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 Instituto

Superior de Ciências
Educativas do Douro

Território e Ambiente: Cartografia, orientação e meteorologia

Nuvens e Tempo:
- Centros de Pressão ( A / B )
- Processo de formação de nuvens
- Classificação das nuvens
CENTROS DE PRESSÃO
CENTROS DE PRESSÃO

Devido às diferenças de pressão, o ar tende a deslocar-se dos núcleos de altas


pressões para os de baixas pressões - é essa a causa do vento
Circulação Geral do Ar na Atmosfera

A descida do ar nas altas pressões


provoca estabilidade (bom Tempo)
A subida do ar nas baixas pressões
origina instabilidade (mau tempo)
TIPOS DE FRENTES

 É a região de contato (fronteira) entre


uma massa de ar frio e uma massa de ar
quente;
 Tipos de Frente:
 Frente Quente;
 Frente Fria; e
 Frente Oclusa.
TIPOS DE FRENTES
FRENTE QUENTE

 Caracterizada pelo avanço de uma massa


de ar quente sobre uma massa de ar frio;
 Tipicamente ocorre formação de nuvens
altas, gradualmente baixando para médias;
 A região da frente propriamente dita é
marcada por nuvens baixas e chuva;
 Depois de sua passagem a temperatura
aumenta e a visibilidade é reduzida.
FRENTE QUENTE

Aquando da passagem da frente quente, e nos momentos que a precedem, as


condições meteorológicas tendem a piorar. Verifica-se:
• a existência de muita nebulosidade, sobretudo nuvens de fraco desenvolvimento
vertical (pouco espessas);
• a ocorrência de chuvas contínuas e de longa duração (chuviscos);
• temperatura relativamente baixa, embora com uma tendência de subida
progressiva, devido à aproximação da massa de ar quente;
• a diminuição da pressão atmosférica;
• um ligeiro aumento da velocidade do vento.
NUVENS

* Subida do ar de uma região quente para uma região fria

* Mistura de duas massas de ar


quase saturadas e temperaturas
diferentes

* Subida do ar húmido nas encostas das


montanhas.
TIPOS DE FRENTES

FRENTE FRIA
 Caracterizada pelo avanço de uma massa de
ar frio sobre uma massa de ar quente;
 Ocorre usualmente a formação de núvens
médias, com ar instável e núvens de
desenvolvimento vertical (baixas com
projeção para cima);
FRENTE FRIA

 Na frente propriamente dita ocorrem nuvens baixas e chuva


pesada;
 Depois de sua passagem o tempo continua chuvoso com
melhora da visibilidade;
 Fortes ventos podem continuar por um período mesmo que
ocorra aumento da pressão.
TIPOS DE FRENTES
FRENTE OCLUSA
 Ocorre quando a frente fria ultrapassa a frente quente e eleva o

ar quente da superfície da terra.

A dada altura, a frente fria acaba, então, por alcançar a frente quente, o que
origina a frente oclusa, pelo que o ar frio posterior junta-se ao ar frio anterior,
obrigando todo o ar quente a subir.
Assiste-se, assim, à oclusão da perturbação, ou seja, ao desaparecimento do
sistema frontal.
Sucessão do estado do tempo
PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS

ORVALHO E GEADA

* Dependem do arrefecimento noturno

Temperatura do ponto de orvalho


(acima de 0 oC)

Temperatura do ponto de geada


(igual ou menor do que 0 oC)
ORVALHO E GEADA

Orvalho Geada
Deve-se ao arrefecimento do Forma-se quando as gotas de
ar durante a noite, em contato orvalho congelam, ou seja, quando
com o solo mais frio. a temperatura desce abaixo dos
zero graus Celcius.
PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS

NEVOEIRO

Nevoeiro é uma suspensão de minúsculas


gotículas de água próximo da superfície.

