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INTERVENÇÃO NA

CRISE
Profª Mª Dolores Rosa
Disciplina: Saúde Mental
CRISE
 É uma perturbação resultante de uma
ameaça percebida ,que desafia os
mecanismos de enfrentamento
habituais.
 Eventos estressantes que podem ser de
natureza social ,psicológica ,ou
biológica, ou a percepção de uma
ameaça
FASES DA CRISE
1. A ansiedade ativa os métodos habituais
de enfrentamento do individuo;
2. Mais ansiedade ,fracasso dos meios de
enfrentamento;
3. Novos mecanismos de enfrentamento
são tentados ou a ameaça é redefinida ;
4. Níveis sérios de ansiedade ou pânico
que pode levar a desorganização
psicológica.
TIPOS DE CRISE
 MATURATIVA
• São eventos evolutivos que exigem
mudanças de papéis : adolescência,
maternidade, casamento, meia –
idade, e a aposentadoria.
TIPOS DE CRISE
 SITUACIONAIS
• Ocorrem quando um evento da vida
perturba o equilíbrio psicológico de um
individuo ou de um grupo : perda de
emprego, perda de um ente querido,
gravidez indesejada, inicio ou
agravamento de uma doença, divórcio,
etc...
TIPOS DE CRISE
 FORTUITAS
• São eventos acidentais incomuns,
imprevistos, podendo ter como
resultado múltiplas perdas : grandes
mudanças ambientais, incêndios,
inundações, terremotos. São crises que
perturbam comunidades inteiras:
chacinas em locais de trabalho,
acidentes aéreos, etc....
COMPORTAMENTOS
DESENCADEADOS PELA
CRISE
Raiva, apatia, lombalgias, tédio,
crises de choro, descrença, fadiga,
esquecimentos, tristeza, insônia,
irritabilidade, pesadelos, torpor,
insegurança, fraca concentração,
abuso de substancias, dificuldades no
trabalho, etc....
INTERVENÇÃO NA CRISE
 É uma forma de terapia de curto prazo,
baixo custo, centrada na solução do
problema imediato ,sendo limitada a
seis semanas.
 O objetivo da intervenção em crise é
que o individuo retorne a um nível de
funcionamento anterior a crise.
INTERVENÇÃO NA CRISE
Primeiro passo – AVALIAÇÃO
• Colher dados sobre a natureza da crise e
seu efeito sobre o paciente:
1- Evento ou estressor desencadeante;
2- Percepção do evento ou do estressor pelo
paciente;
3- Natureza e força dos sistemas de suporte,
recursos de enfrentamento do paciente;
4- Qualidades e mecanismos de
enfrentamento anteriores do paciente.
INTERVENÇÃO NA CRISE
Primeiro passo – AVALIAÇÃO
1. Evento desencadeante
Normalmente o evento
desencadeante perturbam
principalmente algumas necessidades
básicas importantes para o paciente :
auto-estima, domínio do papel,
dependência, função biológica
INTERVENÇÃO NA CRISE
Primeiro passo – AVALIAÇÃO

2 . Percepção do evento
 A percepção ou avaliação do paciente
relativa ao evento desencadeante é
muito importante, o que pode parecer
trivial para o profissional, pode ser
muito importante para o paciente.
INTERVENÇÃO NA CRISE
Primeiro passo – AVALIAÇÃO

2 . Percepção do evento
 Os temas e as recordações que

surgem fornecem indícios adicionais


sobre o evento desencadeante. Uma
vez que a maioria das crises envolve
perdas ou ameaças de perdas, o tema
perda é comum.
INTERVENÇÃO NA CRISE

Primeiro passo – AVALIAÇÃO

3 . Sistemas de suporte e recursos


adjacentes
A situação da vida do paciente e os
suportes do ambiente podem ser
avaliados.
INTERVENÇÃO NA CRISE

