Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
1
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
PATOLOGIA III
Prof. Silveira Sérgio
2
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
CEFALEIAS…
As cefaleias consistem num mal-estar físico,
físico
caracterizado por dores na região craniana (de
um modo difuso ou localizado), cuja origem pode
ter diversas causas.
É um dos problemas de saúde mais comum,
sendo o motivo mais frequente de consultas
em neurologia.
3
É mais frequente nas mulheres.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
CEFA LEI AS
CEFALEIAS…
Estas dores não resultam
de dores no cérebro uma
vez que este não dispões
de terminações nervosas
para a dor. Como tal, a
cefaleia origina-se quase
sempre a partir da
dilatação das paredes
das artérias
intracranianas, podendo
a sensação de dor provir
também de outros
pontos (como, por ex.,
dos músculos do pescoço
4
e da nuca, do couro
cabeludo,… ou de
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
CEFA LEIAS -
Cl assificação
PRIMÁRIA – a maior parte das cefaleias – sem
causa aparente (cerca de 90%).
Enxaquecas
• Enxaqueca….
• Dor de cabeça recidivante, pulsátil e
intensa, que habitualmente afecta um dos
lados da crânio, embora possa ser,
igualmente, bilateral.
• A dor começa de repente e pode ser
precedida ou acompanhada de sintomas
visuais, neurológicos ou gastrointestinais
6
(náuseas e vómitos).
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Enxaquecas
Frequência/Incidência
• A frequência das crises varia de indivíduo para indivíduo
– uma por mês/uma durante toda a vida
• O seu aparecimento faz-se normalmente a partir do
início da puberdade, ainda que, mais de 80% das
pessoas, tenham a sua primeira crise depois dos 30
anos, diminuindo a sua frequência após os 50 anos.
• É mais comuns nas mulheres (cerca de 75%).
• Existe a possibilidade de ser geneticamente transmitida.
7
Enxaquecas
Em cada pessoa o factor desencadeante que estimula a reacção
pode ser diferente, mas os mais comuns são:
O Álcool ou Alimentos como: a
O Cansaço
cafeína, queijo, chocolate, vinho tinto,
A Fome alimentos com aspartame,
As Perturbações do Sono monoglutamato de sódio (alimentos
O Stress enlatados), gorduras...
Os Factores Ambientais como as: Os Perfumes
mudanças de clima e altitude, mudanças Os Medicamentos (contraceptivos,
de pressão barométrica, mudanças de vasodilatadores)
fusos horários. O Calor
As Causas Hormonais Os Traumatismos Craneanos
(menstruação, 1º Trimestre de O Exercício Físico Intenso
gravidez…) 8
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Enxaquecas
Fase prodrómica -
Sintomas premonitórios
• 60 a 80% refere o aparecimento de sintomas
premonitórios (aparecem algumas horas ou dias antes).
• Alterações de humor (irritabilidade, depressão,
ansiedade, apatia, letargia, euforia, excitação…).
• Fome, anorexia, náuseas.
• Fonobobia, fotofobia.
• Fadiga, palidez, dores musculares.
• Pés e mãos frios e suados.
• Hipotensão. 10
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Enxaquecas – Fase
Cefaleica
• A enxaqueca é um tipo de dor de cabeça muito
intensa.
Enxaquecas
A DOR…
• com o repouso e com o esforço (actividade
( física, tosse,
movimento passivo ou activo da
cabeça…).
• É geralmente tão intensa que interfere com as
actividades diárias, chegando mesmo acordar a
pessoa.
• É frequente uma sensação de cansaço e fraqueza após
o desaparecimento da dor, uma vez que as crises se
tornam debilitantes.
• Tipicamente a dor aparece numa área específica de
um dos lados da cabeça, alastrando e aumenta de 14
intensidade durante 1-2 horas, após o que diminui
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Enxaquecas - Fisiopatologia
Enxaquecas - Fisiopatologia
• ANTES dos sintomas surgirem, as pequenas artérias do cérebro
CONTRAEM-SE
Enxaquecas - Fisiopatologia
17
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Enxaqueca: Serotonina
• Durante uma enxaqueca diminuem os níveis de
serotonina plaquetária e aumentam os seus metabolitos
na urina (como o ácido 5-hidroxi- indol- acético).
Enxaqueca - Diagnóstico
• Não existe nenhuma prova laboratorial que
seja útil para o diagnóstico da enxaqueca,
embora, devido ao seu padrão específico de
dor, costume ser fácil identificá-la.
