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3. CABOS DE CANHAMO a TTABELA 4, Dados para a Selegio de Correntes Niimero Acie Fator de | Raz40 | minimo Correntes mento | eguranca} D | de dentes K | ma roda dentada Soldadas calibradas ¢ no calibradas A mio 3 20 5 A motor] 6 30 5 Soldadas calibradas em polias de cavidades | A mio 45 20 = A motor] 8 30 = Soldadas nfo calibradas (lingas) passando em torno da carga - 6 4 ez Idem, nfo passando em torno da carga = 6 a wa De rolos = 5 = 8 3. CABOS DE CANHAMO. As més propriedades mecanicas dos cabos de cinhamo (répida abrasio, resisténcia inadequada, répida danifieagio em cbjetos agudos e efeitos atmosfé- ricos ete.) tornam-os apropriados somente para maquinismos de elevagdo ope- rados manualmente (talhas de cabos). Os didmetros das polias, sobre os quais © cabo corre, devem ser, no mfnimo, 10d (onde d 6 0 diametro nominal do cabo). Os cabos de canhamo ‘io, predominantemente, usados como eabos de uniso para aparelhagem de elevacio (ganchos etc). Sio fabricados de acordo com ‘a norma de cada pafs e so formados por trés pemas de ednbamo e cada perna, por fios separados. O enrolamento das pernas é oposto ao dos fios. Conforme 0 modo de fabricagao eo ntimero de pernas, os cabos de eénhamo sio classificados como: torgdo simples (Fig. 12a) e torgio em cabo (Fig. 12). Estes iiltimos siio obtidos pelo enrolamento de trés cabos comuns. Os cabos de eéinhamo so freqiientemente empregados com aleatrio para torné-los re- sistentes & deterioragio. Embora os cabos aleatroados apresentem melhores resisténcias aos efeitos externos, sio mais pesados e menos flextveis; além disso, sua resisténcia é cerea de 20% menor do que a de um cabo branco. A. resisténcia 4 ruptura dos eabos de cémhamo subdivide-os em cabos de primeira e segunda qualidade. Nos mecanismos de elevacio, cabos de levan- tamento e unido devem ser, exclusivamente, de 1* qualidade. (a) (b) Fig. 12. Sepies transversais dos cabos de cinhamo. 28 ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVACAO CAP. 3 Selesiio dos Cabos de Canhamo. A selecio de eanhamo é baseada apenas em sua tragiio, de acordo com a seguinte formula: ad ete 4% ® onde d@ — ditmetro, em em, de um cfreulo circunserevendo as pernas; S —carga sobre 0 cabo em kef. Para cabos de cénhamo usados para elevagio, a tensio de seguranga & rup- tura, convencionalmente, refere-se a lem? da étea do didmetro nominal do eabo de eénhamo (isto 6, didmetro d ineluindo os vazios) 6 oi = 100 kgffem?, para cabos brancos ¢ oi = 90 kgfem?, para cabos aleatroados. Por isso, para érgio de clevagéo, a férmula (6) pode ser transformada, como segue: para eabos brancos S = 07850", @ para cabos aleatroados S = 0,705d", @) onde d 6 em mm e $ em kef. 4. CABOS DE Aco Os eabos de ago sio amplamente usados em maquindria de elovagio, como Grgios flexiveis de elevagio. Comparado as correntes, eles possuem as seguin- tes vantagens: 1) maior leveza; 2) menor suscetibilidade a danos, devido a solavancos; 3) operagio silenciosa, mesmo a altas velocidades; 4) maior confianga em operagao. Nas correntes, 0 rompimento ocorre repentinamente, enquanto que nos cabos de ago os fios externos, sujeitos a desgastes mais intensos, rompem-se antes dos fios internos. Como resultado, os eabos de ago tornam-se esfiapados muito antes da ruptura e devem ser imediatamente substitufdos. Os cabos de aco custam menos que as correntes, mas necessitam de maiores tambores, o que torna todo o mecanismo de elevagio niais pesado e inconveniente. Os cabos de ago sito fabricados com fios de ago com uma tensdo de resistén- cia de os = 130 2 200 kgf/mm*. No proceso de fabricagéo, o fio 6 submetido um tratamento térmico especial, o qual, combinado com trefilagdo a frio, im- primo aos fios étimas caracteristicas mecdnicas, Os guindastes que operam em locais secos utilizam cabos de fios (nfio gal- vanizados) brilhantes. Os cabos deetinados a operagdo em locais timidos sio galvanizados (recobertos de zinco) para’ protegé-los contra a corrosio. No en- tanto, a capacidawe de clevagéo de carga dos cabos de fios galvanizados 6 cerca de 107% mais baixa, devido aos efeitor de témpera do recobrimento de zinco quente. 4. CABOS DE AGO 29 Os eabos de ago séo fabricados por mAquinas especiais: primeiro, os fios de ago separados so toreidos em pernas; depois, estas pernas so torcidas em cabos cilindricos, Ambos os processos se dio simulténeamente: as pernas sfio toreidas sobre um niicleo feito de eénhamo, asbesto ou em fio de ago doce. Um niicleo de asbesto ou de fios ¢ usado para cabos sujeitos a calor radiante (por exemplo, em guindastes operando perto de fornos em usinas de fabricagio ‘a quente). No entanto, um micleo de fios reduz a flexibilidade do cabo, & vista do que micleos metélicos sfio costumeiramente usados somente quando os eabos estiio sujeitos a alta compressiio, como, por exemplo, quando forem enrolados em um tambor em vérias camadas. Os eabos de ago, formados por pernas, sfo conhecidos como eabos de dupla torgao. 8&0 os tipos mais comuns, usados em méquinas de elevagio. De acordo com a torgiio, os eabos se classifieam em: 1) eabos de torgio cruzada ou normal; 2) cabos de torcio paralela ou Lang; ¢ 3) cabos de tor- g8o composta ou reversa. b Cabos de torgéo normal (Fig. 134) encontram maior aplicagio. Tais cabos sio construfdos de tal modo que a diregdo da torgéo dos fios, nas pernas & opostia Aquele das pernas, no cabo. Nos eabos de torgdo paralela (Lang), o sentido de torgao dos fios nas pernas 60 mesmo daquele das pernas no eabo (Fig. 138)*% Estes eabos sio mais flexi- veis e resistem, mais eficazmente, ao desgaste; todavia, eles tendem a destorcer. Cabos de torso paralela sio empregados em ascensores e outros guinchos com guias e, também, como cabos de tragdo. Em cabos de torgdo reversa, os fios, em duas pernas adjuntas, sio toreidas em sentidos opostos (Fig. 130. ‘Além disso, 0 sentido das torg6es de um cabo pode ser & direita ou A esquer- da. A torgio A direita 6 mais freqiientemente usada. Fig, 13, Torgbes dos cabos de ago. Cabos de Ago para Fins Gerais, Os cabos de ago sio fabrieados de acordo com as normas do pafs. 30 ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 Cs cabcs mostrados na Fig. 13 tém construgdo (ios de um s6 didimetro) omum, na qual as pernas sio toreidas om fios de mesmo didmetro (Fig. 14, 4). a) ) 3) ® Fig. 14. Constructo dos cabos de ago. Neste caso os fios da camada de recobrimento cruzam, ropetidamente os fios internos (ig. 14a), eriando, com isso, zonas de aumento de proseio espe~ effiea, que eneurtam a vida do eabu. O cabo composto Warrington (Fig. 14, B) 6 toreido com pernas de fios de virios diémetros. Os fios de camadas adjacentes nfo se interceptam e, cada fio aloja-se no suleo formado por dois fios internos (Wig. 148). Isto reduz muito as presses espeefficas entre dois fios © aumenta, essencialmente, a flesibilidade ¢ a vida desses cabos, comparados com os cabos tipo A. Cabos de construgio composta do tipo Seale (Fig. 14,C) distinguem-se pelo fato de que, as eamadas internas e externas de cada perna sio de fios de diferentes didmetros, 0 niimero de fios nas eamadas, bem como seus didmetros Séo eelccionados, de modo a prevenir a intersegao dos fioe. Na sua capacidade de operagio os eabos do tipo C sio equivalentes 20 tipo Be em relagao a suas flexibilidades, sio intermediérios entre os cabos de ti. poAe B. Cabos de Aco Pré-formados. Um desenvolvimento recente em fabricagsio de cabos de ago so 08 chamados cabos pré-formados. Esses tipos de cabos so produzidos nas