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Unidade — Fundamentos da genética

Biologia
Capítulo 1 — O vocábulário genético 15. Poderia analisar os descendentes dos cruzamentos, feitos em
um mesmo ambiente, entre machos e fêmeas portadores dessa
variação e também entre machos e fêmeas não portadores.
Se o cruzamento entre portadores gerar maior quantidade
Conexões de animais com chifres incomuns que o cruzamento entre
1. A eugenia preconiza uma seleção genética artificial, feita por não portadores, pode-se admitir que a variação é de origem
critérios subjetivos, não científicos, tal qual o racismo. genética. Caso a frequência de animais com a variação seja a
2. Resposta pessoal. mesma nos dois tipos de cruzamentos, deve-se presumir que
3. Tal medida, como a orientação genética, pode ser entendida sua manifestação depende de fatores ambientais.
do ponto de vista da medicina preventiva, uma vez que o 16. b
2 blusas cinza 2
aconselhamento genético é uma de suas vertentes. 17. a) P (blusa cinza) = = ou 22,22%.
9 blusas 9
2 vestidos amarelos 2 1
b) P (vestido amarelo) = = = ou
6 vestidos 6 3
33,33%.
1. e c) P (blusa vermelha ou blusa azul) = P (blusa vermelha) +
2. II – A; I – B; V – C; IV – D; III – E 3 4 7
3. a P (blusa azul) = + = ou 77,77%.
9 9 9
4. d
d) P (blusa cinza e calça preta) = P (blusa cinza) · P (calça
5. b
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2 2 4
6. e preta) = ⋅ = ou 8,88%.
7. a 9 5 45
1
8. a) Observa-se que, quanto maior a altitude de origem das 18. a) A probabilidade de obter face 5 em um lançamento é .
6
sementes, tanto menor o tamanho das plantas. Como Como os dois lançamentos são eventos independentes,
todas as sementes foram plantadas em um mesmo local 1 1 1
(nas mesmas condições ambientais), conclui-se que o P= ⋅ = = 0, 0287 ou 2,78%.
6 6 36
fenótipo (no caso, o tamanho das plantas) é determinado
geneticamente, e o gráfico não reflete eventuais efeitos b) A probabilidade de obter apenas números pares em um
ambientais. lançamento de dois dados é 1 ⋅ 1 = 1 . Como os três
b) Caso o resultado obtido fosse aquele mostrado pelo 2 2 4
gráfico B, o tamanho de todas as plantas seria o mesmo, lançamentos consecutivos dos dois dados são eventos
independentemente da altitude de origem das sementes. independentes, 1 · 1 · 1 = 1 = 0, 0156 = 1, 56% .
A conclusão, nesse caso, seria a de que o fenótipo (ta- 4 4 4 64
manho das plantas) é dependente da ação ambiental. 19. a) O rei de paus é somente uma entre as 52 cartas do baralho.
9. a) A diferença deve-se à influência do ambiente na expressão 1
Portanto: P = = 0,0192 ou 1,92%.
do fenótipo. 52
b) As folhas emersas, largas e delgadas, têm ampla superfície, b) Na primeira retirada, há 12 cartas de copas em um total de
adaptada a captar luz solar para a realização de fotossíntese. 12
As folhas submersas, pequenas, finas e ramificadas, estão 52 cartas; portanto, P = . Na segunda retirada, 11 cartas
52
menos sujeitas ao ataque de predadores, como os peixes. de copas no total de apenas 51 cartas (pois uma carta já foi
10. c
11
11. a retirada); logo, P = . Como as duas retiradas são eventos
12. O gene que determina a síntese da albumina está presente em 51
todas as células nucleadas do corpo, inclusive nas dos rins e 12 11 132
independentes, P = · = = 0, 0497 ou 4,97%.
do cérebro, e não apenas nas células do fígado, porque todas 52 51 2.652
as células do organismo são derivadas do zigoto e possuem 20. De acordo com o princípio fundamental da contagem, o número
o mesmo patrimônio genético. Entretanto, alguns de seus de eventos combinados é o produto das probabilidades dos
genes só se expressam em determinadas células, levando-as eventos. Como são dois “tipos” de filhos de acordo com a cor
a produzir proteínas específicas. Assim, por exemplo, os dos olhos (azuis ou castanhos), três “tipos” de filhos de acordo
plasmócitos produzem anticorpos, as células precursoras com o cabelo, quatro “tipos” de filho de acordo com o grupo
dos glóbulos vermelhos fabricam hemoglobina, as células sanguíneo e um “tipo” de filho de acordo com a capacidade de
do fígado sintetizam albumina etc. enrolar a língua, o número de combinações possíveis é dado por
13. O pesquisador queria investigar a influência de um fator n = 2 · 3 · 4 · 1 = 24. Portanto, considerando-se simultaneamente
ambiental (no caso, a temperatura) na expressão de certa essas quatro características, são 24 “tipos” de filhos.
característica fenotípica (por exemplo, a velocidade da ger- 21. a) A probabilidade de ser uma menina, em um nascimento,
minação, o tamanho das plantas depois de certo tempo, a 1
coloração das folhas etc.). é igual a ou 50%. Como os nascimentos são eventos
2
14. Não. A aplicação de insulina induz modificações no fenótipo, 1 1 1 1
independentes, P = · · = = 0,125 ou 12,5%.
e não no genótipo. Como somente as informações contidas no 2 2 2 8
material genético são passadas aos descendentes, o indivíduo b) Existem três diferentes maneiras de nascerem dois meni-
diabético só poderá transferir aos filhos essa informação nos e uma menina: (1) menino — menino — menina,
genética, independentemente de receber ou não injeções de (2) menino — menina — menino, (3) menina — menino —
insulina. menino. Como a probabilidade de cada uma delas ocorrer

