Você está na página 1de 131

O objetivo do estudo foi examinar

o estoque de medicamentos
Verificou-se que a média de medicamentos por
domicílio foi de 8,4, e que 93,5% das famílias
entrevistadas apresentaram pelo menos um
medicamento em estoque
Os medicamentos estocados em maior número foram:
Analgésicos (11,15%)
Diuréticos (6,42%)
Antibacterianos para uso sistêmico (5,82%)
Anti-inflamatórios (5,08%)
Antiácidos (4,10%)
Foi verificado um elevado percentual (41,6%) de
medicamentos adquiridos em farmácias sem a devida
prescrição médica (automedicação).
A automedicação era frequente e motivada pela insatisfação com a
demora e a baixa qualidade do atendimento nos serviços de saúde.
Outras motivações citadas foram a experiência prévia com
medicamentos, o aconselhamento com amigos e familiares e a
busca de anonimato nas farmácias.
83,7% homens e 73,3% mulheres indicaram
medicamentos sem prescrição
O CIRURGIÃO-DENTISTA SE
DEPARA COM DIVERSAS SITUAÇÕES
NA PRÁTICA CLÍNICA, COMO
PACIENTES COM INFECÇÃO, DOR,
PROCESSOS INFLAMATÓRIOS E
ANSIEDADE.
Estudo da movimentação da droga no organismo

SISTEMA LADME
Liberação
Absorção
Distribuição
Metabolismo
Excreção
ABSORÇÃO
DISTRIBUIÇÃO
DESLOCADORES DE FÁRMACOS
• Uma droga pode ser deslocada por outra que possua
maior afinidade pela albumina.

• A concentração plasmática da parte livre da droga


deslocada se eleva e pode inclusive produzir níveis
tóxicos.
IMPORTÂNCIA CLÍNICA DO DESLOCAMENTO DE FÁRMACOS DO SEU SÍTIO DE
UNIÃO ÀS PROTEÍNAS

FÁRMACO A + fármaco B = A desloca B

Aumento da fração livre de B com consequente


aumento dos efeitos farmacológicos e tóxicos
IMPORTÂNCIA CLÍNICA DO DESLOCAMENTO DE FÁRMACOS DO SEU SÍTIO DE
UNIÃO ÀS PROTEÍNAS

Taxa ligação 99% - Varfarina + AINES

- fração ligada 99% + fração livre 1%


- deslocamento 1% de fármaco ligado

Fração ligada 98% + fração livre 2%


hemorragia – como se a dose do cumarínico
tivesse dobrado
Estudo dos efeitos resultantes da ação da droga no organismo
Estudo dos efeitos resultantes da ação da droga no organismo
ANTAGONISTAS
Agonistas são drogas que ocupam receptors e os ativam.
Antagonistas são drogas que ocupam os receptores mas não os
ativam. Bloqueiam a ativação pelo agonista.

Antagonista Antagonista sozinho


Ativação máxima Menor ativação Inativação máxima
AUTOMEDICAÇÃO X USO IRRACIONAL DE
MEDICAMENTOS

• Automedicar é a capacidade da pessoa administrar o


medicamento para ela mesma

• Uso irracional de medicamentos implica no paciente


decidir se automedicar sem consulta ao profissional de
saúde
VIAS DE ADMINISTRAÇÃO

• Meio que escolhemos para administrar um


medicamento

• Diversos fatores influenciam na escolha da via


FATORES DE ESCOLHA DA MELHOR VIA DE ADMINISTRAÇÃO
• Ideal: obter maior biodisponibilidade
• Fácil administração
• Baixo custo
• Riscos diminuídos
• Que não cause dor ou desconforto
• Efeito local ou sistêmico
• Propriedades da droga e da forma farmacêutica
• Conveniência
• Latência
• Duração do tratamento
• Obediência do paciente
FATORES DE ESCOLHA DA MELHOR VIA DE ADMINISTRAÇÃO
• Ideal: obter maior biodisponibilidade
• Fácil administração
• Baixo custo
• Riscos diminuídos
• Que não cause dor ou desconforto
• Efeito local ou sistêmico
• Propriedades da droga e da forma farmacêutica
• Conveniência
• Latência
• Duração do tratamento
• Obediência do paciente
FÁRMACO NÃO ATUA À DISTÂNCIA
FÁRMACO NÃO ATUA À DISTÂNCIA
FORMAS FARMACÊUTICAS
Formas Farmacêuticas

• Formas Farmacêuticas
– Apresentação final ( comprimido, ampola, xarope, etc.)

