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Central de

Material
Esterilizado – CME
Central de Material
Esterilizado – CME
 Conceito: Unidade de apoio técnico a
todas as unidades assistenciais,
responsável por tarefas como
processamento, limpeza, preparo,
esterilização, estocagem e distribuição
dos artigos a todas as unidades
consumidoras.
Característica - CME

 É uma unidade que tem a finalidade


de fornecer artigos médico –
hospitalares adequadamente
processados, proporcionando assim
condições para o atendimento direto.
OBJETIVOS BÁSICOS
 Receber, desinfectar e separar os artigos;
 Lavar os Artigos;
 Receber as roupas vindas da lavanderia;
 Preparar os artigos e as roupas (em
pacotes);
 Esterilizar os artigos e as roupas por meio
de métodos físicos e ou químicos,
proporcionando condições de aeração dos
produtos, conforme necessário.
Cont...
 Realizar o controle microbiológico e de
validade dos produtos esterilizados;
 Armazenar os artigos e as roupas
esterilizados;
 Distribuir os artigos e as roupas
esterilizadas;
 Zelar pela proteção e pela segurança
dos operadores.
Tipos de CME

 Existem 3 as quais são.


 Descentralizada- cada unidade
ou conjunto de unidades do
hospital é responsável por
preparar e esterilizar os materiais
que utiliza;
Cont...

 Semi-centralizada- cada
unidade prepara os seus
materiais,mas os encaminha á
CME para serem esterilizados;
Centralizada- os materiais de
uso em todas as unidades do
hospital são totalmente
processados na CME.
ESTRUTURA FISICA

 Segundo portaria nº. 1884, de


11/11/94 (BRASIL 1994), são
elementos essenciais à dinâmica
de funcionamento da unidade:
Área de Dimensões
Mínimas
 Área para recepção, descontaminação
e separação de artigos; área para
lavagem de artigos( Dimensões
Mínimas = 8,0 m2)

Área Para recepção de roupas limpas(


Dimensões Mínimas = 4,0m2)
Cont...

 Área para preparo de artigos e


roupas limpas (Dimensões Mínimas
= 4,0m2 )

 Área para esterilização física, que


depende do equipamento utilizado
(distancia mínima entre as
autoclaves); Dimensões Mínimas =
20cm.
Cont...
 Área para esterilização química liquida

 Sala de armazenamento e distribuição de


artigos e roupas esterilizados (Dimensões
Mínimas = 10m2)

 Área para armazenamento e distribuição de


artigos esterilizados descartáveis.
Cont...

 Sala de lavagem e
descontaminação( Dimensões
Mínimas = 4,8 m2)

 Sala de esterilização (Dimensões


Mínimas = 3,2 m2)
Características da
Estrutura da CME
 Deve ser dada atenção especial ao
acabamento, pois ele influi
diretamente na eficiência do
trabalho, no controle de infecções
cruzadas e auxilia a estética
Cont...

 PISO: deve ser de cor clara, resistente ao


calor à unidade e a solução corrosivas.
 PAREDES : Devem ser lisas e planas, sem
saliências, cantos ou quinas, que devem
ser côncavos ou abaulados.
 FORRO: Acustico, para minimizar os
ruídos.
Cont...

 JANELAS: com advento dos


condicionadores de ar, está sendo
discutido o uso de janelas, uma vez
que o aparelho faz a ventilação do
ambiente e os visores permitem a
entrada de luz natural.
 PORTAS: Material lavável, durável e de
boa qualidade.
Cont...

 ILUMINACAO: Deve haver iluminação


geral adequada acompanhada de
iluminação direta nas mesas e nos
balcões de preparo de artigo.
 SISTEMA DE EXAUSTAO DE CALOR :
Na area onde ficam as autoclaves, as
temperaturas são muito elevadas é
preciso mante-las nos niveis de
conforto.
Cont...

 VENTILACAO: Temperaturas
adequadas tornam-se aspecto de
importância vital para o bom
funcionamento da CME.
Área suja:
Fluxo
 Recepção de artigos =>limpeza => lavagem =>separação.

