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Disciplina: Língua

Portuguesa

Manual: SER EM
PORTUGUÊS 8

Páginas apresentadas no
trabalho: 22, 23,24,25
Texto literário – texto
não literário

Podemos agora, sintetizar as principais características do


texto não literário e do texto literário.

Paginas: 22 e 23
Texto não literário Texto Literário
É, predominantemente, informativo. Sem deixar de ser informativo, abre
espaço, abre espaço à ficção, à emoção, à
Expressão dos sentimentos.
É objectivo (cada palavra possui É subjectivo (aberto a várias
um só significado). interpretações); socorre-se de vários
recursos expressivos.
Tem intenção mais imediata, Tem uma intenção estética.
utilitária.
Usa uma linguagem impessoal (o Usa uma linguagem mais pessoal ( a
emissor apaga-se para fazer subjectividade do emissor é importante na
ressaltar o conteúdo), isto é, fria e análise do conteúdo).
directa.
O texto não literário diz, afirma, O texto literário sugere, insinua, evoca,
declara; é, por isso denotativo. remete para, reenvia para; é, por isso,
conotativo.
Exemplos: textos da pagina 20 Exemplo: texto da pagina 21
Exemplos
Texto literário
Texto não literário
Texto não literário
S. Mateus, 10 de Setembro de 2002
Meu caro Hugulino:

Bem sei que é mais moderno enviar um e-mail, mas nem tu tens
Internet, nem eu perdi a mania de escrever cartas. E, depois, tempo é o
que não me falta.
Indo directamente ao que interessa: a festa é no dia 5 de Outubro,
na casa das tulipas como da outra vez. Presentes, entre outras vão
estar a Pezinhos-de-lã, a Lô Proveta, a Sidónia dos caracóis e, claro
está, aquela por quem tanto suspiras. É preciso enviar-te um convite?
Há actividades surpresa, e eu hei-de descobrir onde o meu avô
guarda a chave da despensa. O resto ficará, como sempre, dependente
da imaginação de cada um.
E pronto. Sei que não és de muitas leituras. Fico-me por aqui,
embora isto pareça mais um telegrama do que uma carta.

Um grande abraço do sempre teu amigo,


Joaquim
P.S.:
Traz aquela tua vizinha morena.
Texto literário
Correio

Chegam cartas. Chegam pedaços do meu país.


Chegam vozes. Chega um silêncio que me diz as revoltas as lágrimas os
cansaços.
Chegam palavras que me apertam nos seus braços.
Chegam notícias do meu país.
………
Chegam palavras com guitarras de Lisboa.
Chegam palavras que me sentam a sua mesa para falar das nossas coisas: trigo
e tristeza. Trevo e sal.
Chegam palavras que me trazem vinho e boroa.
Chegam palavras que me trazem Portugal.

Manuel Alegre,
O Canto e as Armas
Modos
Literários

Paginas: 24, 25
Modo lírico Modo narrativo Modo dramático
Não tem narrador. Narrador da 1.ª ou de Geralmente não tem
Emissor A voz que fala é a do «sujeito 3.ª pessoa. narrador. No palco, os
poético» ou «eu poético» actores encarnam
directamente as
personagens.

Geralmente não tem personagens. As personagens são As personagens são


Quando existem são apenas indispensáveis. indispensáveis.
«pretexto».

Tempo estático. Tempo dinâmico. Tempo dinâmico.


Geralmente não tem acção. Quando A acção é fundamental. A acção é fundamental.
existe, é apenas «pretexto».
A narração, quando existe, é A narração é A narração não existe, a
Mensagem
pretexto para a confissão emocional indispensável. não ser, ocasionalmente,
do eu poético. na fala das personagens.

A descrição, quando existe, é A discrição geralmente A descrição é substituída


pretexto para a confissão emocional existe. pelo texto didascálico;
do eu poético. no palco, por roupas,
cenário, iluminação, etc.

O diálogo, quando existe, é pretexto O diálogo geralmente O teatro é,


para a confissão emocional do eu está presente. essencialmente, diálogo.
poético.
Tem acesso ao texto através da Tem acesso ao texto Tem acesso ao texto
Receptor leitura. através da leitura. através da leitura ou, ao
vivo, no teatro.
Exemplos
Modelos Literários
Modo Barca
Bela
Pescador da barca bela,
Onde vais pescar com ela,
Que é tão bela,
Oh pescador?

Não vês que a última estrela


No céu nublado se vela?
Colhe a Vela.
Oh pescador!

Deita o lanço com cautela,


Que a sereia canta bela…
Mas cautela,
Oh pescador!

Não se enrede a rede nela,


Que perdido é remo e vela
Só de vê-la,
Oh pescador.

Pescador da barca bela,


Inda é tempo, foge dela,
Foge dela,
Oh pescador! Almeida
Garrett,
Modo No Mar das
Sereias
Andaram, andaram por sobre ondas dias e dias.
- Ulisses, vamos entrar no mar das sereias. Não te lembras do que Circe
nos recomendou? Temos de cera nos nossos ouvidos, senão morremos
todos!
Ulisses revoltou-se contra tal ideia:
- Cera nos ouvidos, eu??! Só se fosse doido! Eu não ponho cera
nenhuma. Quero ouvir o canto das sereias.
Dizem que elas encantam os marinheiros com a sua bela voz, e eu quero
sentir este encantamento.
- Não sejas louco, Ulisses! Vais morrer atraído por elas.
Sabes bem como se sentem sós no fundo do mar, no meio da escuridão, e
como precisam de companhia de quem por estas paragens passa... Quem
as ouve tem de morrer!

Maria Alberta
Meneres,
Ulisses
Modo
Mar Cena X

RITA
Venha comer, meu pai.
VALADÃO
(como se a não tivesse ouvido)
Não volta.
MARIANA
Não digas isso nem a brincar! Olha que disparate! É rapaz, vocês
escabrearam-no, e atirou-se ao mundo. Mas não demora muito que esteja
aí.
VALADÃO
Não volta, ti Mariana. Tenho a certeza. A sereia andava sobre ele... Tornou
a vê-la na véspera...

Miguel Torga,
Mar
Trabalho Elaborado
Por:
Ana Sofia Costa Lopes
8ºA Nº4
Fim

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