1
1 1 3 4. F – V – F – F
é , a probabilidade total será de 3 · = = 0, 375 ou 5. O criador deverá cruzar seus animais de pelagem preta, cujo
8 8 8
genótipo é desconhecido (BB ou Bb), com outros de pelagem

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37,5%.
branca (bb). Se os animais forem heterozigotos (Bb), os descen-
22. a) Como a determinação do sexo e a ocorrência da doença são dentes deverão ser pretos (Bb) e brancos (bb); se homozigotos
eventos independentes, P (menina e doente) = (BB), toda a prole deverá ser formada por animais pretos (Bb).
1 1 1 6. a) Os alelos serão representados por N (presença de bico de viúva)
= P (menina) · P (doente) = · = = 0, 05 ou 5%.
2 10 20 e n (ausência de bico de viúva). Pedro e Marina apresentam o
b) Os dois nascimentos são eventos independentes; portanto: fenótipo dominante bico de viúva, mas têm um filho que não
P (normal e normal) = P (normal) · P (normal) = apresenta; são, por conseguinte, heterozigotos Nn.
9 9 81 b) A descendência do casal tem a proporção genotípica
= · = = 0, 81 ou 81%. 1 NN : 2 Nn : 1 nn. Se Gustavo ainda não tivesse nas-
10 10 100
1 1 1 1 6 3 4 4 4 2
23. P = 6 · · · · = = = 0,375 (37,5%) cido, a probabilidade de que fosse heterozigoto seria
2 2 2 2 16 8 4
3 3 3 3 1 405 ou 50%. Entretanto, como Gustavo já nasceu e tem bico
24. a) P = 5 · · · · · = = 0,395 (39,5%) de viúva, não existe a possibilidade de que ele seja homo-
4 4 4 4 4 1.024
3 3 3 1 1 270 zigoto nn. Há três eventos possíveis, dos quais dois são
b) P = 10 · · · · · = = 0,264 (26,4%) favoráveis (ser heterozigoto), ou seja, a probabilidade de
4 4 4 4 4 1.024 2
que Gustavo seja heterozigoto é de ou 66,66%.
Capítulo 2 — Mono-hibridismo: Mendel 3
e variações 7. a) Como Paulo e Valéria possuem o lóbulo solto, e o filho
tem o lóbulo aderido, o fenótipo “lóbulo aderido” é
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recessivo, pois permaneceu oculto nos pais e se mani-


