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Ensino Recorrente por Módulos

Capitalizáveis -11ºano/ 2
As Regiões Ultraperiféricas

Elaborado
por:

Élvio Sousa
Helena
Mendes
Isa
Rodrigues
Maria Coelho
Nanci Sousa

11º 2R
Introdução
Com este trabalho pretendemos dar alguns pontos de vistas sobre a situação das regiões ultraperiféricas tais
como :

- O que é uma Região Ultraperiférica;


- A RAM como Região Ultraperiférica;
- A Economia Insular;
- O Sector Dominante na nossa Região;
- O poder de Compra;
- Vantagens e Desvantagens de uma Região Ultraperiférica e os seus Problemas.

Com efeito, à realidade das RUP – O afastamento, insularidade, pequena superfície, relevo
e clima difíceis, dependência económica face a um número limitado de produtos – são
inerentes constrangimentos em termos de desenvolvimento, os quais obrigam a manter
uma atenção permanente nas formas de concretização nestes territórios da intervenção
da União;

A especificidade destes territórios pode, e deve, traduzir-se numa outra perspectiva


de valorização das potencialidades para a integração no espaço comunitário. As
suas características próprias têm de ser entendidas como mais-valias da União Europeia
em múltiplos domínios e como tal, reconhecidas e assumidas por todos os Estados-membros;

Reconhecer a riqueza da diversidade e identificar o


contributo insubstituível que estas regiões prestam devido a características
paradoxalmente associadas a dificuldades;

É por isso que se torna tão necessário reforçar a estratégia comunitária para o
desenvolvimento destas regiões, num esforço de criação de sinergias e de coerência
entre as diversas políticas comunitárias com incidência nas RUP. Uma estratégia que
passe sobretudo por potenciar a sua originalidade e aproveitar a sua situação única.
O que é uma Região
Ultraperiférica
É uma parte integrante da União Europeia através da adesão dos Estados-Membros,
mas fisicamente remotos e isolados do mercado europeu, estão em um contexto
natural marcado pela insularidade, vulcanismo, clima tropical .

Estas regiões são sete: Guadalupe, Guiana, Martinica e Reunião (os quatro
departamentos ultramarinos franceses), bem como Canárias (Espanha), Açores e
Madeira (Portugal). As RUP caracterizam-se por uma fraca densidade populacional e
por uma grande distância em relação ao continente europeu. Devido à sua situação
especial constituem pontas de lança da Europa para o desenvolvimento de relações
comerciais com os países terceiros vizinhos geralmente menos desenvolvidos.
Sobretudo graças às regiões ultraperiféricas, a União Europeia dispõe do primeiro
território marítimo mundial, com 25 milhões de km2 de zona económica exclusiva.

Mapa da União Europeia no mundo

██ UE
██ Regiões ultraperiféricas
██ Territórios ultramarinos
A RAM como zona
ultraperiférica
A densidade populacional da RAM tem cerca de 300 hab./km² sendo superior à
média do país e até da E.U, 75% desta população habita em apenas 35% da ilha
sobretudo no litoral sul, mais propriamente no concelho do Funchal-

A Região Autónoma da Madeira, enquanto zona ultraperiférica, debate-se com


problemas no seu desenvolvimento, impossibilitando o seu processo de economia e
social no qual processa-se características com a insularidade, a pequena redução
territorial, as condições naturais, a descontinuidade interna, a escassez de recursos,
o mercado local diminuto e a localização distanciada dos principais centros
económicos, nacionais e internacionais.
Economia Insular

Esta economia depende muito do exterior. A produção da Região é caracterizada pelo peso
considerável de "actividades tradicionais" como o artesanato tendo baixos rendimentos, como
por exemplo, produção de bordados e obras de vime, que actualmente se vêm confrontando
com as dificuldades de integração num modelo económico competitivo.

Por sua vez, a falta de diversidade da estrutura produtiva reflecte-se também pelas
características do tecido empresarial da Região, devido à sua pequena dimensão das empresas.

Finalmente, o turismo tem um papel importante na economia, tendo um impacto do PIB, pelo
qual estima-se os 30 %.
O aumento da procura da Região como destino turístico, tem justificado o crescimento da
capacidade de alojamento através da construção de novos empreendimentos turísticos.
O Sector Dominante.
O sector que mais se evidência na nossa região é o sector terciário.

Apesar da pressão da população jovem que pretende entrar no mercado de trabalho, a


taxa de desemprego tem-se situado a níveis bastante reduzidos, sendo actualmente de
apenas 2,5% , percentagem esta muito inferior à média do país e dos países comunitários.

No âmbito do sector secundário, é importante referir as "Construções e Obras Públicas",


devido aos esforços de investimento público dos últimos anos com vista à redução das
insuficiências da Madeira no âmbito das acessibilidades externas e internas.

A agricultura foi historicamente o sector dominante na economia madeirense, a partir da


qual vivia a maior parte de população. Apesar do solo vulcânico ser fértil, o relevo
montanhoso (que conduziu à plantação em socalcos ou poios como são conhecidos
regionalmente) impede a mecanização.

Concluindo, o PIB por habitante tem crescido significativamente nos últimos tempos,
numa trajectória de convergência com a média de Portugal e da União Europeia.
O poder de compra per
capita na Região
O poder de compra per capita na Região, situa-se abaixo da média do País.
Este indicador reflecte uma posição ainda desfavorecida da Madeira face ao todo nacional, o
que se explica pelas suas características próprias, a maior parte delas directamente
provenientes da sua natureza insular e ultraperiférica.