 Área limpa:
 Área de preparo: análise e separação dos
instrumentais, montagem de caixas, pacotes,
materiais especiais, etc...;
 Recepção de roupa limpa, separação e dobradura;
 Área de esterilização: método de esterilização,
montagem da carga, acompanhamento do processo
e desempenho do equipamento;
 Área de armazenamento: identificação dos
artigos, data de preparo e validade;
 Distribuição: definir horários.
 Área estéril
Equipe Profissional do
CME
 O quadro de pessoal que atua no
CME deve ser composto por
enfermeiro, técnicos de
enfermagem, auxiliares de
enfermagem e auxiliares
administrativos.
Técnico de Enfermagem
 Exerce atividade envolvendo
orientação e acompanhamento do
trabalho de enfermagem, em grau
auxiliar e participação no
planejamento da assistência de
enfermagem. Cabendo – lhe
especialmente participar da
equipe de saúde
Realização das Atividades dos
Técnicos de Enfermagem
 Fazer leitura dos indicadores biológicos,
de acordo com rotinas da instituição.

 Receber; conferir e preparar os artigos


consignados;

 Realizar limpeza, preparo, esterilização,


guarda e distribuição de artigos, de
acordo com solicitação.
Cont...
 Preparar os carros para cirurgias;

 Preparar as caixas cirúrgicas;

 Monitorar efetiva e continuidade cada lote ou


carga nos processos de esterilização;

 Revisar listagem de caixas cirúrgicas, bem


como sua reposição;
Cont...

 Fazer listagem e encaminhamento de


artigos e instrumental para conserto;

 Participar de reuniões de enfermagem


e de avaliação, de acordo com a
solicitação do enfermeiro
PROCESSAMENTO DE
ARTIGOS
 Artigos: Compreendem instrumentos
de naturezas diversas utilizados na
assistência médico hospitalar,
compreendendo materiais ou
instrumentais cirúrgicos, utensílios de
refeição, acessórios de equipamentos,
materiais de assistência respiratória e
outros.
ARTIGOS CRÍTICOS: São aqueles que penetram
através da pele e mucosas adjacentes, atingindo
tecidos suepiteliais e sistema vascular. Agulhas,
lâminas de bisturi, sondas exploradoras, materiais
cirúrgicos e outros. Exigem a esterilização ou o uso
único (descartáveis).

ARTIGOS SEMI-CRÍTICOS: São aqueles que


entram em contato com a pele não íntegra ou com
mucosa íntegras, tubos endotraqueais, espéculos,
etc. Exigem desinfecção de alta atividade biocida
ou esterilização.
 ARTIGOS NÃO CRÍTICOS: São
aqueles que entram em contato
apenas com a pele íntegra do
paciente, como bacias, mesas,
termômetros, etc. Exigem desinfecção
de atividade biocida intermediária.
Outros conceitos:

 Reprocessamento: Processo a ser


aplicado a artigos para permitir sua
reutilização (exceto os de uso único).

 Reesterilização: Processo de
esterilização de artigos já esterilizados.
LIMPEZA
 É o processo de que visa à remoção da sujidade
visível e, por conseguinte, a retirada da carga
microbiana. Etapa essencial e indispensável.
 Deve preceder os processos de desinfecção e
esterilização.
 A matéria orgânica protege os MO.
 Resíduos de matéria orgânica podem estimular
corrosão.
PRODUTOS DE LIMPEZA

 Limpadores Enzimáticos: são


compostos basicamente por enzimas,
surfactantes e solubilizantes e álcool
isopropílico. A combinação balanceada
desses elementos faz com produto
possa remover a matéria orgânica do
material em curto período de tempo (3
min).
DETERGENTES E
DESINCROSTANTES
 Os detergentes são todos os produtos
que contêm em sua formulação um
tensoativo.
 Os desincrostantes são detergentes
para limpeza por imersão.
 Eficiência menor que limpadores
enzimáticos, menor custo. Indicado
quando se tem pouca matéria orgânica.
OBSERVAÇÕES

 Utilizar apenas um tipo de agente


limpante para cada processamento;
 Não utilizar detergentes em
instrumentos cirúrgicos, pois podem
provocar pontos de corrosão.
 A limpeza pode ser feita manual ou
mecanicamente.
 Limpeza manual: artigos delicados,
preferencialmente uso de soluções enzimáticas.
 Limpeza mecânica: uso de máquinas. Lavadora
ultra-sônica, lavadora esterilizadora e
desinfetadora, lavadora termodesinfetadora e
lavadora de descarga.
 Menor risco de acidentes.
CONTROLES

