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1 DIREITO AMBIENTAL CONCEITO:

•Direito da economia doméstica planetária


•Conjunto de regras jurídicas relativas à proteção da natureza e luta
contra as poluições

O Direito Ambiental classifica-se como um dos mais recentes ramos do


Direito, resultantes da evolução sofrida pela sociedade. Tal evolução,
não obstante todo o progresso tecnológico e toda a comodidade que
traz ao homem, impõem-nos também um preço a ser cobrado pela
indisciplina com que foram utilizados os meios e recursos
naturais no decorrer do tempo, forçando-nos a regular a relação
homem-natureza a partir de patamares legais com a formulação de
normas e a imposição de pesadas sanções contra as suas eventuais
violações.
1 CONCEITO:

• conjunto de técnicas, regras e instrumentos jurídicos


organicamente estruturados, para assegurar um comportamento
que não atente contra a sanidade mínima do meio ambiente.
•conjunto de princípios e regras destinados à proteção do meio
ambiente, compreendendo medidas administrativas e judiciais,
com a reparação econômica e financeira dos danos causados ao
ambiente e aos ecossistemas, de uma maneira geral
• O direito ambiental (no estágio atual de sua evolução no Brasil)
é um conjunto de normas e institutos jurídicos pertencentes a
vários ramos do Direito, reunidos por sua função instrumental
para a disciplina do comportamento humano em relação ao seu
meio ambiente.
1 CONCEITO:

• Direito Ambiental é constituído por um conjunto de regras


jurídicas relativas à proteção da natureza e à luta contra as
poluições.

•nosso ambiente está ameaçado, o Direito deve poder vir em seu


socorro, imaginando sistemas de prevenção ou de reparação
adaptados a uma melhor defesa contra as agressões da
sociedade moderna. Então, o direito do ambiente mais do que a
descrição do direito existente é um direito portador de uma
mensagem, um direito do futuro e da antecipação, graças ao
qual o homem e a natureza encontrarão um relacionamento
harmonioso e equilibrado.
2 PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL:

•Os princípios prestam importante auxílio no conhecimento do sistema


jurídico, no sentido de uma melhor identificação da coerência e
unidade que fazem de um corpo normativo qualquer, um verdadeiro
sistema lógico e racional.

•Essa circunstância é ainda mais importante nas hipóteses daqueles


sistemas jurídicos que – como o sistema jurídico ambiental – tem suas
normas dispersas em inúmeros textos de lei, que são elaborados ao
longo dos anos, sem critério preciso, sem método definido.

•Os princípios têm caráter fundamental no sistema de fontes, pois são


normas que têm papel essencial no ordenamento, devido à sua
posição hierárquica, ou porque determinam a própria estrutura do
sistema jurídico. Exercem função precípua na falta de leis, conforme
reza o artigo 4º da LICC: "quando a lei for omissa, o juiz decidirá o
caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de
direito".
2 PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL:

Durante muito tempo, aplicava-se apenas o Código Florestal na


proteção do meio ambiente, atualmente essa lei é apenas um
dos inúmeros elementos e de uma série de normas objetivando
a proteção específica de um bioma ou de uma espécie de flora.

Os princípios do Direito Ambiental desempenharam um papel


fundamental no reconhecimento desse Direito enquanto ramo
autônomo da Ciência Jurídica. Antônio Herman de Vasconcellos
e Benjamin (apud Mirra, 1996, p. 52) apontam as quatro
principais funções dos princípios do Direito Ambiental para
facilitar a sua compreensão e aplicação:
2 PRINCÍPIOS DO DIREITO AMBIENTAL:

•a) são os princípios que permitem compreender a autonomia do


Direito Ambiental em face dos outros ramos do Direito;
•b) são os princípios que auxiliam no entendimento e na
identificação da unidade e coerência existentes entre todas as
normas jurídicas que compõem o sistema legislativo ambiental;
•c) é dos princípios que se extraem as diretrizes básicas que
permitem compreender a forma pela qual a proteção do meio
ambiente é vista na sociedade;
•D) são os princípios que servem de critério básico e inafastável
para a exata inteligência e interpretação de todas as normas que
compõem o sistema jurídico ambiental, condição indispensável
para a boa aplicação do Direito nessa área.
2 PRINCÍPIOS DO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL:

