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Por que o orçamento do Brasil é uma jabuticaba?
Por que o orçamento do Brasil é uma jabuticaba?
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Length:
26 minutes
Released:
Apr 20, 2022
Format:
Podcast episode
Description
Nos últimos tempos, as emendas de relator e o orçamento secreto, além de seus antecessores, as emendas individuais e de bancada, foram amplamente debatidas. E não é à toa. Só em 2022, o governo federal destinou R$ 16 bilhões para as chamadas RP-9, ó código que denomina as emendas com transparência limitada e carimbadas pelo relator do orçamento. E o uso desses recursos pelos parlamentares, em muitos casos, não segue critérios técnicos objetivos. Pelo contrário, são inúmeras as suspeitas de uso irregular desse dinheiro, por meio de obras em redutos eleitorais com fiscalização precária. Apesar disso, nenhum outro país, em uma lista com 30 democracias que integram a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), oferece tanto poder aos deputados e senadores para decidir como aplicar o dinheiro público. Um estudo do economista Marcos Mendes revelou que os parlamentares decidem o destino de 24% do total dos investimentos feitos pelos ministérios. Em 27 países, não passa de 2%. O índice mais alto é o da Estônia: 12%. No Ao Ponto desta quarta-feira, o economista e professor do Insper Marcos Mendes, que elaborou o estudo para o Instituto Millenium, explica como o orçamento de investimentos no Brasil se tornou único em comparação a outras democracias do mundo e da América Latina e analisa por qual razão esse sistema prejudica a eficiência dos gastos públicos.
Released:
Apr 20, 2022
Format:
Podcast episode
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Vera Magalhães: "Bolsonaro saiu chamuscado da fala de Pazuello": Foram muitos os senadores que trabalharam para sensibilizar o ex-ministro Eduardo Pazuello a apontar a cadeia de comando de decisões controversas do governo relacionadas à pandemia. Mas o general Pazuello manteve o discurso do primeiro dia de sessão, e seguiu na linha de tentar eximir o presidente Jair Bolsonaro de responsabilidade sobre a demora para comprar vacinas ou na política de disseminação do tratamento ineficaz contra a Covid. A diferença, dessa vez, é que ele foi submetido ao contraditório, e deixou escapar lacunas, que deverão ser exploradas pela CPI. Em um caso, por exemplo, reconheceu que Bolsonaro participou da reunião que descartou a intervenção na Saúde no Amazonas, durante a crise de oxigênio. Por outro lado, os governistas também tiveram mais espaço. E seguiram o script de que o governo teria cumprido o seu papel de repassar dinheiro e equipamentos para estados e municípios. Exploraram ainda o fato de os by Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)