ENXAQUECA - Prevenção
• A prevenção consiste em evitar a exposição a
factores desencadeantes e em alguns casos o uso de
medicação preventiva
Betabloqueadores;
Antidepressivos tricíclicos;
Antiepiléticos;
Antagonistas do Cálcio.
21
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
22
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
PATOLOGIA
Epilepsia é uma descarga eléctrica
cerebral desorganizada que se propaga
para todas as regiões do encéfalo e leva
a uma alteração de toda a actividade cerebral.
Consiste em perturbações paroxísticas e
transitórias da função cerebral, causadas por
uma descarga sincrónica anormal de neurónios
corticais.
Conduz a uma diminuição ou perda de
consciência, a uma actividade motora anormal ou
a distúrbios sensoriais.
Formas de epilepsia: convulsões; alterações
de comportamento; movimentos corporais 23
incontrolados; discurso sem sentido...
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
PATOLOGIA
Algumas pessoas podem experimentar um
ataque com os sintomas da epilepsia. Contudo
isto não quer dizer que tenham epilepsia.
EPIDEMIOLOGIA
Não é invulgar.
Em algum momento 1,5 a 5,0% da população adulta pode
apresentar uma convulsão.
0,5% da população (1/3 desse grupo) apresenta convulsões
recorrentes (epilepsia).
Prevalência: 6/1000. 25
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
ETIOLOGIA
Para que haja epilepsia é necessário que haja um foco de
descargas eléctricas anormais que podem ser causadas por
perturbações neuronais, tumores e cicatrizes cerebrais e por lesões
das mais diversas causas (falta de O2 no parto, parasitose cerebral).
ETIOLOGIA
Idiopática ou de causa desconhecida:
1ª crise convulsiva entre os 2-14 anos de idade;
não existem outras anomalias neurológicas;
em alguns casos, existem antecedentes familiares de
epilepsia ou convulsões.
Anomalias metabólicas:
diabetes mellitus;
desequilíbrios electrolíticos;
insuficiência renal, uremia;
deficiências nutricionais;
fenilacetonúria (PKU);
consumo de drogas (cocaína, anfetaminas) ou álcool;
síndrome de abstinência de drogas (particularmente
barbitúricos e benzodiazepinas). 27
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
ETIOLOGIA
Lesão cerebral no parto
ETIOLOGIA
Infecções:
podem afectar todas as idades;
podem ser uma causa reversível das convulsões;
as infecções cerebrais como meningite e encefalite podem
produzir convulsões;
abcesso cerebral;
infecções severas agudas de qualquer parte do corpo;
infecções crónicas (como a neurossífilis);
complicações da SIDA ou outros distúrbios imunitários.
PATOGÉNESE
PATOGÉNESE
Embora não haja conhecimento absoluto sobre os mecanismos que
levam à epilepsia, podemos considerá-la em dois tipos – FOCAL e
GENERALIZADA.
GENERALIZADA
Epilepsia FOCAL :
Deve-se a perturbações no sistema de descarga neuronal →
geração de um potencial de acção que permite a transmissão de
Esta perturbação na descarga dos neurónios pode dever-se
sinais.
a:
Presença em excesso dos neurotransmissores – aspartato e
glutamato;
Perturbações nos canais transportadores de iões – transporte
de mais Na+ do que K+ . 30
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
PATOGÉNESE
PATOGÉNESE
Epilepsia Generalizada:
Generalizada
SINTOMAS e SINAIS
SINTOMAS e SINAIS
Localização da descarga
eléctrica anormal Sintomas
Contracções num músculo específico.
Lobo frontal
Alucinações de luzes “brilhantes”.
Lobo occipital
Torpor, intumescência ou formigueiro numa
Lobo parietal parte específica do corpo.
Alucinações visuais e comportamento
Lobo temporal repetitivo complicado (por exemplo
caminhar em círculos).
Movimentos de mastigação, fazer ruído
Lobo temporal anterior com os lábios (como ao beijar).
Lobo temporal anterior Alucinações intensas de odores agradáveis
profundo e desagradáveis. 33
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
SINTOMAS e SINAIS
A grande maioria dos doentes dá-se conta de que sofreu uma crise
epiléptica após acordar com cefaleias, fotofobia, confusão,
sonolência e muitas vezes tendo urinado e mordido a própria língua.
34
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
SINTOMAS e SINAIS
O sintoma mais comum é a crise convulsiva, que pode ser de vários tipos,
dependendo da região do cérebro onde tem início a crise, da velocidade de
propagação pelo cérebro e da área envolvida.
