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Funções

Equipe: Anizio de Miranda Gomes


Ramon Carvalho da Fonseca
Wendel de Oliveira Silva
Prof. Dr°. Ronaldo da Silva Busse
Introdução
 Caraça (1989): o conceito de função se estabelece como
uma ferramenta da matemática que ajuda o homem a
entender os processos de fluência e de interdependência
que são intrínsecos às coisas e aos seres do nosso
Universo.
 Rezende (2006): Saber que a variação de uma grandeza
depende da variação da outra é um aspecto importante no
estudo do conceito de função, mas que se torna
incompleto do ponto de vista epistemológico, se não
estudamos como ocorre esta variação, isto é, se não
conseguimos dar qualidade e quantificar este processo de
variação.
História das Funções

Foi Leibniz ( nascido na Alemanha ) quem primeiro usou


o termo função em 1673 num manuscrito Latino. Leibniz usou o
termo apenas para designar, em termos muito gerais, como a
dependência de uma curva de quantidades geométricas.
Introduziu também os conceitos de constante, variável e
parâmetro.
Introdução
Um dos conceitos mais utilizados em Matemática é o de
função. Ele se aplica não somente a esta área, mas também à
Física, à Química e à Biologia, entre outras. Além disso, está
muito presente em nosso dia-a-dia, ajudando a melhor
compreender o mundo que nos cerca.

Veja alguns exemplos da aplicação desse conceito:

o preço de um armário é função da área que ele cobre;


a dose de um remédio é função do peso da criança que é medicada;
a altura de uma criança é função de sua idade;
o desconto do Imposto de Renda é função da faixa salarial;
o salário de um vendedor é função do volume de vendas;
a área de um quadrado é função da medida de seus lados;
o buraco na camada de ozônio é função do nível de poluição etc.
Objetivo
Construir relações de
dependência entre
grandezas.
tempo, temperatura, comprimento,
volume, etc.

força, velocidade, posição,


aceleração,etc.
Relação
 É uma regra que estabelece um vínculo
entre elementos de dois conjuntos
distintos, em particular, entre elementos
de conjuntos numéricos.
R = {(x, y): x, y ∈ ℜ,(x − 2)2 + (y −1)2 = 9}
Função

É uma relação que permite associar a


cada elemento de um dos conjuntos um
único elemento do segundo conjunto.

Toda função é uma relação, mas nem toda relação é uma função.
Formas de Representação
Domínio, Contradomínio e Imagem
y = f(x)

A  Domínio de f
B  Contradomínio de f
O conjunto de todos os elementos de B que são imagens dos
elementos de A é chamado de conjunto imagem.
Exemplos:
Considere os conjuntos A = {-3,-1,0,2} e B = {-1,0,1,2,3,4}.

Seja f : A → B y = x+2

D( f ) = {−3,−1,0,2}
CD( f ) = {-1,0,1,2,3,4}
Im( f ) = {-1,1,2,4}
Exemplos:
Relação:

D( f ) = {x ∈ R | −∞ < x < +∞}


Im( f ) = { y ∈ R | -1 ≤ x ≤ 1}
Determinando se um conjunto de
pontos é gráfico de uma função
Analisando geometricamente, traçamos qualquer reta
perpendicular ao eixo x que intersecta o gráfico deve fazê-lo
num único ponto. Assim, se essa reta intersectar o gráfico em
mais de um ponto, esse gráfico não é gráfico de uma função.
Não é É
função função
Tipologia das Funções
As funções podem ser:
Função Injetora
Uma função f : A →B é injetora quando não há elementos
em B que seja imagem de mais de um elemento de A.

Ex. 1

0 4
x1 ≠ x2 ⇒ f ( x1 ) ≠ f ( x2 )
1
-3
6
2
8

Qualquer reta paralela ao eixo x, corta a função só 1 vez.


Função Sobrejetora
Uma função f : A →B é sobrejetora quando todo elemento
de B é imagem de pelo menos um elemento de A, isto é,
quando Im(f) = B.
Ex: 1
Ex: 2
y f(x)=x

-1 1 3

2
1 9
1
x
3
1 2 3
Função Sobrejetora
y

3 y
Sobram valores
4 de y, não é
2
sobrejetora
3

2
x

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5

−1

−4 −3 −2 −1 1 2 3 4 5
−2

−1

−3

−2

−4

−3

−4

É sobrejetora, não
sobram valores de y
Função Bijetora
Uma função f : A →B é bijetora se ela é, simultaneamente,
injetiva e sobrejetiva.

