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O incômodo da cúpula militar com o comando da CPI da Covid
O incômodo da cúpula militar com o comando da CPI da Covid
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Length:
25 minutes
Released:
Jul 9, 2021
Format:
Podcast episode
Description
Na quarta-feira (7), o presidente da CPI da Covid, senador Omar Aziz (PSD-AM), fez uma declaração sobre o “lado podre das Forças Armadas”, em referência aos militares ligados a irregularidades no Ministério da Saúde investigadas pela Comissão. A fala provocou reação imediata dos comandantes das Forças Armadas e do ministro da Defesa, o general Braga Netto. Em nota, os comandantes das Forças Armadas afirmaram que o parlamentar fez uma generalização grave e destacaram que "ataques levianos" não serão aceitos.
O comunicado foi assinado pelos generais, mas sua redação contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro. Omar Aziz interpretou a mensagem como uma tentativa de intimidação e afirmou que não vai recuar. Para acalmar os ânimos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tentou pôr panos quentes e disse que tudo foi um “mal entendido”. A resposta de Pacheco, no entanto, não agradou Omar Aziz, que disse que faltou ao presidente do Senado reagir contra a tentativa de intimidação. No dia seguinte, quinta-feira (8), o próprio ministro da Defesa conversou com Pacheco para esfriar o assunto. Braga Netto teria dito que a nota foi uma reação pontual à fala de Aziz, mas que não haveria nada pessoal contra o senador. Em resposta, o presidente do Senado repetiu que tudo não passou de um mal entendido e disse que o assunto estava encerrado. Porém, o desgaste entre a cúpula militar e a CPI da Covid extrapola a declaração dada pelo presidente da comissão. No Ao Ponto desta sexta-feira, a colunista Bela Megale e a repórter Julia Lindner explicam como o avanço da CPI provoca atritos entre os generais e os senadores. Já o colunista Merval Pereira analisa o tom da nota da Defesa e dos comandantes das Forças Armadas e os desdobramentos das investigações atingem oficiais deslocados para o Ministério da Saúde.
O comunicado foi assinado pelos generais, mas sua redação contou com a participação do presidente Jair Bolsonaro. Omar Aziz interpretou a mensagem como uma tentativa de intimidação e afirmou que não vai recuar. Para acalmar os ânimos, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), tentou pôr panos quentes e disse que tudo foi um “mal entendido”. A resposta de Pacheco, no entanto, não agradou Omar Aziz, que disse que faltou ao presidente do Senado reagir contra a tentativa de intimidação. No dia seguinte, quinta-feira (8), o próprio ministro da Defesa conversou com Pacheco para esfriar o assunto. Braga Netto teria dito que a nota foi uma reação pontual à fala de Aziz, mas que não haveria nada pessoal contra o senador. Em resposta, o presidente do Senado repetiu que tudo não passou de um mal entendido e disse que o assunto estava encerrado. Porém, o desgaste entre a cúpula militar e a CPI da Covid extrapola a declaração dada pelo presidente da comissão. No Ao Ponto desta sexta-feira, a colunista Bela Megale e a repórter Julia Lindner explicam como o avanço da CPI provoca atritos entre os generais e os senadores. Já o colunista Merval Pereira analisa o tom da nota da Defesa e dos comandantes das Forças Armadas e os desdobramentos das investigações atingem oficiais deslocados para o Ministério da Saúde.
Released:
Jul 9, 2021
Format:
Podcast episode
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As versões e as contradições de Pazuello na CPI - parte 1: Como já se previa, o ex-ministro Eduardo Pazuello foi de terno e gravata, e não com o uniforme do Exército, para a CPI da Covid. Mas deixou claro, logo no início seu depoimento, que passou nove meses no Ministério da Saúde para cumprir uma missão dada pelo presidente Jair Bolsonaro. Uma vez no cargo, no entanto, segundo a versão do ex-ministro, o presidente já não apitava em mais nada. Nem na política de compra de vacinas, nem na orientação - ou na falta dela - sobre o distanciamento social, nem na indução ao uso do chamado tratamento precoce, sem amparo científico. Se por um lado o ex-ministro retirava de Bolsonaro a responsabilidade sobre qualquer ato do ministério da Saúde na pandemia, por outro, se esquivava da sua própria responsabilidade. Por vezes mentiu, em temas sensíveis, como a falta de oxigênio em Manaus e a adoção de uma plataforma oficial que recomendava o uso da cloroquina, chamada de TrateCovid. Foi assim que Pa by Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)