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ORGANIZAÇÃO

ADMINISTRATIVA
A Organização Administrativa é a
estruturação das pessoas, entidades e
órgãos que irão desempenhar as
funções administrativas; é definir o
modelo do aparelho administrativo do
Estado. Essa organização se dá
normalmente por leis e,
excepcionalmente, por decretos e
normas inferiores (MARINELA, 2013, p. 93).
Conhecer as pessoas que fazem parte,
que integram o Estado.
ESTRUTURA DA
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA
Formas de prestação da atividade
administrativa

 CENTRALIZAÇÃO
 DESCONCENTRAÇÃO
 DESCENTRALIZAÇÃO
CENTRALIZAÇÃO

Atividade é exercida pelo próprio


Estado, ou seja, pelo conjunto orgânico
que lhe compõe a intimidade, pelos
seus órgãos (MARINELA, 2013, p. 97).
DESCONCENTRAÇÃO

Distribuição interna de atividades


administrativas, de competências.
Ocorre de órgão para órgão.

O instituto da desconcentração está


fundado na hierarquia. (CARVALHO, 2016, p. 151).
DESCONCENTRAÇÃO

O Estado cria órgãos internos para


melhor se especializar e garantir a
melhor eficiência.
DESCONCENTRAÇÃO

Fenômeno de distribuição interna de


partes de competências decisórias,
agrupadas em unidades individualizadas,
refere-se à organização interna de cada
pessoa jurídica (MARINELA, 2013, p. 97).
DESCENTRALIZAÇÃO

Distribuição externa de atividades


administrativas, que passam a ser
exercidas por pessoa ou pessoas
distintas do Estado.
Dá-se de pessoa jurídica para pessoa
jurídica.
DESCENTRALIZAÇÃO

Dá-se de pessoa jurídica para pessoa


jurídica.

Transferência da titularidade e
execução do serviço.

O Estado quer ser eficiente e se


especializar. Ex: Correios; INSS.
DESCENTRALIZAÇÃO

As competências administrativas são


exercidas por pessoas jurídicas
autônomas, criadas pelo Estado para
tal finalidade (MAZZA, 2011, p. 125).
Tanto a desconcentração como a
descentralização são técnicas
utilizadas para racionalizar a prestação
dos serviços públicos (NOHARA, 2017, p.
237).
DESCONCENTRAÇÃO DESCENTRALIZAÇÃO
Quadro
Competências atribuídas a órgãoscomparativo
Competências atribuídas a entidades
públicos sem personalidade jurídica com personalidade jurídica
própria. quadro autônoma.

O conjunto de órgãos forma a O conjunto de entidades forma a


chamada Administração Direta ou chamada Administração indireta ou
Centralizada. Descentralizada.
Órgãos não podem ser acionados Entidades descentralizadas
diretamente perante o Poder respondem judicialmente pelos
Judiciário, com exceção de alguns prejuízos causados a particulares.
órgãos dotados de capacidade
processual (Lei nº 7347, MP pode
propor ação civil pública, mesmo
não tendo personalidade jurídica).
Exemplos: Ministérios, Secretarias, Exemplos: Autarquias, Fundações
Delegacias de Polícias, Delegacias Públicas, Empresas Públicas e
da Receita Federal, Tribunais e Sociedades de Economia Mista
Casas Legislativas.
ESPÉCIES DE DESCENTRALIZAÇÃO

 Por serviço ou outorga

 Por colaboração ou delegação


DESCENTRALIZAÇÃO
POR SERVIÇO OU OUTORGA
Decorre de lei e realiza a transferência
da titularidade do serviço público.

Quando o poder público (União,


Estados ou Municípios) cria uma
pessoa jurídica de direito público ou
privado e a ela atribui a titularidade e a
execução de determinado serviço
público (DI PIETRO, 2011, p. 422).
DESCENTRALIZAÇÃO
POR COLABORAÇÃO OU DELEGAÇÃO
O contrato ou ato unilateral atribui à outra
pessoa a execução do serviço, tem
caráter transitório.