SINTOMAS e SINAIS
SINTOMAS e SINAIS
SINTOMAS e SINAIS
SINTOMAS e SINAIS
Convulsivas:
São também designadas por tónico-clónicas ou grande
mal.
Iniciam-se geralmente com uma descarga eléctrica
anormal, numa pequena área do cérebro, que se estende
rapidamente às partes adjacentes causando a disfunção de
toda uma área.
Na epilepsia primária generalizada, as descargas anormais
surgem numa ampla área do cérebro originando uma
extensa disfunção. 39
Em qualquer caso, as convulsões são a resposta do
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
SINTOMAS e SINAIS
SINTOMAS e SINAIS
Tipos de crises generalizadas:
Não convulsivas:
São igualmente chamadas ausências ou pequeno mal.
Costuma iniciar-se na infância, antes dos 5 anos.
Não se verificam convulsões nem os outros sintomas
dramáticos do grande mal.
Os sintomas compreendem: o olhar fixo no espaço,
pequenas contracções das pálpebras ou contracções dos
músculos faciais que duram de 10 a 30 segundos.
O doente encontra-se inconsciente mas não cai ao chão,
não se apercebendo da ocorrência da crise.
Não se verifica o colapso nem a existência de movimentos
espásticos. 41
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
SINTOMAS e SINAIS
Outras formas:
Crises tónicas: contracção violenta de toda a
musculatura extensão do tronco e membros; suspensão
dos movimentos respiratórios; dilatação pupilar; cianose da
face e extremidades; relaxamento dos esfíncteres...
Crises clónicas: contracções musculares espásticas
alternadas com períodos de relaxamento, sendo frequente o
morder da língua e o espumar da boca.
Crises atónicas: crises caracterizadas por perda do tónus
muscular.
42
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
SINTOMAS e SINAIS
COMPLICAÇÕES
Convulsões prolongadas ou numerosas sem recuperação
completa (por ex: estado epiléptico).
Lesões causadas por quedas, golpes e pelo próprio morder.
Lesões provocadas pelo manusear de qualquer
equipamento durante uma convulsão.
A pneumonia por aspiração;
Alterações cerebrais permanentes;
Dificuldade na aprendizagem (sobretudo nas crises
generalizadas de pequeno mal);
44
Efeitos secundários dos medicamentos anticonvulsivos.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
DIAGNÓSTICO
Deitar o doente;
Após o ataque:
48
- Verificar se o doente se feriu;
- Verificar se o doente respira normalmente.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DA SAÚDE DE LISBOA
CURSO SUPERIOR DE FISIOTERAPIA
49
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Meningite
É uma doença do
sistema nervoso
caracterizada por
uma infecção
aguda das
meninges.
A meningite pode
ser fatal, mas se
for detectada a
tempo pode ser
tratada.
Liquido cefaloraquidiano
50
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Etiologia
Os organismos que provocam esta patologia
atingem geralmente as meninges através da
corrente sanguínea a partir de qualquer
parte do corpo;
A infecção pode ainda disseminar-se,
embora seja menos frequente, a partir do
ouvido ou dos seios nasais, ou através de
lesões na sequencia de uma fractura do
crânio.
Qualquer microrganismo que tenha acesso
aos espaços subaracnoideus, pode causar 51
uma meningite.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Etiologia
Meningite
Bacteriana Viral
• Pneumococos,
• Meningococos; Enterovirus:,
• Estafilococos, como o Coxsackie,
• Estreptococos, Echo...
• Haemophilus Influenzae
52
Bactéria da meningite enterovírus
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Fisiopatologia
• Os microorganismos chegam ao sistema
nervoso através de diversas vias
Sintomas e Sinais
Os primeiros sintomas da meningite nas crianças
muito pequenas são menos evidentes do que para
as crianças maiores.
Outros sintomas :
• Mal-estar geral;
• febre alta (38-40ºc );
• calafrios;
• cefaleias intensas;
57
• vómitos;
Estes sintomas tendem a agravar-se, podendo mesmo originar um estado de coma.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Sintomas e Sinais
Lactentes e crianças pequenas :
Raramente é observado o quadro clássico de
meningite. Os sinais meníngeos costumam não
contribuirem para o diagnóstico por serem de difícil
avaliação...
...Apresentando então:
• febre;
• vómitos;
• irritabilidade;
• convulsões;
• choro; 58
• rigidez da nuca.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Sintomas e Sinais
No Período neonatal é de diagnóstico difícil.