 Controle microbiológico
 Controle químico
 Controle Visual
DESINFECÇÃO
 É o processo de eliminação ou
destruição de MO (patogênicos ou não),
na forma vegetativa e presentes nos
artigos e objetos inanimados, mediante
à aplicação de agentes físicos ou
químicos chamados de desinfetantes ou
germicidas, capazes de destruir em um
intervalo de tempo de 10 a 30 minutos.
NÍVEIS DE DESINFECÇÃO

 Alto nível: destrói todas as bactérias


vegetativas, as micobactérias, os
fungos e os vírus. É indicada para
lâminas de laringoscópio, anestesia e
endoscópio. Os agentes mais
utilizados são glutaraldeído e ácido
peracético, além do processo de
pasteurização.
 Nível intermediário: Os compostos mais
utilizados são cloro, iodóforos, fenólicos e
álcoois.
 Baixo nível: É capaz de eliminar todas as
bactérias na forma vegetativa. Não tem
ação contra esporos, vírus não-lipídicos,
nem contra o bacilo da TB. Ação relativa
contra os fungos. Composto utilizado:
quartenário de amônia.
ORDEM DECRESCENTE DE RESISTÊNCIA A GERMICIDAS QUÍMICOS

Mais resistentes PRIONS

ESPOROS BACTERIANOS
Alto nível (aldeídos e
ácido peracético)

MICOBACTERIA
Nível intermediário (álcool,
hipoclorito de sódio a 1%,
VÍRUS NÃO LIPÍDICOS OU PEQUENOS cloro orgânico, fenol
VÍRUS sintético, monopersulfato
de potássio e associações)
FUNGOS

BACTERIAS VEGETATIVAS Baixo nível (quaternário


de amônio e hipoclorito
de sódio 0,2%)
VÍRUS LIPÍDICOS OU VÍRUS DE TAMANHO
MÉDIO
Menos resistentes
PASTEURIZAÇÃO

 É o sistema térmico de desinfecção,


usado para reprocessamento de
artigos semicríticos e não-críticos,
visando à destruição de MO na sua
forma vegetativa.
PREPARO E
EMPACOTAMENTO DE
ARTIGOS
OBJETIVOS
Permitir a esterilização do artigo.
Garantir esterilidade do artigo até o momento do uso.
Facilitar a transferência do conteúdo com técnica asséptica.

CARACTERÍSTICAS
Ser compatível com o método e resistir as condições físicas do método.
Permitir a penetração do agente.
Proteger o conteúdo do pacote.
Ser isenta de furos
Ser livre de resíduos tóxicos (corante, alvejante e amido)
Ser barreira microbiana
Ser compatível com as dimensões do artigo
TIPO DE INVÓLUCRO INDICAÇÃO OBSERVAÇÃO

TECIDO DE ALGODÃO CRU CALOR ÚMIDO Há dificuldade de monitorização


do desgaste do tecido. NBR
13456/96
PAPEL GRAU CIRÚRGICO CALOR ÚMIDO Especificação técnica por meio
ÓXIDO DE ETILENO da NBR 12946/93

PAPEL CREPADO CALOR ÚMIDO Menor resistência à tração


ÓXIDO DE ETILENO (projeto 23.001.04-008 / 98

PAPEL KRAFT EM DESUSO Irregularidade e inconstância na


gramatura. Pode apresentar
alquiltiofeno, causa náuseas e
cefaléia nos indivíduos expostos
FILME TRANSPARENTE CALOR ÚMIDO Especificação técnica por meio
ÓXIDO DE ETILENO da NBR 13386/95

TYVEC CALOR ÚMIDO Alto custo


ÓXIDO DE ETILENO
PLASMA DE PERÓXIDO DE
HIDROGÊNIO E RADIAÇÃO
GAMA
NÃO TECIDO CALOR ÚMIDO _
ÓXIDO DE ETILENO
COMPATIBILIDADE:
TIPOS DE INVÓLUCROS X PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO
AUTOCLAVE CALOR PLASMA DE AUTOCLAVE RADIAÇÃO
ETO PERÓXIDO DE DE
TIPO DE A VAPOR SECO IONIZANTE
HIDROGÊNIO FORMALDEÍDO
INVÓLUCRO