Nevoeiro Neblina

Visibilidade horizontal no Visibilidade horizontal no


solo é inferior a 1 km solo é superior a 1 km
NEVOEIRO e NUVENS

Nevoeiro Nuvens
Forma-se á superfície. Formam-se em altitude. Pela
Quando o ar arrefece junto condensação ou congelamento do
ao solo, ou em contato com vapor de água atmosférico.
uma massa de ar mais frio.
PROCESSOS DE SATURAÇÃO EM BAIXOS NÍVEIS

NUVENS

As nuvens são manifestações visíveis da condensação


e deposição do vapor da água na atmosfera. Podem
ser definidas como conjuntos visíveis de
minúsculas gotículas de água ou cristais de gelo,
ou uma mistura de ambos.

FORMAÇÃO DE NUVENS

* Subida do ar de uma região quente para uma região fria


* Mistura de duas massas de ar quase saturadas e temperaturas
diferentes
* Subida do ar húmido nas encostas das montanhas.
INDICADORES DE TEMPO
Previsão da minha Avô
PREVISÃO POR OBSERVAÇÕES
 Por do Sol:
 Amarelo brilhante indica ventos;

 Amarelo pálido indica chuva;

 Avermelhado indica tempo bom.


NUVENS

 Formação:
 Humidade Relativa: É a quantidade de vapor
de água contida no ar em % da quantidade
de água que o ar poderia conter a uma
determinada temperatura.

 Classificação:
 Altura; e

 Forma.
DISTRIBUIÇÃO DAS NUVENS
TIPOS BÁSICOS DE NUVENS

FAMÍLIA DE
TIPO DE
NUVENS E CARACTERÍSTICAS
NUVEM
ALTURA
Camada amorfa de nuvens cinza
Nimbostratus
escuro. Uma das mais associadas à
(Ns) precipitação.
Nuvens com
Nuvens densas, com contornos
desenvolvimento salientes, ondulados e bases
vertical Cumulus
frequentemente planas, com
Nuvens Baixas extensão vertical pequena ou
(Cu) moderada. Podem ocorrer
(abaixo de 2000 isoladamente ou dispostas próximas
m) umas das outras.
Nuvens altas, algumas vezes
Cumulonimbu espalhadas no topo de modo a
s formar uma “bigorna”. Associadas
(Cb) com chuvas fortes, raios, granizo e
tornados.
Observação: Ns e Cb são as nuvens responsáveis pela maior parte da
precipitação.
TIPOS BÁSICOS DE NUVENS
FAMÍLIA DE NUVENS
TIPO DE
E CARACTERÍSTICAS
NUVEM
ALTURA

Nuvens cinzas em rolos ou


Stratocumulus
formas globulares, que
(Sc) formam uma camada.

Nuvens baixas Camada baixa, uniforme,


(abaixo de 2000 m) Stratus cinza, parecida com nevoeiro,
(St) mas não baseada sobre o
solo.
Pode produzir chuvisco.
TIPOS BÁSICOS DE NUVENS
FAMÍLIA DE NUVENS
TIPO DE
E CARACTERÍSTICAS
NUVEM
ALTURA
Nuvens brancas a
Altocumulus cinzas constituídas de
(Ac) glóbulos separados ou
ondas.
Nuvens médias
Camada uniforme
(2000 - 6000 m) Altostratus branca ou cinza, que
(As) pode produzir
precipitação muito
leve.
TIPOS BÁSICOS DE NUVENS

FAMÍLIA DE NUVENS
TIPO DE
E CARACTERÍSTICAS
NUVEM
ALTURA

Cirrus Nuvens finas, delicadas, fibrosas,


(Ci) formadas de cristais de gelo.

Nuvens finas, brancas, de cristais de gelo,


Cirrocumulus na forma de ondas ou massas globulares
(Cc)
em linhas. É a menos comum das nuvens
Nuvens altas altas.
(acima de 6000
m)
Camada fina de nuvens brancas de cristais
Cirrostratus de gelo que podem dar ao céu um aspecto
(Cs) leitoso. As vezes produz circulos em torno
do Sol ou da Lua.
DISTRIBUIÇÃO DAS NUVENS
IMPORTANTE
OS CUMULONIMBUS (Cb) DEVEM SER
EVITADOS SEMPRE QUE POSSÍVEL POIS,
NELES, OCORREM FENÔMENOS EXTREMOS
COMO FORTES VENTOS, CHUVAS
ABUNDANTES / FORTES, RAIOS E
FREQUENTEMENTE GRANIZO.
QUANDO IDENTIFICADO UM Cb DEVEMOS
NOS AFASTAR DELE RAPIDAMENTE !!!
CUMULONIMBUS (Cb)
CUMULONIMBUS (Cb)
REGRAS PARA UM NAVEGADOR SEGURO