Os sintomas mais frequentes são:
• A recusa alimentar;
• A escassa capacidade de sucção;
• Os vómitos e/ou a diarreia;
• O tónus fraco;
• O choro débil;
• A hipotermia ou febre;
• A icterícia;
• A sonolência;
• As convulsões; 59
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Diagnóstico
Diagnóstico
O exame do líquido cefalorraquidiano inclui:
• A quantificação celular;
• A quantificação glico-proteica;
• O diagnóstico microbiológico da infecção
Diagnóstico
• ECG
62
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Tratamento
O tratamento é feito baseado no tipo de agente.
A meningite constitui uma emergência médica,
tratada com antibióticos, administrados por via
endovenosa, que irão variar conforme o tipo da
bactéria.
Para as meningites virais não há tratamento
específico. Além disso, são adoptadas medidas
gerais, como uma boa hidratação, controle da
temperatura, dos vómitos e das convulsões,
quando presentes.
63
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Complicações
Em comparação com a meningite viral a
meningite bacteriana tem mais risco de
complicações;
A meningite pode:
• afectar o nervo auditivo, o que pode
resultar em surdez permanente;
• perda da capacidade de aprendizagem;
64
• Morte.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Prognóstico
65
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Transmissão ou
Contágio
• Alguns tipos de meningites bacterianas são
contagiosas, podendo a infecção transmitir-se,
casualmente, através das secreções das vias
respiratórias como, por exemplo:
• Pelo tossir ou espirrar;
• Através de um simples beijo;
• Ou pelo facto das pessoas se encontrarem no mesmo
compartimento com uma pessoa afectada por
meningite, ao partilharem o mesmo ar. 66
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Prevenção
• A vacinação pode ser útil para
controlar uma epidemia
provocada por certas estripes
de bactérias. Contudo, a
administração de antibióticos
às pessoas que tenham estado
em contacto com doentes, é, na
generalidade, mais eficaz.
Abcesso
•O abcesso é uma acumulação purulenta bem delimitada,
desenvolvida numa cavidade neoformada no seio de um dado
tecido, formada em consequência de uma infecção por
microorganismos, habitualmente bactérias.
•O pús é constituído por células do tecido destruído, por
leucócitos concentrados na zona para combater a infecção e por
microorganismos mortos e vivos.
•O abcesso pode ou , conforme a supremacia seja
conseguida pelos microorganismos, ou pelos leucócitos.
68
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Abcesso Cerebral
• É a acumulação de pús, numa
cavidade bem delimitada no
tecido cerebral.
• Os abcessos provocam
sintomas devido ao aumento da
pressão intracraniana e a lesões
focais do sistema nervoso.
• As localizações mais vulgares
são os lobos frontal e temporal.
69
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Incidência
• Se exceptuarmos os traumatismos cranianos, os abcessos cerebrais resultam
quase sempre da disseminação de uma infecção originada numa outra região do
organismo.
• Cerca de 40% dos abcessos derivam de infecções, ou do ouvido médio, ou dos
seios perinasais.
• As outras causas incluem as infecções subsequentes a lesões penetrantes no
crânio, a infecções em pacientes com endocardite bacteriana aguda, ou com
doenças imunodeficitárias.
• Os abcessos são frequentemente múltiplos.
70
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Sintomas
• Os sintomas mais comuns
compreendem – as cefaleias, a
sonolência e a febre.
• Pode haver igualmente
perturbações da visão, vómitos,
crises convulsivas e sintomas
causados pela lesão cerebral
focal – paralisia de um membro
ou perturbações da fala...
71
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Diagnóstico e Tratamento
• O diagnóstico pode ser confirmado por TAC ou por
RMN do cérebro.
73
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Prognóstico
•Os abcessos cerebrais são fatais em cerca de 10% dos casos,
apresentando os restantes pacientes, muitas vezes, um defeito
residual da função cerebral.
74
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
75
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Encefalite
• É uma infecção generalizada do
parênquima cerebral.
Tuberculose e
Toxoplasmose
• Anatomia patológica:
• Na tuberculose (processo secundário) os organismos
provocam:
• Pequenas Lesões Nodulares, múltiplas e firmes
(tuberculomas), cuja ruptura no espaço subaracnoideu pode
desenvolver uma meningite tuberculosa.
• Lesões maiores irregulares com uma zona central de
necrose.
• Na toxoplasmose:
• Existem áreas de necrose e a presença de um infiltrado
inflamatório de células mononucleares.
