Você está na página 1de 65

FUNDAÇÕES

Prof. M.Sc. SilvanaVasconcelos


(silvana.vasconcelos@gmail.com)

FEV 2018
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Um dos elementos necessários para o


desenvolvimento de um projeto de fundações
são os dados obtidos com as
AULA INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS por meio
2 dos ensaios de campo e laboratório.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens de Simples Reconhecimento


com SPT

AULA É um processo de exploração do subsolo em que o


terreno é perfurado através do golpeamento do
2 fundo do furo com peças de aço cortantes. O
processo de circulação de água facilita o corte e traz
até a superfície o material desagregado.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

Finalidades:
• A determinação dos tipos de solos em suas
AULA
respectivas profundidades de ocorrência;
2 • A posição do NA; e
• Os índices de resistência à penetração (N) a cada
metro.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

O ensaio consiste na cravação no solo,


de um cilindro amostrador padrão,
AULA
através de golpes de um martelo
2 (65 kg de massa), solto em queda livre
de 75 cm altura.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

N (índice da resistência à penetração do SPT)


consiste no número de golpes correspondentes à
AULA
cravação de 30 cm finais do amostrador padrão.
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

Execução da sondagem:
AULA • Limpeza do terreno, abertura de sulcos para
2 desvios de águas da chuva;
• Marcação dos furos;
• Início com trado concha, trado helicoidal até
atingir o NA ou impenetrável  < 5cm/10 min
perf.
• Avanço por percussão com circulação
d’água  utilização do trépano e cravação
do revestimento;
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

Execução da sondagem:
AULA • O sistema de circulação de água deve ser
2 mantido a 30 cm do fundo do furo;
• São registradas as transições das camadas
pela observação do material;
• Deve ser registrado o NA diariamente e no
dia seguinte ao término da execução, além
de registrar a presença de artesianismo.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

Critérios de paralização:
AULA O processo de perfuração por circulação de
2 água deve ser utilizado até onde se obtiver
uma das seguintes condições:
- 3 m sucessivos  N = 30 p/ 15 cm iniciais;
- 4 m sucessivos  N = 50 p/ 30 cm iniciais; e
- 5 m sucessivos  N = 50 p/ 45 cm do
amostrador.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

Ensaio de penetração SPT: o ensaio consiste


AULA na penetração do amostrador padrão através
2 do impacto de um martelo de 65 kg caindo de
uma altura de 75 cm. O martelo deve possuir
haste guia, ser dotado de coxim de madeira e
ser erguido manualmente por corda e polia.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

• Deve ser executado a cada metro a partir de


AULA 1 m de profundidade;
2 • O tubo de revestimento (quando presente)
deve permanecer a mais de 10 cm do fundo
do furo, e este deve estar limpo;
• Apoia-se o amostrador verticalmente no
fundo do furo e o martelo é suavemente
apoiado à composição  N = 0;
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

A cravação do amostrador é interrompida antes


AULA dos 45 cm e o ensaio de penetração é
2 suspenso quando:
- em qualquer dos 3 segmentos  N > 30;
N > 50 golpes;
- não observar avanço em 5 golpes
consecutivos
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

SPT (Standard Penetration Test)

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Consiste no uso de um conjunto


AULA motomecanizado projetado para obtenção de
2 amostras contínuas de materiais rochosos
através da ação perfurante.
É empregada quando as sondagens à
percussão atingem estrato rochoso, matacões
ou solo impenetráveis à percussão.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Equipamento:
AULA - Sonda rotativa,
2 - Bomba d’água,
- Hastes,
- Barriletes,
- Coroas,
- Tubos de revestimento.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Sonda rotativa  manual, mecânica ou


AULA hidráulica
2 • Motor;
• Guincho  tambor onde é enrolado cabo de
aço, dotado de embreagem e freio. Usado
no manejo das hastes e remoção dos
testemunhos;
• Cabeçote de perfuração  gira a coluna de
perfuração e exerce pressão sobre a
ferramenta de corte.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Hastes
AULA • Tubos (1,5 a 6 m) ligados por niples;
2 • Transmitem movimentos de rotação e
penetração à ferramenta de corte;
• Conduz água para refrigeração e limpeza do
furo.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Barriletes  tubos destinados a receber o


