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Na eleição da Colômbia, o confronto inédito entre direita e esquerda
Na eleição da Colômbia, o confronto inédito entre direita e esquerda
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Length:
26 minutes
Released:
May 31, 2022
Format:
Podcast episode
Description
De um lado, um ex-guerrilheiro, que defende a reforma agrária em um país marcado pela concentração de renda e de terras. Do outro, um outsider com pegada populista, que transita entre os apelidos de "Trump da Colômbia" e "Bolsonaro de Macondo". Nas eleições da Colômbia, pela primeira vez, os partidos tradicionais perderam a vez. Após o primeiro turno, no domingo, Gustavo Petro, o candidato de esquerda, ficou com mais de 40% dos votos e Rodolfo Hernández, da extrema-direita, teve ascensão meteórica até chegar aos 28,15%. Como Hernandez conquista votos do eleitorado tradicional de direita e até já recebeu o apoio do derrotado candidato de situação, passa a ter chances reais de vitória, apesar de inúmeras falas polêmicas, com uma confusão entre Hitler e Einstein. Ele se conecta com um público cada vez maior com foco único no combate à corrupção e se valendo da força de redes sociais, como o TikTok. No Ao Ponto desta terça-feira, a repórter especial Janaína Figueiredo, que acompanha todos os detalhes da eleição na Colômbia, conta quem são os dois candidatos que desbancaram os partidos tradicionais e disputarão o poder dentro de três semanas. Ela também analisa o cenário que levou a essa competição fora dos padrões típicos do país e como a equipe de Hernandez avalia as comparações entre ele e líderes como Trump e Bolsonaro.
Released:
May 31, 2022
Format:
Podcast episode
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O mecanismo de Bolsonaro para privilegiar seus aliados: Nos últimos dois anos, os principais líderes no Congresso travaram uma batalha para garantir que as chamadas "emendas do relator" estivessem recheadas de dinheiro. Foi assim no debate do orçamento deste ano, quando o o governo aprovou um texto que tinha tanto dinheiro para essas emendas que faltou para outras despesas obrigatórias. Em 2020, houve uma discussão muito parecida. Nessa queda de braço, o relator do orçamento ficou com R$ 20 bilhões em verbas para investimentos sob sua responsabilidade. Só que quem controla esse dinheiro é o próprio governo, que elaborou até um ranking para medir a fidelidade de seus aliados no Congresso. Com isso, a liberação dos recursos quase sempre privilegia os parlamentares mais fiéis. Segundo o jornal "O Estado de S.Paulo", a fome dos aliados é saciada por R$ 3 bilhões, que são liberados seguindo o humor do Planalto e a caneta do ministro Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional). Com um detalh by Ao Ponto (podcast do jornal O Globo)