77
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Encefalite viral
• O sistema nervoso central (SNC) pode ser
afectado por vários vírus:
• Componente de uma infecção sistémica;
• Componente da infecção própria.
Encefalite por
CitoMegaloVírus
• O citomegalovirus é um outro membro do grupo dos
herpesvirus.
• É causa de encefalite nos neonatais e em indivíduos
com compromisso imunológico.
• A incidência tem vindo a aumentar, especialmente
em indivíduos com SIDA.
• Pode afectar qualquer parte do sistema nervoso
central. 82
• Pode causar hemorragias das células ependimárias.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
• Manifestações:
83
• Problemas cognitivos;
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
• Anatomia patológica:
• Cérebro geralmente atrófico;
• Infiltrados mononucleares perivasculares
inflamatórios; 84
• Nódulos microgliais;
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
LMP
• “Leucoencefalopatia Multifocal Progressiva”.
• Anatomia patológica:
• Astrocitos atípicos de conformações irregulares;
• Núcleos oligodendrogliais aumentados, com inclusões
levemente violetas. 85
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Encefalopatias Espongiformes
• Grupo de doenças incomuns que incluem
a variante clássica e a nova variante da
doença de Creutzfeldt-Jakob e outras.
Diagnóstico
• Exame bioquímico do líquido cefaloraquidiano
(LCR);
• Cultura do LCR;
Sequelas
• Variação considerável na incidência dos
pacientes que sobrevivem a encefalites
virais.
Fisioterapia
89
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
90
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Esclerose Múltipla
(Esclerose Em Placas)
Esclerose áreas de cicatrização que representam os focos
de desmielinização.
Placas a placa é a característica básica da doença.
Picture 4
o cérebro;
o cerebelo;
o tronco cerebral;
a medula espinhal.
92
TAC que revela placas de esclerose múltipla.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Fisiopatologia
1. Reconhecimento da mielina dos axónios do próprio corpo como estranha;
2. Produção de anticopos que se vão agregar à mielina;
3. Agregação de linfócitos em torno de pequenas veias e artérias;
Picture 5
94
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Manifestações clínicas
Disartria;
Tremor intencional;
Sinal de Babinski;
Espasticidade;
Ataxia;
Alterações proprioceptivas e do equilíbrio;
Alterações da sensibilidade;
Paresias ou paralisias;
96
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Manifestações clínicas
- Disfunção da bexiga - incontinência
- falsa vontade
- irritabilidade
- euforia, estado de
despreocupação anormal
- Dificuldade para atingir o orgasmo, falta de sensibilidade na vagina,
impotência sexual nos homens. 97
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
História clínica
A doença inicia-se muitas vezes com sintomas isolados (sendo o
formigueiro e o entorpecimento os mais comuns numa fase inicial,
ocorrendo depois as alterações visuais) seguidos de meses ou anos sem a
manifestação de qualquer sintoma.
Os sintomas podem ocorrer de forma isolada ou combinada.
Ocorrem períodos de remissão e de exacerbação da doença.
Alguns pacientes têm uma série de exacerbações, todas com remissão
completa.
As exacerbações muito graves podem levar a paraplegia ou coma.
Alguns pacientes morrem ao fim de alguns meses; no entanto...
...a maioria vive com a doença pelo menos 20 anos.
Ao fim de 25 anos - 1/3 desenvolve uma vida normal
- 2/3 são pacientes de ambulatório 98
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Etiologia
É Indeterminada!!!
Factores precipitantes
Infecções várias;
Traumas emocionais;
Lesões;
Gravidez...
Tratamento:
Exercício regular (equitação, bicicleta, natação, alongamentos - yoga)
- reduz a espasticidade;
- mantém a saúde cardiovascular,
muscular e psicológica.
a manutenção do equilíbrio;
a manutenção da capacidade de
FISIOTERAPIA deambulação;
contribui para
a manutenção do grau de mobilidade;
reduzir a espasticidade e a debilidade101
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Esclerose Lateral Amiotrófica (E.L.A)
Doença degenerativa dos neurónios motores do Cérebro e Esp. Medula
SNC
NMSup. NMInf.
.. que conduz a fraqueza progressiva e desgaste dos músculos dos membros,
com eventual afecção dos músculos respiratórios.
Dados epidemiológicos:
103
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Esclerose Lateral Amiotrófica
PATOGÉNESE:
Diagnóstico
107
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Esclerose Lateral Amiotrófica
Diagnóstico é efectuado através:
111
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Incidência
dos Traumatismos Cranianos
O traumatismo craniano é uma importante causa
de morte e deficiência física, superado apenas
pelo acidente vascular cerebral.