Fébricas de Cabo Odessa cte. Neeses eabos, cada fio individual c cada perna, antes de serem toreidos sto pré-formados para corresponderem i sua disposigio no cabo. Daf, resulta que 08 fios desearregados no est&o sujcitos A tensdes internas. Estes cabos nao tendem a se destoreer se as amarras em tomo das suas cx- tremidades forem desapertadas. Isso facilita as emendas nos cabo: 4. CABOS DE AGO n Cabos pré-formados tém as seguintes vantagens sobre o cabo de ago usual, tipo A (ver Fig. 14): 1) distribuigio uniforme da carga sobre os fios individuais, a qual reduz a um m{inimo as tensdes internas; 2) maior flexibilidade; 8) “menor desgaste dos cabos ao passar sobre a polia ou se enrolar sobre um tambor, porque os fios ¢ pernas nfo se projetam do contorno do cabo ¢ os fios, mais externos, se desgastam uniformemente; os fios quebrados permane- em nas suas posigées iniciais e nfo saem do cabo (maior vida); 4) maior seguranga operacional. A Fig. 15a mostra um cabo préformado, suas pernas ¢ fios individuais e suas formas originais, antes de construir 0 cabo. Na Fig. 15) um cabo ordind~ rio nao pré-formado feito de fios retos, depois de removidas as amarragdes de suas extremidades, ¢ um cabo pré-formado, com uma perna removida e, também, sem amarragdo. A Fig. 15¢ mostra um cabo ordindrio gasto ¢ a Fig. 15d um cabo pré-formado gasto. Cabos de Ago com Pernas Lisas. Cabos de ago de guindastes, compostos de pernas lisas (Fig. 16) sto utilizados em lugares onde estejam sujeitos & abra- sio ¢ desgaste intensive. Eles sfo, usualmente, feitos de cinco pernas lisas com um nticleo de fio liso; as pernas so toreidas sobre um miicleo de cénhamo. Cabos ‘com pernas lisas tém maior frea de contato com a garganta de uma polia ou tam- bor do que os eabos de pernae cireulares. Por isso, suportam presses mais uni- formes e se desgastam menos. A garganta da polia em roldana deve ser pro- jetada de tal modo que o cabo entre em contato com 1/3 de sua cireunferéncia. ‘A Fig. 16 também mostra a segio transversal de um cabo tipo C, com pernas lisae (ver Fig, 14). Cabos de Aco Fechados. Cabos de ago fechados encontram aplicagio em transportadores aéreos ¢ guindastes de eabos; nunca so encontrados em mé- quinas de elevacio, do tipo usual. ‘Tém a vantagem da superficie lisa, fios en- rolados apertadamente © pequenos desgastes. Apresenta o defeito de uma. fle- xibilidade insuficiente. O cabo fechado consiste em uma camada externa de fios, de forma es peeial, e um eabo interno de torgao simples em espiral (Fig. 17a, 6, ©). Nos cabos semifechados a camada externa 6 formada de fios de forma especial e redondos. 0 didmetro externo do cabo 6 medido sobre um par de pernas opos- tas (Fig. 19). cabo deve ser substituido se for constatado um certo ntimero de fios que- brados na camada externa, 20 longo do comprimento de uma torgio (ou passo). A tore&o (passo) encontrada da seguinte maneira: faz-se uma marca na superficie de qualquer perna, contando-se, a partir desse lugar, tantas pemas a0 longo do eixo do cabo, quantas existem na segio transversal do cabo, e pondo- se marcas na perna seguinte A iiltima marcada. A distdncia entre as marcas sero passo do cabo (Tabs. 5 e 6). 2 ‘ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 (a) —X—X—X—SsS ks SSE () =o SSeS as @ Fig. 15. Cabo pré-formado e nilo pré-formado, Fig. 16. Cabos com pernas achatadas. Fig. 17. Cabos fechados. as 4, CABOS DE Ago. Fig. 18. Cabos usados em méquinas de elevagto e transporte, ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 Errado Fig. 19. Medida de diametro do cabo. TABELA 5. Cabos para Elevadores Constructo do cabo Pator inicial de ly 14+ 1c 6X 87 = 299 + Ie seguranca do cabo | ‘Toreao cruzada | Torgao paralela @ tract Torcao cruzada Torcao paralela até 9 “4 9-10 16 10-12 18 124 20 1416 22 scima 16 24 7 8 23, 26 29 32 35 38. * Seis pernas de 19 fios em cada ums, mais um niicleo ‘Numero de fios quebrados no comprimento de um pasto apds 0 que 0 cabo deve ser inutilizado 2 1B 14 16 7 19 Algumas das construgbes recentes de cabos sio projetadas com um fio bri- thante, para um certo ntimero de fios escuros, a fim de facilitar o edleulo do ni- mero de fios quebrados. Nesses cabos, cada fio tem o seu préprio mimero or- dinal, que pode ser facilmente determinado, em cada segio transversal do eabo (Fig. 20). Selegio dos Cabos de Ago. A opera- gio dos cabos envolvem fendmenos ex- tremamente complexos, os quais, em grande parte, so indeterminados, Fios individuais em eabo eurvo carregado, suportam uma pressio com- plexa constituida por tensdes de tragio, flexdo e torgéo, combinadas com com- pressio miitua, fricionamento dos fios Cabo com um corto nimero de fios brilhantes. 4, CABOS DE AGO a5 © permas. Resultado: somente com um certo grau de aproximacéo, a tensio total pode ser analiticamente determinada. Por outro lado, quando cles passam sobre polias e tambores, os fios externos sio submetidos & abraséio, a qual, por Sua vez, reduz a resisténcia total do cabo. TABELA 6. Cabos para Guindastes ¢ Guinchos Construcao doe eabos Fe midot | X10 = 4+ te | 6X87 = 922+ 1c] Ox 61= S004 Ie 18 X 19 = 342+ Ie wesc | Toreao | Torgao | Torgao | Torgao | Toreao | Torgao | Torgao Toreao ae eruzada | paralela | cruzada | paralela | cruzada | paralela | cruzada | paralela ‘ragho Nimero de fios quebrados no comprimento de um passo, ‘apés 0 qual 0 eabo deve ser despresado Fab ot ae | 12 6 36 18 36 18 67 4 7 26 3B 38. 19 38 19 acima7] 15 8 30 15 40 20 40 20 Experiéncias tém mostrado que a vida do cabo 6 altamente afetada pela fadiga. Tem-se verificado que cada cabo pode resistir, durante sua vida, so- mente a um determinado mimero de flexdes, apés as quais comega sua répida desintegragao, Dependendo do ntimero de flexdes, a vida do cabo pode ser doterminada D, a partir da relagao @ai 6 0 difmetro mfnimo de uma polia ou tambor d ¢ d60 diametro do eabo) e Pose (6 —difmetro dos fios nos eabos).* Investiga- Wes tém mostrado que, para a mesma relagio = + a vida do cabo 6, com boa aproximagio, inversamente proporcional ao néimero de flexdes, Admite-se uma flexdo como significando a transigao do eabo, desde a posigdo reta até uma posigio curva ou, desde a posigio curva até uma posigio reta. Flexio reverse (isto é, no sentido oposto & flesdo precedente) reduz a vida do cabo, aproximadamente, & metade ou equivale a duas flexdes do mesmo lado. O mtimero de flexdes ¢ determinado pelo mimero de pontos (polias, tam- bores) em que o cabo entra ¢ sai, sendo as flexdes em um sentido, nesses pontos, equivalentes a uma flexao simples ¢ a flexéo varidvel a uma flexéo dupla, O niimero de flexdes pode ser encontrado, com suficiente precisio, se tragar- mos um diagrama do tipo ilustrado na Fig. 21. A Vig. 22 (diagrama A ¢ B) mostra as cargas suspensas por talhas simétricas, de guindastes, 0 ntimero de flexdes e os métodos de sua determinagio. Com 6 diagrama de um sistema de polias dispontvel, constréi-se, primeiro um desen- volvimento do mecanismo e, em seguida, o diagrama de flexo do cabo. “A gut de conowrsn (2a) ou (2 de 2 ‘afetam a vida do cabo 6 até ‘agora controvertida. ORGAOS FLEXIVEIS DE BLEVAGAO CAP, 2 Na determinagiio do ntimero de flexées, para as talhas simétricas, a polia compensadora nao serd considerada, porque cla permanece estacionaria quando a carga esté sendo elevada ou baixada. Diagrama das flexdes Diagrama A Desenvolvimento Nii: 0 de tts 3 Diagrama B 4 Polia compensadora, ae Log Desenvolvimento Fig. 21. Determinagio do ndmero de flexdes do cabo, com uma polia mével. 