Você está na página 1de 26

LÍNGUA

BRASILEIRA DE
SINAIS
HISTÓRIA
LIBRAS
 Reconhecida oficialmente em 2002
 Lei federal 10.436 (24 de abril de 2002)
 Surdos (oralizados para serem
“normalizados”)
 Não é uma língua universal
 Não é português sinalizado (regras –
gramática própria)
LIBRAS
 1970:O português sinalizado era
difundido pela filosofia do bimodalismo
(comunicação total) – tinha como
objetivo utilizar os sinais como uma
ferramenta de aprendizagem da língua
portuguesa (leitura e escrita).
LIBRAS
 LIBRAS
 Gramática independente da LP
 LP (auditiva – palavras) – unidade mínima
de significação
 LIBRAS (sinalizada – sinais) – unidade
mínima de significação
 A articulação dos sinais se dá de forma
Visio- espacial
LIBRAS
 Composição dos sinais:
 A) configuração de mãos
 B) movimento
 C) ponto de articulação
 D) orientação das mãos
 E) expressão facial
 A LIBRAS é uma língua viva, por isso há
variação linguística; é parte da cultura
surda.
HISTÓRIA
 Há relatos de línguas de sinais desde antes de
Cristo;
 Roma: castigo físico (abandono)
 Egito: privilegiados (enviado pelos deuses)
 Grécia (IM): não recebiam comunhão por não
poder confessar pecados;
 Itália: Monges utilizavam os sinais como um
subterfúgio para não quebrar o voto de silêncio
HISTÓRIA
 Girolamo Cardano (IM) Sec XVI – filho
surdo – reconhecia que a surdez não era
um empecilho para aprendizagem;
 Acreditava que a escrita fosse a melhor
maneira de aprendizagem para o surdo;
 Via como um crime a não instrução da
pessoa surda;
 Utilizava LS e escrita.
Pedro Ponce Leon – monge
beneditino
HISTÓRIA
 Pedro Ponce Leon (Espanha)- método
formal – ensinava dois irmãos surdos – um
deles tornou-se padre
 Utilizava a datilologia para educar surdos
(escrita e oralização);
 Criou uma escola para professora surdos
(método mantido em segredo).
HISTÓRIA
 1613 – Madri – Fray del Melchor – alfabeto
formal
 1623 – Juan Pablo Bonet – Ensinou outro
surdo da família Velasco através de sinais
(fala, alfabeto e datilologia)
 Publicou o primeiro livro de educação de
surdos – método oral – defendia que o
ensino do alfabeto manual aos surdos
deveria acontecer cedo.
HISTÓRIA
 1648 – John Bulwer – afirmava que a LS e
a LO eram capazes de expressar os
mesmos conceitos.
 Fundou a primeira escola de oralismo
para surdos; (opunha-se à LS);
 1755 – Henicke – (Alemanha) pioneiro do
oralismo puro (ensinou um jovem a falar,
ler lábios e escrever)
MICHEL L'EPEE – Pai dos Surdos
 Aproximou-se dos surdos para a prender a LS
 Criou sinais que julgava facilitar o
aprendizado do Francês escrito pelos surdos;
 1º. a respeitar a língua utilizada por uma
comunidade surda;
 1760 – fundou a 1ª. Escola pública para
surdos em Paris;
 Desenvolveu regras sintáticas relacionadas
ao alfabeto criado por Bonet;
 1760 – Grã-Bretanha – Thomas Braidwood
– fundou a primeira escola inglesa para
surdos na Escócia – ensinava aos surdos
os significados das palavras e a
pronúncia (valorizava a leitura facial)
 Sex XIX, o americano Thomas Gallaudet
vai para a Europa para procurar métodos
de ensino para surdos;
 Levou um professor francês para os EUA
 A partir daí iniciou-se o trabalho com
surdos;
 1864 – 1ª. Universidade norte-americana
para surdos
Brasil!!!!!!
 1855 – Primeira iniciativa de educação de surdos quando o
professor francês surdo Ernest Huet, a convite de D. Pedro
II, veio ao Brasil e preparou um programa que consistia em
usar o alfabeto manual e a Língua de Sinais da França.
Apresentou documentos importantes para educar os
surdos, mas ainda não havia escola especial. Solicitou
então ao imperador D. Pedro II um prédio para fundar
uma escola.

