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A ESTÉTICA EM PLATÃO E

ARISTÓTELES
Fernando Honaiser
PLATÃO
 Platão ( Atenas, 348/347
a.C.) - foi um filósofo e
matemático do período
clássico da Grécia Antiga,
autor de diversos diálogos
filosóficos e fundador da
Academia em Atenas, a
primeira instituição de
educação superior do mundo
ocidental. Juntamente com
seu mentor, Sócrates, e seu
pupilo, Aristóteles, Platão
ajudou a construir os
alicerces da filosofia natural,
da ciência e da filosofia
ocidental
PLATÃO

Para Platão, o belo é o bem, a verdade, a


perfeição; existe em si mesma, apartada do
mundo sensível, residindo, portanto, no mundo
das idéias.

A idéia suprema da beleza pode determinar o


que seja mais ou menos belo.
PLATÃO
Esse ser, que só existe no mundo das idéias
platônico, confere à sua natureza e forma uma
espécie peculiar de beleza: a beleza da
completude, do todo indissociável, e não uma
beleza que simplesmente imita a natureza.

Assim, temos em Platão, uma concepção de belo


que se afasta da interferência e da participação do
juízo humano, ou seja, o homem tem uma
atuação passiva no que concerne ao conceito
de belo: não está sob sua responsabilidade o
julgamento do que é ou não é belo.
MUNDO DAS IDEIAS ≠ MUNDO DAS COISAS

 A dialética de Platão  a outra direção segue


aponta para duas para o mundo das
direções: o mundo das coisas, dos humanos.
ideias, num plano Este, de aparência
superior, do sensível, é constituído
conhecimento, que é, pela imitação de um
ao mesmo tempo, ideal concebido no
absoluto e estático; mundo das ideias:
portanto, num
processo de cópia.
Fôrma

Mundo das Ideias


ou mundo inteligível

Mundo das Coisas


ou mundo sensível

Forma
Isso não é um cachimbo. (René Magritte)
QUEM SE APROXIMA DO MUNDO DAS IDEIAS?

Seguindo o Platão, o legislador também concebe a


comunidade humana de acordo com as Ideias do
Bem, da Justiça e da Verdade.

Após, na hierarquia, estão os poetas e os artistas


que também visam aos ideais, mas, eles podem
falhar no conhecimento da realidade última,
produzindo meras aparências da natureza sensível.

Quando o artista (...) é guiado pela visão da


educação que o filósofo possui, sua imitação será
verdadeira (eikastika), em oposição à falsa
imitação (fantastika)
ARISTÓTELES
(Estagira, 384 a.C. – Atenas, 322 a.C.)
Foi um filósofo grego, aluno de Platão
e professor de Alexandre, o Grande.
Seus escritos abrangem diversos
assuntos, como a física, a metafísica,
as leis da poesia e do drama, a música,
a lógica, a retórica, o governo, a ética,
a biologia e a zoologia.
Juntamente com Platão e Sócrates
(professor de Platão), Aristóteles é
visto como um dos fundadores, da
filosofia ocidental. Em 343 a.C. torna-
se tutor de Alexandre da Macedónia,
na época com 13 anos de idade, que
será o mais célebre conquistador do
mundo antigo. Em 335 a.C. Alexandre
assume o trono e Aristóteles volta para
Atenas, onde funda o Liceu (lyceum)
em 335 a.C..
ARISTÓTELES
Já Aristóteles, diferentemente de Platão, acredita
que o belo seja inerente ao homem, afinal, a arte
é uma criação particularmente humana e, como tal,
não pode estar num mundo apartado daquilo que é
sensível ao homem. A beleza de uma obra de arte é
assim atribuída por critérios tais como
proposição, simetria e ordenação, tudo em sua
justa medida.
O BELO PASSA PELA MORAL
 A reflexão de
Aristóteles sobre a
produção da obra de
arte não se dissocia da
reflexão sobre a
educação e a criação
de valores, em dois
níveis: intelectual de
um lado, sentimental-
moral de outro.
ARTE MIMÉTICA
 Aristóteles herda de Platão
a categoria de “arte
mimética”, as não
literárias, Aristóteles, por
omissão, as deixa no
mesmo patamar em que
sempre estiveram: ofício de
artesão, atividade
socialmente inferior, servil.
Quando muito, o Filósofo
faz uma distinção entre os
mestres arquitetos e os que
simplesmente obram com
as mãos.
MÍMESIS ARITOTÉLICA
 A mímesis aristotélica é um contraponto à
mímesis de Platão, não define o valor artístico
(baixo) mas vem resgatar o valor de verdade: se,
para Platão, a imitação era o distanciamento da
verdade e o lugar da falsidade e da ilusão, para
Aristóteles, a imitação é o lugar da semelhança e
da verossimilhança, o lugar do reconhecimento e
da representação.

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