Primeiro passo – AVALIAÇÃO

4 . Mecanismos de enfrentamento
 São avaliados os pontos fortes e os

mecanismos de enfrentamento
anteriores do paciente.
INTERVENÇÃO NA CRISE
Segundo passo : PLANEJAMENTO E
IMPLEMENTAÇÃO
• Os dados coletados na primeira fase, são
analisados e são propostas intervenções
especificas. Soluções alternativas ao
problema são exploradas e medidas são
identificadas para conquista de soluções.
• O profissional decide acerca dos suportes
ambientais que engajará ou reforçará e
como faze-lo, bem como os mecanismos de
enfrentamento do paciente que devem ser
desenvolvidos ou reforçados.
INTERVENÇÃO NA CRISE

Segundo passo : PLANEJAMENTO E


IMPLEMENTAÇÃO
1 . Manipulação do ambiente:
A manipulação ambiental inclui
intervenções que alteram diretamente a
situação física e interpessoal do
paciente. Estas situações oferecem
apoio situacional ou removem o
estresse.
INTERVENÇÃO NA CRISE
Segundo passo : PLANEJAMENTO E
IMPLEMENTAÇÃO
2 . Suporte geral:
Transmitir calor humano ,aceitação,
empatia, carinho e conforto verbal.
INTERVENÇÃO NA CRISE

Segundo passo : PLANEJAMENTO E


IMPLEMENTAÇÃO
3. Abordagem genérica:
Uma crise com padrão conhecido, pode
ser tratada pela abordagem genérica. O
curso esperado do tipo de crise é
mapeado e estudado. Ex: A tristeza de
uma perda.
INTERVENÇÃO NA CRISE
Segundo passo : PLANEJAMENTO E
IMPLEMENTAÇÃO
4. Abordagem individual
O profissional deve entender as
características do paciente específico, que
levaram a crise atual e usar a intervenção
mais propensa a ajudar o paciente a
desenvolver uma resposta adaptada a crise.
Ela é particularmente útil em crises
situacionais e maturativas combinadas e
quando os sintomas incluem risco de
homicídio ou suicídio.
TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO

 A intervenção deve ser voltada para


uma rápida resolução. O profissional
deve ser criativo e flexível. Algumas
técnicas utilizadas são descritas a seguir
:
TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO

ABREAÇÃO : Liberação dos sentimentos


que ocorre quando o paciente fala sobre
as áreas carregadas de emoção;

CLARIFICAÇÃO : Encorajar o paciente a


expressar com maior clareza a relação
entre eventos;
TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO

SUGESTÃO : Influenciar alguém no


sentido de aceitar uma idéia ou
convicção de que o profissional pode
ajudar e de que a pessoa se sentirá
melhor;

MANIPULAÇÃO : Usar as emoções,


desejos, ou valores do paciente para
beneficia-lo no processo terapêutico ;
TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO

REFORÇO DO COMPORTAMENTO : Dar


resposta positiva ao comportamento
adaptado do paciente;

APOIO DAS DEFESAS : Encorajar o uso


das defesas saudáveis e adaptadas e
desencorajar as que não são saudáveis
ou são desadaptadas;
TÉCNICAS DE INTERVENÇÃO
AUMENTO DA AUTO- ESTIMA : Ajudar o
paciente a readquirir sensações do seu
próprio valor;

EXPLORAÇÃO DE SOLUÇÕES : Exame de


modos alternativos de solucionar o
problema imediato.
CONTEXTOS PARA
INTERVENÇÃO NA CRISE
 As situações em hospitalizações com
freqüência desencadeiam eventos
estressantes.
 Os profissionais que trabalham nos
setores de obstetrícia, pediatria,
geriatria ou com adolescentes,
observam nos pacientes ou familiares
crises maturativas.
CONTEXTOS PARA
INTERVENÇÃO NA CRISE
 As emergências nos casos de
tentativas de suicídio,ou pacientes
psicossomáticos, a vitimas de crimes
ou acidentes.
 Os profissionais que atendem nas
comunidades ou a domicilio, lidam
também com pessoas estão
vivenciando crises
MODALIDADES DE
INTERVENÇÃO
 Equipes de atendimento moveis;
 Trabalho de grupos;
 Contatos por telefone;
 Respostas ao desastre
OBRIGADA

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