1 flexto 3 flexsee 4 flextex 11 Mlexbes 5 flexion Tita Niimero de flexdes S = 4 Fig. 22. Determinagio do ndmero de flexdes, em talhas simétricas. 6 Nlextex 7 Mexoes pues 8 - 12 lexoes flexbos Fig. 23. Namero de flexdes, para varios modos de suspensio de carga. 4, CABOS DE ACO. 7 Como toda talha simétriea pode ser considerada como uma talha com dois cabos independentes, ligados & polia compensadora, pode obter-se o mimero proposto de flexées do cabo de uma talha simétriea, dividindo-se por 2 0 ntimero total de pontos, onde as partes paralclas do cabo entram ou saem, Para diagramas comuns de suspensio de carga, 0 ntimero de flexes de pro- jeto 6 indicado na Fig. 23. Para obter-se a mesma vida do cabo, o efeito do mtimero de flexoes deve D, 4 ser compensado por uma mudanga apropriada na relagio raga A Tab. 7 ilus- tra os valores de Pate como uma fungio do niimero de flexdes. TABELA 7. A resisténcia dos cabos é verificada como segue. Com base no método de suspensio da carga admitido, usamos a Tab. 7 para encontrar a rlagio, Pat. Expressando o didmetro do cabo pela férmula d= 15673, @) ‘obtemos a relagio Prats _ 155 Vi’ onde 6 — diametro de um fio; i —mimero de fios no cabo. A tensio no cabo carregado, na sua parte flexionada A tragdo ¢ flexio é mS OE an en Keer epe: onde oy — tensio de resisténcia A ruptura do material do fio do cabo em kgf/om?; K — fator de seguranga do cabo; S — tragio no cabo em kgf; “Esta férmula 6 verdadeira apenas para cabos eujos fios possuam didmetros iguais. 8 ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGKO CAP. 3 F — Area stil da segfio transversal do cabo em em*. EB fe médulo de elasticidade corrigido do cabo; Be 3 2 100 000 ~ 800 000 kgt/em?, sendo as outras notagdes como as anteriores. ‘Transformando a férmula (10) obtemos: Depois de especificar K e selecionar 0 mimero de fios i, dependendo da cons- trugio do cabo, e para um determinado a ¢ zo empregamos a férmula (11) te para encontrar a érea da segdo transversal do cabo. Depois de encontrar F, selecionamos um cabo com as caraeterfsticas mais préximas, primero verificando se a sua tensio de resisténcia ¢» corresponde }admitida na formula (11). © ntimero de fios no eabo ¢ determinado pelo pro- jeto aprovado. Para cabos mais fregqilentemente usados em maquinéria de elevacao (com excegdo dos cabos de torgio composta), isto &, para os eabos em 114, 222 ¢ 342 fios, a formula (11) assume as seguintes formas: Fow = (12) Fasn 3) E es . (4) sie a Xe ie Multiplicando-se ambos os lados das {6rmulas (12), (13) e (14) por a obte- mos outras {érmulas para a selegio do cabo pela sua resisténeia de ruptura P, referente & total segio transversal do eabo, isto 6: (15) Esta f6rmula 6 verdadeira apenas para eubos cujos fiot posmuat didmetros iguals. 4. CABOS DE AGO 2» a6) Sor Paw = = z i ay Dae Os valores de de & no cabo selecionado nfo precisam ser verificados pos- teriormente, desde que, o efeito desses valores seja plenamente levado em conta nas formulas designadas. A férmula (10): aes K sae P Dasa & baseada no que se segue. A relagio entre o meio eo raio de curvatura na flexio d& _ BL ear" onde p — raio de curvatura; E — médulo de elasticidade do fio; I — momento de inéreia da secdo transversal do fio; M — momento fletor. ‘Tensio de trag&o ou compressfio na flexdio de um fio reto, na sua fibra ex- trema, Icealizada a uma distfincia 4 da linha neutra, onde é é 0 didmetro do fio, 6 igual a Fee B 5 Teo Ae = 8g - + Fp ome Dan (Dui — didmetro da polia ou tambor sobre o qual passa o cabo.) Essa tenso seria desenvolvida em um fio reto se ele nfo fosse uma parte componente do cabo. Realmente, 0 fio no cabo esté em dupla ou tripla espiral, preso entre os fios adjacentes, e sujeito & torgio, antes de sua flexfo. Experiéneias mostram que a tensio de flexi é mais baixa e a f6rmula para o deve ser corrigida, introdu- zindo-se um fator especial, 0 qual depende do tipo e torc&o do cabo, suas con- digdes de operagio ete. e 6 aproximadamente igual a 3/8. 0 ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGKO CAP. 3 Pela adigio da tensio de tragio sobre a segéo reta A tensio de flexi, obte- mos a férmula anterior (10), isto é: S | bE pet Dau Fo De s 3 a= 7 tege Os cabos devem ser objeto de uma tinica tragéo de ensaio, de acordo com a férmula: 2 Ae ae as) onde § — tragéo méxima permissfvel, estabelecida no cabo, em kgf; P — resisténcia real de ruptura do cabo em kgf; K — {ator de seguranca tomado da Tab. 9, dependendo do tipo de me- canismo e condigdes de sua operagio. ‘A tragdo maxima de trabalho nas partes do cabo de um sistema de polias carregadas Sy ¢ encontrada pela férmula Q Se= ’ nam onde Q — peso da carga clevada em kef; n —niimero de cabos de sustentagdo da talha; 1. —rendimento da talha (Tab. 8); ‘1 — rendimento, levando-se em conta a perda devido A rigidez do cabo a0 enrolar-se no tambor, admitido como igual a 0,98. diémetro mfnimo permissivel de um tambor ou polia 6 encontrado pela férmula D>evrerd, (18a) onde D — difmetro do tambor ou polia sobre o fundo da ranhura, em mm; d — diémetro do cabo, em mm; @, — fator, dependendo do tipo de aparelho de elevagdo ¢ das condigdes de servigo (Tab. 9). ¢: — fator que depende da construgao do cabo (Tab. 10). 0 digmetro da polia de compensagao pode ser 40% menor do que 6 didmotro das polias do bloco que sustenta a carga. ‘Este 6 um efleulo aproximado da tensio do cabo e que somente leva em conta carga ‘estdtieas; ensaios dinimicos podem ser dispensudos, com o% fatores de seguranga dentro dos limites recomendados, quando 0 cabo nfo for muito longo. 4. CABOS DE AGO a TABELA 9. Rendimento das Talhas Tathas simples Tathas duplas ‘Rendimento Atrito de eacorrepe-] gary eins | mero | dene | 3imero | mano nan can doe | rhe detanioat = de potias | “,' 0 | de potias polias (0 fator do re-| ton de rasistbncia do cute | ratios | 84- | oxatisas | sntincia de uma. po-| a tentagao tentagto tin 108) ia & 1,081) 2 1 4 2 0.951 ogrt 3 2 8 4 0,906 0,045 4 3 8 6 oso ois 3 4 10 8 0823 0,802 é 5 2 0 o784 073 TABELA 9. Valores Minimos Permissiveis dos Fatores K ¢ ¢ Tipo de mecanismo de elewacto Acionamento I. Guindastes de coluna de locomotiva, A mio montados em esteira, em truques e tra: | A motor tores (ineluindo eseavadeiras operands | A motor como guindastes) guindastes e mecanis- | A motor ‘mos de elevagio em dreas de construgio fe tarefas tempordirias II, Todos os outros tipos de guindastes e | A mao ‘mecanismos de elevagao ‘A motor A motor A motor III. Guinehos operados manusimente, com capacidade de carga até 1, montados em varios vefculos motorizados (auto- méveis, truques ete.) = TY. Carrinhos-guinchos - V. Mecanismos de cagambas autométicas (exesto para talhas em garras) para me- canismos de elevagio do item I - VIL Idem, para meeanismos de elevagio do item’ IT - Notas, 1. Ae condiptes de operagdo da maquinéria de elevagio podem ser encontradas nas Tabs. 2 ¢ a, 2 td bie destinados a elevadores de passageiros, o {ator K deve ser no minimo 14, 8. 0 fator K de cabos de lingas deve ser no mfnimo 10. 4. Na determinagio do didmetro mfnimo permissivel das polias em garras de méquinas de clevagio enumeradas nos itens I, II ¢ IV, 0 fator e pode ser reduzide para 18, 5. 0 fator de seguranca para talhas de elevagio que transportam metal fundido, subs- Lancias eid, sujetas ao fogo, explosives © venenosas deve ser igual a 60, independente das es de operagto, 6. 