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INSTRUÇÃO GERAL

UD VI – ORGANIZAÇÃO E
EMPREGO DO EXÉRCITO

As 04 – Organização do Exército para


Missões de Operacionais
As 05 – Organização do Exército para
Missões de Paz e missões não-
operacionais
OBJETIVOS
 Conceituar missão operacional;

 Identificar a organização da FT para a missão

operacional.

 Identificar as missões em tempo de paz e

missões não-operacionais;

 Identificar a organização da Força Terrestre

para as missões em tempo de paz.


SUMÁRIO
I. INTRODUÇÃO
II. DESENVOLVIMENTO
a. Missões Operacionais
b. Missão de Paz (ONU)
c. Missões Complementares
III. CONCLUSÃO
MISSÕES
OPERACIONAIS
 Para cumprir sua missão constitucional, o

Exército precisa preparar-se

adequadamente e acompanhar a evolução

tecnológica que se processa nos materiais

de emprego militar.
Per manente vig ilânci a de
nossas f ronteir as
 Em outras palavras, necessita alcançar
um estado de operacionalidade que lhe
permita:
 Defender a Pátria;

 Garantir os poderes constituídos,

 A lei e a ordem;

 Cooperar com o desenvolvimento


nacional e com a defesa civil
 Participar de operações
internacionais.
 A evolução e o preparo do Exército têm

se processado de acordo com as

possibilidades do País, com o

desenvolvimento harmônico das demais

expressões do Poder Nacional e com as

necessidades de respaldo das decisões

soberanas do Estado brasileiro.


 No século XX, temos como exemplos,
entre outros, dessa confiável capacidade
profissional a participação vitoriosa da Força
Expedicionária Brasileira na II Guerra
Mundial e a atuação destacada de militares
e contingentes brasileiros em missões de
manutenção de paz.
 Em razão disso, a Força tem utilizado, com

sucesso, o Sistema de Instrução Militar do

Exército Brasileiro (SIMEB). A aplicação do

SIMEB tem permitido ao Exército:

 Manter a tropa adestrada durante todo o ano;

 Manter o efetivo profissional capacitado

técnica e taticamente para o exercício eficaz de

suas funções;

 Destinar tempo de instrução adequado às

instruções voltadas para a garantia dos poderes

constitucionais, da lei e da ordem;


 Alcançar, gradualmente, os desejados níveis
de eficiência para as organizações militares
operacionais, ou seja, dar-lhes capacidade de
cumprir todas as missões de combate
fundamentais previstas em sua base
doutrinárias.
SERTÃO !
MISSÃO DE PAZ
(ONU)
 Baseada nos preceitos do artigo 4º da Constituição

Federal, a participação brasileira em missões de paz só


ocorre após o atendimento de algumas imposições, cuja
principal é a aceitação, por parte dos países ou das facções
envolvidas no conflito, da presença de observadores ou
tropas estrangeiras em seu território.

 Essa conduta da política externa brasileira vem sendo

adotada há longo tempo. Assim, a primeira participação do


Exército Brasileiro ocorreu em 1947, quando observadores
militares foram enviados para os Balcãs.
Durante as décadas de 50 e 60, viria a participar com
efetivos maiores, integrando forças internacionais de paz,
sob a égide da ONU no Oriente Médio e da OEA no Caribe.
A mais longa missão foi no Oriente Médio (UNEF) e durou
de 1957 a 1967, com a participação de 600 homens, em
média, que se revezaram em 20 contingentes

 Nas décadas seguintes, foram bastante reduzidas as


missões, até reiniciarem em 1989, quando inúmeras
foram abertas. Em 1994, foram enviadas tropas (uma
companhia) para auxiliar a manutenção da paz em
Moçambique.
Em setembro de 1995, o Exército enviou para Angola

um contingente composto por mais de mil homens

(um batalhão, uma companhia de engenharia e um

posto de saúde). Nos últimos anos, militares

brasileiros vêm prestando serviços às Nações Unidas,

como observadores, na África, na América Central, na

Europa, e na Ásia, e cooperando para a solução

pacífica do conflito fronteiriço entre o Equador e o

Peru.
 A par do excelente desempenho demonstrado pelas

tropas e pelos observadores brasileiros em missões no

exterior, o Exército tem participado de exercícios

conjuntos com outros países.

 A participação em missões de paz vem trazendo

crescente prestígio à política externa e ao Exército

Brasileiro, aumentando a projeção nacional no cenário

mundial.
 Os Princípios das Operações de Paz

 O Brasil considera que as Operações de

Paz são instrumentos úteis para solucionar


conflitos e ajudam a promover negociações
político-diplomáticas, mas não podem
substituí-las; a solução definitiva sempre
dependerá da vontade política das partes.

