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Extrato de semente de uva pode matar células de

câncer, diz estudo


quinta-feira, 1 de janeiro de 2009, 09:21 | Online

Substância levou células de leucemia ao 'suicídio' e preservou


as saudáveis.

Um estudo conduzido por pesquisadores americanos sugere que


extrato de sementes de uva pode destruir células cancerígenas.

Os cientistas, da Universidade de Kentucky, realizaram experiências


de laboratório e mostraram que, em 24 horas, 76% de células de
leucemia expostas ao extrato foram mortas e as células saudáveis
ficaram intactas.

A pesquisa abre caminho para novos tratamentos contra o câncer,


mas os especialistas disseram que ainda é muito cedo para
recomendar que as pessoas comam uvas como forma de evitar a
doença.

As sementes de uva contêm alta concentração de antioxidantes,


conhecidos por sua propriedades contra o câncer.

Pesquisas anteriores já haviam mostrado que o extrato da semente


da fruta pode ser eficaz no combate a células cancerígenas da pele,
mama, intestino, pulmão, estômago e próstata.

Suicídio
No entanto, o estudo americano é inédito ao provar as ações do
extrato contra a leucemia.

Na experiência, os cientistas expuseram as células doentes a altas


doses do extrato, levando várias delas a "cometerem suicídio", em
um processo conhecido como apoptose.

Os pesquisadores observaram que o extrato ativou a proteína JNK,


que ajuda a regular o processo de auto-destruição celular. Ao
exporem as células de leucemia a um agente que inibe a proteína
JNK, o efeito do extrato da semente de uva foi interrompido.

O autor do estudo, Xianglin Shi, disse que os resultados podem


levar à incorporação de novos agentes na prevenção ou tratamento
da leucemia e de outros tipos de câncer.

"O que todos buscam é um agente que tenha um efeito nas células
cancerígenas, mas que deixe as saudáveis intactas. E o extrato de
semente de uva se encaixa nesta categoria", afirmou o pesquisador.

O estudo foi reproduzido na publicação especializada Clinical


Câncer Research.

http://www.estadao.com.br/vidae/not_vid301300,0.htm

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ANTICÂNCER
O estresse: óleo para o fogo

Dentre as causas que fazem “explodir” a produção de substâncias


inflamatórias, existe uma cujo papel é raramente mencionado
quando se fala de câncer: trata-se do estresse psicológico. Cada
acesso emocional, cada raiva, cada pânico desencadeia em nosso
organismo a secreção de doses elevadas de noradrenalina (o
hormônio dito “do combate ou da fuga”) e de cortisol, o hormônio do
estresse por excelência. Eles preparam o corpo para a possibilidade
de uma ferida, e portanto estimulam imediatamente os fatores de
inflamação necessários à reparação dos tecidos. Estes últimos são
também o adubo dos tumores cancerosos, quer sejam declarados
ou latentes.
A descoberta do papel-chave da inflamação na progressão dos
cânceres é ainda muito recente. Uma pesquisa na grande base de
dados MedLine sobre os artigos em inglês publicados sobre o tema
mostra que o interesse científico está apenas começando (2 em
1990, 37 em 2005). É uma das razões pelas quais as escolhas que
nos permitiriam controlar as inflamações no nosso corpo são
raramente destacadas nos conselhos de prevenção ou de
tratamento que recebemos.* É preciso acrescentar que os
medicamentos antiinflamatórios existentes apresentam efeitos
secundários demais para se tornarem boas soluções para o
problema. Portanto, graças sobretudo aos meios naturais ao
alcance de cada um de nós é que poderemos agir para reduzir a
inflamação em nosso organismo. Simplesmente, temos que eliminar
as toxinas pró-inflamatórias de nosso meio ambiente, adotar uma
alimentação voltada para o combate do câncer,
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* Uma exceção notável é o livro muito completo intitulado Previnir, de Philippe
Presles e Catherine Solano, dois médicos especialistas em prevenção, que foram
uns dos primeiros na França a acentuar a importância das recomendações
originárias das pesquisas científicas sobre a inflamação.

Cuidar de nosso equilíbrio emocional e satisfazer a necessidade


que nosso corpo tem de se mexer e gastar energia [atividade física
regular]. Nós voltaremos a esses pontos nos capítulos dedicados a
cada um desses temas. Como essas intervenções não
necessitam de uma receita médica, a maior parte dos
médicos não as consideram relevantes em seus
consultórios. Compete, pois, a cada um de nós tratar de
apropriá-las.

Fatores de agravamento Fatores de proteção


Dieta ocidental tradicional Dieta mediterrânea, cozinha indiana,
cozinha asiática
Depressão e sentimentos de Domínio da própria vida, leveza,
impotência serenidade
Menos de 20 minutos de atividade 30 minutos de caminhada seis vezes
física por dia por semana
Fumaça de cigarro, poluição Meio ambiente limpo
atmosférica, poluentes domésticos

TABELA 3 – As principais influências sobre a inflamação. A inflamação


desempenha um papel-chave na progressão dos cânceres. Nós podemos agir
para reduzi-la no nosso organismo graças a meios naturais ao alcance de
todos.

(TRECHO; páginas 58 a 59, do livro “Anticâncer” Prevenir e vencer usando


nossas defesas naturais / David Servan-Schreiber ; ilustrações Sylvie Dessert ;
tradução Rejane Janowitzer. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2008.)

“Anticâncer” Prevenir e vencer usando nossas defesas naturais /


David Servan-Schreiber ; ilustrações Sylvie Dessert ; tradução
Rejane Janowitzer. – Rio de Janeiro : Objetiva, 2008.

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