Quando por meio de contrato ou ato


administrativo unilateral, se transfere a
execução de determinado serviço público
de direito privado, previamente existente,
conservando o Poder Público a
titularidade do serviço (DI PIETRO, 2011, p. 422).
ÓRGÃOS PÚBLICOS
Não têm personalidade jurídica, não são
titulares de direitos e obrigações, não se
responsabilizam pelos seus atos, não têm
pessoal, patrimônio, é parte integrante de uma
pessoa jurídica responsável.
Não se propõe ação contra Prefeitura e sim
contra o Município.
TEORIA DO ÓRGÃO
1 – TEORIA DO MANDADO – delegação de
poderes aos agentes públicos para agirem em
nome do Estado (problema: duas
personalidades jurídica?)
2 – TEORIA DA REPRESENTAÇÃO – a
vontade do agente, em virtude de lei,
exprimiria a vontade do Estado (problema:
trata o Estado como incapaz)
3 – TEORIA DO ÓRGAO – manifestação da
vontade do Estado através de seus órgãos.
ÓRGÃOS PÚBLICOS

Conceito

Classificação
CONCEITO
São unidades de ação com
atribuições específicas na
organização estatal.
Cada órgão, como centro de
competência governamental ou
administrativa, tem necessariamente
funções, cargos e agentes. (MEIRELLES,
2010, p. 69-69).
CLASSIFICAÇÃO
HELY LOPES MEIRELLES

Quanto a posição estatal /


posição hierárquica;
Quanto a composição /
estrutura;
Quanto a atuação funcional
QUANTO A POSIÇÃO ESTATAL
OU HIERÁRQUICA

Independentes
Autônomos
Superiores
Subalterno
ÓRGÃOS INDEPENDENTES

 Órgãos primários do Estado

 Escala governamental ou
administrativa
ÓRGÃOS INDEPENDENTES

Originários da Constituição
Federal e representativos dos
Poderes de Estado (Legislativo,
Executivo e Judiciário), sem
qualquer subordinação,
hierárquica ou fundacional. (Meirelles,
2010, p.71).
ÓRGÃOS INDEPENDENTES

Ex: Corporações Legislativas;


Chefias de Executivo; Tribunais
Judiciários e Juízes Singulares;
Ministério Público.
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS

Localizados na cúpula da
Administração, imediatamente
abaixo dos órgãos independentes
e diretamente subordinados a
seus chefes, possuem ampla
autonomia administrativa,
financeira e técnica. (Meirelles, 2010, p. 72).
ÓRGÃOS AUTÔNOMOS

Órgãos diretivos, de
planejamento, controle e direção

Ex: Ministérios, Secretarias de


Estado e de Município.
ÓRGÃOS SUPERIORES

Possuem o poder de direção, controle,


decisão e comando dos assuntos de sua
competência específica, mas sempre
sujeitos à subordinação e ao controle
hierárquico de uma chefia mais alta.
São órgãos voltados a funções técnicas
e de planejamento.
Não gozam de autonomia administrativa
nem financeira. (MEIRELLES, 2010, p. 72).
ÓRGÃOS SUPERIORES

Ex: Gabinetes, Secretarias-


Gerais, Procuradorias.
ÓRGÃOS SUBALTERNOS

Estão hierarquizados a órgãos


mais elevados, com reduzido
poder decisório e predominância
de atribuições de execução.
Destinam-se a serviço de rotina,
cumprimento de decisões,
portarias, serviços. (MEIRELLES, 2010, p. 73).
QUANTO A COMPOSIÇÃO OU
ESTRUTURA

SIMPLES
COMPOSTO
ÓRGÃOS SIMPLES OU
UNITÁRIOS

Constituídos por um só centro


de competência. Inexiste outro
órgão na mesma estrutura.
(MEIRELLES, 2010, p. 73).
ÓRGÃOS COMPOSTOS
Reúnem na sua estrutura outros
órgãos menores, com função principal
idêntica ou com funções auxiliares
diversificadas.

Ex: Secretaria de Educação, órgão


composto, tem na sua estrutura muitas
unidades escolares. (MEIRELLES, 2010, p. 73).
QUANTO A ATUAÇÃO
FUNCIONAL

1. SINGULARES

2. COLEGIADOS
ÓRGÃOS SINGULARES
OU UNIPESSOAIS

Atuam e decidem através de um


único agente, que é seu chefe e
representante.
Ex: Presidência da República,
Governadorias dos Estados,
Prefeituras Municipais. (MEIRELLES, 2010, p. 74).
ÓRGÃOS COLEGIADOS