Apesar desses constrangimentos, a taxa de inflação na Madeira tem-se mantido inferior à taxa
de inflação do Continente português nos últimos anos.
Vantagens e Desvantagens das
Regiões Ultraperiféricas
As regiões ultraperiféricas, fazem parte do território da U.E., no entanto encontram-se fisicamente
afastados e isolado do mercado europeu. Estão localizados num contexto de marcado pela
insularidade, vulcanismo, clima tropical e de proximidade a outros países menos desenvolvidos. Estas
regiões têm em comum uma série de vantagens e desvantagens.

A ultraperificidade tem vantagens e desvantagens ao mesmo tempo:

O isolamento é inacessibilidade mas também pode ser protecção e ambiente propício à inovação;
Os recursos limitados representam uma restrição tecnológica, mas igualmente uma possibilidade de
gerar rendimentos, quando existe uma boa regulação;
A pequenez potencia sinergias, mas estimula o aparecimento de monopólios;
Dependência externa;
Custos adicionais devido ao afastamento e à insularidade;
Pequena dimensão dos mercados;
Concentração de actividades em alguns sectores;
Elevados níveis de sub emprego;
Concorrência na produção em desenvolvimento acumula e afecta o desenvolvimento económico e
social;
As regiões insulares não têm acesso ao mercado único em condições de igualdade com as regiões do
continente.
Grande parte das frutas exóticas existentes na U.E, são provenientes das regiões ultraperiféricas;
Os turistas procuram o clima destas mesmas ilhas;

Estas regiões, nomeadamente a RAM e a RAA, contribuem muito para a vasta Zona Económica
Exclusiva nacional, abrindo potencialidades para o país a nível da exploração de recursos marítimos.
Problemas das Regiões
Ultraperiféricas
Com a aprovação do tratamento de Maastricht, em 1992, os Estados-Membros reconheceram, as
regiões ultraperiféricas da U.E. entre as quais a Madeira, sofrem um atraso estrutural, importante,
agravado por diversos fenómenos cuja firmeza e acumulação prejudicam gravemente o seu
desenvolvimento económico social.

A RAM confronta-se com constrangimentos ao seu desenvolvimento que dificultam o


processo de convergência económico social, os quais decorrem de características como sejam a
própria insularidade, reduzida dimensão territorial, as condições naturais, a descontinuidade
interna, a escassez de recursos, o mercado local diminuindo e a localização distanciada dos
principais centros económicos, nacionais e internacionais.

As RUP foram objectivo da 1ª declaração anexa ao tratado CE, podendo beneficiar de


medidas com base no artigo 229º do mesmo tratado.

Um dos graves problemas da R.U.P. é o custo dos transportes marítimos e portuários que se
reflectem na actividade económica e da vida das actividades locais como já podemos constatar na
RAM.
Os condicionantes que caracterizam estas regiões são: Reduzida dimensão territorial; relevo
acentuado e reduzido espaço agrícola; mercados limitados e associados ao numero da
população; poucos recursos do subsolo; baixos níveis de formação; exposição natural de
catástrofes; baixos níveis de exportação e elevados de importação; afastamento,
insularidade, dependência económica em relação a um pequeno nº de produtos. Todas as
políticas comunitárias devem integrar medidas específicas em benefício da R.U.P.
O tratado refere em especial, as políticas aduaneiras, comércio fiscal e agrícola.
Problemas das Regiões
Ultraperiféricas (cont.)
A ultraperificidade não se esgota no conceito de ilha ou insularidade, podendo ser caracterizado
segundo cinco factores:

- Dois de natureza geográfica;


- A distância extrema do continente europeu e as restrições climatéricas;

- Dois de natureza política institucional


- A fronteira da Europa e a natureza institucional.

- Um de natureza meramente económica:


A fragilidade sócio-económica.
Conclusão
♦ Após o nosso trabalho podemos concluir que é necessário garantir as condições para o
desenvolvimento económico das RUP assegurando, desta forma, às populações ultramarinas;
uma prosperidade real, reforçar a competitividade das suas empresas e dos seus territórios, e
convencer que o futuro da Europa passa também pelos seus territórios afastados.

Assim, importa reforçar a ideia de proceder ao desdobramento mais amplo possível das normas
em vigor, utilizando os instrumentos mais adequados para a resolução dos problemas concretos
das RUP recorrendo, caso necessário, a derrogações adaptadas à realidade regional em causa,
sem que isto represente uma ameaça para o interesse geral comunitário.

Após as fases anteriores de recuperação estrutural, a nova geração de programas europeus


deve preparar a abertura à diversificação necessária das economias ultraperiféricas, não
devendo contentar-se em manter os sucessos alcançados, em grande parte graças à União
Europeia.

A valorização dos pontos fortes específicos das RUP, constitui a única estratégia susceptível de
garantir o desenvolvimento endógeno e sustentável da ultraperiferia não dependendo só de
manter, conservar e proteger, mas sim de atrair, irradiar e cooperar.
Bibliografia
www.wikipedia.com

http://europa.eu/scadplus/glossary/outermost_regions_pt.htm

http://www.uac.pt/~rnunes/EconomiaRegional/material/problematicaRegioesPeriferica

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