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A volta do Talibã, após 20 anos de guerra no Afeganistão
A volta do Talibã, após 20 anos de guerra no Afeganistão
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Length:
25 minutes
Released:
Aug 11, 2021
Format:
Podcast episode
Description
No dia oito de julho, o presidente Joe Biden anunciou a retirada de três mil soldados do Afeganistão até o dia 31 de agosto, de forma segura e ordenada. A guerra é liderada pelos americanos, mas conta com tropas de outros países da Otan, como o Reino Unido. Começou após os ataques às torres gêmeas, em Nova York, no dia 11 de setembro de 2001, e termina com dois mil e 300 soldados dos Estados Unidos mortos. O plano era combater o grupo terrorista Al Quaeda, de Osama bin Laden, e impedir que o Talibã retomasse o poder. Porém, os extremistas islâmicos jamais foram derrotados. De tal forma que a efetiva saída dos militares estrangeiros serviu de estopim para ataques fulminantes do grupo em em diferentes regiões do país.
Nos últimos dias, o Talibã tomou o controle de sete províncias, apesar dos bombardeios patrocinados pela coalizão que se prepara para partir. Desde o início do conflito, cerca de 60 mil integrantes das forças de segurança locais perderam a vida. A estimativa é que, entre os civis, o número de vítimas é bem maior. Analistas já previam a ofensiva do Talibã logo após o anúncio da data do fim da missão das tropas internacionais, mas a velocidade das ações em províncias do Norte e do Sul do Afeganistão surpreendeu até mesmo os mais pessimistas. O governo local e a polícia, treinada pela forças estrangeiras por duas décadas, mantêm controle total sobre Cabul. Porém, já se discute até que ponto existe o risco de ataque à capital e cresce o debate sobre em que medida a saída não foi precipitada. Na terça-feira, o presidente Joe Biden se viu obrigado a dizer que, apesar do avanço do Talibã, ele não se arrepende da decisão tomada. O repórter Filipe Barini explica de que forma o Talibã se sustenta, mesmo após 20 anos de guerra, e quais são as chances de o grupo extremista tomar o poder. O professor de Relações Internacionais da Faap Carlos Gustavo Poggio faz um balanço do conflito para os americanos, que viram na invasão do Afeganistão o principal front da chamada Guerra contra o Terror.
Nos últimos dias, o Talibã tomou o controle de sete províncias, apesar dos bombardeios patrocinados pela coalizão que se prepara para partir. Desde o início do conflito, cerca de 60 mil integrantes das forças de segurança locais perderam a vida. A estimativa é que, entre os civis, o número de vítimas é bem maior. Analistas já previam a ofensiva do Talibã logo após o anúncio da data do fim da missão das tropas internacionais, mas a velocidade das ações em províncias do Norte e do Sul do Afeganistão surpreendeu até mesmo os mais pessimistas. O governo local e a polícia, treinada pela forças estrangeiras por duas décadas, mantêm controle total sobre Cabul. Porém, já se discute até que ponto existe o risco de ataque à capital e cresce o debate sobre em que medida a saída não foi precipitada. Na terça-feira, o presidente Joe Biden se viu obrigado a dizer que, apesar do avanço do Talibã, ele não se arrepende da decisão tomada. O repórter Filipe Barini explica de que forma o Talibã se sustenta, mesmo após 20 anos de guerra, e quais são as chances de o grupo extremista tomar o poder. O professor de Relações Internacionais da Faap Carlos Gustavo Poggio faz um balanço do conflito para os americanos, que viram na invasão do Afeganistão o principal front da chamada Guerra contra o Terror.
Released:
Aug 11, 2021
Format:
Podcast episode
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O que esperar da pandemia nos próximos meses?: No começo de abril, o Brasil batia recordes consecutivos de mortes pela Covid-19. Chegou a registrar 4.190 no dia último dia 8. No entanto, os números da pandemia, lentamente, apresentam uma progressiva melhora. Nesta quarta-feira (28), por exemplo, foram contabilizadas 3.019 mortes e, nesse momento, apenas o Acre apresenta uma tendência de aumento de óbitos, sendo que a média em outros 14 estados é de queda. Mesmo assim, não há motivos para comemoração. Considerando a média móvel dos últimos sete dias, o Brasil deve superar nesta quinta-feira a barreira de 400 mil vítimas da pandemia. Além disso, esses números positivos, infelizmente, não significam que a curva de novos casos e mortes esteja caindo de forma definitiva. Também não revelam que a campanha de vacinação já afeta o quadro geral de infecções em todo o país. No Ao Ponto desta quinta-feira, o epidemiologista Wanderson de Oliveira, ex-secretário de Vigilância em Saúde do Ministério by Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)