Atuam e decidem pela


manifestação conjunta e
majoritária da vontade de seus
membros.
Ex: Corporações Legislativas,
Tribunais. (MEIRELLES, 2010, p. 74).
ADMINISTRAÇÃO DIRETA

PESSOAS JURÍDICAS POLÍTICAS

UNIÃO
ESTADOS-MEMBROS
MUNICÍPIOS
DISTRITO FEDERAL
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

Personalidade jurídica, titulares de


direitos e obrigações, responsáveis por
seus atos, tem pessoal, patrimônio
próprio que não se confunde com a
entidade da administração direta que a
criou.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

A teor do texto constitucional a lei


específica ordinária cria autarquias e
autoriza a criação de fundações
públicas, empresas públicas e sociedade
de economia mista. Quando a entidade é
criada por lei não precisa registrar o ato,
basta publicar, quando autoriza a criação
precisa registrar os atos constitutivos da
entidade.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

Finalidade específica pública, já está


definida na lei que a cria e que autoriza a
criação da entidade.
ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA INDIRETA

AUTARQUIAS
FUNDAÇÕES PÚBLICAS
EMPRESAS PÚBLICAS
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
AGÊNCIAS REGULADORAS
AGÊNCIAS EXECUTIVAS
CONSÓRCIOS PÚBLICOS
AUTARQUIA

Conceito legal
Art. 5º, I, do Decreto-lei nº 200
Serviço autônomo, criado por lei, com
personalidade jurídica, patrimônio e
receitas próprios, para executar
atividades típicas da Administração
Pública, que requeiram, para seu
melhor funcionamento, gestão
administrativa e financeira
descentralizada.
AUTARQUIA

 Pessoa jurídica de direito público


 Exerce atividade típica de Estado
 Presta serviço público
 Exerce poder de polícia
 Prescrição quinquenal
 Criada e extinta por lei específica, CF,
art. 37, XIX
 Imunidade tributária
AUTARQUIA

CARACTERÍSTICAS
 Criação por lei – art. 37, XIX, da CF
 Personalidade jurídica pública
 Autoadministração
 Especialização dos fins ou atividades
 Sujeição a controle ou tutela
AUTARQUIA
EFEITOS DA PERSONALIDADE JURÍDICA
 Edição de atos administrativos
 Patrimônio público
 Regime de pessoal é estatutário
 Bens públicos – impenhoráveis,
inalienáveis e imprescritíveis
 Dever de licitar
 Celebra contrato administrativo
AUTARQUIA
 Prazos processuais em dobro (art. 183 do
CPC)
 Promove concurso público
 Responsabilidade direta e objetiva (art.
37, §6º, da CF)
 Pagamento dos débitos por precatório
(art. 100 da CF)
 Imunidade tributária no que se refere ao
patrimônio (art. 150, §2º, da CF)
AUTARQUIA

Exemplos: Banco Central do Brasil, INSS,


USP, Ibama, todas as agências
reguladoras.
FUNDAÇÃO PÚBLICA

São pessoas jurídicas de direito público


interno, instituídas por lei específica
mediante a afetação de um acervo
patrimonial do Estado a uma dada
finalidade pública. (MAZZA, 2011, p. 133)
FUNDAÇÃO

STF já decidiu que fundação pública é


espécie de autarquia.
 De direito privado atua sem fins lucrativos, no
desenvolvimento de atividade, que não exija a
execução por órgãos ou entidades de direito
público.
 As de direito público, aplicam-se todas as
características das autarquias e o patrimônio
público está afetado para um fim público de
natureza social.
FUNDAÇÃO

Exemplos: IBGE, Funai, Funarte.


EMPRESAS ESTATAIS
OU ENTIDADES EMPRESARIAIS
Pessoas jurídicas de Direito Privado,
Instituídas sob a forma de sociedade de
economia mista (Banco do Brasil,
Petrobras) ou empresa pública (Caixa
Econômica Federal, Correios), com a
finalidade de prestar serviço público que
possa ser explorado de modo empresarial,
ou de exercer atividade econômica de
relevante interesse coletivo. Sua criação
deve ser autorizada por lei específica.
EMPRESAS PÚBLICA

Art. 3º da Lei nº 13.303/2016


Entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com criação
autorizada por lei e com patrimônio
próprio, cujo capital social é
integralmente detido pela União,
Estados, pelo Distrito Federal ou pelos
Municípios.
SOCIEDADE DE ECONOMIA MISTA

Art. 4º da Lei nº 13.303/2016


entidade dotada de personalidade
jurídica de direito privado, com criação
autorizada por lei, sob a forma de
sociedade anônima, cujas ações com
direito a voto pertençam em maioria à
União, aos Estados, ao Distrito Federal,
aos Municípios ou a entidade da
Administração Indireta.
Diferenças entre Empresa Pública e
Sociedade de Economia Mista

 Capital
 Forma societária

 Deslocamento de competência – art.