festou no filho. Os alelos podem ser representados por
A (determina a orelha com lóbulo solto) e a (condiciona
Conexões
orelha com lóbulo aderido). As pessoas que apresentam
1. Alternativa b
lóbulo solto podem ter genótipos AA ou Aa. Paulo e
2. a) Consiste na introdução de um gene no paciente por meio
Valéria têm orelha com lóbulo solto, mas geraram um
de um vetor, normalmente um vírus modificado, expres-
filho com lóbulo aderido; logo, são heterozigotos Aa. Em
sando uma proteína, da qual não havia informação genética
segunda gestação, a probabilidade de terem uma criança
adequada para sua produção. 3
b) “[…] e usaram um retrovírus para introduzir uma cópia com lóbulo da orelha solto é de ou 75%.
correta do gene nestas células.” 4
b) A probabilidade de Paulo e Valéria terem um filho com
1
lóbulo aderido é de ou 25%. Dois nascimentos são
4
1. a) Mendel chamava de “puras” as linhagens constituídas eventos independentes; portanto, a probabilidade de ocor-
exclusivamente por plantas que, por autofecundação, rência de tal característica é dada pelo produto das proba-
originavam somente descendentes iguais a elas. bilidades dos dois eventos. Assim, a probabilidade de
b) As linhagens puras resultavam de autofecundações suces- nascerem duas crianças com lóbulos aderidos é de:
sivas em que os descendentes diferentes dos genitores eram 1 1 1
· = ou 6,25%.
desprezados. 4 4 16
2. a) Como o macho possui asas normais, seu genótipo pode 8. a) São, pois se trata de uma linhagem de indivíduos hetero-
ser VV ou Vv. A fêmea de asas vestigiais tem genótipo vv, zigotos.
pois o alelo v é recessivo e só se expressa em homozigose. b) Não, porque o cruzamento entre heterozigotos pode resultar
Na descendência desse cruzamento, surgiram moscas com em descendentes de três genótipos diferentes: homozigotos
asas vestigiais (vv). Como um de seus alelos é proveniente dominantes, heterozigotos e homozigotos recessivos.
do pai, e o outro, da mãe, conclui-se que o macho tem 9. Para que o casal, que é normal, gere criança com a anomalia,
genótipo Vv, condição obrigatória para que, tendo asas ambos devem ser heterozigotos. Os avós maternos são he-
normais, possa produzir gametas contendo o alelo v e ter terozigotos porque são normais, mas têm um filho afetado;
descendentes de asas vestigiais. Portanto, o macho tem 2
genótipo Vv, e a fêmea vv. logo, a probabilidade de a mãe ser heterozigota é de .
3
b) O macho Vv produz dois tipos de gametas: 50% com o alelo Sendo o casal heterozigoto, a probabilidade de nascer uma
V, 50% com o alelo v. A fêmea vv só origina gametas com o 1
alelo v. As possíveis uniões desses tipos de gametas apre- criança com a doença é de . A probabilidade final será de
1 2 1 4
1
sentam uma prole com 50% (ou ) de descendentes Vv, · = = 0,167 ou 16,7%.
2 4 3 6
de asas normais, e 50% (ou 1 ) de descendentes vv, de 10. a) Pai: Aa; mãe: Aa; criança normal: AA ou Aa, criança albina:
asas vestigiais. 2 aa.
b) É a criança albina. Como expressa o fenótipo recessivo,
3. a) A forma das folhas do tomateiro é determinada por certamente seu genótipo é aa.
um par de alelos, sendo a variedade normal condicio- 11. a) A anomalia é condicionada por alelo recessivo, o que
nada pelo alelo dominante (B), e a “batata”, pelo alelo se constata pelo casal P3 – P4, ambos fenotipicamente
recessivo (b). normais, mas com um filho afetado (I.4).
b) (I) BB x bb; (II) Bb x Bb; (III) bb x bb; (IV) Bb x bb; b) O indivíduo I.2 tem genótipo Aa, pois não é afetado e tem
(V) BB x B_. mãe aa. O genótipo da mulher I.1 provavelmente é AA, pois

2
só tem filhos normais com um homem de genótipo Aa (se O cruzamento de machos e fêmeas com esse genótipo produz:
fosse heterozigota, poderia ter filhos afetados). Como a 1 2 a b 1 b b
descendência (cinco filhos) não é muito grande, não se tem dos descendentes AaAa, AA e A A . Portanto, a
4 4 4

