O objetivo da pesquisa é investigar a interpretação dos Tratados Internacionais de Direitos Humanos no âmbito do Sistema Interamericano, mormente em face da teoria da margem de apreciação nacional, segundo a qual algumas questões relacionadas aos direitos humanos devem ser deliberadas na esfera da jurisdição doméstica de cada Estado. Breves considerações sobre os direitos humanos e o direito internacional. Definição de direitos humanos. Construção histórica dos direitos humanos. Legislação internacional dos direitos humanos. Jurisdição internacional dos direitos humanos. Sistemas regionais de proteção. O que é o Sistema Interamericano de Direitos Humanos. Comissão e Corte Interamericanas de Direitos Humanos. Criação, composição, competências e funções. Cenário latino-americano. Interpretação dos tratados internacionais de direitos humanos. Interpretação dos direitos humanos previstos na CADH pela Comissão e pela Corte Interamericanas. Teoria da margem de apreciação nacional. Margem de apreciação e soberania estatal. Margem de apreciação no Sistema Interamericano de Direitos Humanos. Desafios e perspectivas. A teoria da margem de apreciação pode ser considerada como uma denegação da justiça por parte do órgão internacional e, portanto, plenamente plausível que não tenha ganhado espaço no âmbito do Sistema Interamericano de Direitos Humanos, marcado por graves casos de desrespeito aos preceitos dos tratados na matéria. ARENDT, Hannah. As origens do totalitarismo. São Paulo: Companhia das Letras, 1989. BOBBIO, Norberto. A era dos direitos. Tradução de Carlos Nelson Coutinho. Nova ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004. CANÇADO TRINDADE, Antônio Augusto. Tratado de direito internacional dos direitos humanos, volume III. Porto Alegre: Sergio Antonio Fabris Editor, 2003. CIDH. Comissão Interamericana de Direitos Humanos. O que é a CIDH? Disponível em: <http://www.oas.org/pt/cidh/>. COMPARATO, Fábio Konder. A afirmação histórica dos direitos humanos. 3. ed. São Paulo: Saraiva, 2004. COUNCIL OF EUROPE. The margin of appreciation. Disponível em: <http://www.coe.int/t/dghl/cooperation/>. FERRAJOLI, Luigi. Los fundamentos de los derechos fundamentales. Madrid: Simancas Ediciones, 2001. MAZZUOLI, Valerio de Oliveira. Curso de Direito Internacional Público. 5. ed. São Paulo: Editora Revista dos Tribunais, 2011. MÜLLER, Friedrich. Rule of law, human rights, democracy and participation: some elements of a normative concept. In: BOGDANDY, Armin von; PIOVESAN, Flávia; ANTONIAZZI, Mariela Morales (Coords.). Estudos avançados de direitos humanos, democracia e integração jurídica: emergência de um novo direito público. Rio de Janeiro: Elsevier, 2013. NINO, Carlos Santiago. Ética y derechos humanos: un ensayo de fundamentación. 2. ed. Buenos Aires: Ed. Astrea, 1989. OEA. Organização dos Estados Americanos. Sobre a OEA: nossa história. Disponível em: <http://www.oas.org/>. PIOVESAN, Flávia. Direitos humanos e justiça internacional: um estudo comparativo dos sistemas regionais europeu, interamericano e africano. 3. ed. rev., ampl. e atual. São Paulo: Saraiva, 2012. RAMOS, André de Carvalho. Processo internacional de direitos humanos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2012. SANTOS, Boaventura de Souza. A gramática do tempo: para uma nova cultura política. Coleção para um novo senso comum, v. 4., 3. ed. São Paulo: Cortez, 2010. STEINER, Henry J.; ALSTON, Philip. International human rights in context: law, politics and morals. New York: Oxford University Press, 2000. “Abre a tua boca a favor do mudo, pelo direito de todos os que se acham desamparados. Abre a tua boca, julga retamente e faze justiça aos pobres e aos necessitados”.