AULA testemunho.
2 Barrilete simples  único tubo, o testemunho é
sujeito à ação erosiva do fluído de circulação 
rochas brandas de excelente qualidade;
Barrilete duplo rígido  2 tubos de igual
movimento de giro, o fluído circula entre os 2
tubos  rochas de boa qualidade;
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Barriletes  tubos destinados a receber o


AULA testemunho.
2 Barrilete duplo-livre  2 tubos, o tubo interno é
estacionário  quando se pretende recuperar o
material de preenchimento das fraturas;
Barrilete de tubo removível  o tubo interno é
retirado por dentro da coluna de perfuração,
alta recuperação do material  sondagens
especiais profundas.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Coroas  componentes:
AULA • Matriz  elemento de fixação dos
2 diamantes;
• Corpo  elemento de ligação da coroa com
os elementos superiores;
• Saídas d’água  espaços deixados na
coroa para saída de água de refrigeração;
• Diamantes  cravados ou impregnados na
coroa. Em rochas brandas se usa coroas de
vídia.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Operação de sondagem:
AULA • A sonda é instalada sobre a plataforma
2 ancorada no terreno;
• O conjunto (hastes, barrilete e coroa) é
acionado junto com o sistema de circulação
d’água;
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Operação de sondagem:
AULA • Manobra ciclos sucessivos de corte e
2 retirada dos testemunhos, o comprimento de
manobra é em função do comprimento do
barrilete (1,5 a 5 m) e da qualidade do
material retirado  ≥ 95 avanço.
• Ao final da manobra o barrilete é retirado e
os testemunhos cuidadosamente removidos.
• Os testemunhos são disposto em caixas de
testemunhos e medidos após arrumação
que recomponha a disposição no barrilete;
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Operação de sondagem:
AULA • Devem ser destacados os trechos de baixa
2 recuperação, trechos com água ou lama
(rochas calcáreas ou basálticas) e
problemas com a operação do barrilete;
• Os furos quando não aproveitados como
piezômetros devem ser totalmente
preenchidos com calda de cimento e areia.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

Recuperação dos testemunhos:


AULA
2 Recuperação  porcentagem do
comprimento total da amostragem
recuperada pelo testemunho
 f(fraturamento e alteração da rocha)
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑟𝑎𝑔𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠
𝑅𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎çã𝑜 =
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Sondagens rotativas

RQD ( Rock Quality Designation) (Deere, 1967) 


AULA barriletes duplos ( > 76 mm)
2 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑑𝑒 𝑓𝑟𝑎𝑔𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑟𝑒𝑐𝑢𝑝𝑒𝑟𝑎𝑑𝑜𝑠 > 10 𝑐𝑚
𝑅𝑄𝐷 =
𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑖𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝑑𝑜 𝑏𝑎𝑟𝑟𝑖𝑙𝑒𝑡𝑒

RQD (%) Qualidade do maciço rochoso


0 - 25 muito fraco
25 - 50 fraco
50 - 75 regular
75 - 90 bom
90 - 100 excelente
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Número, Locação e Profundidade dos furos


de sondagem

AULA • Número de furos  f(área projetada)  NBR-


8036/83
2 • Locação dos furos  devem cobrir toda a área
carregada e os furos não devem estar alinhados,
distância máxima de 100 m.
• Profundidade dos furos  Deve ser considerada
a prof. provável das fundações e as condições
geológicas locais.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Número, Locação e Profundidade dos furos


de sondagem

AULA
2
Área projetada
Númeromín de Furos
(m²)
< 200 2
200 - 600 3
600 - 800 4
800 - 1000 5
1000 - 1200 6
1200 - 1600 7
1600 - 2000 8
2000 - 2400 9
> 2400 a critério
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Boletim de sondagem

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Perfil geotécnico

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone

O ensaio consiste basicamente na cravação a


AULA velocidade lenta e constante de uma haste com
2 ponta cônica, medindo-se a resistência
encontrada na ponta e a resistência por atrito
lateral.
Posteriormente, desenvolveu-se um sistema de
medição utilizando-se um transdutor de
pressão de água, colocado geralmente próximo
à ponta do cone para medição de poro-
pressões durante o ensaio.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone

Neste ensaio, não são retiradas amostras dos


AULA solos atravessados e, por isso, é recomendável
2 que este tipo de investigação seja associado a
sondagem a percussão com retirada de
amostras para classificação táctil-visual.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone

