• Em 2010, o investimento total era de 5,8% e o investimento direto de 5,1% do PIB. (INEP) • Proposta inicial de 7% • Meta 20 do PNE chega a 10% do PIB (englobando isenções fiscais e bolsas) fonte http://www.observatoriodopne.org.br/uploads/reference/file/439/documento- referencia.pdf • O segundo Plano Nacional de Educação aprovado por lei representa uma vitória da sociedade brasileira, porque legitimou o investimento de 10% do PIB em educação e adotou o custo-aluno-qualidade. Afinal, a Meta 20 existe para garantir todas as outras metas que trazem as perspectivas de avanço para a educação brasileira, nas dimensões da universalização e ampliação do acesso, qualidade e equidade em todos os níveis e etapas da educação bá- sica, e à luz de diretrizes como a superação das desigualdades, valorização dos profissionais da educação e gestão democrática Diretrizes do PNE 2014-2024 • Art. 2º São diretrizes do PNE: • I − erradicação do analfabetismo; • II − universalização do atendimento escolar; • III − superação das desigualdades educacionais, com ênfase na promoção da cidadania e na erradicação de todas as formas de discriminação; • IV − melhoria da qualidade da educação; • V − formação para o trabalho e para a cidadania, com ênfase nos valores morais e éticos em que se fundamenta a sociedade; • VI − promoção do princípio da gestão democrática da educação pública; • VII − promoção humanística, científica, cultural e tecnológica do país; • VIII − estabelecimento de meta de aplicação de recursos públicos em educação como proporção do Produto Interno Bruto (PIB), que assegure atendimento às necessidades de expansão, com padrão de qualidade e equidade; • IX − valorização dos(as) profissionais da educação; • X − promoção dos princípios do respeito aos direitos humanos, à diversidade e à sustentabilidade socioambiental • Art 5º • § 3º A meta progressiva do investimento público em educação será avaliada no quarto ano de vigência do PNE e poderá ser ampliada por meio de lei para atender às necessidades financeiras do cumprimento das demais metas. • § 5º Será destinada à manutenção e ao desenvolvimento do ensino, em acréscimo aos recursos vinculados nos termos do art. 212 da Constituição Federal, além de outros recursos previstos em lei, a parcela da participação no resultado ou da compensação financeira pela exploração de petróleo e de gás natural, na forma de lei específica, com a finalidade de assegurar o cumprimento da meta prevista no inciso VI do art. 214 da Constituição Federal. • Meta 20: ampliar o investimento público em educação pública de forma a atingir, no mínimo, o patamar de sete por cento do Produto Interno Bruto (PIB) do país no quinto ano de vigência desta lei e, no mínimo, o equivalente a dez por cento do PIB ao final do decênio (...) a Meta 20 foi “liquidada” pela PEC 241, o que impossibilita o cumprimento das metas do PNE (2014- 2024), exatamente como ocorreu com o PNE (2001-2011) que teve a meta vinculada aos recursos financeiros vetada pelo presidente Fernando Henrique Cardoso e, por isso tornou-se um PNE “fracassado”. Dessa forma, somente para exemplificar, as instituições federais que oferecem educação superior ou sejam, as universidades federais, os institutos federais e os centros federais de educação tecnológica, não poderão cumprir as suas partes no PNE (2014- 2024) pois teriam que pelo menos dobrar as suas matrículas para que seja possível o País atingir em 2014 a taxa líquida de 33% e a taxa bruta de 50% em 2024, como está previsto na Meta 12 do PNE (2014-2024). Essa expansão exigiria que seus recursos fossem dobrados de 2016 a 2024, o que será impossível no contexto da PEC 241. (Amaral, 2016) • Não se desconhece o problema da queda da arrecadação e da crise econômica no país. O que se espera é que a solução para o deficit público seja pensada de acordo com as suas reais e diversas causas. A proposta de um ajuste fiscal focado exclusivamente nas despesas primárias, por vinte anos, afeta particularmente as políticas sociais e desconsidera o efeito de tal medida para o desenvolvimento econômico e social do país no médio e longo prazos. (VIEIRA & BENEVIDES, 2016) MP 746 • Principais alterações: • Exclusão de artes e educação física dos currículos do EM • Exclusão da filosofia e da sociologia do texto da lei • Instituição de itinerários formativos: • Linguagens • Matemática • Ciências da Natureza • Ciências Humanas • Formação técnica e profissional • Ampliação da jornada e determinação da carga horária máxima a ser dedicada a Base Nacional Comum Curricular • Possibilidade de convalidação entre os conteúdos cursados no EM para aproveitamento de créditos no ES • Possibilidade de aproveitamento de conhecimentos, saberes, habilidades e competências para cumprimento de exigências curriculares do EM • Inclusão de “profissionais com notório saber reconhecido pelos respectivos sistemas de ensino para ministrar conteúdos de áreas afins à sua formação” PEC 241/55 e MP 746: um projeto de precarização da formação dos filhos da classe trabalhadora • Dualidade histórica do sistema nacional de ensino • Perpetuação da precariedade do ensino • Esvaziamento da escola x ampliação da jornada • “O domínio da cultura constitui instrumento para a participação política das massas. Se os membros das camadas populares não dominam os conteúdos culturais, eles não podem fazer valer os seus interesses, porque ficam desarmados contra os dominadores, que se servem exatamente desses conteúdos culturais para legitimar e consolidar a sua dominação.” (SAVIANI, 2009) Educação e política: uma relação pautada na autonomia relativa e na dependência recíproca • “A dimensão política da educação consiste em que, dirigindo-se a não antagônicos a educação os fortalece (ou enfraquece) por referência aos antagônicos e desse modo potencializa (ou despotencializa) a sua prática política. E a dimensão educativa da política consiste em que, tendo como alvo os antagônicos, a prática política se fortalece (ou enfraquece) na medida em que, pela sua capacidade de luta, ela convence os não-antagônicos de sua validade (ou não-validade), levando-os a engajarem-se (ou não) na mesma luta. A dimensão política da educação envolve a apropriação dos instrumentos culturais que serão acionados na luta contra os antagônicos.” (SAVIANI, 2009) • “Configura-se aí, uma dependência recíproca: a educação depende da política no que diz respeito a determinadas condições objetivas como a definição de prioridades orçamentárias que se reflete na constituição-consolidação-expansão da infraestrutura dos serviços educacionais, etc.; e a política depende da educação no que diz respeito a certas condições subjetivas como a aquisição de determinados elementos básicos que possibilitem o acesso à informação, a difusão das propostas políticas, a formação de quadros para os partidos e organizações políticas de diferentes tipos etc.” (SAVIANI, 2009)