Representam 25 % de todas as mortes e a maioria
deles são consequência de acidentes rodoviários.
Ocorrem em todas as faixas etárias, sendo mais
comuns nos adultos e adolescentes entre 15 e 24
anos. 112
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Traumatismo Aberto
Provocado pela penetração de um objecto externo,
como um projéctil, no crânio ou no cérebro (podem
113
ser perfurantes ou penetrantes).
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Traumatismos Cranianos
Traumatismos Cranianos
Contusões Cerebrais
Ocorrem quando o cérebro se move no interior da cavidade craniana,
ocasionando o esmagamento de partes do cérebro pelo contacto violento
com o crânio ou com as membranas durais.
Sintomas
Traumatismo Craniano minor
Vómitos;
Palidez;
Irritabilidade ou sonolência, sem perda de consciência,
podendo haver qualquer outra manifestação neurológica.
Sintomas
Perda de consciência;
Incapacidade de mover ou de sentir parte do corpo (desmaio, fraqueza,
diminuição da força ou formigueiro no corpo ou nas pernas);
Incapacidade de reconhecer pessoas ou o ambiente;
Incapacidade de falar ou de ver;
Perda de equilíbrio.
123
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Sintomas
Diagnóstico
Deve ser baseado nas informações recolhidas sobre a
causa do traumatismo e os sintomas dele resultantes,
para além de um exame físico e neurológico completo, a
que se deve seguir o pedido de exames complementares
de diagnóstico:
Radiografia ao crânio
Tomografia computadorizada ao crânio
Ressonância magnética
Angiografia cerebral 125
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Tratamento
Medicamentação.
Cirurgia:
Para a elevação dos fragmentos ósseos, numa
situação de afundamento;
Para drenagem de hematoma;
Para estancar um foco hemorrágico. 126
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Prognóstico
O grau de recuperação da função cerebral depende
essencialmente:
• Da gravidade da lesão.
• Da idade do indivíduo.
• Da duração da perda de consciência.
• Da parte do cérebro que foi mais lesada. 127
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
128
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
COMA
• O termo foi usado pela primeira vez por Hipócrates
para descrever uma situação em que o do cérebro se
encontra no seu mais baixo grau de funcionamento
• No Coma, o indivíduo:
- Não responde a estímulos, aparentendo estar
inconsciente, e não pode ser despertado.
- Dependendo do grau, pode ter movimentos, fazer
barulhos ou reagir à dor. 129
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Definição
• Estado patológico caracterizado pela perda de
consciência e pela ausência de reacção aos
estímulos externos (visuais, auditivos, olfactivos, tácteis, etc.),
conservando as funções respiratória e circulatória
que podem, contudo, estar reduzidas ou alterdas.
Clinicamente, avalia-se o estado de coma segundo
uma escala normalizada, a Escala de Glasgow.
130
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Escala de Glasgow:
• A Escala de Glasgow baseia-se em três
simples parâmetros para determinar os graus
de coma:
Escala de Glasgow:
• A escala dá uma nota para cada função, com o
número mais alto para a melhor função e o mais
baixo para a ausência de funções.
Tipos de Coma
• Coma vigil (8-9) – do qual é possivel retirar o doente por
meio de uma estimulação forte (ruído, beliscão), mas no
qual o paciente volta imediatamente a cair. Corresponde ao
estádio I da escala de Glasgow.
• Convulsões.
• Hemorragia cerebral.
Exames Complementares
de Diagnóstico
• Monitorização dos sinais vitais (temperatura, pulsação,
respiração e pressão sanguínea + ECG.).
• Exames Laboratoriais do sangue e urina -
hemograma e análise de parâmetros químico-
metabólicos – para a determinação do estado
funçional de outros orgãos, como o fígado e os rins.
• EEG.
136
• Imagiologia clássica, TAC e eventualmente a RMN.
INTRODUÇÃO à PATOLOGIA
Terapêutica
• O tratamento de emergência para um paciente em coma começa por
tentar estabilizar os sinais vitais, manter um adequado equilíbrio da
relação ventilação-perfusão (ventilação mecânica ou expontânea)...
Divisão Anatómica
FUNCIONALIDADE
143
SÍNDROME CEREBELOSA
144
SÍNDROME CEREBELOSA
• Perturbações da coordenação no
tempo: