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Característicos dos vasos

• Artérias grandes
– resistência baixa: transporte
– parede elástico: transformam fluxo periódico em fluxo contínuo:
reservatório que enche durante sístole e esvazia durante diástole.
• Artérias musculares
– resistência mais alta e variável
(vasoconstrição → redirecionamento do fluxo sangüíneo)
• Arteríolas
– musculares: resistência alta e variável:
vasoconstrição → redirecionamento do fluxo sangüíneo
• Capilares
– parede superfino, superficie total grande, fluxo sangüíneo lento: troca de
nutrientes e metabólitos
• Vênulas (veias mais finas): coletam sangue dos capilares
• Veias
– resistência baixa: transporte
– luz grande, parede fina e muito flexível, parede contrátil: reservatório de
sangue (60% do volume total, regulável)
Características da parede vascular

• Parede vascular tem 3 camadas:


– túnica íntima = endotélio
– túnica média = músculo liso, elastina
– túnica adventícia = colágeno
• artérias: todas as camadas, túnica média
grossa
• capilares: só endotélio
• veias: todas as camadas, parede fina.
Circulação Arterial
sístole diástole
aorta

ventrículo
esquerdo
• Regime de alta pressão.

• Vasos distensíveis – Reservatório elástico (mantém pressão e fluxo na


fase diastólica).

• Território com alta resistência hidráulica – pequenas artérias e


arteríolas.
Pressão de pulso e pressão média
fechamento
da válvula
aórtica
pressão sistólica
pressão arterial

120
(mm Hg)

100 pressão média

80 pressão diastólica

Pressão média = Pdiast + (Psist -Pdiast )/3

Pressão de pulso = Psist – Pdiast


Pressão de pulso aumenta com:
• aumento do volume sistólico
• aumento da complacência arterial
• redução da freqüência cardíaca
Contornos anormais de pulso
160

120

80
normal arteriosclerose estenose aórtica

160
pressão (mm Hg)

120

80

40

0
normal persistência do regurgitação
canal arterial aórtica
artéria normal aterosclerose

• Elasticidade das artérias grandes cai com idade


(aterosclerose)
→ aumenta a pressão de pulso
(diferença entre pressão diastólica e sistólica)
→ aumenta o trabalho cardíaco:
coração bombeia contra pressão mais alta.
Controle simpático é diferenciado

Efeito da estimulação dos nervos simpáticos


sobre a resistência vascular

100 pele
resistência vascular

30
10 músculo
rim
3

1 tonus basal
0 5 10
freqüência de
estimulação (Hz)
Circulação venosa – Capacitância Venosa
coração 7%
circulação pulmonar 9%
artérias 13%
arteríolas e capilares 7%
veias e vênulas 64%
Microcirculação

Função:
• suprimento de O2, glucose,
amino ácidos, ácidos graxos.
• eliminação de CO2,
• manutenção de concentrações
iônicas (H+, outros),
• transporte de hormônios
Microcirculação
músculo liso

arteríola

esfíncter
pre-capilar

capilar

metarteríola
vênula
capilares: diâmetro 5-8 µm
comprimento 0.5 – 1 mm
fluxo baixo: 1 mm/seg
Número : 1010
Anatomia do capilar
célula endotelial
membrana Capilar comum:
basal - não tem musculo liso
- 1 camada fina (0,5 µm):
núcleo endotélio
- diâmetro 5 - 8 µm
- comprimento 0.5 - 1 mm
vesículas
exocitóticas

fenda
intercelular
lumen
célula endotelial
Tipos de capilares
• Contínuo: células endoteliais intimamente unidas, sem
canais intercelulares (cérebro) ou com canais tão
estreitas que proteinas grandes não passam 5 nm),
pouco permeável, com transporte pinocitótico: músculo,
pulmão, tecido adiposo, sistema nervoso central
• Fenestrado: com poros de 20-100 nm cobertos de
diafragma de mucoproteína: glomérulo renal, intestino,
glândulas exocrinas
• Descontínuo: medula óssea, fígado, baço, nódulos
linfáticos: proteinas grandes passam com facilidade
Difusão transcapilar
• Transporte pela difusão requer gradiente de concentração