Tecido de algodão Sim Não Não Não Não Não


Papel grau cirúrgico Sim Não Sim Não Sim Sim
Papel crepado Sim Não Sim Não Sim Sim
Papel Kraft Sim Não Não Não Não Não
Filmes transparentes Sim Não Sim Sim Sim Sim
Lâminas de alumínio Não Sim Não Não Não Não
Caixas metálicas Sim* Sim Sim* Não Sim* Sim
Vidro refratário Sim** Sim Não Não Não Não
Tyvec Sim Não Sim Sim Sim Sim
Não-tecido Sim Não Sim Sim Sim Não
*necessitam estar perfuradas **para líquidos
AUTOR INVÓLUCRO TEMPO OBSERVAÇÕES
Zanon, 1987 Papel grau cirúrgico, algodão cru Enquanto
íntegra Prateleira aberta
3 semanas
Prateleira fechada
8 semanas
Nogueira et al, 1987 Papel kraft, manilha 10 dias Não houve diferença entre as
estocagens em armários com
Campo duplo de algodão 30 dias diferentes características

Caixas de metal 30 dias


São Paulo, 1994 Diferentes embalagens, em 7 dias
processo físico

Papel grau cirúrgico, óxido de Indefinido Estéreis enquanto em íntegras


etileno
Rutala, 1992 Invólucros plásticos 9 meses Selados com calor
semipermeáveis
Gardner & Peel, Tecido algodão simples 3-14 dias Prateleira aberta
1986 14-21 dias Prateleira fechada
Tecido algodão duplo 28-56 dias Prateleira aberta
Papel crepom 56-77 dias Prateleira fechada
28-49 dias Prateleira aberta
> 63 dias Prateleira fechada
CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO
NAS UNIDADES DE SAÚDE
Tecido de
algodão

Papel manilha
Papel toalha
Papel Kraft
EMBALAGENS
PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO
 CONCEITO: é o processo e destruição,
inativação definitiva e/ou remoção de
todas as formas de vida de um objeto
ou material. Inclui os endósporos que
são as formas mais resistentes de
vida. É um processo absoluto, não
havendo grau de esterilização
(TRABULSI, 2005).
ETAPAS

 Separação do material.
 Limpeza – manual ou mecânica.
 Secagem.
 Desinfecção.
 Preparo das embalagens.
 Esterilização.
PROCESSOS DE
ESTERILIZAÇÃO
 Físico.
 Físico-químico.
 Químico.
PROCESSOS FÍSICOS

 Esterilização por vapor saturado sob-


pressão.
 Esterilização por calor seco e
esterilização por cobalto.
PROCESSO FÍSICO-
QUÍMICO
 Esterilização por vapor de baixa
temperatura e formaldeído gasoso
(UBTF).
 Esterilização por óxido de Etileno (ETO).
 Esterilização por plasma de peróxido de
hidrogênio.
 Esterilização por pastilhas de
Paraformaldeído.
PROCESSO QUÍMICO

 Esterilização por ácido Peracético.


 Esterilização por glutaraldeído.
ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR
SATURADO SOB-PRESSÃO
 É a forma mais segura e prática de
esterilizar suprimentos cirúrgicos.

 Equipamento:
– Autoclave: gravitacional e pré-vácuo.
FASES DO PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO
 Fase de Carga: acondicionamento dos materiais.
 Fase de Aquecimento: o vapor é levado à
temperatura adequada e penetra ao redor e
através dos objetos.
 Fase de Destruição: todas as formas de vida
microbianas expõem aos efeitos mortais do
vapor.
 Fase de Secagem e Resfriamento: os objetos
ficam secos e resfriam-se.
 Fase de Testagem: a eficiência do processo de
esterilização é verificada.
GRAVITACIONAL

 Gravitacional: á injeção do vapor na


cânula força a saída do ar do freio por
uma válvula localizada na parte
inferior. Nesse processo, pode ocorrer
a formação de bolhas de ar no interior
do pacote, o que impede a ocorrência
da esterilização
PRÉ-VÁCUO

 Através da bomba de vácuo contida no


aparelho, o ar é removido podendo ter
um ou três ciclos pulsáteis,
favorecendo a penetração mais rápida
do vapor dentro dos pacotes.
PARÂMETROS DO PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR
SATURADO SOB-PRESSÃO
TIPO DE TEMPERATURA TEMPO DE
EQUIPAMENTO EXPOSIÇÃO

Gravitacional De 132ºC a De 10 a 25
135ºC minutos
De 121ºC a
123ºC
Pré-vácuo De 132ºC a De 3 a 4
135°C minutos

Fonte: AORN, 2002.