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certeza de que a mulher seja homozigota (AA). porcentagem de descendentes que produzirão exclusivamen-
c) A determinação do sexo e a ocorrência da anomalia são 1
eventos independentes. Temos: P (homem e afetado) = te a albumina B será de ou 25%.
4
1 1 1
P (homem) x P (afetado) = · = . Ocorrendo dois nasci- 16. A resistência a essas variedades de ferrugem dever ser deter-
2 4 8 minada por um par de alelos codominantes, assim represen-
1 1 1
mentos, a probabilidade total será P = · = = 0, 0156 tados: L1 determina resistência à variedade 1, L2 condiciona
8 8 64 resistência à variedade 2. Plantas resistentes à variedade
ou 1,56%.
1 são L1L1, as resistentes à variedade 2 são L2L2, e plantas
12. a) resistentes a duas variedades são L1L2. Autofecundados, os
1 1 1
vegetais L1L2 produziriam a seguinte descendência: LL
4
2 1 2
(resistentes à variedade 1), L L (resistentes a ambas as
4
1 2 2
variedades) e L L (resistentes somente à variedade 2).
4
A decisão do agricultor, então, não é a mais acertada, porque
ele teria em sua plantação 50% de plantas suscetíveis a uma
b) Sendo a doença recessiva e muito rara, consideremos que das variedades de ferrugem. A melhor alternativa é só cultivar
apenas um dos genitores de Pedro e Paulo, bem como um plantas resultantes do cruzamento das que são resistentes à
dos genitores de Maria e Joana, deva ser heterozigoto para variedade 1 (L1L1) com as resistentes à variedade 2 (L2L2).
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esse par de alelos (Dd), enquanto o outro deve ser homo- Desse modo, todas as plantas teriam genótipo L1L2 e seriam
zigoto dominante (DD). Para que o casal (Paulo e Joana) resistentes a ambas as variedades de ferrugem.
tenha uma criança afetada, devemos considerar três even- 17. Os embriões mortos devem ter genótipo AA (pelagem amare-
tos: (1) Paulo deve ser heterozigoto; (2) Joana deve ser la). O alelo A, em dose dupla, é letal, o que explica a proporção
heterozigota; (3) o descendente deve ser homozigoto re- de 2:1 na prole do cruzamento entre ratos de pelagem amarela
cessivo. A probabilidade do evento 1 é de 1 ; a probabi- e a redução de 25% do número de descendentes.
2 18. a) Trata-se de um caso de pleiotropia. São exemplos humanos
lidade do evento 2 é de 1 ; a probabilidade do evento 3 é a anemia falciforme (alteração da molécula de hemoglo-
2
de 1 ; Como os três eventos são independentes, a proba- bina, que também causa fraqueza, aumento da quantidade
4 de medula óssea vermelha, redução das funções mentais
bilidade de ocorrência de todos eles é dada pelo produto
e insuficiência cardíaca, entre outras manifestações), a
1 1 1 1
de suas probabilidades: · · = = 0,0625 ou fenilcetonúria (incapacidade de metabolizar o aminoácido
2 2 4 16 fenilalanina, o que também altera a composição da urina,
6,25%.
a cor da pele e provoca retardo mental) e a fibrose cística
c) Se considerarmos que o casal (Paulo e Joana) já tem uma (afeta a produção de uma glicoproteína e altera a compo-
criança afetada, então podemos concluir que eles são sição de certas secreções corporais, como o suor, a bile e
obrigatoriamente heterozigotos (Dd x Dd). Sendo assim, o suco pancreático).
a probabilidade de nascimento de uma outra criança afe- b) As penas têm importante função no isolamento térmico,
1 que dificulta a dissipação de calor do corpo para o am-
tada é de ou 25%.
13. d 4 biente. Penas anormalmente arrepiadas retêm menos calor,
Trata-se de dominância incompleta, em que os homozigotos provocando excessivo gasto de energia na manutenção da
têm cabelos lisos (LL) ou crespos (CC), e os heterozigotos, temperatura corporal das aves. Com isso, há uma hiper-
cabelos ondulados (CL). trofia de órgãos relacionados com a digestão (principal-
14. a) Representação dos alelos: CP para plumagem preta e CB mente da moela, órgão de trituração mecânica dos
alimentos). Com o excessivo consumo de energia na re-
para plumagem branca. O cruzamento CP CB (azulada) x gulação da temperatura corporal, ocorre déficit energético
1 em outras funções, particularmente na reprodução, o que
CP CB (azulada) resultaria em (25%) CP CP (pretas),
4 explica a pequena produtividade de ovos.
1 1 19. e
(50%) CP CB (azuladas), (25%) CB CB (brancas).
2 4 A mulher normal (genótipo nn) é casada com um homem
b) As aves pretas têm genótipo CP CP. A descendência do portador de doença autossômica dominante. O genótipo pro-
cruzamento seria 100% CP CP (pretas). vável desse indivíduo é Nn, pois nenhuma das alternativas é
compatível com a hipótese de ele ser homozigoto dominante
c) As aves brancas têm genótipo CB CB. A descendência do
(NN). Estando a mulher grávida de gêmeos monozigóticos (ou
cruzamento seria 100% CB CB (brancas). idênticos), basta determinar a probabilidade de que o zigoto
15. a) Trata-se de codominância, pois os alelos relacionados com único que originou esses gêmeos seja heterozigoto (genótipo
a produção dos dois tipos de albumina manifestam-se nos Nn), para que ambas as crianças sejam afetadas. Assim, a
descendentes. 1
b) Os alelos podem ser representados por Aa (produção de al- probabilidade é de ou 50%. Os gêmeos dizigóticos (ou
2
bumina A) e Ab (produção de albumina B). Dessa forma, na fraternos) originam-se de dois zigotos, sendo geneticamente
geração parental a égua é AaAa (produtora de albumina A) diferentes como dois irmãos quaisquer. Nesse caso, existem
e o cavalo AbAb (produtor de albumina B). Todos os descen- quatro combinações: (1) portador e portador; (2) portador e
dentes são AaAb e produzem os dois tipos de albumina. não portador; (3) não portador e portador; (4) não portador

3
e não portador. Como nas três primeiras combinações existe 4. Soma = 38 (02 + 04 + 32).
pelo menos um dos gêmeos afetado, conclui-se que a proba- (01) Pais do grupo A não são portadores do alelo IB, portanto
3 não geram descendentes do grupo AB.

