O documento discute as éticas de Aristóteles e dos estoicos. Aristóteles definiu a virtude como um hábito adquirido através da deliberação racional e da escolha de ações moderadas. Os estoicos viam o dever como o supremo bem e distinguia deveres retos relacionados à sabedoria e deveres médios sobre coisas indiferentes escolhidas de acordo com a virtude.
O documento discute as éticas de Aristóteles e dos estoicos. Aristóteles definiu a virtude como um hábito adquirido através da deliberação racional e da escolha de ações moderadas. Os estoicos viam o dever como o supremo bem e distinguia deveres retos relacionados à sabedoria e deveres médios sobre coisas indiferentes escolhidas de acordo com a virtude.
O documento discute as éticas de Aristóteles e dos estoicos. Aristóteles definiu a virtude como um hábito adquirido através da deliberação racional e da escolha de ações moderadas. Os estoicos viam o dever como o supremo bem e distinguia deveres retos relacionados à sabedoria e deveres médios sobre coisas indiferentes escolhidas de acordo com a virtude.
1. tica dos Antigos (continuao) 1.1. Aristteles - Para Aristteles a filosofia corresponde totalidade do saber. O saber distingue-se entre teortico (contemplativo) e prtico (ao humana) - A ao humana objeto das cincias prticas, portanto, no possvel submet-la ideia universal e necessria de bem e justia. E a justia, nas cincias prticas, consiste numa disposio de carter que resulta de uma deliberao voluntria e prpria do homem virtuoso - Retrica: Lei particular aquela que cada povo d a si mesmo, podendo as normas dessa lei - tica a Nicmaco: a distino mais clebre de Aristteles entre justia positiva e justia natural. Para Bobbio, direito natural tem validade universal e no extrado das opinies dos homens (estabelece o que justo e injusto por si mesmo) - Uma concluso apodtica quando parte de proposies universais, verdadeiras e primrias, ou delas derivadas (mtodo analtico); uma concluso dialtica quando se extrai de opinies gerais (provveis ou verossmeis). Os problemas polticos e ticos so problemas prticos que devem estar subordinados dialtica - A virtude no uma coisa natural no ser humano, mas um hbito adquirido ou uma disposio permanente. A tica orienta o homem para a aquisio dos hbitos virtuosos que o encaminham no sentido da perfeio. Virtude, portanto, ao, atividade da vontade que delibera, isto , examina vrias possibilidades possveis e escolhe. O ato de escolher passa a ser um ato racional e voluntrio prprio do cidado tico e poltico. Portanto, a virtude se desenvolve na polis; ou seja, no encontro dos homens enquanto cidados. Por isso os fins racionais de uma - A mediania ou medida relativa que caracteriza a virtude o justo meio, entendido como equilbrio ou moderao entre dois extremos: excesso e escassez (a tica aparece, assim, como a cincia da moderao e do equilbrio). Coragem (virtude), por exemplo, o justo meio entre a temeridade (excesso) e a covardia (escassez), amor (virtude) o justo meio entre a possesso (excesso) e a indiferena (escassez) e assim em relao a todas as virtudes. Nesse sentido, a noo aristotlica de justia tem algo a ver com a antiga noo de dik 1.1.1. Justia: universal tambm denominada de justia em sentido lato, define-se como a conduta de acordo com a lei; particular denominada, s vezes, de justia em sentido estrito, define-se - Justia particular: pode ser uma igualdade consistente na distribuio proporcional geomtrica (igualar o desigual) de bens e outras vantagens entre os cidados da polis (justia distributiva) ou uma igualdade que desempenha um papel corretivo nas transaes entre os cidados (justia retificadora ou comutativa) e que consiste numa proporcionalidade aritmtica (igual) - Justia Universal: o hbito de respeitar a lei faz do homem respeitador da lei um homem justo. A lei tem uma abrangncia tica, posto que envolve o cumprimento de todos os deveres e o exerccio de todas as virtudes; portanto, no se trata to somente de leis no sentido jurdico moderno, mas tambm de leis morais (pode ser natural ou 1.2. tica Estoica - A tica estoica subdivida em: a) moral do dever reto, identifica-se com o honestum, consiste na retido da vontade (recta ratio), na firmeza moral, na convico inabalvel e no carter incorruptvel; e b) moral dos deveres mdios, consiste no cumprimento das aes conforme as tendncias naturais que todo homem possui, como a tendncia conservao da vida e sociabilidade ou na escolha de coisas e condutas tidas como teis, convenientes, preferveis ou desejveis relativas vida prtica ou cotidiana 1.2.1. Moral do Dever Reto: no surge espontaneamente, depende do saber filosfico (sabedoria) que possibilita compreender as relaes que se estabelecem entre natureza (aquilo que dado) e cultura (aquilo que construdo pela ao humana). Essa sabedoria se identifica com o honestum, a expresso de uma harmonia interior em conformidade com a harmonia da natureza - O dever reto o supremo bem (a virtude). As demais virtudes no so mais do que aspectos ou exteriorizaes dessa virtude fundamental 1.2.2. Moral dos Deveres Mdios: h um conjunto de coisas que no se enquadram nem na categoria de bens nem na categoria de males (ex.: vida, sade, prazer, beleza etc.). Essas coisas so consideradas indiferentes porque no beneficiam nem prejudicam por si mesmas, podem ser boas ou ms, dependendo do uso que delas se faz. Algumas so dignas de serem escolhidas ou preferidas em razo de sua utilidade, pois podem contribuir para uma vida equilibrada em conformidade com a natureza. a sabedoria que orienta a escolha e o uso adequado das coisas indiferentes - Em outras palavras, implica escolha das coisas indiferentes em conformidade com as virtudes (sabedoria, justia, coragem e prudncia). no domnio dos indiferentes que o bom ou mau uso da razo pode efetivar-se
- Em sntese, os deveres mdios (escolha
das coisas indiferentes) se encontram na esfera do til (Direito), mas esto submetidos ao dever reto (virtude) que reside na esfera do honestum (tica) Aristteles, numa conhecida passagem da Retrica, estabelece a sua clssica distino dicotmica entre lei particular e lei comum. Lei particular, diz ele, aquela que cada povo d a si mesmo, podendo as normas dessa lei particular ser escritas ou no escritas. J Lei comum aquela de acordo com:
a)o justo b) a natureza c) a vontade do povo d) a sabedoria dos sbios