109, I, da CF (Súmulas 42/STJ;
517/STF)
AGÊNCIAS REGULADORAS

Autarquias em regime especial criadas


para o desempenho de funções
normativas (editar seus regulamentos,
instruções), ou reguladoras
(fiscalizatória) de serviços públicos.

Ex: ANEEL, ANATEL, ANTT, ANP,


Anvisa, ANS, ANA, Anac
AGÊNCIAS REGULADORAS

Criadas para regulamentar serviços que


eram executados pelo Estado e que
foram transferidos à particulares.

Dirigidas em colegiado
Art. 4o As Agências serão dirigidas em regime de
colegiado, por um Conselho Diretor ou Diretoria
composta por Conselheiros ou Diretores, sendo
um deles o seu Presidente ou o Diretor-Geral ou
o Diretor-Presidente. Lei nº 9.986/2000
AGÊNCIAS REGULADORAS

Dirigentes com investidura especial


Art. 5o O Presidente ou o Diretor-Geral ou o Diretor-
Presidente (CD I) e os demais membros do Conselho
Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de
reputação ilibada, formação universitária e elevado
conceito no campo de especialidade dos cargos para os
quais serão nomeados, devendo ser escolhidos pelo
Presidente da República e por ele nomeados, após
aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f
do inciso III do art. 52 da Constituição Federal.
AGÊNCIAS REGULADORAS

Perda de mandato dos dirigentes


Art. 9o Os Conselheiros e os Diretores somente
perderão o mandato em caso de renúncia, de
condenação judicial transitada em julgado ou
de processo administrativo disciplinar.
Parágrafo único. A lei de criação da Agência
poderá prever outras condições para a perda do
mandato.
AGÊNCIAS REGULADORAS

Quarentena
Art. 8o da Lei nº 9.986/2000
O ex-dirigente fica impedido para o
exercício de atividade ou de prestar
qualquer serviço no setor regulador pela
respectiva agência, por período geral de 4
meses.
*Remuneração devida.
AGÊNCIAS EXECUTIVAS

Qualificação conferida a pessoa jurídica de


Direito Público para celebrar contratos de
gestão com o objetivo de otimizar recursos,
reduzir custos e aperfeiçoar a prestação do
serviço público.
Qualitativo atribuível a autarquia e
fundações públicas integrantes da
Administração Federal.
AGÊNCIAS EXECUTIVAS
Art. 1º, §1º, do Decreto nº 2.487/98
a qualificação de autarquia ou fundação como
agência executiva poderá ser conferida mediante
iniciativa do Ministério supervisor, com anuência do
Ministério da Administração Federal e Reforma do
Estado, que verificará o cumprimento, pela entidade
candidata à qualificação, dos seguintes requisitos:
(a) ter celebrado contrato de gestão com o
respectivo Ministério supervisor; (b) ter plano
estratégico de reestruturação e de desenvolvimento
institucional, voltado para a melhoria da qualidade
da gestão e para a redução de custos, já concluído
ou em andamento.
AGÊNCIAS EXECUTIVAS

Um arremedo de contrato, de encenação


sem qualquer valor jurídico, pelo qual se
documenta que a Administração Central
concede à autarquia ou fundação maior
liberdade de ação. (Mello, 2009, p. 168).

