores reais destas - 0 auditor deve verificar se houve o ajuste nos procedimentos, de forma a permitir estimativas mais apropriadas no periodo em exame. Atengdo: Estimativas contabeis — Responsabilidade da administragdo, O auditor deve se as quanto & sua razoabilidade, Exemplos: - provisio para perdas com processos fiscais (civel, trabalhista e fiscal); - provisto para garantias de produtos. EXERCICIOS ~ ESTIMATIVAS CONTABEIS. 1. As estimativas contabeis que requerem 0 seu julgamento, na determinagdo do valor adequado a ser registrado nas demonstragdes contibeis slo de responsabilidade do: a) administrador. 4) acionista. ) auditor independente. €) contador. ) auditor interno. 62 Capitulo 8 TRANSAGOES E EVENTOS SUBSEQUENTES (Res. 820/97 § 112.13), O auditor deve: ‘+ aplicar_procedimentos especificos em relagdo aos eventos ocorridos entre as datas do balango ¢ a do seu parecer, que possam demandar ajustes nas DCs ou a divulgagio de informagdes nas notas explicativas. '* considerar, em seu parecer, os efeitos decorrentes de transaedes ¢ eventos subseqtientes relevantes a0 exame das DCs, mencionando-os como ressalva ou em pardgrafo de énfase, ‘quando ndo ajustadas ou reveladas adequadamente. ‘© considerar trés situagdes de eventos subsequentes: I" situagdo) Os ocorridos entre a data do término do exereicio social € a data da emissio do parecer; Os procedimentos para identificar transagdes e eventos que podem requerer ajuste ou divulgagdo nas DCs devem ser executados to prdximo da data do parecer do auditor quanto for praticavel, € normalmente incluem o seguinte: a) revisio dos procedimentos que a administragdo estabeleceu para assegurar que eventos subseqiientes sejam identificados; b) leitura de atas realizadas apés 0 fim do periodo; ) leitura das DCs intermedidrias posteriores aquelas; 4) indagago ou ampliagdo das indagagdes anteriores aos advogados da entidade a respeito de litigios e reclamagoes; € €) indagagio a administrago sobre se ocorreu qualquer evento sul que possa afetar as DCs ¢ obtencao, da parte dela, de carta de responsabilidade, com a mesma data do parecer do auditor. Os exemplos de untos a serem indagados incluem: seqilente = _assuneo de novos compromissos, empréstimos ou garantias concedidas; = vendas de ativos; 10 de debéntures ou ages novas ou acordo de fusto, incorporagao, cisio ou liquidacdo de atividades, ainda que parcialmente; — destruigdo de ativos, por exemplo, por fogo ou inundaeao; — _desapropriagao por parte do governo; — evolugdo subseqilente de contingéncias e assuntos de maior risco de auditoria; —_ajustes contabeis inusitados; e — ocorréncia ou probabilidade de ocorréncia de eventos que ponham em diivida a adequago das priticas contabeis usadas nas DCs, como na hipétese de davida sobre a continuidade normal das atividades da entidade. (xBeT It 2" situago) Os ocorridos depois do término do trabalho de campo, com a conseqtiente emissio do parecer, e a data da divulgagdo das demonstragdes contabeis; € © auditor n4o & responsivel pela execugio de procedimentos ou indagagdes sobre as DCs apés a data do seu parecer. Durante o periodo entre as datas do_parecer_do auditor ea de divulgacio das DCs, a_administragdo_é responsivel por informar ao auditor fatos que possam afetar as DCS. Quando, apés a data do parecer do auditor, mas antes da divulgacio das DCs, 0 auditor tomar conhecimento de um fato que possa afetar de maneira relevante as DCs, ele deve decidir se elas devem ser ajustadas, discutir 0 assunto com a administragdo ¢ tomar as medidas apropriadas as circunstancias, 3" situagio) Os ocorridos apés a divulgacio das demonstracdes contibei Apés a divulgagdo das DCs, 0 auditor nao tem responsabilidade de fazer qualquer indagagdo sobre essas demonstragdes. Quando, apés a divulgagdo das DCs, 0 auditor tomar conhecimento de fato anterior & data do seu parecer e que, se fosse conhecido naquela data, poderia té-1o decidir se as DCs precisam de revisio, discutir 0 assunto com a administrago tomar as medidas apropriadas as circunstincias. (Ex: reemissio do parecer e DCS). (NBCT 11-17-04) 63 «xBeT EXERCICIOS ~ EVENTOS SUBSEQUENTES 1. Na constatagio de omissio de eventos subseqiientes relevantes identificados pelo auditor, nas demonstragdes contibeis da empresa auditada, o profissional deve: a) elaborar notas explicativas justificando, ) emitir parecer com parigrafo de énfase ou ressalva. ©) ajustar as contas com os procedimentos recomendados. 