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Os riscos da proposta para mudar o licenciamento ambiental
Os riscos da proposta para mudar o licenciamento ambiental
notas:
Duração:
24 minutos
Lançados:
22 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
Há muito tempo, as licenças ambientais fazem parte da rotina de empreendedores, produtores rurais, órgãos ambientais e da Justiça. Elas são obrigatórias sempre que se trata de uma obra com significativo impacto ao meio ambiente, e seguem uma legislação redigida ainda em 1981. Em 1986, o Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) criou os relatórios de impacto ambiental, que são estudos detalhados sobre a área de influência do projeto, e de que forma ele interage com o solo e altera a vida das comunidades locais. Em 1997, as etapas do licenciamento foram definidas. De lá pra cá, os empreendimentos se transformaram, os órgãos ambientais se estruturaram e a disputa em torno das regras só aumentou. A polêmica começou antes mesmo da Constituição de 1988, e o debate no Congresso sobre o aperfeiçoamento das regras do licenciamento teve início em 2004, quando houve uma primeira versão de proposta. Depois de passar por várias comissões, nenhum consenso foi alcançado. Porém, na semana passada, estimulado pelo Palácio do Planalto, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) pôs o projeto em votação, que foi aprovado pelo plenário. O relatório do deputado Neri Geller (PP-MT) flexibiliza a emissão de licenças, e dispensa de fiscalização uma série de propriedades. O relator afirma que o texto torna o licenciamento mais rigoroso, simples e eficiente, tese refutada por ambientalistas e por nove ex-ministros do Meio Ambiente, de diferentes governos. No Ao Ponto desta terça-feira, o diretor de Políticas Públicas do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), Eugênio Pantoja, explica de que forma o projeto aprovado pela Câmara abre caminho para a degradação de áreas protegidas e quais são as alternativas para melhorar o sistema de licenciamento.
Lançados:
22 de jun. de 2021
Formato:
Episódio de podcast
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Como a lei trata as omissões, falhas e desvios no alvo da CPI?: Antes mesmo do início da CPI da Covid no Senado, já era notório o esforço do Palácio do Planalto para impedir o avanço da comissão sobre as falhas do governo federal no combate à pandemia no Brasil. Além de trabalhar para que a investigação mire na destinação de recursos federais a estados e municípios, o governo também atua para reduzir o impacto de temas como a demora para a compra de vacinas; o desestímulo ao distanciamento social; e a defesa do tratamento precoce, mesmo sem amparo científico. Para isso, como ficou demonstrado em requerimentos redigidos por uma assessora dentro do Planalto, usa a estratégia de convocar médicos que defendam as teses do governo. O plano é dificultar a tipificação de eventuais crimes relacionados a esses temas, que poderão subsidiar órgãos como a Polícia Federal (PF), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF). Se a punição pelo desvio de dinheiro público é be de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)