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Como deve ser o Bolsa Família turbinado?
Como deve ser o Bolsa Família turbinado?
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Length:
24 minutes
Released:
Aug 6, 2021
Format:
Podcast episode
Description
A um ano das eleições, o presidente Jair Bolsonaro pressiona sua equipe econômica para turbinar o Bolsa Família de forma a dobrar o valor médio do benefício, que hoje é de R$ 192, para alcançar os R$ 400. Mas todas as contas feitas até agora pela equipe econômica indicam que, sim, haverá um aumento importante, que elevará o valor médio para R$ 300. Porém, não será possível alcançar o valor pretendido pelo presidente. O novo Bolsa Família já tem até nome. Será batizado inicialmente de Auxílio Brasil, uma marca que associa o programa criado e aperfeiçoado em governos anteriores ao auxílio emergencial, pago pela União para um número maior de pessoas, e com um valor bem superior, para minimizar a perda de renda dos brasileiros durante a pandemia.
O governo ainda deve ampliar de 14 milhões para 17 milhões o número de pessoas beneficiadas pelo programa, numa conjuntura marcada pelo aumento da pobreza e da desigualdade social. Mas, esse reforço no programa de transferência de renda tem um custo. A despesa anual com o Bolsa Família deve passar de R$ 30 bilhões para R$ 56 bilhões. A proposta também prevê pagamento de bônus com receita de privatizações. Mas, como ou sem privatizações, essa conta não fecharia com os recursos disponíveis atualmente no caixa do governo. Por isso, a equipe econômica decidiu incorporar uma fonte controversa de receita para dar conta do aumento do Bolsa Família. Uma Proposta de Emenda Constitucional parcela as dívidas judiciais da União, os chamados precatórios. Medida que o ministro Paulo Guedes nega que seja uma calote, que é criticada por muitos economistas. A instituição Fiscal Independente do Senado, por exemplo, publicou nota técnica nesta quinta-feira, na qual afirma que a proposta é uma "contabilidade criativa dentro das regras do jogo, que indica disposição em não honrar compromissos reais". No Ao Ponto desta sexta-feira, o repórter Manoel Ventura e economista Pedro Nery destrincham proposta que deve ampliar o valor do benefício e o número de famílias que recebem o programa de transferência de renda.
O governo ainda deve ampliar de 14 milhões para 17 milhões o número de pessoas beneficiadas pelo programa, numa conjuntura marcada pelo aumento da pobreza e da desigualdade social. Mas, esse reforço no programa de transferência de renda tem um custo. A despesa anual com o Bolsa Família deve passar de R$ 30 bilhões para R$ 56 bilhões. A proposta também prevê pagamento de bônus com receita de privatizações. Mas, como ou sem privatizações, essa conta não fecharia com os recursos disponíveis atualmente no caixa do governo. Por isso, a equipe econômica decidiu incorporar uma fonte controversa de receita para dar conta do aumento do Bolsa Família. Uma Proposta de Emenda Constitucional parcela as dívidas judiciais da União, os chamados precatórios. Medida que o ministro Paulo Guedes nega que seja uma calote, que é criticada por muitos economistas. A instituição Fiscal Independente do Senado, por exemplo, publicou nota técnica nesta quinta-feira, na qual afirma que a proposta é uma "contabilidade criativa dentro das regras do jogo, que indica disposição em não honrar compromissos reais". No Ao Ponto desta sexta-feira, o repórter Manoel Ventura e economista Pedro Nery destrincham proposta que deve ampliar o valor do benefício e o número de famílias que recebem o programa de transferência de renda.
Released:
Aug 6, 2021
Format:
Podcast episode
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O que esperar da pandemia nos próximos meses?: No começo de abril, o Brasil batia recordes consecutivos de mortes pela Covid-19. Chegou a registrar 4.190 no dia último dia 8. No entanto, os números da pandemia, lentamente, apresentam uma progressiva melhora. Nesta quarta-feira (28), por exemplo, foram contabilizadas 3.019 mortes e, nesse momento, apenas o Acre apresenta uma tendência de aumento de óbitos, sendo que a média em outros 14 estados é de queda. Mesmo assim, não há motivos para comemoração. Considerando a média móvel dos últimos sete dias, o Brasil deve superar nesta quinta-feira a barreira de 400 mil vítimas da pandemia. Além disso, esses números positivos, infelizmente, não significam que a curva de novos casos e mortes esteja caindo de forma definitiva. Também não revelam que a campanha de vacinação já afeta o quadro geral de infecções em todo o país. No Ao Ponto desta quinta-feira, o epidemiologista Wanderson de Oliveira, ex-secretário de Vigilância em Saúde do Ministério by Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)