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bilidade é de ou 75%.
4 (08) A mulher do grupo AB, não possuindo o alelo i, não pode
20. a) De acordo com o general, caso o soldado fosse descendente do ter filho do grupo O (ii).
estrategista que teria levado Napoleão à derrota em Waterloo, (16) Pais dos grupos B e O não portam o alelo IA e, por isso,
estaria demonstrado que a capacidade como estrategista seria não geram descendentes do grupo AB.
uma característica determinada geneticamente. 5. a) As hemácias contendo o aglutinogênio A seriam atacadas
b) A maneira mais conhecida de quantificar a influência do por anticorpos anti-A, presentes no sangue do receptor
genótipo em determinada característica é o estudo com- (do grupo B). Aglutinadas, essas hemácias seriam destruí-
parativo de pares de gêmeos monozigóticos criados juntos das, isto é, sofreriam hemólise.
e pares criados separados. Quanto maior a influência do b) Se o aglutinogênio estivesse no citoplasma (no interior da
genótipo, menor deve ser a influência ambiental, que, se célula), ficaria fora do alcance da aglutinina correspon-
existisse, provocaria significativas diferenças fenotípicas dente. Estando na superfície da célula, o aglutinogênio
entre os gêmeos monozigóticos criados separados. está exposto à ação da aglutinina.
21. c 6. a) Aglutinina anti-A não existe em sangue dos grupos A e
A influência relativa do fator genético e do ambiente pode ser AB, que totalizam 15 litros.
determinada pela análise de gêmeos monozigóticos criados em b) O receptor que só possui aglutinogênio B pertence ao gru-
ambientes distintos. Uma grande diferença entre eles, na manifes- po B e pode receber sangue dos grupos B (7 litros) ou
tação de uma característica, indica grande influência ambiental, O (10 litros), totalizando 17 litros disponíveis.
uma vez que são dotados do mesmo genótipo. Com base nisso, 7. Embora a hemólise decorrente de uma transfusão incompa-
pode-se dizer, observando a tabela, que o peso é a característica tível geralmente esteja relacionada à aglutinação (ligação)
com maior influência ambiental, enquanto altura e comprimento entre aglutininas (anticorpos) do receptor e aglutinogênios
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da cabeça devem sobretudo aos genes sua determinação. (antígenos) do doador, grandes quantidades de sangue do
22. a) Gêmeos idênticos possuem o mesmo genótipo, pois se ori- grupo O, doadas a receptores dos grupos A, B ou AB, podem
ginam de uma única célula-ovo, que, se apresentar o alelo representar a entrada, no organismo, de uma grande quanti-
causador de fenilcetonúria em homogizose, originará duas dade de anticorpos anti-A e anti-B, que causariam hemólise
crianças doentes. Na descendência de um casal de hetero- ao encontrarem hemácias contendo os aglutinogênios A ou
1 B ou ambos.
zigotos, a probabilidade de isso ocorrer é de ou 25%.
4 8. Caso 1: O e B; caso 2: O; caso 3: AB.
b) Gêmeos fraternos originaram-se de diferentes zigotos,
9. a) Orlando: IAi; Leila: IBi.
resultantes da fecundação de dois gametas femininos
por dois espermatozoides. Geneticamente, são como 1
b) É de (25%), pois é essa a probabilidade de nascimen-
dois irmãos quaisquer, e a probabilidade de ambos se- 4
rem doentes é o produto das probabilidades dos dois to de uma criança com sangue do tipo AB, que aglutina
eventos, isto é, gêmeos fraternos são interpretados como com soro anti-A e com soro anti-B.
‘eventos independentes’. A probabilidade será de 10. a) Uma mulher do grupo A (genótipo IAi) pode ter um filho
1 1 1 do grupo O (genótipo ii) com homens dos grupos A (IAi),
· = ou 6,25%.
4 4 16 B (IBi) ou O (ii).
23. a b) Se o homem fosse do grupo AB (genótipo IAIB), estaria
24. O par de alelos será assim representado: N determina o apa- excluída a possibilidade de ele ser o pai dessa criança.
recimento da doença, n condiciona o fenótipo normal. Em c) Existe concordância de 50% quando o DNA de uma pes-
princípio, a probabilidade de que uma criança desse casal soa é comparado com o de seu pai ou com o de sua mãe,
(homem doente Nn e mulher normal nn) seja afetada pela e não existem duas pessoas (exceto gêmeos idênticos) que
doença é de 50%. Entretanto, esse alelo tem penetrância de possuam DNAs iguais. A precisão do teste de DNA é
15%, ou seja, apenas 15% das pessoas portadoras do alelo quase absoluta.
manifestam seu efeito. Dos descendentes com genótipo Nn, 11. a) IAi IAi
que são 50% do total, 15% terão a doença, e os restantes serão Pai A Mãe A
normais. A porcentagem esperada de descendentes doentes
equivale, então, a 15% dos descendentes portadores desse ii
Bebê O
genótipo, ou seja: 0,5 · 0,15 = 0,0075 ou 7,5%.
b) Porque, diferentemente da tipagem sanguínea, que pode
excluir a suposta paternidade, mas não pode confirmá-la
Capítulo 3 — Grupos sanguíneos com certeza, o exame de DNA pode revelar a paternida-
de com certeza quase absoluta.
12. a) V – fenótipo A, genótipo IAi; VI – fenótipo B, genótipo
IBi; VIII – fenótipo AB, genótipo IAIB.
Conexões b) Para nenhum deles, pois ele possui sangue AB (com aglu-
Alternativa e tinogênios A e B) e todos os seus irmãos possuem algum
tipo de aglutinina (anti-B no indivíduo IX, anti-A no in-
divíduo X e ambas no indivíduo XI).
13. a) Para evitar a ocorrência de reação antígeno-anticorpo entre
1. P = 0 (zero) aglutinogênios das hemácias do sangue transfundido (do
2. Cch x chca, Cca x chch ou Cch x chch. doador) e aglutininas do plasma do receptor.
3. O cruzamento ocorre entre F_ e fA_, gerando, entre outros, b) Porque uma pessoa Rh negativo só produz anticorpos
descendentes ff. Consequentemente, os pais devem ser hete- anti-Rh depois do primeiro contato com sangue Rh po-
rozigotos Ff e f Af. sitivo. Esse contato pode ocorrer por meio de transfusão