 
 Quando instaurada, uma Operação de Paz deve ser
regida pelos princípios de imparcialidade, aplicação do
mínimo de força necessária, negociação com todas as
partes envolvidas e intermediação na busca de
soluções, evitando-se a discussão de problemas e
responsabilidades.
 Experiências Brasileiras em Operações
de Paz
 O Brasil, há muito tempo, vem contribuindo
com o esforço de organismos internacionais de
paz, quer pelo envio de observadores militares
desarmados, quer pela inserção de tropas
levemente armadas nas áreas conflagradas.
 Os objetivos têm sido monitorar o cessar-
fogo entre as partes envolvidas e desenvolver
as melhores condições para o pleno
restabelecimento da paz regional.
Primeira Força de Emergência das Nações Unidas -
(UNEF I)
 A primeira experiência histórica das Forças Armadas
brasileiras em missão de paz da ONU, foi o envio do
“Batalhão Suez”, um Batalhão de Infantaria de
aproximadamente 600 homens ao Egito (de janeiro de
1957 a julho de 1967) integrando a Força de Emergência
das Nações Unidas I (FENU I), organizada com a finalidade
de separar forças egípcias e israelenses. Contribuiu, no
período, com efetivo acumulado de aproximadamente
6.300 homens, durante os mais de dez anos da missão. O
Brasil exerceu o Comando operacional da UNEF I de janeiro
a agosto de 1964 (General Carlos Paiva Chaves) de janeiro
de 1965 a janeiro de 1966 (General Sizeno Sarmento).
 Força de Segurança das Nações Unidas - (UNSF)
 Missão de Representante Permanente do Secretário-Geral da
ONU na República Dominicana - (DOMREP)
 Missão de Observação das Nações Unidas na Índia e no
Paquistão - (UNIPOM)
 Primeira Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola -
(UNAVEM I)
 Grupo de Observação das Nações Unidas na América Central -
(ONUCA)
 Segunda Missão de Verificação das Nações Unidas em Angola -
(UNAVEM II)
 Missão de Observação da Nações Unidas em El Salvador -
(ONUSAL)
Farabundo Martí para a Libertação Nacional
(FMLN).
 Operação das Nações Unidas em Moçambique
- (ONUMOZ)
 Missão de observação das Nações Unidas em
Uganda-Ruanda - (UNOMUR)
 Força de Proteção das Nações Unidas na
Antiga IUGOSLÁVIA - (UNPROFOR)

 UNMUR (Uganda - Ruanda)


 Terceira Missão de Verificação das Nações
Unidas em Angola - (UNAVEM III)
 UNPF (Antiga UNPROFOR – ex-Iugoslávia)
(UNPREDEP).
Missão de Observação das Nações Unidas em Angola - (MONUA)
 Missão das Nações Unidas em PREVLAKA (UNIMOP).
 Missão de Observadores Militares do Equador - Peru (MOMEP)
 Força das Nações Unidas no Chipre – “United Nations Force in
Cyprus”(UNFICYP)
 Missão de Auxílio à Remoção de Minas na América Central -
(MARMINCA)
 Missão de Verificação das Nações Unidas de Guatemala
(MINUNGUA)
 United Nations Mission of Observation in Prevlaka (UNMOP).
 Administração Transitória das Nações Unidas no Timor Leste
(UNTAET).
Exercícios Conjuntos
 Em 1999, foi realizado no Brasil, e constou de seminários
com o objetivo de trocar experiências relativas às operações de
manutenções de paz e planejamento nos níveis GU e U. Pode-
se observar a diferença entre o SUR 99 e a Operação Cruzeiro
do Sul: o primeiro constitui comando de brigada e o segundo
comando regional, de acordo com o desdobramento das Forças
da ONU em Angola. No ano 2000 o exercício foi de posto de
comando com incidentes.
 Exercício de Apoio Humanitário – Ainda em 1998, por ocasião
de uma conferência bilateral de estados-maiores entre os
Exércitos do Brasil e da Argentina, foi estabelecido que seria
realizado, anualmente e por revezamento, um exercício
combinado de apoio humanitário às comunidades por ocasião
de desastres naturais.
Exercícios Conjuntos
 Em 1999, o exercício denominado Operação Iguaçu – I foi
realizado na cidade de Posadas, na Argentina, contando com a
presença de militares do 2º Regimento de Cavalaria Mecanizado
e do estado-maior da 1ª Brigada de Cavalaria Mecanizada,
explorado sob o tema de um alagamento generalizado na
fronteira comum, operacionalizando a assistência humanitária.
 Seminários – Nos anos de 1997 e 1998, o Exército participou
de seminários de assuntos relacionados com Operações de
Manutenção da Paz, na América do Sul e Grã-Bretanha.
 Em 1999, foi realizado um intercâmbio de especialistas em
operação de manutenção de paz com o Exército dos Estados
Unidos da América. Foram discutidos temas como desminagem,
relacionamento com as organizações não-governamentais (ONG)
e conceitos doutrinários.
Exercícios Conjuntos
 Seminários – Nos anos de 1997 e 1998, o Exército participou
de seminários de assuntos relacionados com Operações de
Manutenção da Paz, na América do Sul e Grã-Bretanha.
 Em 1999, foi realizado um intercâmbio de especialistas em
operação de manutenção de paz com o Exército dos Estados
Unidos da América. Foram discutidos temas como desminagem,
relacionamento com as organizações não-governamentais (ONG)
e conceitos doutrinários.
 O preparo da tropa – Uma situação real – O COTER é
responsável pelo preparo das tropas que se destinam às missões
de manutenção da paz. São tomadas como referências de
preparo as Diretrizes da ONU e os Programas Padrão de
Instrução, entre outros documentos. O tempo previsto é de cerca
de três meses, dividido em instrução individual (quadros, cabos e
soldados) e adestramento.
Exercícios Conjuntos

