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Inferência, em Lógica, é o ato ou processo de derivar conclusões lógicas de premissas


conhecida ou decididamente verdadeiras. A conclusão também é chamada de
idiomática.

) Do Latim INFERRE, “trazer para, causar”, formado por IN-, “em”, mais FERRE,
“trazer, portar”.

2) Do Francês medieval INTERFERER, “lutar um com o outro, entre si”, do Latim


INTER-, “entre”, mais FÉRIR, “bater, golpear, ferir”.

3) Do F. CONFÉRIR, “dar, comparar”, do L. CONFERRE, “trazer junto”,


figurativamente “comparar, consultar, deliberar”, formado por ”COM, “junto”, mais o
FERRE de que já falamos.

O que é inferência?

Melhor resposta - Escolhida pelo autor da pergunta

1.Designa-se por inferência a operação mental pela qual obtemos de uma ou mais
proposições outra ou outras que nela(s) estava(m) já implicitamente contida(s).

2. As inferências podem ser divididas em dois tipos: imediatas e mediatas.

a) A inferência imediata consiste em extrair de uma só proposição outra proposição, à


qual se atribui o valor de verdade ou falsidade. A inferência imediata pode ser obtida
por oposição ou conversão.

b) A inferência mediata consiste numa conclusão obtida a partir de duas ou mais


proposições. Este tipo de inferências podem ser de três tipos: analógicas, indutivas e
dedutivas.

3. O termo inferência usa-se por vezes como sinónimo de raciocínio. Embora tal
associação não seja incorrecta , a verdade é que inferência possui um sentido mais
abrangente que raciocínio.
4. O termo raciocínio será reservado aplicado apenas a um tipo de inferências, as mediatas.
FALACIA

Na lógica e na retórica, uma falácia é um argumento logicamente inconsistente, sem


fundamento, inválido ou falho na capacidade de provar eficazmente o que alega.
Argumentos que se destinam à persuasão podem parecer convincentes para grande parte
do público apesar de conterem falácias, mas não deixam de ser falsos por causa disso.

Reconhecer as falácias é por vezes difícil. Os argumentos falaciosos podem ter validade
emocional, íntima, psicológica, mas não validade lógica. É importante conhecer os tipos
de falácia para evitar armadilhas lógicas na própria argumentação e para analisar a
argumentação alheia.

É importante observar que o simples fato de alguém cometer uma falácia não invalida
toda a sua argumentação. Ninguém pode dizer: "Li um livro de Rousseau, mas ele
cometeu uma falácia, então todo o seu pensamento deve estar errado". A falácia invalida
imediatamente o argumento no qual ela ocorre, o que significa que só esse argumento
específico será descartado da argumentação, mas pode haver outros argumentos que
tenham sucesso. Por exemplo, se alguém diz:

"O fogo é quente e sei disso por dois motivos: 1. ele é vermelho; e 2. medi sua
temperatura com um termômetro".

Nesse exemplo, foi de fato comprovado que o fogo é quente por meio da premissa 2. A
premissa 1 deve ser descartada como falaciosa, mas a argumentação não está de todo
destruída.

exemplos

"Os críticos insistem em descrever como ‘profundamente religioso’ qualquer um que


admita uma sensação da insignificância ou impotência do homem diante do universo,
embora o que constitua a essência da atitude religiosa não seja essa sensação, mas o
passo seguinte, a reação que busca um remédio para ela. O homem que não vai além,
mas humildemente concorda com o pequeno papel que os seres humanos desempenham
no grande mundo, esse homem é, pelo contrário, irreligioso no sentido mais verdadeiro
da palavra." (Sigmund Freud, O futuro de uma ilusão)

Lendo ontem alguns trechos da "Investigação sobre o entendimento humano", de David


Hume, me veio à memória um argumento apresentado pelo filósofo cristão William
Lane Craig, que li já faz alguns anos, em defesa da questão dos milagres e da
ressurreição de Cristo.
É que Craig afirma, contrariando Hume, que mesmo que a ocorrência de um milagre
seja um evento altamente improvável, isso não seria razão suficiente para não acreditar
nele, pois em nossa vida real acreditamos em diversos outros eventos cuja probabilidade
também são astronômicas.

Usando um exemplo de combinações de números da loteria para ilustrar seu argumento,


o apologista nos pergunta algo mais ou menos assim: qual a probabilidade de que a
combinação de números 02-12-19-22-36-58 seja sorteada na mega-sena? Apesar de ser
apenas 1 em 50.063.860, ninguém duvida que essa ocorrência de fato aconteceu no
sorteio do dia 11/02/2012. Foi um evento altamente improvável, mas ocorreu.

No entanto, essa analogia de Craig me parece falaciosa. Apesar de não sabermos qual a
combinação numérica que cairá em determinado sorteio da loteria, uma coisa é certa:
sempre será sorteada uma combinação qualquer cuja probabilidade de ocorrência é de
1 em 50.063.860.

Uma outra diferença importante entre os milagres e o sorteio é que essa ocorrência é
aleatória, não precisa carregar uma intencionalidade como os primeiros. Pois um
milagre nunca é um ato aleatório, mas sempre um ato dirigido a um fim pré-
determinado (curar uma determinada doença de uma determinada pessoa, transformar
água em vinho, etc).

Assim, no caso da loteria, a pergunta deveria ser: qual a probabilidade de que hoje seja
sorteada uma combinação qualquer cuja probabilidade de ocorrência de 1 em
50.063.860?

Ora, considerando que os sorteios da mega-sena vem sendo realizados regularmente


todas as quartas e sextas, a probabilidade de que este evento não aconteça dessa vez é
mínima (não calculei para exemplificar aqui, mas creio não ser necessário para ser
compreendido).

Portanto, uma combinação qualquer num sorteio da loteria não é algo tão improvável
quanto um milagre. Porque tal comparação, a fim de não ser falaciosa, deveria ser mais
ou menos no seguinte sentido: qual a probabilidade de que um morto qualquer
ressuscite hoje? E qual a probabilidade de que uma combinação qualquer de X
números seja sorteada hoje

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