• Os ensaios CPT (Cone penetration Test) e CPTU


(Piezocone penetration Test) são reconhecidos
AULA
internacionalmente como uma das mais
2 importantes ferramentas de prospecção
geotécnica;

• O ensaio CPTu tem sido mais utilizado que o


CPT, pois os custos são semelhantes e o CPTu
fornece mais informações;
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone

• O ensaio CPTu é bem mais sofisticado que o


ensaio de SPT. O CPTu fornece parâmetros
AULA
geotécnicos para cálculo de capacidade de carga de
2 solos submetidos à cargas de fundações e
parâmetros de solos para cálculo de fundações de
aterros sobre solos moles.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone

Equipamentos classificados em
3 categorias:
AULA
a) Cone Mecânico;
2 b) Cone Elétrico;
c) Piezocone.

Componentes da ponteira do cone que


permitem:
 Medida da resistência de ponta (qc);
 Medida do atrito lateral (fs);
 Medida da poro-pressão (u).
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – componentes básicos do


cone
a) Sensor de poro-pressão
AULA (“pore-pressure filter location:
u2 ”);
2
b) Ponta cônica (“Cone”);
c) Luva de atrito (“Friction
sleeve”).

Os Cones apresentam de 1 a 3
sensores de poro-pressão.
A depender da posição do
sensor estes podem ser
designados por u1, u2 ou u3. Robertson (2007)
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – posição do elemento


filtrante (sensores de poro pressão)

AULA u1: na ponta cônica


2
u2: entre a ponta e a luva

u3: na luva

A medida u2 é a medida padrão


e as medidas u1 e u3
complementares
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – dimensões típicas de


ponteiras

AULA
2
Da esquerda para direita:

Ponteiras:
2 cm²; 5cm²; 10 cm²; 40 cm²
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – cravação e aquisição de


dados

AULA
2

Máquina de cravação do cone a Os dados são registrados continuamente. Os


velocidade constante. resultados não são pontuais, mas contínuos.
Excetuando-se os ensaios de dissipação.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – equipamentos para


cravação da sonda do piezocone

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – resultados obtidos

Os resultados do ensaio de piezocone são fornecidos


basicamente em função dos seguintes valores
AULA
medidos:
2 1) qt = resistência de ponta corrigida :
qt = qc + (1 – a)  u2;

Onde: qc = resistência de ponta medida durante a


cravação;
a = coeficiente de razão de áreas – obtido por
calibração;
u2 = poro-pressão medida durante a
cravação do cone.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – resultados obtidos

2) fs = atrito lateral medido durante a cravação do


AULA
cone;
2
3) u2 = poro pressão medida durante a cravação do
cone, sendo que u2 se refere a um sensor
localizado na base do cone, u1 é quando o sendor
se localiza na ponta do cone e u3 quando se
localiza na luva do cone.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – resultados típicos

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – classificação do


comportamento do solo
v0 e ’v0 = tensão vertical total e
AULA 𝑞𝑡 − 𝜎𝑣𝑜
efetiva, respectivamente;

2 𝑄𝑡 =
𝜎′𝑣𝑜 qt = qc + (1 – a) u2 = resistência
de ponta corrigida;
𝑢2 − 𝑢0 u2 = poro-pressão medida na base
𝐵𝑞 =
𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0 do cone;

u0 = poro-pressão hidrostática
𝑓𝑠 determinada pela posição do NA;
𝐹𝑟 = ∙ 100 %
𝑞𝑡 − 𝜎𝑣0
fs = atrito medido pela luva do
cone
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – classificação em função de


qt e Fr

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – relação de parâmetros


derivados do ensaio

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de cone – relação de parâmetros


derivados do ensaio utilizados em argilas

AULA • Resistência ao cisalhamento não drenada (Su);


2 • História de tensões (’vm, OCR);

• Estado de tensões;

• Módulo de deformabilidade;

• Coeficiente de adensamento.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio pressiométrico

O ensaio consiste na expansão de uma sonda ou


AULA célula cilíndrica instalada em um furo executado no
terreno. A célula, normalmente de borracha, expande-
2 se com a injeção de água pressurizada, e a sua
variação de volume é medida na superfície do terreno
juntamente com a pressão aplicada.