Exemplo

-1 1

3 5

7 9
f : R+ → R f(x) =|x2 - y
4| 4

f(x) = x2 -
-2 2 x
4

-
4
f : R+ → R f(x) =|x2 - y
4| 4

x
f:D→
CD

-2 2 x
f(x) = x2 -
4
f : R+ → R f(x) =|x2 - y
4| 4

x y
f:D→
CD

2 x
f(x) = x2 -
4 ra
t o
je
In
é
ã o
N
f : R+ → R f(x) =|x2 - y
4| 4

x y
f:D→
CD

0 2 x
f(x) = x2 -
r a
4 é Injetora
Não t o
je Im(f) = [0,
r e +∞)
b CD = R
So Im(f) ≠ CD
é
ão
f : R+ → R f(x) =|x2 - y
4| 4

x y
f:D→
CD

2 x
f(x) = x2 -
4 é Injetora
Não
Não é Sobrejetora
f : R+ → R f(x) =|x2 - y
4| 4

x y
f:D→
CD

2 x
f(x) = x2 -
4 é Injetora
Não
Não é Sobrejetora
f : R+ → R f(x) =|x2 - y
4| 4

x y
f:D→
CD

2 x
f(x) = x2 -
4 é Injetora
Não
Não é Sobrejetora
Não é Bijetora
É uma função Simples
Função Constante

y = f ( x) Chama-se função constante toda


função f : R → R, tal que f(x) = k, sendo
k uma constante real.

O gráfico da função constante


f(x) = k é a reta paralela ao eixo
o Ox pelo ponto (0, k)
0 x1 x2 x
Função Crescente

y = f ( x) Uma função f: D → B, dada por y = f(x)


é dita crescente no conjunto A ⊂ D se,
para quaisquer dois valores x1 e x2
f ( x2 ) pertencentes a A, com x2 > x1, tivermos
f(x2) > f(x1).

f ( x1 ) x2 > x1 ⇒ f ( x2 ) > f ( x1 )

x1 x2 x
Função Decrescente

y = f ( x) Uma função f: D → B, dada por y = f(x)


é dita decrescente no conjunto A ⊂ D
se, para quaisquer dois valores x1 e x2
f ( x1 ) pertencentes a A, com x2 > x1, tivermos
f(x2) < f(x1).

x2 > x1 ⇒ f ( x2 ) < f ( x1 )
f ( x2 )
x1 x2 x
Exercício
Ex.: Para o gráfico da função f dada a seguir, determine a
soma dos valores inteiros que pertencem ao intervalo em
que o gráfico de f é:
y Decrescente:
( − 3) + ( − 2) + ( − 1) + 0 + 1
−5
Constante:
1 + 2 + 3 + 4 = 10
1
−3 0 1 4 7 x Crescente:
4 + 5 + 6 + 7 = 22
Função Par e função Ímpar

y = f ( x) y = f ( x)

x
x
Definição
Função PAR
Uma função f: D → R dada por y = f(x), é dita PAR se, e
somente se, f(x) = f(-x) para todo x ∈ D.

Função ÍMPAR
Uma função f: D → R dada por y = f(x), é dita ÍMPAR se, e
somente se, f(-x) = – f(x) para todo x ∈ D.
Função Par ou Ímpar?

a) f ( x ) = x + 3
2

f ( − x) = ( − x) + 3
2

f ( − x) = x + 3
2
f ( x) = x + 3
2

f ( x ) = f (− x)

PAR
Função Par ou Ímpar?

b) f ( x ) = x − 3 x
3

f ( − x) = ( − x) − 3 ⋅ ( − x)
3

f ( − x ) = − x 3 + 3x (
f ( − x ) = − x 3 − 3x )
f ( x)
f ( − x) = − f ( x)
ÍMPAR
Função Par ou Ímpar?

c) f ( x ) = x 2 + 4 x
f ( − x) = ( − x) + 4 ⋅ ( − x)
2

f ( − x) = x2 − 4x f ( − x) ≠ f ( x)
f ( − x) ≠ − f ( x)

Não é PAR nem ÍMPAR


Analisando graficamente...
OBS.: Se o gráfico de uma função qualquer for simétrico
em relação ao eixo das ordenadas (y), essa função será
classificada como PAR.
y

f ( x) = x + 3
2

0 x
Analisando graficamente...
OBS.: Se o gráfico de uma função qualquer for simétrico
em relação à origem do plano cartesiano, essa função
será classificada como ÍMPAR.
y
2 f ( x ) = x − 3x
3