4
ou durante a gestação e o parto. Em se tratando de um pelo fato de os ovócitos colaborarem com o conteúdo citoplas-
homem que nunca recebeu transfusão, mesmo sendo Rh mático na fecundação, e não o espermatozoide.
negativo, certamente ele não havia sido previamente 3. Daiane resulta de muitas combinações genéticas possíveis na

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sensibilizado. ancestralidade referida no texto.
c) Sangue O Rh negativo, que não possui os aglutinogênios
(antígenos) A e B nem o fator Rh.
14. a) Tendo mãe do grupo O Rh– (genótipo iidd), o indivíduo
5 tem genótipo I Bi Dd. Tendo pai do grupo O (genótipo ii), 1. e
o indivíduo 6 tem genótipo IAidd. O cruzamento 5 x 6 2. d
produz a seguinte descendência quanto ao sistema ABO: O genótipo do homem é AaddFF, o que lhe permite formar
dois diferentes tipos de gametas.
1 IAIB (grupo AB), 1 IAi (grupo A), 1 IBi (grupo B),
3. a) Devem ser aceitas como válidas somente as respostas
4 4 4 que colocarem cada par de alelos em um par diferente de
1 cromossomos homólogos.
ii (grupo O). Quanto ao sistema Rh, a descendência
4 b) O quinto par de alelos (Ee) deverá estar obrigatoriamente
1 1
será: Dd (Rh+), dd (Rh–). A probabilidade de nascer em qualquer par dos quatro pares de cromossomos homó-
2 2
1 1 1 logos.
um descendente do grupo AB Rh+ será: · = . A pro- 4. d
4 2 8
babilidade de serem dois descendentes com esse fenótipo O cruzamento é: AaBbCc x AaBbCc. A melhor pontuação
1 1 1 seria a do genótipo AABBCC, e a pior, a do genótipo aabbcc.
será de · = .
8 8 64 Temos: P (AABBCC) = P (AA) · P (BB) · P (CC) =
b) O fato de já ter filho do grupo AB Rh+ não altera a pro- 1 1 1 1
babilidade de ter outro filho de mesmo fenótipo, pois são = · · = = 0,015 ou 1,5%. Da mesma forma, P (aabbcc)
4 4 4 64
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