•o meio ambiente é um direito subjetivo fundamental do ser


humano, essencial à sua sadia qualidade de vida (...) o direito ao
meio ambiente é um dos maiores direitos humanos do século
XXI, na medida em que a humanidade se vê ameaçada no mais
fundamental de seus direitos – o da própria existência

•O direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que


pertence a todos, e é um direito humano fundamental
consagrado nos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estolcomo
em 1972 e reafirmado na Declaração do Rio de Janeiro em
1992.
2 PRINCÍPIOS DO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL:

•o meio ambiente é um direito subjetivo fundamental do ser


humano, essencial à sua sadia qualidade de vida (...) o direito ao
meio ambiente é um dos maiores direitos humanos do século
XXI, na medida em que a humanidade se vê ameaçada no mais
fundamental de seus direitos – o da própria existência

•O direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que


pertence a todos, e é um direito humano fundamental
consagrado nos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estolcomo
em 1972 e reafirmado na Declaração do Rio de Janeiro em
1992.
2 PRINCÍPIOS DO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL:

•O ser humano tem direito fundamental à liberdade, à igualdade


e a uma vida com condições adequadas de sobrevivência, num
meio ambiente que permita usufruir de uma vida digna, ou seja,
com qualidade de vida, com a finalidade também, de preservar e
melhorar o meio ambiente, para as gerações atuais e futuras.

•O direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que


pertence a todos, e é um direito humano fundamental
consagrado nos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estolcomo
em 1972 e reafirmado na Declaração do Rio de Janeiro em
1992. (...) deve ser consagrado o direito fundamental da vida
humana na terra visando, com isto, a melhora do meio ambiente
em benefício do homem atual e seus descendentes.
2 PRINCÍPIOS DO DIREITO HUMANO FUNDAMENTAL:

•O ser humano tem direito fundamental à liberdade, à igualdade


e a uma vida com condições adequadas de sobrevivência, num
meio ambiente que permita usufruir de uma vida digna, ou seja,
com qualidade de vida, com a finalidade também, de preservar e
melhorar o meio ambiente, para as gerações atuais e futuras.

•O direito ao meio ambiente protegido é um direito difuso, já que


pertence a todos, e é um direito humano fundamental
consagrado nos Princípios 1 e 2 da Declaração de Estolcomo
em 1972 e reafirmado na Declaração do Rio de Janeiro em
1992. (...) deve ser consagrado o direito fundamental da vida
humana na terra visando, com isto, a melhora do meio ambiente
em benefício do homem atual e seus descendentes.
2 PRINCÍPIO DO ACESSO EQÜITATIVO AOS RECURSOS
NATURAIS:

O princípio ao acesso eqüitativo aos recursos naturais integra os


bens ao meio ambiente como água, ar e solo, aos quais devem
satisfazer as necessidades comuns de todos os habitantes da
Terra. O meio ambiente é um bem de uso comum do povo, isto
é, todos podem utilizar. O acesso aos bens ambientais podem
ser pelo consumo do bem (utilização dos recursos hídricos, a
caça e pesca), o acesso causando poluição (lançamento de
poluentes no ar, ou água, ou solo) e acesso para a
contemplação da paisagem.
2 PRINCÍPIO DO ACESSO EQÜITATIVO AOS RECURSOS
NATURAIS:

Dentro desse panorama ganha importância o princípio do acesso


eqüitativo aos recursos naturais, segundo o qual os bens
ambientais devem ser distribuídos de forma equânime entre os
habitantes do planeta. (!!!)

Não basta um modelo de desenvolvimento ser passível de


reprodução indefinidamente (desenvolvimento sustentável),
impondo-se, também, que os frutos do desenvolvimento sejam
equilibradamente distribuídos.
2 PRINCÍPIO DO ACESSO EQÜITATIVO AOS RECURSOS
NATURAIS:

