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Os efeitos da crise política sobre a economia
Os efeitos da crise política sobre a economia
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Length:
24 minutes
Released:
Aug 18, 2021
Format:
Podcast episode
Description
Na última sexta-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, culpou a antecipação da disputa eleitoral por eventuais instabilidades no mercado e pelo atraso na agenda econômica. Segundo ele, os excessos de "alguns atores" seriam responsáveis pela dificuldade para aprovação de reformas. Guedes falou em um contexto marcado pela combinação de dados que preocupam: inflação e desemprego altos; dólar em sinal de elevação; e redução das projeções de crescimento da economia pra 2022. Sem dúvidas, há outros fatores importantes, além da crise política, que contribuem pra esse cenário. A China, por exemplo, acumula más notícias na economia, após o ressurgimento de surtos de Covid. Mas como o Brasil não tem como influenciar a recuperação chinesa, cabe fazer o dever de casa.
E, nesse caso, o ministro Paulo Guedes volta a ter papel importante. Ao tratar da instabilidade política, ele ignorou os ataques repetidos do presidente Jair Bolsonaro às instituições, gerando tensão crescente entre os poderes. Além disso, no final de maio, Guedes afirmou que o governo passaria a atuar "no ataque" de olho na eleição, após três anos "contendo gastos". Ou seja, deu a senha para abrir os cofres a despesas que podem ter efeito positivo sobre a popularidade do presidente, que fica menor a cada nova pesquisa, com uma fórmula conhecida. Além da generosa liberação de verbas para parlamentares aliados, a equipe econômica aposta suas fichas num modelo controverso para turbinar o Bolsa Família: o parcelamento das dívidas judiciais, os chamados precatórios. No Ao Ponto desta quarta-feira, a economista e colunista do GLOBO Zeina Latif explica como o mercado financeiro e os principais indicadores da economia reagem à evolução da crise política. Ela também analisa o comportamento da equipe econômica diante da queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
E, nesse caso, o ministro Paulo Guedes volta a ter papel importante. Ao tratar da instabilidade política, ele ignorou os ataques repetidos do presidente Jair Bolsonaro às instituições, gerando tensão crescente entre os poderes. Além disso, no final de maio, Guedes afirmou que o governo passaria a atuar "no ataque" de olho na eleição, após três anos "contendo gastos". Ou seja, deu a senha para abrir os cofres a despesas que podem ter efeito positivo sobre a popularidade do presidente, que fica menor a cada nova pesquisa, com uma fórmula conhecida. Além da generosa liberação de verbas para parlamentares aliados, a equipe econômica aposta suas fichas num modelo controverso para turbinar o Bolsa Família: o parcelamento das dívidas judiciais, os chamados precatórios. No Ao Ponto desta quarta-feira, a economista e colunista do GLOBO Zeina Latif explica como o mercado financeiro e os principais indicadores da economia reagem à evolução da crise política. Ela também analisa o comportamento da equipe econômica diante da queda de popularidade do presidente Jair Bolsonaro.
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Aug 18, 2021
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Podcast episode
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A gestão de hospitais na pandemia | FÓRUM DE SAÚDE BRASIL: Debate realizado pelo GLOBO em 10 de maio, com patrocínio da Dasa, abordou a gestão dos hospitais durante a pandemia. Ao fim de 2020, houve um aumento nas internações por doenças infecciosas, principalmente a Covid-19. De outro, queda nos tratamentos de cânceres, infarto, AVC, insuficiência cardíaca, entre outros. Como equalizar esse cenário após o movimento de consolidação no país ao longo dos últimos anos? E na rede pública, como se deu a administração dos recursos recebidos pelo SUS? by Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)