Curso Técnico de Apoio à Infância Português Bruna Ferreira, 11ºI Nº4 Drama Romântico
Desenvolveu-se no séc. XIX com os
escritores românticos. Género teatral em que aparecem unidos o elemento trágico e o cómico, o sublime e o grotesco; Tenta retratar a vida real e personagens históricas ; Série de situações com diversas personagens que se envolvem em vários episódios . O desfecho pode ser trágico ou não. Escrito em prosa. Dividido em três actos. Tragédia Género cultivado inicialmente na Grécia. As personagens, ilustres, protagonizam uma acção recheada de atitudes nobres, de coragem, mas em que o protagonista, pessoa justa e sem culpa, caminha em direcção à desgraça ou à morte, vítima de um destino que não consegue vencer. O fim da tragédia é o de provocar o terror e a piedade. Escrito em verso; O que há de Tragédia Personagens desafiam o Destino (hybris): Madalena casa com Manuel de Sousa Coutinho sem ter a certeza de que o primeiro marido está morto e Manuel incendeia o seu palácio para não receber os governantes castelhanos; O sofrimento e a aflição das personagens vai-se acentuando, à medida que a acção progride (clímax e pathos) e atinge também os “inocentes” (Maria, a filha); Há uma mudança repentina na acção (peripateia –“peripécia”), desencadeada por alguém que vem de fora, sucedendo o “reconhecimento” (anagnorise): o Romeiro é identificado como D. João de Portugal, marido de D. Madalena; Primeiro por Frei Jorge e depois por Telmo. O que há de Tragédia A partir deste momento, é impossível evitar a “catástrofe”(katastrophé): as consequências terríveis que atingem todos os que estão próximos de quem desafiou o Destino; Maria morre e os pais “morrem para o mundo”, vão para o convento; a catharsis (purificação) é feita pelo despertar no público de dois sentimentos: o terror e a piedade( referidos por Almeida Garrett na Memória ao Conservatório Real); Telmo e Frei Jorge têm um papel semelhante ao do Coro das tragédias gregas, tentando confortar as personagens. O que há de Drama A acção decorre numa época histórica de resistência, de afirmação e defesa do nacionalismo (século XVII, perda da independência, ocupação castelhana); Remete para a crença no mito do Sebastianismo: D. Sebastião tinha “desaparecido” em Alcácer-Quibir e o seu regresso era a esperança que restava para a recuperação da independência de Portugal; Várias referências a Camões, poeta de expressão do patriotismo; Afirmação constante do nacionalismo, com a rejeição da presença dos castelhanos em território português; O que há de Drama Crença no regresso do morto-vivo, “personagem” de inspiração medieval ( D. João de Portugal); Expressão hiperbólica de sentimentos, de estados de alma, frequentemente contraditórios e caóticos; Crença em agoiros, superstições, simbologia premonitória dos sonhos (Madalena, Maria e Telmo); O cristianismo: Madalena e Manuel encontram o conforto na crença em Deus e na ida para o convento, em vez da morte violenta das tragédias; O que há de Drama O uso da prosa ( e não o verso, como era habitual na tragédia); Divisão em três Actos ( e não os cinco da tragédia); Não existe unidade de tempo nem de espaço: a acção não decorre em 24 horas nem no mesmo lugar; Linguagem que exprime os estados de espírito das personagens: apóstrofes, frases exclamativas e interrogativas, frases inacabadas (com reticências), Elementos Trágicos e Dramáticos Trágicos : Uso da prosa ( e não o verso, como era habitual na tragédia); Divisão em três Actos ( e não os cinco da tragédia); Não existe unidade de tempo nem de espaço: a acção não decorre em 24 horas nem no mesmo lugar; Linguagem que exprime os estados de espírito das personagens: apóstrofes, frases exclamativas e interrogativas, frases inacabadas (com reticências), hipérboles…… Personagens com estatuto elevado (aristocratas). Drama : A peça é escrita em prosa. Aspectos formais.