Encontra-se esse imperativo do acesso eqüitativo aos recursos


naturais também na legislação ordinária. É o caso da Lei Nº
9.433/97 que determina que o objetivo da Política Nacional dos
Recursos Hídricos no inciso I do art. 2º é o de “assegurar à atual
e às futuras gerações a necessária disponibilidade de água, em
padrões de qualidade adequados aos respectivos usos” e no
artigo 11 estabelece que: “O regime de outorga de direitos de
uso de recursos hídricos tem como objetivos assegurar o
controle quantitativo e qualitativo dos usos da água e o efetivo
exercício dos direitos de acesso à água”.
2.2 PRINCÍPIO DO ACESSO EQÜITATIVO AOS RECURSOS
NATURAIS:

Da mesma maneira que os direitos civis e sociais, trata-se de um


direito fundamental cuja fundamentação se encontra no princípio
da dignidade da pessoa humana, que está previsto no inciso III
do art. 1° da Constituição Federal. Essa apropriação privada dos
recursos ambientais coletivos, e conseqüente imposição dos
riscos ambientais a uma parcela não privilegiada da população,
consistem em uma afronta direta ao direito fundamental ao meio
ambiente ecologicamente equilibrado da mesma maneira que à
isonomia apregoada pelo texto constitucional em relação a todos
os cidadãos:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade.
2.2 PRINCÍPIO DO ACESSO EQÜITATIVO AOS RECURSOS
NATURAIS:

Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer


natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros
residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade,
à igualdade, à segurança e à propriedade.
2.3 PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR E POLUIDOR
PAGADOR
Com a instituição dos princípios do usuário-pagador e
poluidorpagador, recomendação inicialmente feita pela
Organização de Cooperação e Desenvolvimento Econômicos
(OCDE) em 1972, estabeleceu-se que ao poluidor devem ser
imputados os custos necessários ao combate à poluição,
custos esses determinados pelo Poder Público para manter
o meio ambiente em estado aceitável, bem como
promovendo a sua melhoria.
2.3 PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR E POLUIDOR
PAGADOR

Em matéria de proteção do meio ambiente, o princípio


usuário/pagador significa que o utilizador do recurso deve
suportar o conjunto dos custos destinados a tornar possível a
utilização do recurso e os custos advindos de sua própria
utilização. Este princípio tem por objetivo fazer com que estes
custos não sejam suportados nem pelos Poderes Públicos, nem
por terceiros, mas pelo utilizador. De outro lado, o princípio não
justifica a imposição de taxas que tenham por efeito aumentar o
preço do recurso ao ponto de ultrapassar seu custo real, após
levarem-se em conta as externalidades e a raridade.
2.3 PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR E POLUIDOR
PAGADOR

O princípio do poluidor-pagador obriga quem poluiu a pagar pela


poluição causada ou que pode vir a ser causada e está assim
descrito no § 3º do artigo 225 da Constituição Federal: “as
condutas e atividades consideradas lesivas ao meio ambiente
sujeitarão os infratores, pessoas físicas ou jurídicas, à sanções
pena is e administrativas, independentemente da obrigação de
reparar os danos causados”.
2.3 PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR E POLUIDOR
PAGADOR

A exploração dos recursos naturais, sempre foi feita de maneira


irracional e desordenada, não havia a preocupação que um dia a
‘fonte poderia secar’. Os países desenvolvidos, no decorrer dos
tempos, cometeram verdadeiros crimes contra a natureza, na
busca de riquezas.

Reforçando a responsabilidade do poluidor, António Carvalho


Martins (1990) ensina que:
Estando em causa, numa apreciação correcta e previdente em
relação ao futuro, investimentos de facto justificados, com um
interesse económico e consequentemente de bem-estar superior
aos custos ambientais, a teoria revela que a entidade poluidora
deve compensar todos os que ficam prejudicados.
2.3 PRINCÍPIO DO USUÁRIO PAGADOR E POLUIDOR
PAGADOR

Esse princípio possui caráter preventivo, indenizatório,


reparatório e busca fazer com que os recursos naturais sejam
utilizados de modo mais racional, de forma sustentável.
Sustentando que não se pode poluir mediante paga, Ednilson
Fernandes Rodrigues (2005) tece suas considerações afirmando
que: Não se permite que ocorra pagamento para poder despejar
esgoto sem tratamento num rio, e nem para que se possa
praticar qualquer outra infração as leis ambientais.
2.4 PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO

“Com o fim de proteger o meio ambiente, o princípio da


precaução deverá ser amplamente observado pelos Estados, de
acordo com suas capacidades. Quando houver ameaça de
danos graves ou irreversíveis, a ausência de certeza científica
absoluta não será utilizada como razão para adiamento de
medidas economicamente viáveis para prevenir a degradação
ambiental”
2.4.1 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO

A Convenção sobre Diversidade Biológica e a Convenção-


Quadro das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima,
inseriram respectivamente em seu preâmbulo e no Princípio 3, o
princípio da precaução, diplomas estes que foram assinados,
ratificados e promulgados e que fazem hoje parte do
ordenamento jurídico brasileiro.
2.4.1 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO

As Partes Contratantes, (...) Observando também que quando


exista ameaça de sensível redução ou perda de diversidade
biológica, a falta de plena certeza científica não deve ser
usada como razão para postergar medidas para evitar ou
minimizar essa ameaça. Observando igualmente que a exigência
fundamental para a conservação da diversidade biológica é a
conservação in situ dos ecossistemas e dos habitats naturais e a
manutenção de populações viáveis de espécies no seu meio
natural.
2.4.1 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO

As partes devem adotar medidas de precaução para prever,


evitar ou minimizar as causas da mudança do clima e mitigar
seus efeitos negativos. Quando surgirem ameaças de danos
sérios ou irreversíveis, a falta de plena certeza científica não
deve ser usada como razão para postergar essas medidas,
levando em conta que as políticas e medidas adotadas para
enfrentar a mudança do clima devem ser eficazes em função dos
custos, de modo a assegurar benefícios mundiais ao menor
custo possível.
2.4.1 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO

Observa-se também que, pela sua redação, o Princípio 15 da


Declaração do Rio indica um alcance mais restritivo ao conteúdo
precaucional exigindo que a ameaça seja um dano sério ou
irreversível como no modelo da Convenção de Mudança do
Clima.
2.4.1 O PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO NO ORDENAMENTO
JURÍDICO BRASILEIRO

Em decorrência do exposto, conclui-se que o Estado, através de


sua administração, tem o dever, portanto (...)de cumprir seu
poder de polícia, embasado no princípio da precaução, gerindo
os riscos e tornando-se ineficaz quando “não procurando prever
danos para o ser humano e o meio ambiente, omite-se no exigir
e no praticar medidas de precaução, ocasionando prejuízos,
pelos quais será co-responsável”.
2.4.2 FATORES QUE DESENCADEIAM O RECURSO AO
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO

O recurso ao princípio da precaução pressupõe:

a)A identificação de efeitos potencialmente nocivos decorrentes


de um fenômeno, de um produto ou de um processo e

b)uma avaliação científica dos riscos que, devido à insuficiência


dos dados, ao seu caráter inconclusivo ou ainda à sua
imprecisão, não permitem determinar com suficiente certeza o
risco em questão.
2.4.2 FATORES QUE DESENCADEIAM O RECURSO AO
PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO

A avaliação dos riscos consiste na análise de quatro


componentes, a saber:
a)a identificação do perigo,
b)a caracterização do perigo,
c)a avaliação da exposição e
d)a caracterização do risco.

Nesse estágio, a Comunicação da Comissão relativa ao princípio


da precaução recomenda que, antes da tomada de alguma
decisão, a opção de atuar só se concretize após a satisfação
destas quatro etapas.
2.5 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO

A prevenção se justifica pelo perigo potencial de que a atividade


sabidamente perigosa possa produzir efetivamente os efeitos
indesejados e, em conseqüência, um dano ambiental, logo,
prevenindo de um perigo concreto, cuja ocorrência é possível e
verossímil, sendo, por essa razão, potencial.

