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Poema me de Eugnio de Andrade Anlise

O sujeito sente-se dividido entre a necessidade vital de cortar o cordoumbilical que prendia a criana esfera protectora da Me e a pena/remorso de ter de o fazer.Assim, o discurso : meigo, persuasivo, justificativo e no um grito impetuoso de adolescente que rompe brutalmente com o passado. A traio filial persegue o sujeito que se debate com a dificuldade de abandonar o abrao protector e narcsico da Me, pois esta devia conceber / pensar na maternidade como uma beno / ddiva e no como a posse egosta de um objeto. Da a conscincia da sua relao com a Me ser um amor infeliz, resultante do seu prprio crescimento / autonomia. As queixas / palavras so duras por essa incompreenso e expressas atravs de imagens visuais:

menino adormecido rosas brancas (...) no retrato da moldura perda de pureza / inocncia imagem maternal, doce, limpa, frgil, perfumada. A Me devia gostar de rosas, pois h sempre uma associao da rosa branca com a me. No entanto, a fidelidade filial continua, apesar das mudanas operadas no sujeito: s vezes ainda sou o menino

que adormeceu nos teus olhos; Ainda aperto contra o corao rosas to brancas como as que tens na moldura;

Rosas brancas a inocncia, embora perdida, relembrada juntamente coma voz materna

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