eventos independentes. Assim, a probabilidade de nascer 1 1 1 1


1 = P (aa) · P (bb) · P (cc) = · · = = 0,015 ou 1,5%.
outro filho com o fenótipo em questão será de . 5. b 4 4 4 64
15. b 8
Na geração P, os indivíduos são BrBrSuSuYY e brbrsusuyy,
16. e que geram uma F1 com 100% dos indivíduos BrbrSusuYy. Tais
A DHRN ocorre somente quando a mãe é Rh– e está grávida indivíduos, cujos genótipos têm três pares de alelos em heterozi-
de criança Rh+; logo, o pai deve ser Rh+. gose, formam oito tipos diferentes de gametas. Os cruzamentos
17. e de cada par de alelos, considerados individualmente, geram
18. d duas classes fenotípicas, totalizando oito fenótipos distintos.
19. c 6. e
O bebê, cujos pais são Rh– (genótipo dd) e Rh+ (genótipo DD), O cruzamento será MmCc (visão normal e destro) x mmCc
será Rh+ (genótipo Dd) e poderá ser afetado por anticorpos (míope e destra). Na descendência, P (M_C_) = P (M_) · P
anti-Rh, dos quais a mãe de aluguel, que já teve filho com
1 3 3
DHRN, é portadora. (C_) = · = = 0,375 ou 37,5%.
20. d 2 4 8
7. b
21. b Uma planta de sementes lisas e amarelas di-híbrida é RrVv,
22. c que forma os seguintes tipos de gametas: 25% RV, 25% Rv,
23. b 25% rV e 25% rv. Dos quatro tipos de gametas, três têm pelo
A criança, cujo genótipo é iiDdLMLM, não pode ter pai do 3
grupo AB (o que elimina a alternativa a), do grupo Rh– (o menos um alelo dominante ( ou 75%).
4
que elimina as alternativas d e e) e do grupo N (o que elimina 1
8. a) P = = 0,25 (25%)
a alternativa c). 4
24. Quanto ao sistema ABO, não se pode excluir a possibilidade 1
de a criança ser filha do casal. Se os supostos pais forem b) P = = 0,5 (50%)
2
heterozigotos (IA i e IB i), eles podem ter uma criança do 9. a) O macho tem três pares de alelos em heterozigose; portanto
grupo O (ii). Em relação ao sistema Rh, mais uma vez, não forma 2³ = 8 tipos de gametas. A fêmea possui quatro pares
se pode contestar a alegação do casal. Mesmo o homem sen- de alelos em heterozigose; por isso, forma 24 = 16 tipos
do Rh negativo, a mulher poderia transmitir para a criança o de gametas.
alelo D, que determinaria Rh positivo. Entretanto, a suposta b)
paternidade é descartada pela observação do sistema MN: Macho Fêmea
Genótipos na
Quantidade
um homem do grupo M (LMLM) não pode ter descendentes prole
Aa AA AA, Aa 2
do grupo N (LNLN).
Bb Bb BB, Bb, bb 3
Cc Cc CC, Cc, cc 3
Capítulo 4 — P
 oli-hibridismo: Mendel e
dd Dd Dd, dd 2
variações EE Ee EE, Ee 2
Para resolver esse tipo de questão, o procedimento mais
simples é transformar o poli-hibridismo em vários casos de
Conexões mono-hibridismo independentes um do outro. Dessa forma,
1. Por ele não sofrer grandes alterações geralmente ao passar analisamos no quadro, de forma separada, os cruzamentos
de pai para filho, sendo um “banco genético” natural da an- de vários pares de alelos. Como são eventos independentes
cestralidade paterna. (um cruzamento não interfere no outro), o resultado final será
2. Pelo fato de as mitocôndrias possuírem DNA próprio, além de o produto das quantidades parciais, ou seja, 2 ∙ 3 ∙ 3 ∙ 2 ∙ 2 = 72
terem transmissão via materna (“mãe w filho; mãe w filha”) genótipos diferentes.

5
c) Deve-se trabalhar com vários pares de alelos em separado 16. b
e, no final, fazer o produto das probabilidades parciais. São 17. a) É o cruzamento 3. No cruzamento 1, a proporção espera-
cinco cruzamentos: 1 1