0 fator de seguranga dos cabos destinados a suportar somente langas de guindastes, ‘nto 6 usados como tirantes, deve ser no minimo 3,5. a ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 TABELA 10. Valores do Fator ¢: que Depende da Construgio do Cabo Construcao do cabo Ordinétio 6 X 19 = 114+ 1 micleo: torgio crazads 1,00 torgio paralela 0,90 Composto 6 X 19 = 114+ 1 niicleo: @) Warrington: torgilo cruzada 0,90 torgdo paralela 0,85 9) Beale ie * torgio crus 98 <_, torgio paralela, 0,35 Ordindrio 6 x 87 = 222 + 1 niicleo: torgdo eruzada 1,00 ‘orgio paralela 0,90 Nota, Para guindastes mecanismos de elevagio operados manual- mente e também para eabos niio indieados na tabela o fator ex pode ser admitido como a unidade. 5, CALCULO DA DURAGKO (RESISTENCIA A FADIGA) DOS CABOS DE ACO PELO METODO DO PROFESSOR ZHITKOV Baseado no fato de que o rompimento do cabo é causado pela fadiga do material e que cada fio do cabo pode resistir somente a um determinado nimero de flexdes, muitos investigadores se propuseram A tarefa de encontrar, por ex- periéneias, a relagdo entre a Vida do cabo e os vérics fatores que causam des- Baste e determinar, em cada caso isolado, o ntimero de flexes apés 0 qual tem infeio o rompimento do éabo. © método para calcular a resisténcia & fadiga dos fios do eabo deve ser re~ conhecido como 0 mais cientffico e perfeito. Correto, em prinefpio, ele 6 tam- bém de grande importancia prética. Ao projetar érgaos de elevaciio, 0 proje- tista deve ter sempre em mente que da vida do cabo depende a dimensao dos tambores e polias, carga, construgio do cabo ¢ outros fatores, O método de calcular a resisténcia A fadiga dos fios do cabo acima descrito, foi desenvolvido pelo resumo dos resultados de muitos anos de pesquisas condu. tidas prineipalmente nas Usinas Hammer ¢ Sickle. Cabos de varias constru- ‘goes, com difmetros de 3 a 28mm foram ensaiados em trés maquinas especiais ara encontrar os fatores metaltirgicos de produgdo, projetos ¢ operncionais que afetam a resisténcia dos cabos. Como primeiro passo, foram compiladas, em forma de gréficos, caracteris- tiens de vida do cabo, para todos os ensaios, os quais determinam as relagdes fe) © 2-4(2): 5. CALCULO DA DURAGAO ae Esses dados foram usados para desenhar um diagrama mostrando a relagio ae s(3) para os vérios nimeros de flextes dos oabos (Fig. 24) ¢ obter, matematicamente, a seguinte férmula de projeto: A= 2 = moccse, + 8 ag) onde A = 2 — relagdo entre o didmetro do tambor ou polia e o didmetro d do cabo; ‘m — fator dependendo do ntimero de flexdes repetidas do cabo z durante o perfodo de seu desgaste até seu rompimento (Tab. 11); o —verdadeira tensio de tragéo no cabo em kgf/mm'; C — fator caracterizando a construgio do cabo e a tensiio de re- sisténcia & trag&o do material do fio (Tab. 12). C1 — fator dependendo do didmotro do cabo (Tab. 13). C, — fator dependente de condigdes operacionais ¢ de fabricagio do cabo, nfo levados em conta pelos fatores C e C; (Tab. 14). talon A ao 30000 flexes 6 LS ae me a Fig. 24, Diagrams para determinar 0 ndimero de flexSes do cabo, TABELA 11. Valores do Fator m em mithares | 30 0 70 90 | 110 | 130° 150 m 0,26 | 0,41] 0,56} 0,70] 0,83 | 0,95 1,07 zem milhares | 170 | 190 | 210 | 930° | 255 | 280 | s10_— | 40 m ais} 490] 140] 1,60] 462] 1,74] 1,87 | 2,00 700 ES em milhares | 370 | 410 | 450 | 500 | 550 | 00 | 650 m ai2| 227] 242] 2,00] 2,77] 2,94] 3,10 17 “ ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 TABELA 12. Valores do Fator C Construgao do cabo aS as 6X 19 = 114 ¢ um niicleo 6x a7w De. sites | 2 sito | oration | Warrngon | Brae | 1 mio Torcao | Toreac | Toreae | Torcac | Toreao | Torcae | Torcao| Toreao | Torgao | Toreao eru- | para- | crue | para- | cru- | para- | cru- | para- | eru- | para zada | lela | sada | lela | cada | lela | zada | ‘lela 130 131 | 1,13 | 1,08 | 0,01 | 060 | 0,81 | 081 | 060 | 112 | 0,99 160 | 1.22 | 104 | 1,00 | 083 | 063 | 0,54 | 0,75 | 062 | 1706 | 0103 180 | 116 | 0,98 | 0,95 | 0,78 | 0,59 | 0,50 | 0,70 | 0,57 | 102 | 0/80 ‘TABELA 13. Valores do Fator Ci 8,5- 15- 19,5- 30- 37. 0,85 | 089 | 0,93 | 0,07 1,00 | 1,04 | 1,09 | 1,16 | 1,24 Cz Fator que determina os fatores adicionais de produgio operacionais, no levados em conta pelos fatores Ce Ci, (os valores de Cy estio indicados na Tab, 14,) TABELA lia. Valores do Fator C2 Material do fio do cabo Ce garbono: 0,55% C; 0,57% Mn; 0,25% Si; 0,09% Ni; 0,08% Cr; 0,02 ae 1% C; 0,57% 25% Si; 0,00% Ni; 0,08% Se] | Ago Carbono: 0,70% C; 0,61% Mn; 0,09% Si; 0,021% 8 © 0,028% P 0,9 Ago perlitico wo eromo: 0,40% C; 0,52% Mn; 0,25% Si; 1,1% Cr; 0,025% 8 0,025% P 1,37 Ago inoxidével: 0,09% C; 0,85% Mn; 0,8% Si; 8,7% Ni; 174% Cr; 0,02% 8 e 0,02 P 0,67 Ago comum Siemens Martin 1 Ago Siemens Martin fundido de ferro gusa de carvio de Jenha ¢ sueata limpa | 0,63 Fios fabrieados de um lingote inteiro 1 Fios fabricados da zona média do lingote 0,92 5, CALCUL DA DURAGAO as ‘TABELA 1b. Tratamento Operacao Trefilagio Redug&o por trefilagio — 25% 1 Hedugte por teilagto — 10% doa J comum 1 eee { polida 080 Proceso no tratamento téenico | Patenteado no bacho do chumbo 1 Normalizado 1,08 Bedureeido no ar un resign 1s Passo da toreto Processo de fabricagdo das pernias Impregnada com 1 eraxa 1, gz os2 1,38 4,15 Algodio 1,46, Manitha 10 Sisal 032 ‘Ago 1,38 Niicleo de trés | Imprognada com Canhamo 1,06 pernas ‘eraxa Sisal ora Provesso Endireitamento do fio © cabo 0,89 ‘Adicional Esticamento prévio do cabo 0,93 Depois de especificar a vida do cabo, podemos encontrar o didmetro do tambor e das polias pela formula (19). Se a tensio ¢, relagdo 4 eas condi- ges de operagio do meearismo de elevagzo forem eonhecidas, podemcs deter- minar a vida dos cabos de vérias construgdes. “6 ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 TABELA lie. Fatores operacionais Indices Cy ‘Material da polia Ferro fundido 10 Duralumini 0.92 Tecido Iaminado 0,80 Raio da ranhura da polia 0,52 d do cabo 1 0,75 d do cabo 116 Rao 127 Ranhura V — 40° 1,26 Natureza da flexio do eabo Flextio de um lado 1 Flexio multiple 14 Angulo de contato do eabo 180° 1 sobre a polis 90° 44 45 127 Angulo da deflexto do cabo, 0 1 relativo a um plano normal 1:80" 1,09 ao eixo da polia ou tambor 3 116 (angulo de deslisamento) & azz ‘Temperatura ambiente + 2000 1 OG 0.9 = 2066 0.83 Quando se calcula a resisténcia A fadiga de um cabo, deve-se conhecer niimero permisstvel de flexes durante 0 perfodo de sua operagio. Em diferentes mecanismos de elevagio, um mesmo cabo pode resistir a dife- rentes timeros de flexoes, dependendo do ntimero de polias de guia, eireundadas pelo cabo ¢ a altura, & qual a carga é elevada (que nem sempre é a mesma) bem como da relagdo entre as cargas, plena e média, de trabalho. Para se obter dados mais precisos sobre o ntimero de ciclos de trabalho, o mimero de flexdes do cabo e carga no cabo, certas empresas construtoras du- rante longo tempo, efetuaram observagées e cronometraram o tempo de traba- Iho de vérias méquinas de elevagao. A Tab. 15 foi compilada com base nesses dados. Se conhecemos as condi¢des de operagio de um mecanismo de elevagio pds especificar a vida do eabo, podemos encontrar 0 mimero permissfvel de Flexoes 21 pela f6rmula az,N B, (20) onde N — vida do cabo, em meses; — nfimero médio de ciclos de trabalho, por més; #1 — ntimero de flexes repetidas por ciclo (elevando ¢ abaixando) na elevacio de plena altura e flexdes unilaterais; ®& — fator de mudanga na resistencia a fadiga do cabo, devido A eleva- a0 da carga para alturas inferiores 4 plena altura, ¢ para eleva- ges inferiores a plena carga. 