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reforma psiquiátrica
Reforma psiquiátrica
tentativa de dar ao problema da loucura
uma outra resposta social (Tenório,
2001).
História da Loucura (M.
Foucault)
A tentativa de dar uma nova resposta
social ao problema da loucura está na
origem da própria psiquiatria – ato de
Pinel de liberação dos loucos das
correntes.
Desconstrói o caminho que submeteu a
experiência radicalmente singular do
enlouquecer a classificações terapêuticas
e ditas científicas.
Crítica de Foucault
O ato de liberar os loucos das corrente
não significou a inscrição destes em um
espaço de liberdade, mas ao contrário,
funda a ciência que os classifica e
acorrenta como objeto de saber/discursos/
práticas atualizadas na instituição da
doença mental -institucionalização
A loucura antes de Pinel
Idade média: visão trágica da loucura, isto é, o
louco possuía um saber sobre a verdade.
Idade clássica: emergência de uma visão crítica,
isto é, loucura seria ilusão, engano, erro da razão.
A designação de alguém como louco e sua
consequente exclusão da sociedade não
dependiam de uma ciência médica, mas de uma
“percepção social” produzida por diversas
instituições da sociedade, a partir de critérios que
diziam respeito não à medicina, mas à
transgressão das leis da razão e da moralidade.
(Machado, 2006)
A loucura antes de Pinel
Grande Enclausuramento: “Hospital Geral”
– estrutura semijurídica, situada entre a
polícia e a justiça, que reunia toda espécie
de “inadaptados ao convívio social”:
prostitutas, blasfemos, loucos, libertinos .
É o negativo da razão (desrazão)
encarnado em tipos sociais concretos.
Desrazão como desordem de costumes.
Transformação da idéia de
loucura
Transformação da política assistencial –
libertação dos “pobres válidos” pra que se
tornassem trabalhadores e consumidores.
Loucos – pobre inválidos, serão mantidos
reclusos.
Loucura na modernidade
Loucura passa a ser vista como
“alienação” do homem de sua natureza
fundamental, que seria moral. Essa
alienação seria produzida pelo meio
social. Logo, tratá-la exigiria o
afastamento do meio social e a utilização
de práticas, “métodos terapêuticos”, que
restituissem a verdade moral do homem –
tratamento moral.
Bases do tratamento moral
Religião – acalma as paixões, aproximando o
homem de sua verdade moral.
Medo – deve incutir culpa e responsabilidade.
Trabalho – cria o hábito da regularidade, da
atenção e da obrigação
Olhar dos outros – produção de auto-controle.
Infantilização
Julgamento perpétuo
Figura do médico, como sábio que sabe acessar a
verdade moral e não por um saber sobre a
loucura
Movimentos de reforma psiquiátrica