 1857 – No dia 26 de setembro, através da Lei 939, assinada


por D. Pedro II, fundou-se o então Instituto Nacional de
Educação dos Surdos-Mudos, atualmente Instituto
Nacional de Educação dos Surdos (INES) no Rio de Janeiro.
Huet foi Diretor do Instituto de Surdos de Paris e do INESM.
 1862 – Huet deixa o Rio de Janeiro e retorna à França sem
motivo conhecido. Problemas particulares? Problemas
políticos? Problemas educacionais?

 1873 – Surge a publicação do mais importante documento


encontrado até hoje sobre a Língua Brasileira de Sinais, o
“Iconographia dos Signaes dos Surdos-Mudos”, de autoria
do aluno surdo Flausino José da Gama, ex-aluno do INSM
com ilustrações de sinais separados por categorias
(animais, objetos, etc). Esta linguagem não é mais usada
atualmente.

CONGRESSO DE MILÃO!!!!!!!!!!!
CONGRESSO DE MILÃO
 1880 – FIZERAM UMA VOTAÇÃO E
DECIDIU-SE QUE O MELHOR MÉTODO
PARA EDUCAR SURDOS ERA O ORALISMO
PURO.
 PROFESSORES SURDOS NÃO PUDERAM
VOTAR
 164 (5 CONTRA)
 LS FOI PROIBIDA
 1913 – Em 24 de Maio, é fundada por João Brasil Silvado Jr.
a Associação Brasileira dos Surdos-mudos (ABSM), cuja
cultura obteve um grande desenvolvimento.

 1911 - O Instituto Nacional de Educação de Surdos (INES)


passou a seguir a tendência mundial, utilizando o oralismo
puro.

 1930 a 1947 – Dr. Armando Paiva Lacerda ex-diretor do


INES. Exige que os alunos não usem a Língua de Sinais:
podendo apenas utilizar o alfabeto manual e um bloco de
papel com lápis no bolso para escrever as palavras que
quisessem falar.
 1950 – Os surdos não conseguem adaptar-se a essa imposição do oralismo e
continuam a usar a Língua de Sinais e o alfabeto manual. Os professores e
inspetores burlam as ordens na comunicação com os alunos surdos.

 1957 - Proibida totalmente a utilização da língua de sinais no INES.


 Década de 1950 – O poder do método oralista francês cresce em todo o


Brasil sob a responsabilidade da Profª. Alpia Couto, que, dentro do Centro
Nacional de Educação Especial, realiza projetos na área de DEFICIÊNCIA
AUDITIVA. O desconhecimento e a falta de convivência com os surdos
provocam prejuízos na cultura da comunidade surda, o empobrecimento da
Língua de Sinais e a falta de acesso às informações sociais. As questões da
Educação Especial se tornam apenas vinculadas a interesses político-
econômicos.
 1975 - Chega ao Brasil a Comunicação Total.

 1977 - Criado no Rio de Janeiro a Federação Nacional de


Educação e Integração dos Deficientes Auditivos,
FENEIDA, com diretoria de ouvintes.

 1980 - Chega ao Brasil o Bilinguismo, porém de fato em


1990.