INVÓLUCROS
 Algodão - algodão.
 Papel grau cirúrgico.
 Papel crepado.
 Filmes transparentes.
 Containers.
 Caixas metálicas.
 Vidro refratário.
 Tecido não tecido.
CONTROLE DO PROCESSO
DE ESTERILIZAÇÃO
 Eficácia do equipamento.
 Registros dos instrumentos mecânicos.
 Indicadores químicos.
 Indicadores biológicos – preparação
padronizada contendo esporos bacterianos
do Bacillus stearother mophilus.
 Integradores químicos.
 Teste de Bowick-Dick.
RECOMENDAÇÕES
IMPORTANTES
 O vapor deve penetrar em todas as
regiões dos pacotes, sem presença de
bolhas de ar.
 Não apertar muito os pacotes.
 Dispor os pacotes de modo vertical.
 Utilizar somente 80% da capacidade do
aparelho.
 Não colocar os pacotes sobre superfície
frias após a esterilização.
ESTERILIZAÇÃO POR CALOR
SECO
 É o método de esterilização realizado através de uma estufa
(Forno de Pasteur).
 Durante os anos 80 foi bastante utilizada, mas caiu em desuso
devido sua validade de forma.
 Usados em pequenas instituições, centros de saúde e
consultórios médicos e odontológicos.
 Materiais que podem ser esterilizados:
– Instrumental cirúrgico, material inoxidável em geral, vidros,
ceras, pomadas e óleos e pós. ATUALMENTE FAZ-SE O
USO, SOMENTE, DO ÓLEOS E PÓS.
 O que faz o calor seco agir como agente esterilizante é a
irradiação do calor das paredes laterais e da base da estufa para
todo o material. O calor seco tem baixo poder de penetração,
sendo um processo irregular e vagaroso, precisando de um
longo período de exposição.
MECANISMO DE AÇÃO
 Destruição dos microorganismos, por
oxidação e dessecação celular, ou seja,
ocorre a desidratação e conseqüente morte
dos microorganismos.
PARÂMETROS DO
PROCESSO
 Temperatura: dependerá do tipo de material e
sua validação, sendo em média de 140ºC a
180ºC.
 Tempo de exposição: depende da
temperatura, de uma a três horas consecutivas
e ininterruptas, a partir do momento que a
estufa atinge a temperatura ideal.
– Ex: 121ºC 12hs.
– 140ºC 60min.
CONTROLE DO PROCESSO
DE ESTERILIZAÇÃO
 Testes biológicos com Bacillus subtilis,
diariamente na primeira carga e após
manutenções;
 Identificação das caixas com fitas
termorresistente;
 Anotação em impresso de controle dos
horários das etapas do processo e registro
da temperatura em todos os ciclos;
 Manutenção preventiva semanal do
equipamento.
RECOMENDAÇÕES PARA A
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS POR
CALOR SECO
 Usar invólucros adequados ao processo, que não podem ser de tecido/
papel;
 Evitar volumes pesados e superposição de materiais.
 Evitar sobrecarga do aparelho.
 Marcar o tempo de exposição a partir do momento que o termômetro
atingir a temperatura desejada.
 Evitar que o bulbo do termômetro toque o material, pois não marcará
a real temperatura do interior da estufa.
 Não abrir a estufa durante a esterilização e, caso haja necessidade,
reiniciar o processo.
 Invalidar o ciclo caso haja sinal de defeito ou dúvida quanto ao
processo e realizar manutenção.
Cont...
 Usar luvas de proteção térmica ao descarregar o
equipamento.
 Não colocar os materiais ainda quentes sobre
superfície fria.
 Lacrar as caixas metálicas após a esterilização e
quando estiverem frias.
 Limpar o equipamento;
– Não forma ferrugem e nem danifica materiais de
corte.
 Desvantagens:
– O material deve ser resistente a variação da
temperatura.
ESTERILIZAÇÃO POR VAPOR DE
BAIXA TEMPERATURA E
FORMALDEÍDO GASOSO (VBTF)
 Definição: é o processo físico-químico de esterilização
realizado em autoclaves, por meio da combinação de
solução de formaldeído na presença de calor
saturado, com temperatura entre 50ºC a 78ºC.
 O Formaldeído é um monoaldeído que existe como
gás solúvel em água, denominado também formalina
ou formol. É um gás incolor e inflamável, em
concentrações maiores que 7% no ar, fica com odor
picante e irritante.
TOXICIDADE

