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A diplomacia de Bolsonaro, o bolsonarismo e a guerra de Putin
A diplomacia de Bolsonaro, o bolsonarismo e a guerra de Putin
notas:
Duração:
29 minutos
Lançados:
2 de mar. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
Descrição
A Assembleia Geral da ONU reforçou o entendimento majoritário entre as nações de condenação à guerra de Putin na Ucrânia. Até os países reconhecidos por sua neutralidade foram encorajados a tomar partido. A adesão da sempre neutra Suíça às sanções econômicas contra Moscou representa bem esse novo contexto, que dá a dimensão da gravidade do conflito, com contornos mais trágicos a cada dia que passa. No atual cenário, há um pequeno grupo de países que defende a posição russa, formado por países como Venezuela e Nicarágua. O outro, que contempla quase todo o planeta, condena a ação de Putin. E há aqueles que, de um jeito ou de outro, sustentam que estão neutros, como é o caso da China. Na ONU, o Brasil fez um esforço para acompanhar a maioria. Porém, o discurso do presidente do Brasil segue em outra direção.
Bolsonaro já repreendeu o vice Hamilton Mourão, que condenou o ataque, e afirmou que o Brasil adota a neutralidade em relação ao conflito. No domingo, com as bombas explodindo nas principais cidades da Ucrânia, ele aproveitou para provocar o presidente Vlodomir Zelenski, que resistia em Kiev até a noite de terça-feira, ao dizer que o povo ucraniano confiou a nação "a um comediante". Nesse cenário, está criada a situação em que Bolsonaro se aproxima das posições de Venezuela, Nicarágua e China, o que também resulta em sinais trocados para a base bolsonarista, que tem sido irrigada com fakenews em grupos do Telegram com argumentos que justificariam a invasão. No Ao Ponto desta quarta-feira, a colunista Malu Gaspar analisa a atuação do presidente diante do conflito. O repórter Guilherme Caetano revela como a base mais fiel do presidente, que tem a bandeira ucraniana entre seus símbolos, reverbera as contradições do discurso presidencial.
Bolsonaro já repreendeu o vice Hamilton Mourão, que condenou o ataque, e afirmou que o Brasil adota a neutralidade em relação ao conflito. No domingo, com as bombas explodindo nas principais cidades da Ucrânia, ele aproveitou para provocar o presidente Vlodomir Zelenski, que resistia em Kiev até a noite de terça-feira, ao dizer que o povo ucraniano confiou a nação "a um comediante". Nesse cenário, está criada a situação em que Bolsonaro se aproxima das posições de Venezuela, Nicarágua e China, o que também resulta em sinais trocados para a base bolsonarista, que tem sido irrigada com fakenews em grupos do Telegram com argumentos que justificariam a invasão. No Ao Ponto desta quarta-feira, a colunista Malu Gaspar analisa a atuação do presidente diante do conflito. O repórter Guilherme Caetano revela como a base mais fiel do presidente, que tem a bandeira ucraniana entre seus símbolos, reverbera as contradições do discurso presidencial.
Lançados:
2 de mar. de 2022
Formato:
Episódio de podcast
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Como a lei trata as omissões, falhas e desvios no alvo da CPI?: Antes mesmo do início da CPI da Covid no Senado, já era notório o esforço do Palácio do Planalto para impedir o avanço da comissão sobre as falhas do governo federal no combate à pandemia no Brasil. Além de trabalhar para que a investigação mire na destinação de recursos federais a estados e municípios, o governo também atua para reduzir o impacto de temas como a demora para a compra de vacinas; o desestímulo ao distanciamento social; e a defesa do tratamento precoce, mesmo sem amparo científico. Para isso, como ficou demonstrado em requerimentos redigidos por uma assessora dentro do Planalto, usa a estratégia de convocar médicos que defendam as teses do governo. O plano é dificultar a tipificação de eventuais crimes relacionados a esses temas, que poderão subsidiar órgãos como a Polícia Federal (PF), o Tribunal de Contas da União (TCU) e o Ministério Público Federal (MPF). Se a punição pelo desvio de dinheiro público é be de Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)