4) recomendar empresa que omita os ajustes. €) emitir parecer sem ressalva. 2. Identifique um procedimento de auditoria para evidenciagdo de um evento subseqtiente. a) Circularizagio do saldo de contas a receber do periodo findo auditado. }) Inventirio fisico dos saldos de abertura e final do periodo auditado, ) Exame dos pagamentos realizados no periodo auditado. 4) Exame de devolugdes de vendas realizadas no perfodo seguinte ao auditado. €) Teste de adigdes de imobilizado realizado durante o periodo auditado, 3. O auditor deve considerar em seu parecer os efeitos de transagdes € eventos subseqtientes relevantes ocorridos: a) entre as datas do balango a de convocagao da assembléia de acionistas }) entre as datas do balango e a de publicagdo nos jornais ©) entre as datas do balango ea de emissdo do seu parecer 4) somente até 30 dias apés a data de encerramento do balango €) somente até a data de conclusio dos exames de passivos 4, Coloque no paréntese a letra “A” para o evento subseqiiente que exige ajuste ¢ “N” para o que exige divulgagio por meio de nota explicativa (a Cia Auditada levantou o balango em 31-12-2004 €0 término do trabalho em campo dos Auditores foi em 01-03-2005). (a. Um cliente da Cia Auditada entrou em faléncia em fungdo da fabrica ter sido inundada por um rio em janeiro de 2005. Como conseqiiéncia, a Cia Auditada incorreu em prejuizo substancial pelo ndo-recebimento das duplicatas desse cliente. (_)b. A Cia Auditada perdeu um processo fiscal em janeiro de 2005 e teve que pagar uma quantia bastante significativa, Nas demonstragdes financeiras levantadas em 31-12-2004, a administragdio da companhia nao provisionou ou registrou na contabilidade esse processo, embora a opinido dos seus advogados naquela época era de provavel perda da agao. (_)¢. Em janeiro de 2005, maior acionista da Cia Auditada decidiu vender as suas agdes para um grupo de empresas. Como conseqiiéneia, houve uma mudanca do controle acionério da companhia. (_)d. Em janeiro de 2005, a Cia Auditada decidiu comprar uma outra empresa, que se tomnou uma sociedade controlada. (_) e. Em janeiro de 2005, o governo decidiu desvalorizar o real em 50% em relagdo ao délar americano. Conseqtientemente, a Cia Auditada teve perdas cambiais de valor relevante, em fungo da atualizacdo das dividas em moeda estrangeira. (_ )£. Em fevereiro de 2005, um cliente da Cia Auditada pediu concordata, devido ao fato de que no iiltimo ano seus produtos nao tiveram boa aceitagdo no mercado. Em virtude deste fato, a Cia Auditada incorreu em perdas substanciais, em fungdo de ter recebido apenas pequena parte das duplicatas desse cliente, que nio estava provisionada (_)g. Em janeiro de 2005, a Cia Auditada obteve um relevante empréstimo a longo prazo para ampliagdo de suas instalagdes fabris. (_)h. Em janeiro de 2005, a Cia Auditada utilizou indevidamente uma patente de terceiros como conseqiiéncia foi multada (_)i: Em fevereiro de 2005, a Cia Auditada incorreu em custos substanciais de garantias, em fungao de defeitos téenicos de uma linha de produtos vendidos em dezembro de 2004. Cabe 6 informar que a provisio para garantias, constituida no balango patrimonial sob exame, nio levou em consideragao esse tipo de acontecimento. (_)j, Em janeiro de 2005, a Cia Auditada incorreu em perdas substanciais em decorréncia de um ineéndio no edificio administrativo. 66 Capitulo 9 CONTINGENCIAS - ATIVAS E PASSIVAS (Res. 820/97 § 1.2.15), auditor deve adotar procedimentos para assegurar-se que todas as contingéncias passivas relevantes - decorrentes de_processos judiciais, reivindicagdes ¢ reclamagées, bem como de langamentos de tributos em disputa - foram identificadas e consideradas pela administragao da entidade na elaboragao das DCs. Procedimentos que devem ser executados pelo auditor: a) discussto, com a administragao da entidade, das politicas e procedimentos adotados para identificar, avaliar e contabilizar as contingéncias passivas; b) obtencdo de carta dos advogados da entidade quanto a existéncia de contingéncias na &poca da execugio dos trabalhos finais de auditoria; e ©) discussio, com os advogados e/ou a administragdo da entidade, das perspectivas no desfecho das contingéncias ¢ da adequacdo das perdas contingentes provisionadas, serem feitas nas demonstracdes contibeis, bem como das divulgacdes Contingéncias ativas: O auditor deve adotar os mesmos procedimentos,

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