Constata-se, nessa operação, que sua aplicação procura


evidenciar que é provável que a atividade perigosa demonstre-se
de fato perigosa, ou seja, concretamente perigosa, evidenciando
que é possível que venha a produzir os efeitos nocivos ao
ambiente.
2.5 PRINCÍPIO DA PREVENÇÃO

Machado (2002) dividiu em cinco itens a aplicação do princípio


da precaução justificando-se na seguinte frase: “sem informação
organizada e sem pesquisa não há prevenção”, a saber:

a) Identificação e inventário das espécies animais e vegetais de


um território, quanto a conservação da natureza e identificação
das fontes contaminantes das águas e do mar, quanto ao
controle da poluição;
b) Identificação e inventário dos ecossistemas, com a elaboração
de um mapa ecológico; c) Planejamentos ambiental e econômico
integrados;
d) Ordenamento territorial ambiental para a valorização das
áreas de acordo com a sua aptidão;
e) Estudo de Impacto Ambiental.
2.6 PRINCÍPIOS DA REPARAÇÃO

Segundo a Declaração do Rio de Janeiro de 1992, notadamente


em seu princípio 13:

Os Estados deverão desenvolver legislação nacional relativa à


responsabilidade e à indenização das vítimas da poluição e
outros danos ambientais.

Os Estados deverão cooperar da mesma forma, de maneira


rápida e mais decidida, na elaboração das novas normas
internacionais sobre responsabilidade e indenização por efeitos
adversos advindos dos danos ambientais causados por
atividades realizadas dentro de sua jurisdição ou sob seu
controle, em zonas situadas fora de sua jurisdição.
2.7 PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Segundo Bruno Campos Silva (2004, p. 65): desenvolver e


conservar: este é o resumo do princípio do desenvolvimento
sustentável, que tem por conteúdo a manutenção das bases
vitais da produção e reprodução do homem e de suas atividades,
garantido igualmente uma relação satisfatória entre os homens e
destes com seu ambiente, para que as futuras gerações tenham
a oportunidade de desfrutar os mesmos recursos que temos a
nossa disposição.
2.7 PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Segundo o Centro Nacional para Desenvolvimento Sustentado


das populações Tradicionais do IBAMA:

Desenvolvimento sustentável significa o processo de


transformação e no qual a exploração dos recursos, a direção
dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico
e a mudança institucional se harmonizam, reforçando o potencial
presente e futuro do meio ambiente, suporte das atividades
econômicas das populações, a fim de melhor atender a suas
necessidades e aspirações, respeitando a livre determinação
sobre a evolução de seus perfis culturais.
2.7 PRINCÍPIO DO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

Este princípio tem por objetivo central a manutenção do meio


ambiente saudável sem, no entanto, obstar o desenvolvimento
econômico, assegurando às futuras gerações uma relação
harmoniosa entre ambas, sem, portanto, sobrepor uma em
relação a outro.

O Direito Ambiental, mais especificadamente o princípio do


desenvolvimento sustentável, surge como mediador entre os
interesses da economia e a capacidade do meio ambiente em
suprir os recursos necessários à demanda.
2.8 PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO

Parte constante do princípio 10 da Declaração do Rio: No nível


nacional, cada indivíduo deve ter acesso adequado a
informações relativas ao meio ambiente de que disponham as
autoridades públicas, inclusive informações sobre materiais e
atividades perigosas em suas comunidades.

A informação ambiental, ou seja, todos aqueles dados


envolvendo planos, decisões e atividades que influenciem no
manejo de políticas ambientais internas ou externas, ou mesmo
em fatos afetos a determinadas localidades devem ser
repassados a comunidades em geral, e não apenas entre os
Estados ou organizações.
2.8 PRINCÍPIO DA INFORMAÇÃO

Apesar da resistência por parte de governos e empresas em


revelar informações acerca de eventos ambientais
significativamente danosos ao bioma e a população em geral, a
sofisticação e ampliação dos meios de comunicação, inserindo-
se a internet; jornais e televisivos, bem como os avanços
legislativos internos e os tratados internacionais, dificultaram
estas práticas criminosas.

A liberação das informações ambientais que possam


principalmente surtir efeitos negativos ao ambiente e à
população devem ser efetivamente fiscalizadas tanto pelos entes
públicos como pelos privados.
2.9 PRINCÍPIO DA RESPONSABILIDADE

“todo aquele que praticar um crime ambiental, estará sujeito a


responder, podendo sofrer não apenas na esfera administrativa,
como na penal e civil”.
2.10 PRINCIPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

O principio da gestão democrática do meio ambiente assegura


ao cidadão o direito à informação e a participação na elaboração
das políticas públicas ambientais, de modo que a ele devam ser
assegurados os mecanismos, judiciais, legislativos e
administrativos que efetivam esses princípios.
2.10 PRINCIPIO DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