Antes da Saída: Observe Bem a


meteorologia: Ocular e NET
 Verifique o tempo local e as condições do mar;

 Obtenha a última previsão do tempo para a área;

 Quando sinais de alerta estiverem maus, não saia sem se


certificar que sua embarcação tem condições de navegar com
segurança na situação do mar e vento previstos;

 Tenha cautela sempre que avistar SINAIS DE ALERTA de tempo


em estações navais, clubes e outros pontos do litoral (gaivotas
em terra);
A especificidade do clima em Portugal

Fig. Principais tipos de massas de ar que afetam o território


português
A especificidade do clima em Portugal

SUPERFÍCIES FRONTAIS E FRENTES

 O estado do tempo em Portugal é frequentemente influenciado, sobretudo na


época de inverno, pelas baixas pressões subpolares, nas quais converge ar
tropical e ar polar.

Fig. Serra da Estrela


A especificidade do clima em Portugal

 De entre as várias frentes do globo, a que mais


desperta interesse, não só pela sua importância mas
também pela influência que sobre nós exerce, é a frente
polar que tem origem na superfície frontal polar do
hemisfério norte.
A especificidade do clima em Portugal

A análise das imagens e das cartas


permite tirar conclusões sobre o estado do
tempo nos vários lugares nelas
representados, bem como perspetivar o
modo como ele vai evoluir nas próximas
horas ou dias – previsão a curto prazo
Estados de tempo em Portugal

Tempo quente e seco Tempo muito quente e seco


Ventos de noroeste Lestada (ventos de leste)
Nortada na costa ocidental
Estados de tempo em Portugal

Tempo chuvoso e frio Tempo muito frio sem chuva


Queda de chuva de ocorrência frontral Queda de neve nas terras altas.
Ventos de sudoeste Formação de geada.
Ventos de este e de nodeste.
Estados de tempo em Portugal

Céu geralmente muito nublado.


Tempo frio Períodos de chuva ou aguaceiros, que poderão
Aguaceiros fortes ser por vezes fortes e acompanhados de
Ventos de sul. trovoada e rajadas fortes.
Vento fraco a moderado (até 25 km/h) do
quadrante sul, rodando para leste no final do
dia. Pequena descida da temperatura mínima.
Variação da temperatura com a altitude

A temperatura do ar diminui cerca de 0,65º graus


Celsius por cada 100 metros que subimos

Quanto maior é a altitude,


menor é a pressão atmosférica
Variação anual da temperatura

O movimento de translação da Terra está na origem do


ciclo anual do tempo e das estacões do ano.
Variação anual da temperatura
Variação da incidência da radiação solar e da iluminação da Terra ao longo do ano

Solstício de junho Equinócios de março e setembro Solstício de dezembro


Verão no hemisfério norte: - dias sensivelmente iguais ás Inverno no hemisfério norte:
- dias maiores do que as noites noites - noites maiores do que os dias
- raios solares globalmente mais - igualdade entre os dois - raios solares globalmente bastante
próximos da vertical hemisférios relativamente á oblíquos
Inverno no hemisfério sul: inclinação dos raios solares Verão no hemisfeno sul:
- noites maiores do que os dias - dias maiores do que as noites
- raios solares globalmente - raios solares globalmente mais
bastante oblíquos próximos da vertical
Variação da temperatura em Latitude

O desigual aquecimento da Terra em latitude origina grandes zonas


climáticas que se dispõem, sensivelmente, em grandes faixas
paralelas:
• Na zona quente ou intertropical e sem estação fria, o ar é fortemente
aquecido todo o ano formando-se massas de ar quente.
• Nas zonas frias e sem estação quente, o ar sofre um arrefecimento con-
tínuo pelo que as massas de ar que ai se formam são muito frias.
• As zonas temperadas (latitudes médias) com quatro estações do ano são
o espaço de confronto entre as massas de ar frio e quente.
Atividade Prática

Solução:

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