5. CALCULO DA DURAGAO a TABELA 15. Valores de a, % ¢ 6 Altura h Nu ae lena | mero ao de ope | “ta | "ae" m pare ¢ ; pe ‘m, para 0 do’ micaniama te cio. | 73222 | trabo-| ciclo |g | Modo de su | | "mdsimo | g aro dibria| tho | “de pensao da carga | * | ntimero de seus | por | eraba- ‘lezaee do nts | tho cabo por por eilo para a= 2m ‘Acionamento Suspenstio oats 8 | 25 | 16 | a0] Supento Ja) — Jor Trabatho| 8 | 25 | 40 |1000] Suspensto com | 4] 2 jos leve uma polia mével Trabalho} 16 | 25 | 136 | 3.400 ax2}3] 2 oa Aciona- mento ® | qrabalho| 24 | 30 | 320 | 9600 2x3] 5 ei motor | Dosado Tatha ‘ oi miltipla pesado ever a x¢4|e7-|) 4 = [oat axs}o| 5 fog Os valores de a, 2 6 so dados na Tab. 15, que especificn a altura h da carga elevada, na qual o cabo serd flexionado em todas as polias, Em uma sus- penstio com uma polia mével (Fig. 25), 0 ponto » do cabo na polia fixa 1 alean- gard 0 kloco mével inferior 2, quando a caixa do gancho for abaixada de uma altura h =. Nos guindastes com langa, a sego do eabo que passa sobre as polias 1 ¢ 2 nunea aleangaré o tambor ¢ a polia 3. No sistema de miltiplas polias (Fig. 26), 0 ponto v do cabo sobre o tambor aloangaré a polia 1, quando a caixa do gancho for abaixada de uma altura h>hG-Y +h, onde 4 — distdncia da caixa do gancho as polias fixas; 1, — distancia da safda do eabo do tambor até a caixa mével; 4 —metade do mimero de cabos de sustentagio. Dessa mancira, somente se a carga for abaixada de uma altura h, 2 segiis do cabo, saindo do tambor, pode passar por cima de todas as polias; quando altura de deccida for menor do que ho mimero de flexes do cabo seri menor do que o méximo; 0 mesmo ocorre quando o cabo levanta a carga. ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVACAO CAP. 3 Fig. 25. Suspensio com uma polia mével. Fig. 26. Suspenstio com um sistema de miltiplas polias. 5. CALCULO DA DURAGKO o Usando os resultados dos ensaios (Fig. 27) obtidos na determinagao de nor- mas de rejeigio de fios de ago desgastadcs e tendo em mente que ha uma relagdo direta entre o niimero de flexdes ¢ 0 ntimero de fios quebrados no eabo, podemos aceitar a relagio Neste caso, supomos que a linha “norma de rejeigio” divide as curvag da fadiga do cabo na relagio 1:1,5 (aproximadamente), isto 6, a vida do cabo tem 0,4 de sua durabilidade, 5 ee Ri q . 8 frorms Norms de & [Feieigao: a Sorma Nl 2 fe rejcsaoh x & MPR y s - ~ 8 Ne 4 & # ® A re Fig. 27, Relagio entre a capacidade de elevacio da carga e a resisténcia & fadiga do abo e 0 niimero de fios quebrados ao longo do comprimento de um passo do mesmo: 1 — Cabo de torgo eruzada 6 X 19; 2 — cabo de torgho eruzada @ x 37; 8 — eabo de torgHo parnlela 6x37. © niimero de flexdes repetidas que causam a falha do cabo ¢ encontrada pela formula az:N Be. 1) z=a9 © método de caleular a fadiga dos cabos torna possfvel estimar a capacidade de trabalho do mesmo rob vérias condigces de operacéo, Fste método é su- Perior aos outros & medida em que proporcigna a0 projetista e mecfinico um qua- dro evidente sobre a vida do eabo. 50 ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 A Fig. 28 ilustra os principais fatores que afetam s qualidade de um cabo de ago. ox Fig. 28. Principais fatores que afetam a qualidade de um aco. 6, FIXACKO DAS CORRENTES E CABOS As oxtremidades das correntes ¢ eabes efio presas por vitrios métodos, al- guns dos quais serio discutidos abaixo. Fixagho de Correntes de Carga Soldadas. A Fig. 29a mostra como a extre- midade de uma corrente de carga é fixa na estrutura de um carrinho, Uma extremidade em forma de elo soldado ¢ posta em um cixo preso em placas la- terais da estrutura do carrinho. Em ambos os lados dos elos, existem buchas de separagio para localizar a corrente. ‘ 4. FIXAGAO DAS CORRENTES E cABOS 1 A Fig. 29) mostra como as extremidades de uma corrente 6 fixa a um gan- cho com ajuda de um garfo bipartido e um parafuso. A fixago de um gancho a duas pernas ce uma corrente com ajuda de uma travessa e garfo de olhaes, esté ilustrada na Big. 29. 0 cabo de cada garfo é fixo com uma porea direta- mente & travessa do garcho. 2, Ts Fig. 29. Métodos de fixagio de correntes de carga soldadas. Fixagio de Corrente de Rolos. A Fig, 30 mostra como uma corrente de rolos é fixa & cetrutura de um carrinho, por meio de um elo especial na eatremidade da corrente ¢ com um grande furo para pino die tendo um paso l; maior que ‘o dos elos comuns. Os elos das extremidades das correntes de rolos obedecem 4s normas de cada pais, dependeno ¢o Farso principal ¢ da capacidade de clevagio de carga da corrente. Fixago de Cabos de Canhamo. Cabos de cénhamo sao usualmente unidos por amarragéo ou com ajuda de guirehos (Fig. 31). Todos os outros métodos sto inadequados, devido & relativamente baixa resistencia dos cabos de cénhamo. Fixagio dos Cabos de Aco. Os métodos seguintes sio utilizados para fixar a5 extremidades de um eabo de ago & estrutura de um guincho na langa de um guindaste giratdrio ou em qualquer outra parte do mecanismo de elevacio. 52 ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVACAO CAP. 5 Fig. 30. Fixacio de correntes de rolos Fig. 31. Fixagio de eabos de einhamo. de carga, Luva Céniea para Cabo de Ago. O cabo 6 preso em uma luva ednica (Fig. 32) na seguinte seqiiéneia de operagdes: 1, A extremidade do cabo 6 firmemente amarrada com fio mole nos pontos @ ¢ b, cujas posigdes dependem do comprimento da luva de ago. A amarra in- ferior 6 deve'ser mais larga do que a superior. 2. A amarra superior 6 a seguir removida separando-se as pernas. 3. Separam-se os fios de cada perna ¢ corta-se 0 micleo de eanhamo, 4, Em seguida 0s fios sio unidos em dois pontos por meio de duas amarray temporarias a’ ¢ a”. 5. A extremidade do eabo ¢ empurrada para dentro da Juva, as extremi- dades dos fios so dobradas em forma de gancho e, a seguir, derrama-se chumbo derretido dentro da luv: A Fig. 32 mostra varios tipos de luvas para ganchos de suspensio, rH Fig. 32, Fisxagio de um eabo de ago em uma luva Ouiea. 6. FIXAGAO DAS CORRENTES E CABOS cy Uma verificagio aproximada da resisténcia de uma luva cénica inclui o soguinte: Forga lateral nas paredes da luva (Fig. 33) é Q Pea 2sen a’ onde Q — carga sobre o cabo. Fig. 33. Diagrama pars o cdlculo da resisténcia de uma luva odnica para cabo de ago. Ao mesmo tempo, onde p — pressio nas paredes da luva F — &rea de apoio em contato, igual a > Udi + de Pe Oto Z Entao, p- 2 __ Wd +d)n 2sen a BY) i Substituindo temos Q _ v(di— ds) (di + dy) 2sen a 2X2 Qsena a “4 ‘ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 e, simplificando, obtemos Q- paaee De onde ce aa : se isto 6, a pressfio entre as paredes internas da luva e 0 chumbo de preenchimento 6 igual pressio na projegéo horizontal da Area de apoio. Quando d= d(d — diémetro do cabo), a= {= +a. (23) pm A pressio p no deve exceder 115 kgfjem’, ‘A altura da luva h determinada pela verificagio do chumbo de preenchi- mento ao cisalhamento Q h= 24) = ale al onde [rl = 125 keflem’._ ‘A espessura das paredes da luva, considerada como um cilindro com pressio interna, 6 encontrada pela seguinte formula ger onde de € dis — 08 didmetros externo e interno gu. — tensio admisstvel & ruptura em kgf/em? (para 0 ago fundido ow = 400 a 700 kef/em*); ‘p — pressio interna encontrada pela férmula (22). Comes chumbo de preenchimento nfo entra uniformemente em contato com as paredes, o valor de p deve ser dobrado para ter-se maior confianga. As equagdes seguintes sfio vilidas para as segdes ‘mais largas e estreitas da luva: t+ 0AX 2p. = d= GY 13x 2p? (23) oe +04X 2p 5 ei ay) Gy — 1,8 X 2p ’ para a segiio larga para a seco estreita 6, FIXAGAO DAS CORRENTES E CABOS i oe Mi | AY il Wa ny