 Em substituição ao exercício Forças Unidas, que passou a ser

bianual, em 2000 foi realizado um simpósio de Forças de Paz em

Santiago do Chile.

 Operação Cruzeiro do Sul – Em 1996, foi criado um exercício

denominado Operação Cruzeiro do Sul, por iniciativa da

Argentina, com os objetivos de proporcionar um maior

entrosamento entre os integrantes de uma Força de Paz

Combinada (F Paz Cbn) e desenvolver o planejamento de estado-

maior nos níveis grande unidade (GU) e unidade (U), reforçando

os laços de amizade no contexto do MERCOSUL. Em 1997,

contando com a participação do Uruguai, o exercício foi realizado

no Brasil, com a presença de tropa no terreno.


Exercícios Conjuntos
 Exercício Forças Unidas – O exercício inicialmente denominado
Forças Unidas foi estruturado num quadro de Força de Paz,
realizado numa situação hipotética e com auxílio de
computadores. No decorrer do exercício, são simulados
incidentes que envolvem a tropa, civis e demais participantes na
questão. Nos primeiros dias são realizados seminários com
diferentes temas sobre assuntos correlatos com a ONU e
Operações de Manutenção da Paz. O exercício é patrocinado pelo
Comando Sul do Exército dos Estados Unidos da América (EUA).
 Em 1997, o exercício foi realizado na Escola de Comando do
Estado-Maior do Exército (ECEME). O Exército Brasileiro realizou
toda a coordenação, planejamento e desenvolvimento do evento,
baseado na experiência vivida em Angola.
 Em 1999 o exercício passou a ser chamado SUR 99, e foi
realizado na capital boliviana segundo uma situação planejada
pelo Comando Sul do Exército dos EUA.
Missões de Paz
PERSPECTIVAS
 Em nível internacional – A tendência aponta para a concessão,
pela ONU, de mandatos para que organismos regionais
conduzam operações de manutenção de paz, com o provável
aumento de missões delegadas para coalizões de estados-
membros, como foi o caso da missão junto à INTERFET; ou para
organismos regionais, com a conseqüente diminuição do controle
das operações por parte das Nações Unidas.
 Em curto e médio prazos, pode-se dizer que, em razão do seu
alto custo e das dificuldades de atingir resultados definitivos, as
missões de paz da ONU, envolvendo emprego de tropa, deverão
diminuir. Por outro lado, as missões de emprego individual –
observadores militares – por enquanto, não deverão sofrer
redução.
 As Nações Unidas, por sua universalidade, legitimidade e
experiência de mais de 50 anos em missões congêneres, devem
continuar, quando possível, a conduzir as operações de
Específicas para a Força
 O emprego de forças militares em Operações de Paz
continuará a ser uma constante nos próximos anos. O Brasil
poderá ser convocado a dar sua parcela de contribuição.
Orgulho Verde-Oliva
 A participação do Brasil em missões de paz caracteriza-se
como um instrumento muito útil da política externa. Além de
representar o cumprimento com suas obrigações em nível
mundial na matéria, contribui para estreitar as relações com
países de particular interesse para política externa brasileira.
 É importante enfatizar que o Brasil pode se orgulhar de sua
participação nas operações internacionais, pois projeta,
favoravelmente, a sua imagem, colhendo significativos
dividendos internos e externos, ratificando sua posição de
importante ator no cenário mundial e conquistando o espaço que
lhe é devido no âmbito das relações exteriores.
MISSÕES
COMPLEMENTARES
Ativ idades complement ares e
ass istencia is
Ativ idades complement ares e
ass istencia is
PROGRAMAS DE
Construção de DISTRIBUIÇÃO DE
ALIMENTOS
Estradas e
ferrovias (PRODEA)

MÃO
AMIGA

Programas de
Construção de
Fiscalização e
distribuição de Água Poços Artesianos,

(Op PIPA) canais, represas e


Preservação do
Meio-Ambiente

Programa de
Preservação dos
cursos d’água e
mananciais
C ONCL USÃ O

“ A NAÇÃO QUE CONFIA MAIS


EM SEUS DIREITOS DO QUE
EM SEUS SOLDADOS,
PREPARA-SE PARA SUA
PRÓPRIA ESCRAVIDÃO”
Rui Barbosa

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