 1981 - Início das pesquisas sistematizadas sobre a Língua


de Sinais no Brasil.
 1982 - Lucinda Ferreira Brito inicia seus importantes estudos linguísticos sobre a
Língua de Sinais dos índios Urubu-Kaapor da floresta amazônica brasileira,
após um mês de convivência com os mesmos, documentando em filme sua
experiência. A idéia para a pesquisa, segundo a própria autora (1993),
adveio da leitura de um artigo publicado no livro acima citado de Umiker-
Sebeok (1978), de autoria de J. Kakumasu, Urubu Sign Language. No estudo,
a Língua de Sinais dos Urubu-Kaapor se diferenciaria da PSL por constituir um
veículo de comunicação intratribal e não como meio de transação
comercial. Lucinda Brito, porém, constatou que a mesma se tratava de uma
legítima Língua de Sinais dos surdos, pelos mesmos criada. 1982 - Elaboração
em equipe de um projeto subsidiado pela ANPOCS e pelo CNPQ intitulado
"Levantamento linguístico da Língua de Sinais dos Centros Urbanos Brasileiros
(LSCB) e sua aplicação na educação". A partir desta data, diversos estudos
linguísticos sobre LIBRAS são efetuados sobre a orientação da linguista L. Brito,
principalmente na UFRJ. A problemática da surdez passa a ser alvo de
estudos para diversas Dissertações de Mestrado.
 1983 - Criação no Brasil da Comissão de Luta pelos Direitos dos Surdos.

 1986 - O Centro SUVAG (PE) faz sua opção metodológica pelo Bilinguismo, tornando-se o
primeiro lugar no Brasil em que efetivamente esta orientação passou a ser praticada.

 1987 - Criação da Federação Nacional de Educação e Integração dos Surdos (FENEIS), EM


16/05/87, sob a direção de surdos.

 1991 - A LIBRAS é reconhecida oficialmente pelo Governo do Estado de Minas Gerais (lei nº
10.397 de 10/1/91).

 1994 - Brito passa a utilizar a abreviação LIBRAS (Língua Brasileira de Sinais), que foi criada
pela própria comunidade surda para designar a LSCB (Língua de Sinais dos Centros
Urbanos Brasileiros).

 1994 - Começa a ser exibido na TV Educativa o programa VEJO VOZES (out/94 a fev/95),
usando a Língua de Sinais Brasileira.
 1995 - Criado por surdos no Rio de Janeiro o Comitê Pró-Oficialização da Língua de Sinais.

 1996 - São iniciadas, no INES, em convênio com a Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ), pesquisas que envolvem a implantação da abordagem educacional com
Bilinguismo em turmas da pré-escola, sob a coordenação da linguista E. Fernandes.

 1998 - TELERJ - do Rio de janeiro, em parceria com a FENEIS, inauguraram a Central de


atendimento ao surdo - através do número 1402, o surdo em seu TS, pode se comunicar
com o ouvinte em telefone convencional.

 1999 - Em março, começam a ser instaladas em todo Brasil telessalas com o Telecurso 2000
legendado.

 2000 - Closed Caption, ou legenda oculta. Após três anos de funcionamento no Jornal
Nacional ela é disponibilizada aos surdos também nos programas Fantástico, Bom Dia
Brasil, Jornal Hoje, Jornal da Globo e programa do JÔ.
 2000 - TELERJ: Telefone celular para surdos com a opção de SMS.

 2002 - É promulgada a lei 10.436 em 24 de abril, reconhecendo a Libras como língua oficial
das comunidades surdas do Brasil.

 2005 - O Decreto 5626 em 22 de dezembro veio regulamentar a lei 10436.


 2006 - Exame de Certificação Tradutor Intérprete de Libras – Prolibras, instrutor de Libras e o


Curso de Letras-Libras Bacharelado e Licenciatura EaD.

 2010 - Curso Superior de Letras-Libras Bacharelado e Licenciatura presencial UFSC.


2010 - Promulgada a lei 12.319 em 01 de Setembro, que regulamenta o exercício da
profissão de Tradutor e Intérprete da Língua Brasileira de Sinais - LIBRAS.

Você também pode gostar