O desenvolvimento sustentável das cidades brasileiras, depende


do planejamento urbano que cada município adota, onde deve
ser construído através das necessidades de cada grupo, pela
sociedade civil, não colocando em risco o meio ambiente,
visando, assim, o bem comum e o interesse público,
apresentado pelo Estatuto da Cidade (Lei N°. 10.257/2001),
como a mais importante legislação brasileira em matéria de
tutela do meio ambiente artificial.
2.11 PRINCIPIO DO LIMITE

Igualmente voltado à administração pública, justamente pelo


dever de fixar parâmetros, mínimos a serem seguidos, em casos
de emissão de gazes, partículas, sons/ruídos, lixo e resíduos
hospitalar.

Visando sempre o bem comum, pois, a respeito desse principio,


entende-se que deve ser estabelecido um limite a ser tolerado
na emissão de partículas, poluentes presentes na água , deve
encontrar-se em limite tolerável, para que estejam dentro dos
padrões fixados em lei, O inciso V do parágrafo 1º do artigo 225
da Constituição Federal.
2.11 PRINCIPIO DO LIMITE

Voltado à administração pública, cujo dever é fixar parâmetros


mínimos a serem observados em casos como emissão de
partículas, ruídos, sons, destinação final de resíduos sólidos,
hospitalares e líquidos, dentre outros, visando sempre promover
o desenvolvimento sustentável, dá-se um acompanhamento,
com a verificação do potencial de geração de poluentes líquidos
de resíduos e de emissões atmosféricas, assim como riscos de
explosões, e outros possíveis riscos de acontecimentos, como
incêndio poluição das águas e das marés, contaminação do ar,
risco de inundações, contaminação com produtos químicos e
tantos outros.
3 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS AMBIENTAIS E POLÍTICA
GLOBAL DO MEIO AMBIENTE

No tocante a política global, pode-se dizer que o primeiro grande


marco internacional para conscientização ambiental, deu-se com
a primeira conferência mundial ambiental, ficando conhecida
como conferencia de ESTOCOLMO, realizada no ano de 1972,
na Suécia e teve a participação de vários Estados-membros, das
organizações governamentais e nãogovernamentais (ONGs).
4 PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS

O direito ao meio ambiente sadio, está garantido na Constituição


Federal de 1988, onde já é mencionado num capítulo sobre o
assunto, que integra o título da ordem social, onde se estatui que
todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado,
sendo bem de uso comum do povo e essencial a sadia
qualidade de vida, impondo-se ao poder público e a coletividade
o dever de defendê-lo, preservá-lo para as futuras e presentes
gerações.

O artigo 225, é que integra na sua complexidade, a disciplina, se


revelando como social, sendo que para concretizá-lo, importa
esforços pelo poder público.
4.1 PRINCÍPIO DA PARTICIPAÇÃO

A Carta Magna toma esse principio como importante na


participação conjunta, ao tratar do meio ambiente, no sentido de
grupos e não individualmente apenas, no tocante à defesa do
meio ambiente.

O artigo 225 caput, consagrou a presença do Estado e da


sociedade civil. Sendo que assim nos ensina Fiorillo (2007, p.
44): Àquela ONG, na medida em que esta recebe dotação
orçamentária e há a previsão constitucional do art. 225, caput,
que estrutura toda a sociedade na defesa do meio ambiente, de
que todos (pessoas físicas e jurídicas) obrigam-se a tutelá-lo.
Atende-se que não se trat de um aconselhamento, mas de um
dever da coletividade.
4.2 PRINCIPIO DA UBIQUIDADE
Refere-se ao que trata de direitos humanos, ou seja, está no
centro do tratamento com fundamental importância (...) Este
princípio vem evidenciar que o objeto de proteção do meio
ambiente, está localizado no epicentro dos direitos humanos,
deve ser levado em consideração toda vez que uma política,
atuação, legislação sobre qualquer tema, obra, etc. tiver que ser
criada e desenvolvida, (...) na medida em que possui como ponto
cardeal a tutela constitucional vida e a qualidade de vida, tudo
que se pretende fazer, criar ou desenvolver, deve antes passar
por uma consulta ambiental, enfim para saber se há ou não
possibilidade de que o meio ambiente venha a ser degradado.

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