 Concentrações até 10ppm, causam


irritação da conjuntiva, irritação da
mucosa das membranas, cefaléia e
fadiga.
 Concentrações maiores que 10ppm
causam distúrbios de respiração
(pneumonia e edema pulmonar) e
hepatites tóxicas.
FASES DO PROCESSO DE
ESTERILIZAÇÃO EM VBTF
 Pré-aquecimento: inicia quando as paredes da câmara tiverem
atingido a temperatura operacional pré-selecionada.
 Remoção do ar: é realizada por combinação de injeção de
formaldeído, vapor e pulsos de vácuo. Serve para facilitar a
penetração do vapor e do formaldeído no interior dos artigos e da
câmara.
 Esterilização: quando a atmosfera de vapor e formaldeído se forma,
existe uma tendência ao formaldeído separa-se e permanecer na
parte inferior,conseguindo a mistura ideal no processo.
 Remoção do gás ou desvaporização : pulsos de vapor de água
desmineralizada.
 Secagem: feita com vácuo.
 Admissão de ar: entrada de ar na câmara, passando pelo filtro
retentor de bactérias.
RECOMENDAÇÕES PARA ESTERILIZAÇÃO
DE ARTIGOS POR VAPOR DE BAIXA
TEMPERATURA E FORMALDEÍDO
GASOSO
 Utilizar o processo de esterilização por VBTF para artigos
termosensíveis.
 Dispor os artigos verticalmente nos cestos e não
compactá-los.
 Respeitar o volume máximo da câmara, até 70 a 80% da
capacidade.
 Respeitar as dimensões máximas dos pacotes.
 Selecionar os invólucros compatíveis com o processo:
papel grau cirúrgico.
 Preconiza-se a não esterilização de artigos que absorvam
grande quantidade de formaldeído.
 Fazer o controle do processo de esterilização.
CONTROLE DO PROCESSO
DE ESTERILIZAÇÃO
 Parâmetros físicos: temperatura, pressão,
umidade e admissão do esterilizante.
 Controle químico: internos e externos.
 Controle biológico: acondicionamento,
qualidade e funcionamento.
 Vantagens: barato, eficiente e baixa
temperatura (55ºC).
 Desvantagens: necessita de equipamento
específico e controle rigoroso.
ESTERILIZAÇÃO POR ÓXIDO
DE ETILENO (ETO)
 Definição: é um processo físico-químico que
utiliza a gás óxido de etileno (produto
altamente tóxico na forma de gás,
apresentando risco aos seres humanos por
ser carcinogênico e por ser inflamável),
sendo realizado em autoclave à temperatura
entre 50ºC e 60ºC.
MECANISMO DE AÇÃO

 Esse gás é incolor, miscível em água,


acetona, éter, benzeno, sendo
explosivo e facilmente inflamável.
Exigência de controle de resíduos de
óxido de etileno a níveis de 1ppm.
TOXICIDADE
 Portaria Internacional 482, em 1992,
regulamento técnico estabelece:
– Art. 3: limite de tolerância de concentração de óxido
de etileno dever ser de 1,8 mg/m3 ou 1ppm para
um dia normal (8hs).
– Art. 4: Concentração máxima permitida para
exposição das pessoas ao gás, 15 minutos diários,
em 9mg/m3 ou 5ppm.
– Art. 5: Proíbe menores, gestantes e mulheres em
idade fértil em sala de esterilização, aeração e no
depósito de recipientes de óxido de etileno
RECOMENDAÇÕES PARA A
ESTERILIZAÇÃO DE ARTIGOS POR
ETO
 Usar em artigos termossensíveis compatíveis com o
processo.
 Atender aos requisitos da legislação vigente sobre
instalação e manuseio de ETO.
 Esterilização de acordo com a carga dos artigos a
serem esterilizados.
 Artigos limpos e secos antes do empacotamento.
 Selecionar os invólucros compatíveis com ETO.
 Sujidade inibe a efetividade da esterilização e o
líquido produz resíduos tóxicos que não são
removidas pela aeração.
Cont...
 Tempo composição, tamanho do pacote e tipo
de embalagem.
 Controle residual de acordo com o limite máximo
na legislação nacional.
 Desfavorecimento do ETO no ambiente hospitalar,
pois exigem uma planta física especial.
 Controle do processo de esterilização e
documentação.
ESTERILIZAÇÃO POR PLAMA DE
PERÓXIDO DE HIDROGÊNIO (H2O2)