• Difusão é eficiente em distâncias curtas:


tempo de difusão: 10 µm ≈ 50 ms, 50 µm ≈ 1200 ms, 10 cm ≈ 2 meses

• Substâncias lipofílicas: O2, CO2 difundem via transcelular

• Substâncias hidrofílicas:
H2O, ions, peptídeos passam pelas fendas entre as células endoteliais.
Fendas ≈ 0,1% da superfície capilar, ≈ 5 nm exclusão de proteinas com
PM > 60000 (albumina 69.000)

• Transporte vesicular = pinocitose: proteínas grandes


Regulação intrínseca do fluxo
sangüíneo local
• Fluxo é regulado pela contração do músculo liso da arteríola e
esfíncter pre-capilar

• Regulação metabólica:
metabolismo gera vasodilatadores arteriolares como ácido lático,
CO2, H+, adenosina. Redução de O2 e glicose também pode causar
vaso-relaxamento.

• Mecanismo miogênico: aumenta da pressão transmural induz


contração. (tamponamento de mudanças da pressão arterial, por
exemplo, nos pés ao levantar)

• Aumento do fluxo nas artérias pequenas aumenta o atrito entre


parede vascular e sangue, induzindo a liberação do vasodilatador
óxido nítrico (NO).
Outros fatores que afetam a
resistência arteriolar
• Hormônios
– vasoconstritores
• noradrenalina (agindo em receptores α)
• angiotensina II
• vasopressina
– vasodilatadores
• adrenalina (agindo em receptores β)
• hormônio natriurético atrial

• Mecanismos neurais
– vasoconstritor: atividade simpática
Papel vasoativo do
endotélio
Fluido intersticial
• 1/6 do peso do corpo (!)
• filamentos de colágeno dão força ao
tecido
• filamentos de proteoglicanos: dão uma
estrutura gelatinosa ao fluido intersticial
• concentração de proteinas: 3 g/dL
(plasma 7 g/dL)
O caminho da água
metarteríola
vênula

filtração absorção

99,95%
capilar

0,05%

vaso
linfático
As forças que determinam o fluxo de
água transcapilar (forças Starling)

1. Pressão hidrostática dentro e fora do vaso


2. Pressão osmótica dentro e fora do vaso:
depende da concentração de proteína dentro e fora do vaso
pressão osmótica devido às proteínas = pressão oncótica
(π)

pressão pressão oncótica


intracapilar capilar

pressão pressão oncótica


intersticial intersticial
As forças que determinam o fluxo de água transcapilar
pressão
pressão pressão oncótica
sangüínea
intracapilar (PC) capilar (πC)

pressão pressão oncótica


intersticial (PFI ) intersticial (πFI )
começo do fim do
capilar capilar
(mm Hg) (mm Hg)
Pressão hidrostática capilar 30 10
Pressão hidrostática intersticial -3 -3
Pressão oncótica capilar 28 28
Pressão oncótica intersticial 8 8
30+8-(28+(-3)) 10+8-(28+(-3))
RESULTANTES = 13 (Filtração) = -7 (Reabsorção)
Dinâmica Capilar
Sistema linfático
poro

válvula

veia
capilar
subclávia
linfático

vaso coletor

• transporte da linfa
– contração do músculo liso da parede do vaso linfático
– compressão externa: contração de músculos, pulsação arterial,
respiração
• fluxo linfático depende da pressão intersticial e da atividade da
“bomba linfática”
• fluxo alto: exercítio, digestão
Sistema linfático
Transporte de linfo:

capilares linfáticos

ductos linfáticos

ducto torácico e ducto
linfático direito

veias subclávias
Aumento de fluido intersticial
edema

Exemplo: elefantiase: larvas parasitárias bloqueiam a drenagem linfática


Circulação Pulmonar – dinâmica capilar
As forças Starling e edema

• aumento da pressão capilar (↑PC)


– trombose
• baixa concentração de proteína no sangue (↓πC)
– baixa produção (insuficiência hepática)
– má-nutrição
– perda urinária de proteína (proteinúria)
• aumento da concentração de proteína no fluido intersticial (↑πFI)
– aumento da permeabilidade vascular: inflamação
– insuficiência linfática

• edema pulmonar: insuficiência do ventrículo esquerdo


• edema abdominal: cirrose hepática aumenta pressão na veia porta
• edema subcutâneo: bloqueio linfático, aumento da pressão venosa

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