Trata-se de um ensaio bastante sofisticado, muito


usado na Europa, mas pouco empregado no Brasil.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio pressiométrico

A interpretação do ensaio fornece dados sobre:


AULA - O estado de tensões iniciais;
2 - Propriedades de deformação (elástica) do solo;
- A resistência do solo.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test)

O ensaio de palheta é utilizado para caracterizar


argilas moles e, por isso, tem uso limitado nos estudos
AULA de fundações para estruturas.
2 É tradicionalmente empregado na determinação da
resistência ao cisalhamento de depósitos de argilas
moles saturadas, submetidas à condição de
carregamento não-drenado (Su ou Cu).
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test)

O ensaio consiste na cravação estática de palheta de


aço, com seção transversal em formato de cruz, de
AULA dimensões padronizadas, inserida até a posição
2 desejada para a execução do teste.

ABNT NBR 10905/89 – Solo – Ensaios de palheta in


situ;
ASTM D2573-08 Standard test method for field
vane sher test in cohesive soil.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test)

A palheta tem quatro aletas com diâmetro de 65mm e


altura de 130mm, mas admite-se palheta retangular de
AULA 50mm e altura de 100mm em argila rijas(Su>50kpa).
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test)

• A haste conduz a palheta até a profundidade do


ensaio denominada “haste fina” (D=13 +ou-1mm),
AULA protegida por um tudo de diâmetro externo de
2 20mm e tubo de proteção;

• O equipamento de medição do torque deve possuir


um mecanismo de coroa e pinhão acionado por
manivela. São realizadas leituras de rotação a cada
2°, para determinar a curva torque x rotação.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta
(Vane Test)

AULA
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test)

• A ponteira é cravada e, com o sistema duplo de


hastes, elimina qualquer atrito da haste da palheta
AULA de teste com o solo e interferências nas medidas
2 de resistência.

• Uma vez posicionada, aplica-se torque à ponteira


por meio de unidade de medição, com velocidade
de 0,1 a 0,2°/s. O torque máximo permite a
obtenção do valor de resistência não-drenada do
solo (Su), nas condições de solo natural
indeformado.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test)

• Para determinar a resistência amolgada(Sur),


imediatamente após a aplicação do torque máximo
AULA são realizadas dez revoluções completas na
2 palheta e refeito o ensaio.

• Com a determinação da resistência amolgada da


argila é possível avaliar a sensibilidade da estrutura
de formação natural do depósito argiloso.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test) –


equipamentos e tipos de ensaios
Ensaios Tipo A – sem
AULA perfuração prévia
2
• Apresenta resultados de
melhor qualidade e é
utilizado em áreas onde é
possível sua cravação a
partir do nível do terreno.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test) –


equipamentos e tipos de ensaios
Ensaios Tipo B – com perfuração prévia
AULA
2 • Suscetíveis a erro devido ao atrito mecânico e a
translação da palheta. O conjunto haste-palheta é
introduzido no furo e é cravado a partir de um
comprimento superior a 0,5m.
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test) – resultados


obtidos

AULA
2

• Gráfico torque versus rotação


INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test) – resultados


S (kPa) u
obtidos 0.0
0 10 20 30 40 50
0

1.0
1

AULA
2.0

• Resistência ao cisalhamento 3.0 2

2 não-drenada da argila, obtida 4.0

5.0
3

por: 6.0 4

Prof. (m)
Prof. (m)
7.0
5
8.0

9.0 6

10.0
onde: 11.0
7

M = torque máximo medido (KNm); 12.0


8

D = diâmetro da palheta (65mm); 13.0

14.0 9

Indeformado_SPT 10 Inderformado_SPT13
Amolgado_SPT 10 Amolgado_SPT13
Su - Nkt=12
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio de palheta (Vane Test) – resultados


obtidos
• Sensibilidade, que é a relaçã oentre a resistência
AULA indeformada e amolgada:
2
INVESTIGAÇÕES GEOTÉCNICAS

Ensaio Dilatométrico
O dilatômetro é cravado no
terreno da mesma forma
AULA que o cone no ensaio CPT
e, na profundidade
2 desejada, recebe ar
comprimido até que sua
membrana passe pela
condição de repouso e
expanda-se 1 mm, quando
então são registradas as
pressões correspondentes.
Esse ensaio pode ser
empregado para
caracterizar tanto argilas
como areias.

Você também pode gostar