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Conhecer a Bíblia

Aula 6
Santidade e unidade de ambos os testamentos

Aulas previstas:
1. A Revelação divina 6. Santidade e unidade de
2. Os livros da Bíblia ambos os Testamentos
3. A integridade da Bíblia 7. A interpretação da Bíblia
4. Livros inspirados e verdade 8. As ideias mestras da Antiga
da Bíblia Aliança
5. O cânone das Escrituras 9. A Nova Aliança de Cristo
10. A Escritura na vida da Igreja
A unidade dos livros sagrados 1/13

 A origem divina dos livros inspirados garante


a sua veracidade. Tratemos agora da santida-
de da Bíblia, reflexo da santidade divina e da
unidade do seu conteúdo, que garante a har-
monia íntima entre todos os seus ensinamentos.
A Bíblia como literatura sagrada 2/13

 A santidade da Bíblia, expressa de modo negativo,


significa imunidade de todo o erro moral; quer
dizer, não se pode encontrar nos livros inspirados
nada que repugne

 As Escrituras – dizemos com São Tomás – são


santas – por três motivos:
 pela sua origem divina, porque foram inspiradas
pelo Espírito Santo;
 pelo seu conteúdo, pois ensinam uma doutrina
moral santa e sem mancha;
 e pelo seu fim, porque nos santificam ao
conduzir-nos à santidade

 Embora alguns episódios que se contam nos livros


sagrados não sejam moralmente irrepreensíveis, o que de verdade importa é o
juízo que faz o autor sagrado desses factos sob o carisma inspirativo divino.
Perfeição moral dos livros bíblicos 3/13

Embora os dois Testamentos sejam


santos e estejam livres igualmente
de todo o erro moral, podemos afir-
mar uma maior perfeição moral do
NT – por se tratar do regime definitivo
da lei evangélica – sobre o Antigo.
A unidade da Sagrada Escritura 4/13

 A Sagrada Escritura é una, por muito diferentes


que sejam os livros que a compõem, por causa
da unidade do desígnio de Deus em Cristo

 Para compreender e aprofundar o «mistério»,desta unidade, uma vez


bem escolhido o ponto de partida – o NT é a plenitude do AT – o
percurso pode fazer-se de duas maneiras:

1. Através dos conteúdos

2. Por meio da relação e ordenação de ambos os


Testamentos.
A unidade da Sagrada Escritura 5/13

Ou seja, com duas sentenças dos Santos Padres:

 A primeira de São Jerónimo quando diz que


«o rio das Escrituras tem duas margens, que
são o AT e o NT», e em ambas as margens
está plantada a árvore que é Cristo;

 A segunda é a famosa sentença agostiniana:


«o Novo Testamento está oculto no Antigo e o
Antigo patente no Novo».
O Novo Testamento, plenitude do Antigo 6/13

A manifestação suprema, completa e definitiva da revelação de Deus reside


em Jesus Cristo, o Filho de Deus feito homem e enviado aos homens,
Unidade de conteúdos de ambos osTestamentos 7/13

 A mensagem bíblica da Criação (AT) e da Redenção (NT) forma


parte de um único projecto, não só porque são, respectivamente,
a etapa inicial e a culminação desse projecto, mas também porque
se insinua nos textos do AT – lidos à luz do NT – a acção do Filho e
do Espírito Santo

 Em resumo, Jesus Cristo revela-nos Deus


como Pai de uma nova maneira. Depois da
morte do último apóstolo, São João, cessou
toda a revelação pública e já não aparece
nenhum outro livro inspirado ou canónico.
Leitura do Antigo Testamento a partir do Novo 8/13

As palavras e os acontecimentos do AT estão presentes no NT:

1) Palavras: promessa-cumprimento. – No AT há muitos textos cujo


sentido literal é o de anunciar ou prometer da parte de Deus a Nova
Aliança que se cumpre no NT.

2) Actos: Preparação-realização. – O Antigo


fala do Novo Testamento não só com
palavras, mas também com factos, com
os acontecimentos que narra.
Conclusões 9/13

 Em síntese, podem contemplar-se em três direcções a unidade e


harmonia dos dois Testamentos, direcções essas que se entrelaçam
mutuamente:
1. O AT anuncia e promete aquilo que o NT testemunha como cumprido;
2. O AT apresenta situações e realidades que são assumidas pelo NT
enchendo-as de um sentido novo, como a Lei, a oração, a Liturgia e
outras realidades vetero-testamentárias.
3. O AT oferece tipos e prefigurações das realidades neo-testamentárias,
de enorme valor e actualidade especialmente para a catequese baptismal.
A Igreja serviu-se de todas estas figuras desde a época apostólica para mostrar
a unidade do Antigo e Novo Testamento.
 Este princípio hermenêutico – interpretativo – bíblico conhece-se por
analogia da fé bíblica.
Ficha técnica 10/13

 Bibliografia
 Estes Guiões são baseados nos manuais da Biblioteca de Iniciación
Teológica de Editorial Rialp (editados em português pela editora Diel)

 Slides
 Originais - D. Serge Nicoloff, disponíveis em www.agea.org.es (Guiones
doctrinales actualizados)
 Tradução para português europeu - disponível em inicteol.no.sapo.pt

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