 Processo físico-químico
 Autoclave próprio (Sterrad).
 Radicais livre reativos mata os
microorganismo incluindo os esporos.
 Vantagem: não há formação de
produtos tóxicos.
TOXICIDADE

 Não apresenta resíduos tóxicos.


DESVANTAGENS

 Alto custo inicial, manutenção e de


invólucro compatível com o agente
esterilizante.
RECOMENDAÇÕES

 Para artigos termosensíveis e


compatíveis com o processo.
 Selecionar os invólucros compatíveis
com o processo.
ESTERILIZAÇÃO
QUÍMICA
 Imersão dos artigos médico-
hospitalares em um germicida
químico.
 Quando outros não estão disponíveis.
CARACTERÍSTICAS IDEAIS
DOS GERMICIDAS
QUÍMICOS
 Possuir amplo aspecto antimicrobiano.
 Desinfecção de alto nível (20 min ou menos).
 Agir na matéria orgânica e ser compatível com sabão e
detergente.
 Atóxico.
 Não corrosivo em superfícies metálicas e não deteriorar
os artigos ( borracha, plástico e metais).
 Inodoro ou odor agradável.
 Solúvel em água.
 Treinamento mínimo.
 Relação custo/benefício.
RECOMENDAÇÕES
 Produto autorizado e registrado ANVISA.
 Obedecer recomendações do fabricante.
 Preencher os artigos completamente com o
produto químico.
 Colocar somente artigos compatíveis e secos.
 Observar o prazo de imersão para
esterilização.
 Enxagüe feito para tecidos assépticos e uso de
EPI’s.
ESTERILIZAÇÃO POR ÁCIDO
PERACÉTICO
 Potente microbicida.
 Rápida.
 Toxicidade: baixo risco por evaporação para os sistemas
respiratório e à mucosa ocular.
 Recomendações:
– Imersão total dos artigos na solução, à temperatura
ambiente.
– Materiais termosensíveis.
– Selecionar artigos compatíveis.
– Enxague os artigos com técnicas assépticas em água
esterilizada.
– Não armazená-lo.
DESINFECÇÃO POR ÁCIDO
PERACÉTICO A 0,2%

VANTAGENS DESVANTAGENS

• rápido: 10 minutos • processo manual


• monitoração da [ ] • incompatível com aço
• enxágüe fácil bronze, latão e ferro
• baixa toxicidade galvanizado
• remove sujidade • custo 
residual • odor avinagrado
ESTERILIZAÇÃO POR
GLUTARALDEÍDO
 Dialdeído saturado / potente ação biocida.
 Para materiais médico-hospitalares termosensíveis.
 Não podem ser armazenados (contaminação).
 Mecanismo de ação: bactericida, virucida, fungicida e esporocida.
 Toxicidade:
– Irritação dos olhos, nariz ou da garganta.
– 0,2ppm.
– Ventilação e EPI’s.
 Parâmetros: temperatura ambiente, tempo de exposição 10hs de imersão.
 Recomendações:
– Artigos médico-hospitalares termosensíveis.
– Quando não houver outro recurso disponível.
– Ambiente com ventilação adequada.
Cont...
– Colocar a solução em recipiente estéril com técnica
asséptica e fazer uso de EPI’s (avental, máscara, óculos
e luvas).
– Utilizar o frasco ativado que nem com o produto ou
conforme orientação do fabricante.
– Validade da solução14 e/ou de 21 dias – data após
ativação.
– Depois de limpeza e secagem imergir-lo totalmente na
solução.
– Enxaguar o artigo abundantemente com água estéril e
secar assepticamente.
– Utilizar imediatamente, não devendo ser armazenada
(risco de recontaminação).
– Teste de indicadores químicos a cada uso da solução.

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