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08/07/12

Mario Quintana: Ah, sim, a velha poesia... Poesia, a min...

Mario Quintana: Ah, sim, a velha poesia... Poesia, a min...


Ah, sim, a velha poesia... Poesia, a minha velha amiga... eu entrego-lhe tudo a que os outros no do importncia nenhuma... a saber: o silncio dos velhos corredores uma esquina uma lua (porque h muitas, muitas luas...) o primeiro olhar daquela primeira namorada que ainda ilumina, alma, como uma tnue luz de lamparina, a tua cmara de horrores. E os grilos? No esto ouvindo l fora, os grilos? Sim, os grilos... Os grilos so os poetas mortos. Entrego-lhes grilos aos milhes um lpis verde um retrato amarelecido um velho ovo de costura os teus pecados as reivindicaes as explicaes - menos o dar de ombros e os risos contidos mas todas as lgrimas que o orgulho estancou na fonte as exploses de clera o ranger de dentes as alegrias agudas at o grito a dana dos ossos... Pois bem, s vezes de tudo quanto lhe entrego, a Poesia faz uma coisa que parece que nada tem a ver com os ingredientes mas que tem por isso mesmo um sabor total: eternamente esse gosto de nunca e de sempre. Mario Quintana Adicionar minha coleo Na coleo de 1 pessoa(s) Inserida por thamynf Reportar / Denunciar
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