We do to) «@) @ Fig. 34. Enluvamento de um eabo por cunha (a) ¢ fixaglo por meio de anithos (}, ¢)- Lwas-cunhas. O cabo passando em volta de uma cunha de ago ranhurada (Fig. 34a) ¢ colocado, juntamente com a cunha, em uma luva plana de ago fun- dido de forma correspondente. A carga puxa o cabo para dentro da luva que © prende firmemente. Anilho. Um cabo 6 passado em volta de um anilho de ago (Fig, 348) e sua extremidade livre 6 amarrada com a parte principal do cabo. Q comprimento da amarra é > 15d, mas nunca menor de 300 mm, Fig. 36. Anilho de cabo com placas © parafusos, Grampos para eabos, Fig. 35. be ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGKO CAP. 3 A Tig. 34¢ mostra um yancho fixo em um anilho de cabo. Bste tipo de fixagio om aplicaca® extremamente difundida. Ao invés da amarra, o anilho pode ser preso pelo ajuste de grampos ou “clips” especiais sobre o cabo (Fig. 30), © niimero minimo de grampos ¢ trés. A Fig. 36 ilustra um anilho de cabo no qual este ¢ grampeado por meio de placas © parafusos, 7, ORGKOS DE SUSPENSAO DA CARGA A$ cargas unitdrins sto transportadas por lingas de correntes ou eabos, presas nos ganchos ou garras de ferro. Angulo Interno entre as Pernas das Lingas. Na Fig. 87a temos uma carga Suspensa por duas pernas de uma linga. Designando-se Q 0 peso da carga cleva- da, a forga da tragio em cada perna da linga seré Q ~ 2eosa @ % 2500 ‘2000 2000 2 [1032 ba we 3 (fies lena 00 / Wass | 5/00 /ofifs|\\s fi fr son En SA [a 2 . 0 0 oe Bye t O @ o @ Fig. 37. Determinngio das forgas que atuam sobre as pernas das lingas. A componente horizontal da forca de tragio S 6 o’* ze Determinando-se as forgas S e S’ para uma carga 2 = 1000 kgf, com 4ngulos internos variando de 2a = 0° até 2a = 180°, a relagdo entre S e S’ seré expressa pelas curvas mostradas na Fig. 37, Essas curvas mostram que maio- es Angulos internos levam a maiores forgas de tragio nas pernas das lingas, de 7. ORGAOS DE SUSPENSAO DA CARGA ” eorrente ou de cabo, bem como a uma forga_maior de compressio ou de flexio atuando na carga que estiver em elevacio. Conseqiientemente, & medida que 0 Angulo interno sumenta, diminui a carga dtil sobre a perna da linga, Se a carga for suspensa simetricamente em quatro correntes (Fig. 37¢) pode- se admitir que o peso ser igualmente distribufdo entre as quatro pernas da linga. Nesse caso a forga de tragio nas pernas da linga serd SeSie See 8s 8 Fe (28) Mas como con = 20h OA . a formula final tomaré a seguinte forma: th a Se © peso da carga Q for conhecido, a forga de tragéo em cada perna se-i 1 con 2. 0) onde m— ndmero de pernas na linga; @ — Angulo entre as pernas ¢ a vertical. Sea = 0", 30%, 45° e 60°, entdo k = 1, 1,15, 1,42 e 2, respectivamente. Lingas de Corrente, Essas lingas sio feitas de correntes comuns, soldadas € néo calibradas, com anilhos ¢ ganchos para suspensio, ou com garras em forma de tenazes, proprias para o objeto a ser elevado. ‘Também, usam-se correntes sem-fim ¢ correntes livres, com anéis nas extremidades. Passa-e essa corrente Por baixo da cargn ou vérias vezes em torno do gancho, enquanto que os anéis das extremidades, ou a parte livre da corrente, so pendurados sobre o gancho do guindaste, A Fig, 38a mostra uma corrente sem-fim, a Fig. 38), uma corrente livre com anéis, a Fig. 38¢, uma corrente com um gancho ¢ um anilbo, a Fig. 38d, linga de corrente com duas pernas, a Fig. 38¢, garra, em forma de unha, para fazer, um lago na corrente, A Fig. 38/ mostra barris suspensos nas lingas de corrente, por meio de garras, em forma de tenazes, que ee ajustam as arestas chanfradas dos barris. Lingas de corrente sio usadas, predominantemente, para servigos pesados ¢ sempre nos casos de grandes variagdes de temperatura ou de uma temperatura per- manentemente alta. A néo ser que sejam usados calgos macios, especiais, Cig. 389), a8 lingas de corrente podem danificar os eantos das mercadorias pot elas movidas. Calgos semelhantes também so usados para lingas de cabo. 58 ‘ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP. 3 (c) (e, i (@) ? ? . | @ Fig. 38. Lingas de corrente. Fig. 39. Nose lingns de cabo de ednhamo. 1 — nb quadrdo; 2 — (@) de meia volta, @) de duas moias voltas; 3 — lings; 4 — 06 da. pores; 5, —"(a) at da encota tingela, (f) 6 de eaosta dabrada; 6 troneo ¢ né de tein volia (0 Iago superior man tea tomcat po vaca? — sb da vlta mpl, 8m Gin Ge ecarpas "9 ext.” Todon 7. ORGAOS DE SUSPENSAO DA CARGA @) 4 Fig. 40. Lingas de cabos de ago. 60 ORGAOS FLEXIVEIS DE ELEVAGAO CAP, 3 A forga de tragio, nas lingas de corrente, pode ser encontrada pelas f6rmulas 28) ¢ (30) e 6 admitido: para comente sem-fim ou eorrente livre, passada em tomo da carga, k 26 (Fig. 38a ¢ 8); para correntes que ndo eircundam o. ob, Jeto k > 5 (ver Fig. 38, de f). Lingas de Cabo de Cinhamo. Cabos de cfinhamo braneo, toreidos rigida- mente, encontram extensa uplicagio para suspensio de cargas.em ganchos de Buindastes. | So muito inferiores, em resisténeia, aos cabos de ago, mas possuem melhor flexibilidade e podem ser, facilmente, apertados cm nds. Os cabos de cdnhamo sio, facilmente, danificados pelas arestas agudas das mereadorine que movimentam ¢ devem ser protegidos com ealgos macios (ver Fig, 384) ou dis, Positivos especiais de protegio (cantoneiras). Os métodos de apertar 0s cabos de edmhamo sio ilustrados na Fig. 39. Os cabos de einhamo sio selecionados pela f6rmula (8) e as forgas de tragto nas pernas da linga sio verificados pelas formulas (28) — (30). As tensdee de ruptura sio: para cabo branco, oy, = 50 kgf/em*; para cabo aleatroado, 0% = = 45 kgflem*, Lingas de Cabo de Aso. Cargas pesadas so freqientemente, movidas por lingas de cabo de ago. Comparadas com as correntes, pesam menos, porém sto muito rigidas © tendem a toreer. A par disso, quando movem mercerleriae tom grestas vivas, dobram excessivamente e rapidamente se desgastam. Sao, também, muito susceptiveis a altas temperaturas. A Fig. 40a mostra uma linga de cabo de ago, com uma perna, ¢ a Fig. 40b, com duas ¢ quatro pernas. AAs lingas de eabo de ago so calculadas pela férmula (11) e suas forgas de trasho sto detorminadas pelas formulas (28), (29) e (30); & > 10 para lingas pas. sadas om torno da carga (ver Fig. 40a) ¢ k'> 6 para lingas quo nfo enlagam carga (ver Fig. 40b). Cargas elevadas por lingas de cabos de ago ou de corrente devem ser bem Presas, de modo que ndo alterem sua posigéo na linga, durante seu movimento CAPITULO 4 POLIAS — SISTEMAS DE POLIAS — RODAS DENTADAS PARA CORRENTES — TAMBORES 1. POLIAS Polias podem ser fabricadas nos tipos méveis e fixos. Polias com cixos fixos sio, também, chamadas polias de guia, porque mudam as diregdes dos ér- gos flexiveis de clevagio. Polias Fixas A Fig. 41a.