– Facilita a administração, assegura a eficiência terapêutica e boa


conservação.
INTERAÇÕES
MEDICAMENTOSAS
Interações medicamentosas são definidas como alterações nos
efeitos farmacológicos esperados em decorrência, principalmente,
de modificações em sua farmacocinética e/ou farmacodinâmica.

A interação medicamentosa caracteriza-se como um evento onde


os efeitos de um fármaco podem ser alterados pela presença de
outro fármaco, alimento ou substâncias diversas
FATORES RELACIONADOS
AO PACIENTE
CONCENTRAÇÃO
DE PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS

CONCENTRAÇÃO
DE PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS
CONCENTRAÇÃO
DE PROTEÍNAS
PLASMÁTICAS
(também pode
ser maior)

MENOR
AFINIDADE DA
ALBUMINA FETAL

PRESENÇA DE
BILIRRUBINA
Reações de oxidação

Reações de conjugação
PACIENTE IDOSO
- Menor produção de
ácido gástrico 
alteração do pH

- Diminuição do
peristaltismo

- Menor massa esquelética


e maior massa adiposa 
influência na distribuição
PACIENTE IDOSO
- Menor taxa de
metabolização

- Redução da função
renal

- Uso concomitante de
de medicamentos
OBESIDADE
- Menor metabolismo da
CYP450

- Aumento do metabolismo
de conjugação

- Alterações no clearance
(geralmente aumentados)
Interação fármaco-alimento
Droga

Alimento

Efeitos possíveis

Diminuição da ação Aumento da ação Ocorrência de


das drogas das drogas efeitos adversos
pH e Ionização
INTERAÇÃO ENTRE FÁRMACOS
ANALGÉSICOS
ANTI-INFLAMATÓRIOS
ANTIMICROBIANOS
ANESTÉSICOS LOCAIS
• Indução enzimática

• Inibição enzimática
• Indução enzimática (por barbituratos, carbamazepina,
glutetimida, fenitoína, primidona, rifampicina e tabaco).

• Inibição enzimática (alopurinol, cloranfenicol, cimetidina,


ciprofloxacino, dextropropoxifeno, dissulfiram, eritromicina,
fluconazol, fluoxetina, idrocilamida, isoniazida, cetoconazol,
metronidazol, fenilbutazona e verapamil).
Analgésicos e Anti-inflamatórios
AIES
• São Hormônios sintéticos
que mimetizam a ação do
cortisol endógeno produzido
na zona cortical das
glândulas Supra-Renais, que
estão situadas nos pólos
superiores dos rins.
CORTICOSTERÓIDES
Mecanismo da Ação Anti-inflamatória:

Supressão dos sinais flogísticos: dor, calor, rubor, edema e perda de função
Bloqueio da via de metabolismo do ácido aracdônico, por inibição da fosfolipase
A2 (passo inícial da cadeia):
inibição da liberação de alguns mediadores químicos
da inflamação: leucotrienos e endoperóxidos (prostaglandinas, prostaciclinas e
tromboxanos)

AINEs, em contraste, inibem a COX - cicloxigenase (bloqueio de passos finais da


cadeia).
ESTÍMULO
 Corticóides
FOSFOLIPÍDEOS DE MEMBRANA

Fosfolipase A2

ÁCIDO ARACDÔNICO

Ciclooxigenase
Lipoxigenase

Prostaglandinas
Leucotrienos
Prostaciclinas
Tromboxano A2
EFEITOS FISIOLÓGICOS E FARMACOLÓGICOS

• Metabolismo de Carboidratos e Proteínas:

- Carboidratos: Gliconeogênese hepática ( da glicose


hepática); Menor utilização periférica;  da Glicemia e
Glicosúria.

- Proteínas: Inibição da síntese proteíca nos tecidos


periféricos; Estimulação da proteólise;  da síntese
protéica hepática (diminuição das reservas corporais)
EFEITOS FISIOLÓGICOS E FARMACOLÓGICOS

• Metabolismo de Lipídeos

- Redistribuição de gordura corporal ( de ácidos


graxos no plasma);

- Aumento de gordura na parte posterior do


pescoço(giba de búfalo); área supra-clavicular;
Face(face de lua-cheia).
EFEITOS FISIOLÓGICOS E FARMACOLÓGICOS

• Equilíbrio Hidroelétrolítico

- Atuam sobre os túbulos distais e ductos coletores (


reabsorção de Na e  da excreção de K e H).

• Sistema Cardiovascular

- Hipertensão induzida ( de Na e H .A.D).