Biologia
da de brancos é de (6,25%); no cruzamento 2, de
1 16 1 8
(1) Macho Aa e fêmea AA: P(descendente Aa) = (12,5%); no cruzamento 3, de (25%).
2 4
1 b) O criador precisará de cinco cruzamentos, que deverão
(2) Macho Bb e fêmea Bb: P(descendente bb) = gerar quarenta descendentes, dos quais se espera que 25%
4
sejam brancos.
1
(3) Macho Cc e fêmea Cc: P(descendente Cc) = 18. a) AaBbCc.
2 b) Poderá formar 8 tipos de gametas (ABC, ABc, AbC, Abc,
1 aBC, aBc, abC e abc).
(4) Macho dd e fêmea Dd: P(descendente dd) = 3
2 c) Será de (0,75 ou 75%).
1 4
(5) Macho EE e fêmea Ee: P(descendente Ee) = 19. Na geração F2, espera-se a proporção fenotípica de
2
9 púrpura : 7 brancas.
1 1 1 1 1 1 Portanto, em um total de 160 descendentes, devem ser encon-
A probabilidade final será: · · · · = = 0, 015 ou
2 4 2 2 2 64 trados 90 com flores púrpura.
1,5%. 20. Esse é um caso de epistasia recessiva, no qual dois pares de
1 1 1 alelos determinam a coloração das cobaias. Podemos supor
10. a) P(pontuação máxima) = · = (6,25%). P(pontuação mínima)
4 4 16 que o alelo A condicione pigmento preto, enquanto o alelo
1 1 1 a não produz pigmento. O alelo I, situado em outro cromos-
= · = (6,25%)
4 4 16 somo, não suprime a ação do par Aa, ao passo que o alelo
b) Os vice-campeões (genótipos AABb ou AaBB) receberam i suprime a ação desse par. O cruzamento deve ter ocorrido
Reprodução proibida. Art. 184 do Código Penal e Lei 9.610 de 19 de fevereiro de 1998.

quinze pontos; os cães classificados em penúltimo lugar entre AAii e aaII (ambas cobaias albinas). A descendência teve
(Aabb ou aaBb) receberam cinco pontos. 100% de cobaias AaIi, que são pretas, pois o alelo inibidor
11. d (i), que é recessivo, não está em homozigose.
12. São comparados um caso de polialelia (com os polialelos 2 1. a) É um caso de epistasia recessiva, pois o alelo h determina
A1, A2, A3 e A4) e um caso de interação gênica (B1 e B2, C1 e a ausência do antígeno H e, consequentemente, não se
C2). Há mais genótipos possíveis no primeiro caso, em que expressam os alelos IA e IB.
são dez: A1A1, A1A2, A1A3, A1A4, A2A2, A2A3, A2A4, A3A3, A3A4 b) Se levássemos em conta apenas a herança do sistema
e A4A4. No caso de interação gênica, são nove os genótipos ABO, o indivíduo 3 não poderia pertencer ao grupo O.
possíveis: B1B1 C1C1, B1B2 C1C1, B2B2 C1C1, B1B1 C1C2, Provavelmente, ele é homozigoto para o alelo h (genóti-
B1B2 C1C2, B2B2 C1C2, B1B1 C2C2, B1B2 C2C2 e B2B2 C2C2. po hh), não produzindo os aglutinogênios A e B. Os
13. a) A proporção fenotípica na geração F2 (9 : 6 : 1) sugere a genótipos mais prováveis são: (1) IA IB Hh, (2) IB i Hh,
participação de dois pares de alelos que se segregam in- (3) _ _ hh, (4) IA i H_, (5) IB i H_.
dependentemente, interagindo na determinação da forma 22. d
do fruto. Uma hipótese aceitável é que se trata de um caso 23. A presença de quatro alelos aditivos acrescenta 20 g ao fe-
de interação gênica, no qual possivelmente as plantas com nótipo residual; assim, cada alelo aditivo acrescenta 5 g ao
pelo menos um alelo dominante em apenas um dos pares de fenótipo residual, que é de 20 g. A planta de genótipo AABb
9 tem três alelos aditivos e tem frutos com 35 g.
alelos têm frutos esféricos. A geração F2 teria: A_B_
16 24. a) F1
3 3
(frutos discoides), A_bb (frutos esféricos), aaB_
16 16
1
(frutos esféricos), aabb (fruto alongado).
16
b) Geração P: fruto discoide (AABB) x fruto alongado (aabb);
40 Ganho (g)
geração F1: fruto discoide (AaBb). F2
14. Proporções genotípicas: 2 AABb : 2 AaBb : 1 AABB : 1
AaBB : 1 AAbb : 1 Aabb.
Proporções fenotípicas: 6 púrpura : 2 vermelhos (ou 3 púr-
pura: 1 vermelho)
15. a) Trata-se de um caso de interação gênica simples (ou genes
complementares), e a correspondência entre genótipos e 30 35 40 45 50 Ganho (g)
fenótipos é a seguinte: A_M_, fruto vermelho; A_mm, fruto 9
amarelo; aaM_, fruto marrom; aamm, fruto verde. b) Na geração F2, teríamos: A_B_ (ganho diário de 50 g),
16
b) Planta verde (genótipo aamm) cruzada com planta de 3 3
frutos amarelos duplo-homozigota (AAmm) resulta em A_bb (ganho diário de 40 g), aaB_ (ganho diário
16 16
descendência com 100% de plantas com genótipo Aamm 1
de 40 g), aabb (ganho diário de 30 g).
(frutos amarelos). 16

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