¢ 6 mostram diagramas de polias fixas. Uma extremidade do cabo, que passa sobre a polia, ¢ carregado com a cargi Qe a outra tracionada coma forca Z. O curco da forca de tragio S é igual & altura h, & qual a carga € clevada. Despreando-se a resisténcia na polia, a forca de tragdo Zp 6 igual ad Na realidade, Z > Q por causa das resisténcias na polia (resistencia & fle- xiio e resisténcia de atrito nos maneais). A propriedade de rigidez dos cabos que passam pela polia manifesta-se pelo fato de o cabo, ao entrar na polia, nfo seguir imediatamente sua cireunferéncia, mas ser, a prinefpio, um tanto desviado, da quantidade e, para o lado de fora (Fig. 410; reeiprocamente ao sait da polia, desvia, aproximadamente, a mesma () Fig. 41. Polias fixas. a POLIAS — SISTEMAS DE POLIAS CAP."4 quantitiade para dentro. Isso aumenta o brago de alavanea da forga Q, quando 9 cabo entra, e deeresce o brago da alavanca da forga Z, quando 0 eabo sai. Num estado de equiltbrio Z(R cos — ¢) = Q(R cos ¢ + 6) ¢, entio, teremos a seguinte relagio entre os valores das forgas: e zg 't Reng Tee cD) Reos ¢ Portanto, depois da divisio, e desprezando-se as pequenas grandezas, 2e z~o(i+ 522) (82) A resisténcia de atrito nos mancais é W= D+ Zu qt (33) 2R a onde d’ — difimetro do eixo da polia; u ~— coeficiente de atrito. A forga resultante P sobre a polia 6 facilmente determinada por métodos grficos, como mostra a Fig. 41a. Para a = 180°, as duas partes do cabo serio paralelas e D Q+ 2) = Q+ Ax 20 =P. A forga de tragio seré 26 3, os zm o[it 2s +h =| (34) Z ee A grandesa ¢ = 7 ¢ chamada fator de resisténcia da polin e 1 e=-, 1 onde 7 — rendimento da polia. Portanto, 1 26 a +o "sae 0 valor = igidex dos cabos — 86 imentalme: d ” Roos o 7 Tigides dés cabos — s6 experimentalmente pode ser encontrado, 1. POUIAS a ‘Expériéncias conduzidas na URSS, tém mostrado que, para cabos, podem ser admitidos os seguintes valores médi ee Roos g -D—0" onde d — didmetro do cabo, em cm; D — difmetro da polia, em em. Allin da rigidez dos eabos, o fator de resisténcia em polis também depende usa graxa (jt = 0,1) para lubrifiear polias de correrites e cabos, podem-se tomar os seguintes valores médios: €~ 1,05 © 7~ 0,95. Para polias com mancais de rolamentos de esferas ou rolos, 0 atrito nos eixos é, usualmente, desprezado, admitindo-se a média do ¢-~ 1,02 ¢ =~ 0,98. Polias Méveis Eseas polias tém eixos méveis, sobre os quais so aplicadas as cargas ou a forga. Conseqiientemente, existem po- lias para um ganho em forca e polias para um ganho em velocidade. Polias para um Ganho em Forga. Para a polia mostrada na Fig. 42a, 9 distdncia pereorrida pelo ponto do cabo, em que & forga é aplicada, é igual ao do- bro da altura & qual a carga foi elevada: (20) s=2h c= 2 } or @ onde c —velocidade da forga aplicada; Fig. 2. Polias mévei wnho em f¢ 0 —velocidade da carga. Ee ae ee Quanto & resisténcia na polia, Z+8=Q; Z=eS=€Q— 2); ie fe eee. re (36) fae Sree rg rea Quando ¢ = 1,05, = 0,975, isto 6, o rendimento da polia mével é um poueo maior do que o de uma polia fixa. Polias para um Ganho em Yelocidade. Para a polia mostrada na Fig. 42b, distncia percorrida pelo ponto, onde a forga é aplicada, é igual & metade da altura & qual o peso foi elevado: 7) role vol “ POLIAS — SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 Quanto A resisténcia na polia, Z=Q+8=Q4+Qe= Al +0); 2Q Bue! S 8) Z Q+8) = = ” Tee Quando = 1,05, n= 0,975, isto 6, neste caso, também o rendimento da polia mével 6 mais alto do que o de uma polia fixa. 2. SISTEMAS DE POLIAS Um sistema de polias € uma combinagso de varias polias ou roldanas fixas ¢ méveis. Existem sistemas para um ganho em forga e para um ganho em vo. locidade. | Dispositivos de elevagéo empregam, predominantemente, talhas para ganho em forga ©, muito raramente, como, por exemplo, em elevadores hidréulicos e pneuméticos, talhae para um ganho em velocidade. Como érgios de elevagio independentes, os sistemas de polias so de importincia secundaria =_ so prineipalmente usados para transmissio de poténcia em sarilhos © guin- dastes. Sistema dePoliasparaum GanhoemForga. Estes slo designados: a) com 0 cabo saindo de uma polia fixa ¢ 8) com o eabo saindo de uma polia mével. Projetos com Cabo Saindode uma PoliaFixa. Se indieamos por Z’o nimero de polias (Fig, 48a), entio o niimero de partes do eabo, pelo qual o peso suspenso seré, também, igual a Z. Desprezando-se a resisténcia nociva, a forga na parte do cabo que sai seré Q Zo= = z A forga real ¢ Q fn Se Nm onde 72 © ¢: — rendimento resultante ¢ fator de resisténcia do sistema de polias. A tragdo total em todas as partes de um cabo flexfvel ser Q=Si+82+S:+8+ ...+5.= BE Bes, St St St stot & - 5h ae Pt AG tet Prettettet+ teen, 2. SISTEMAS DE POLIAS 6 Fig. 43, Sistemas de polias para um ganhoem forga. Os adendos, dentro dos parénteses, siio as séries de uma progressio geo- métrica, em que a razio comum q = ¢, primeiro termo a = 1 e dltimo termo w= et; como se sabe, a soma dos termos dessa série 6 igual a portanto ou (39) 6 POLIAS — SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 A forga de tragao 6 Z=Se = Qe ox fe (40) © pereurso da forca aplicada para um dado sistema de polias 6 8= zh € a velocidade do cabo é c= am, onde = — pereurso e » — velocidade da carga, Projetoscom oCabo SaindodeumaPolia Mével, Com z polias (Fig. 435) 0 nti- mero de partes do cabo, nas quais a carga 6 suspensa, serd 2 + 1 A relagio de transmissio ¢ i=2+1. A forga ideal na parte do cabo que sai 6 Wty ares A forga real 6 sak = a= WerD Empregando-se as expressdes anteriormente obtidas, temos See Ore SI ee eS) ene Q "=" We+D Oey 1 e-1 <, ple OD) 1 1. @@ (41) 2, SISTEMAS DE POLIAS a Como neste caso, n = 2-+1 as f6rmulas finais terao as seguintes formas: 1 en-1. =" ery ent oy . a=0e St, (48) s=het+); c= ve +d. Este caso é encontrado, com mais freqiiéneia, em maquingria de elevagio. Com um fator de resisténcia ¢ = = 1,05, a curva de rendimento, para vérios nfimeros de polias, 6 mostrada pela Fig. 44. Determinasfo Aproximada da Tracio nas Partes Individuais do Cabo de um Sistema de Polias. A tracio no cabo seré minima, na primeira parte, e mé- na parte (2 + 1) (Fig. 45), onde z » mtimero de polias. Pode-se admitir, aproximadamente, que Do bo Aaa y beoe Nuimero de polias Fig. 44, Rendimentos dos sistomas de polias. ae 2 (44) Jo de surithos ¢ guindastes, a forga de tragio forga de tragio do cabo enrolado no tambor. Em meeanismos de Z = Sin, 6, usualmente, Sistemas Maltiplos de Polias, Devido & suspensto direta das cargas nas ex- tremidades dos cabos ou emprego de sistemas simples de polias, para um ganho em forga, em rgios de clevagio, as seguintes falhas podem ser salientadas: 1) As partes do cabo estao num plano, ¢ isso pode provocar balango da carga; 2) grandes didmetros de cabos e polins; 3) a carga elevada move-se na diregdo horizontal, porque o cabo, enrolan- do-se no tambor, move-se ao longo de seu comprimento. 6s POLIAS — SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 Fig. 45. Sistemas de polias para um ganho em forga, Estas falhas podem ser evitadas, especialmente nos mecanismos de elevaséo de guinchos ¢ guindastes, com acionamento elétrico, pelo uso de sistemas mul. tiplos de polias, que levantam a carga numa diregio estritamente vertical ¢ a mantém mais estdvel. Esses sistemas transportam cargas com o dobro de partes de um semelhante sistema simples de polias Além disso, uma das prineipais razoes para o uso de talhas miiltipias 6 ditada pela necessidade de se reduzir a aco da carga nos cabos, a qual os torna. mais finos, podendo ainda serem empregados cabos mais baratos ¢ polias ¢ tambores com difmetros menores. Isso reduz 0 tamanho e 0 peso de todo o mecanismo. A Fig. 46 ilustra sistemas de talhas miltiplas de guindastes, para um ganho em forga. Eles sko projetados combinando-se talhas simples com duas extre. midades do cabo, presas em um tambor, ou em tambores, com ranhuras em hé- lice & direita © A esquerda. O cabo passa de uma metade do sistema de polias Para a outra, por meio de uma polia de compentagéo, a qual, simultancamente, compensa os comprimentos das partes do cabo quando se estiea de maneita nio uniforme. Um sistema miltiplo de polias, com quatro partes (Fig. 46a) ¢ usado para transportar cargas até 25+. A relacdo de transmissio i é igual a 2. O compri- mento do cabo que se enrola em cada meio tambor ! = 2h (h — altura de clevacio). A velocidade do cabo 6 ¢ = 2v eo rendimento 6 = 0,94. Um sistema miltiplo de polias com seis partes (Fig. 460) & usado com menos freqiiéneia. Nele, i = 3; = 3h; ¢ = 30 e n= 0,92. Um sistema miltiplo de polias, com oito partes (Fig. 46), usualmente, trans- Porta cargas pesando até 75t. Ele tem i =.4;1= 4h; c= 40 ¢ n= 09. Um sistema muiiltiplo de polias com dez partes (Fig. 46d) eleva cargas até 100t. Aqui, i = 5; 1 = dh; = 5v en ~ 0,87. o SISTEMAS DE POLIAS 2 Para clevar cargas acima de 100t, usam-se sistemas de polias com doze partes Em casos gerais a relagio de uma talha méltipla ¢ igual a ai onde z — 0 ntimero de partes de suspensiio do cabo do sistema de polias | a » 1 @ () Fig. 46. Sistemas miltiplos de polias. Como foi observado aci- Sistemas de Polias para um Ganho em Velocidade. ma, sistemas de polias para um ganho em velocidade so usados, principalmente, em elevadores hidrdulicos ¢ pneumAticos para moverem cargas mais rapidamente 70 POLIAS — SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 do que o pistao. A Fig. 47 mostra uma vista geral e um diagrama de uma talha do elevador hidréulico. Sua relagio é Fig. 47. Sistemas de polias para um ganho em velocidade, 3. PROJETOS DE POLIAS PARA CORRENTES E CABOS E RODAS DENTADAS PARA CORRENTES Polias para Correntes Soldadas, Essas polias, do tipo mével ou fixa, sio usadas, principalmente, em talhas e guinchos de acionamento manual, embora, algumas vezes, possam ser empregadas em aparelhos acionados @ motor. O aro ranhurado, normalmente de ferro fundido, 6 flangeado ou plano (Fig. 48a) Como a ranhura nao é usinada, a corrente ajusta-se a ela com folga. O difmetro de uma polia, para mecanismos de acionamento manual, é selecionado pela re- lagio D > 20d, onde d 6 0 diémetro da barra da corrente. Para acionamento a motor, D > 30d. As polias so, em geral, montadas livremente em seus eixos. Devido a baixa velocidade, os cubos das polias sio projetados sem bucha de bronze. O rendimento de uma polia de corrente é igual a = 0,95. 3. PROJETOS DE POLIAS PARA CORRENTES n A resist@neia A flexao oferecida pelas correntes soldadas, passando sobre polias, 6 comumente determinada pela férmula paige W=Q4, (45) onde R — raio da polia; uu — coeficiente de atrito nas articulagdes dos elos (u = 0,1 a 0,2); Q — forga de tragio na corrente. Fig. 48. Polias ¢ rodas dentadas para correntes soldadas. Rodas Dentadas para Correntes Soldadas. Elas sio usadas como rodas de correntes de acionamento de tathas e guinchos, operados manualmente. Rodas dontadas para correntes soldadas (Fig. 480) sio de ferro fundido cinzento, mol- dadas por modelos precisos de fundigéo (somente em casos especiais elas sho feitas de ago fundido). Em volta da periferia, as rodas dentadas sio providas de cavidade que se adaptam, plenamente, em forma e tamanho ao elo oval da corrente. A roda dentada apanha a corrente que entra e os elos assentam-se n POLIAS — SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 nas cavidades evitando, assim, o escorregamento da corrente no aro. Regra geral, as rodas dentadas so fabrieadas com pequeno nfimero de dentes ¢ sio de Pequeno porte, tornando o mecanismo propulsor mais compacto ¢ de baixo custo. Observa-se uma considerdvel resisténcia de atrito quando a corrente passa sobre a roda dentada. Isso diminui o rendimento e acarreta desgaste da cor- rente ¢ roda dentada, Portanto, a corrente ¢ a roda dentada devem ser regu- larmente engraxadas, O rendimento 6 9 ~ 0,03. A resisténcia da corrente & flexio, determinada da mesma maneira que a das polias de correntes, de acordo com a férmula (45), tomando-se 0 coeficiente de atrito, 4, um pouco mais alto. 0 difmetro da roda dentads pode ser encontrado como segue: Do triangulo AOO (Fig. 48c), temos: 40 = VCO + AC E n= Yo+ (22). O Angulo @ = ae, onde s € o'nmero de dentes. Expressando o valor de a através de @, | e d, © depois de transformagoes algébricas, obtemos soya) *( (46) ‘onde 1 — 0 comprimento interno do elo; d — difmetro da barra da corrente; z — mimero de dentes da roda; 0 ntimero minimo de dentes 6 2 = 4. Para proteger as correntes contra o répido desgaste deve ser feita uma previsiio do maior ntimero possivel de dentes. Se o niimero de dentes for grande (z >9) e 0 didmetro da barra da corrente for suficientemente pequeno (d= 16mm), o segundo termo, sob o radical na férmula (46), pode ser desprezado e 0 didmetro da roda dentada, determinado pela férmula: De ( Rodas dentadas com flanges altas (Fig. 480) sio os tipos mais comuns. (47) Geralmente uma roda dentada 6 montada livremente em um eixo,e @ en- grenagem motora ou coroa sem-fim é chavetads no alongamento de seu cubo, 3. PROJETOS DE POLIAS PARA CORRENTES ” Segio AA Temes hg Fig, 49. Bracadeiras de guia para correntes soldadas. be Fig. 50, O arco de contato entre a roda dentada © a corrente deve ser, no mfnimo, 180°. Se 0 areo/de contato for menor, 0 apa- relho deve ser provido de uma guia de corrente (Fig. 48d) ou um bloco de guia, (Fig. 48). Bragadeiras de guias espe- eiais so freqiientemente usadas para correntes de tragio, acionadas 4 mao, (Fig. 49) a8 quais sio, livremente, mon- tadas em um cixo, evitando que a cor- rente escorregue da roda dentada, Rodas dentadas e correntes de rolos. Rodas Dentadas para Correntes de Rolos. Essas rodas dentadas sio usadas como rodas de correntes de acionamento de talhas ¢ guinchos, operados manual- mente, com capacidade de elevag&o acima de 10t. Dependendo do projeto desse 74 POLIAS — SISTEMAS DE POLIAS CAP. 4 tipo de mecanismo, as rodas dentadas sio ajustadas na drvore ou feitas inte- gralmente com a Arvore ou, ainda, sto livremente montadas num. eixo fixo (Fig. 50). As rodas dentadas sfio de ferro fundido, aco forjado ou ago fundido, Os dentes da roda sio sempre fresados, O rendimento, em relago ao atrito nos maneais, 6 = 0,05.* Se designamos por z o niimero de dentes e por ¢ 0 passo da corrente, entao © didmetro da circunferéneia primitiva pode ser determinado como segue: Do tridngulo AOC (Fig. 50), temos portanto, a 0,3¢ 05D Tae sen —— @ ou t Dies Ta. (48) sen Diferente da medida do passo nas engrenagens, aqui o passo é medido ao longo da corda. © ntimero mfnimo de dentes 6 freqiientemente z = 8. Para seguranga de operagio as rodas dentadas para correntes de rolos, sto, as vezes, fechadas em uma caixa, que serve como guia e evita que a corrente escorregue fora da roda, Em talhas ¢ guinchos de mio, com pequena altura de elevagio, a extremidade livre da corrente é fixada em suas estruturas. Isso reduz & metade, o comprimento da corrente pendente quando a carga esté na posigdo extrema superior. Se a carga for elevada muito alto, os guinchos devem ser equipados com um coletor de correntes especial (Fig. 52). Para essa finali- dade sio inseridos na corrente pinos com munhées prolongados, em intervalos definidos; quando a corrente sai, os pinos prolongados permanecem sobre as guias inclinadas, feitas de duas cantoneiras e, uniformemente, recolhem a longa extremidade da corrente. Polias para Cabos. As polias para cabos podem ser de construgao fixa, mé- vel e de compensagao. Flas sio, freqiientemente, fundidas (ferro fundido cin- zento ou ago) ou soldadas. O rendimento 6 ~ 0,96 a 0,97, levando-se em conta o atrito nos maneais. * A resisténcia & flexio de uma corrente de rolos sobre a roda dentada 6 determinada pela féemula W = @-2 p,onde 6 — ditmetro do pino do role; w — cveiciente de atrito Um 08 a 0,1) © R — raio da roda dentads.

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