EFEITOS FISIOLÓGICOS E FARMACOLÓGICOS

• Sistema Nervoso Central


- Melhora do humor

• Tecido Linfóide
-  de linfócitos circulantes,  da produção de
Anticorpos
EFEITOS FISIOLÓGICOS E FARMACOLÓGICOS

–Aumenta excreção renal de Ca


–Diminui absorção intestinal de Ca
–Aumenta secreção de PTH

• Resulta em risco aumentado de


osteopenia e osteoporose
INTERAÇÃO COM AINES
Anti-hipertensivos

- iECA (captopril) e beta-bloqueadores


(atenolol)

- Precisam das PG para ação

- AINES diminuem ação


INTERAÇÃO COM AINES
Anti-hipertensivos

- Diuréticos (furosemida)

- AINES diminuem ação por reduzir eficácia


na secreção de sódio
INTERAÇÃO COM AINES
Lítio

- Tratamento da depressão bipolar

- AINES aumentam concentração plasmática


de Lítio (baixo índice terapêutico)
INTERAÇÃO COM AINES
Anticoagulantes orais

- Varfarina e Heparina

- AINES aumentam risco de hemorragia

- Risco menor com AINES Cox-2


INTERAÇÃO COM AINES
Antimetabólitos

- Metotrexato (anticancerígeno)

- AINES reduzem excreção renal


INTERAÇÃO COM AINES
Aspirina

- Utilizada em pacientes com AVC ou Infarto

- AINES podem potencializar antiagregação


plaquetária e irritação da mucosa gástrica
INTERAÇÃO COM AINES
Outros AINES

- Risco baixo de nefrotoxicidade

- Evitar uso concomitante e prescrição maior


que 5 dias
INTERAÇÃO COM PARACETAMOL

- Risco de hepatotoxicidade

- Associação com álcool  risco de


hepatotoxicidade aumenta
INTERAÇÃO COM DIPIRONA SÓDICA
- Associação com álcool  potencializa
efeito do álcool

- Ciclosporina (imunossupressor)  ação


reduzida pela dipirona
ANTIBIÓTICOS
-Penicilinas

-Eritromicina (macrolídeos)

-Metronidazol
ANTIBIÓTICOS X ANTICONCEPCIONAIS
-Podem diminuir ação do contraceptivo por
aumentar seu metabolismo
ANTIBIÓTICOS X ANTI-INFLAMATÓRIOS
-Diclofenaco sódico diminui
biodisponibilidade da amoxicilina por
diminuir absorção e aumentar excreção.
ANTIBIÓTICOS BACTERICIDAS X
BACTERIOSTÁTICOS
-Bacteriostáticos diminuem ação dos
bactericidas
CLINDAMICINA X GENTAMICINA
Risco de comprometimento da função renal
TETRACICLINA E AMOXICILINA X
ANTICOAGULANTES ORAIS
•Aumento do tempo de protrombina e de
sangramento

•Competição pela vitamina K


ERITROMICINA X TEOFILINA

•Teofilina  broncodilatador

•Eritromicina aumenta concentração de


teofilina (redução do clearence e aumento do
tempo de meia-vida de eliminação).
ERITROMICINA X CISAPRIDA

•Eritromicina é inibidor enzimático

•Aumenta ação da cisaprida (usado para


refluxo), podendo causar arritmia
Fármacos que afetam tecidos orais
FÁRMACOS QUE AFETAM TECIDOS ORAIS
EFEITOS ADVERSOS DOS FÁRMACOS SOBRE OS TECIDOS ORAIS
XEROSTOMIA ALVEOLITE SECA OU OSTEÍTE ALVEOLAR
DISGEUSIA PIGMENTAÇÃO DOS DENTES
ESTOMATITE INFECÇÃO FÚNGICA
GLOSSITE ATROFIA DE MUCOSA
COLORAÇÃO ANORMAL DA LÍNGUA FORMAÇÃO DE CÁLCULOS
SIALORREIA EDEMA DE LÍNGUA
GENGIVITE NECROSE BUCAL
ULCERAÇÃO GENGIVAL HALITOSE
HIPERPLASIA GENGIVAL PARESTESIA DE BOCA E DENTES
A automedicação associada às disfunções temporomandibulares
foi apontada pelos especialistas como extremamente frequente e
prejudicial ao quadro, sendo destacado o consumo excessivo de
analgésicos e maior ocorrência da prática nos quadros musculares.
Enfatizou-se o impacto clínico da automedicação no tratamento das
disfunções temporomandibulares, destacando- se a influência da
prática no agravamento e até mesmo na cronificação do distúrbio.
São inegáveis os benefícios terapêuticos
conseguidos com o uso correto dos
medicamentos, no entanto, seu elevado
consumo entre os idosos pode acarretar
riscos à saúde.

Você também pode gostar