1
−1 0 x

−2
Analisando graficamente...
OBS.: Se o gráfico de uma função qualquer não for
simétrico em relação ao eixo das ordenadas (y) e nem em
relação à origem do plano cartesiano, essa função não se
classifica quanto a paridade, não é PAR nem ÍMPAR.
y
f ( x) = x + 4x
2

−2
−4 0 x

−4
Função Inversa
Dada uma função f : A→B , se f é bijetora então para cada x tem-se
um y correspondente, assim a inversa de f é a função f-1 que define
que para cada y teremos um correspondente x. Define-se a função
inversa f -1 como sendo a f : B→A , tal que f -1 (y) = x .

• O domínio de f -1 é igual ao conjunto imagem


de f .
• O conjunto imagem de f -1 é igual ao domínio
de f .
• Os gráficos de f e de f -1 são curvas simétricas
em relação à reta y = x ou seja, à bissetriz do
primeiro quadrante .
• Para obter a função inversa , basta permutar as
variáveis x e y .
Função Inversa

Uma vez que funções bijetoras estabelecem uma


correspondência biunívoca entre todos os elementos
de X e de Y.
Exemplo de Função Inversa
2x + 3
Dada a função y = , qual será a sua função inversa?
3x − 5
Inicialmente Colocando o x em evidência no primeiro
membro da igualdade, temos
2x + 3 Multiplicando
y= x(3 y − 2) = 3 + 5 y
3x − 5 cruzado
3 + 5y
x=
y (3 x − 5) = 2 x + 3 3y − 2
3 xy − 5 y = 2 x + 3 ⇒ 3 xy − 2 x = 3 + 5 y
3 xy − 2 x = 3 + 5 y
−1 3 + 5x
Por fim, trocando o x pelo y e o y pelo x, teremos: f =
3x − 2
Exemplo de Função Não Inversa
Função Composta
Considere a seguinte situação:
Um terreno foi dividido em 20 lotes, todos de forma quadrada e
de mesma área. Nessas condições, vamos mostrar que a área
do terreno é uma função da medida do lado de cada lote,
representando uma composição de funções.
Para isso, indicaremos por:
x = medida do lado de cada lote;
y = área de cada lote;
z = área do terreno.
Função Composta
Área de cada lote = (medida do lado)2 → y = x2
Então, a área de cada lote é uma função da medida do lado, ou
seja: y = f(x) = x2
A área do terreno = 20.(área de cada lote) → z = 20y
Então, a área do terreno é uma função da área de cada lote, ou
seja: z = g(y) = 20y.
Comparando 1 e 2 , temos:
Área do terreno = 20.(medida do lado)2, ou seja, z = 20x2, pois y =
x2 e z = 20y.
Então, a área do terreno é uma função da medida de cada lote, ou
seja: z = h(x) = 20x2.
Função Composta
f g
x x2 20x2

h Composta de g com f

A função h, assim obtida, denomina-se função composta de g com f e


pode ser indicada por gof.

= 20x²
y = x²

h=
Função Composta
Vemos que :
→ A cada x ϵ A corresponde um único y ϵ B tal que y = x²;

→ A cada y ϵ B corresponde um único z ϵ C tal que z = 20y;


→ A cada x ϵ A corresponde um único z ϵ C tal que z = 20y = 20x².
Logo, existe uma função h (composta de g e f) de A em C definida
por h(x) = (g o f)(x) = g(f(x)), para todo x ϵ D(f).

Definição de função composta:


Dadas as funções f: A →B e g: B →C, denominamos função
composta de g e f a função g o f: A →C, que é definida por

(g o f)(x) = g(f(x)), x ϵ A.
Exemplo
Dadas as funções f(x) = 2x + 3 e g(x) = 5x, determinar gof(x) e fog(x).

Substituindo o valor de f(x), calculamos:

g (2 x + 3) = 5(2 x + 3) = 10 x + 15
Desta forma, g ( f ( x)) = 10 x + 15
Agora, para fog(x) = f(g(x)), substituímos o valor de g(x). Assim:

f (5 x) = 2(5 x) + 3 = 10 x + 3
Com isso, f ( g ( x )) = 10 x + 3

Observe que fog ≠ gof

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