Ex: ADENE (Agência de


Desenvolvimento do Nordeste), ADA
(Agência de Desenvolvimento da
Amazônia).
AGÊNCIA EXECUTIVA AGÊNCIA REGULADORA

Qualificação que recai Autarquia em regime


sobre autarquias ou especial
fundações

Instrumento jurídico Instrumento jurídico


Aprovação do plano
estratégico de Criação e extinção por lei
recuperação e
desenvolvimento mais
celebração de contrato
de gestão
CONSÓRCIOS E ASSOCIAÇÕES

Art. 241 da CF dispõe:

A União, os Estados, o Distrito Federal e os


Municípios disciplinarão por meio de lei os
consórcios públicos e os convênios de
cooperação entre os entes federados,
autorizando a gestão associada de serviços
públicos, bem como a transferência total ou
parcial de encargos, serviços, pessoal e
bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos.
CONSÓRCIOS E ASSOCIAÇÕES

Lei nº 11.107/05 foi criada para tratar de


normas gerais para todos os entes que
contratem consórcios públicos para a
realização de interesse comum.

Consórcio é negócio jurídico pactuado


entre os entes federados, visando à
realização de objetivos de interesse
comum desses e promovendo a gestão
associada de serviços públicos.
CONSÓRCIOS E ASSOCIAÇÕES
Definição – art. 2º, I, do Decreto nº
6.017/2007:
Pessoa jurídica formada exclusivamente
por entes da Federação, na forma da Lei
no 11.107, de 2005, para estabelecer
relações de cooperação federativa, inclusive
a realização de objetivos de interesse
comum, constituída como associação
pública, com personalidade jurídica de
direito público e natureza autárquica, ou
como pessoa jurídica de direito privado
sem fins econômicos.
CONSÓRCIOS E ASSOCIAÇÕES
Definição – art. 2º, I, do Decreto nº
6.017/2007:
Pessoa jurídica formada exclusivamente
por entes da Federação, na forma da Lei
no 11.107, de 2005, para estabelecer
relações de cooperação federativa, inclusive
a realização de objetivos de interesse
comum, constituída como associação
pública, com personalidade jurídica de
direito público e natureza autárquica, ou
como pessoa jurídica de direito privado
sem fins econômicos;
ENTIDADES PARAESTATAIS
Colaboram ou cooperam com o Estado no
desempenho de uma atividade de interesse
coletivo, embora não integrem a
Administração, residindo apenas ao lado
dela.
são pessoas jurídicas de direito privado
que, sem fins lucrativos, realizam projetos
de interesse do Estado, prestando serviços
não exclusivos e viabilizando o seu
desenvolvimento. (Marinela, 2013, p. 179).
ENTIDADES PARAESTATAIS

- Integram o terceiro setor.


- Dirigentes são escolhidos por processos
eleitorais próprios.
ENTES DE COOPERAÇÃO
 Serviços Sociais Autônomos
 Ordem e Conselhos Profissionais
 Organizações Sociais - OS – Lei n° 9637/98
 OSCIP - Organização da Sociedade Civil de Interesse
Púbico – Lei n° 9790/99
 OSC – Organização da Sociedade Civil – Lei n°
13919/14
SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS

Serviços instituídos por lei, com


personalidade jurídica de direito privado,
para ministrar assistência ou ensino a
certas categorias sociais ou grupos
profissionais, sem fins lucrativos, sendo
mantidos por dotação orçamentárias ou
por contribuições parafiscais. (MEIRELES,
2010, p. 405).
SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS

Suas normas sofrem alguma derrogação


do direito público em razão:
 Da natureza de interesse público ou
social dos serviços prestados;
 De auferirem contribuições parafiscais;
 De receberem incentivos ou recursos
públicos.
SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS

Exemplos:
SESC – Serviço Social do Comércio
SESI – Serviço Social da Indústria
SENAI – Serviço Nacional de
Aprendizagem Industrial
SENAC – Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial
SEBRAE – Serviço Brasileiro de Apoio
às micro e Pequenas Empresas
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

Pessoas jurídicas de direito privado, sem


fins lucrativos, instituídas por iniciativa de
particulares, para desempenhar
atividades dirigidas ao ensino, à
pesquisa científica, ao desenvolvimento
tecnológico, à proteção e preservação do
meio ambiente, à cultura e à saúde,
conforme os requisitos contidos na Lei nº
9.637/98.
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

Vínculo jurídico:
CONTRATO DE GESTÃO – permite
a formação de parceria para o
fomento e a execução de serviços
sociais não exclusivos do Estado.

QUALIFICAÇÃO como OS – habilitação


perante o Ministério Supervisor.
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS

Vínculo jurídico:
CONTRATO DE GESTÃO – permite
a formação de parceria para o
fomento e a execução de serviços
sociais não exclusivos do Estado.

QUALIFICAÇÃO como OS – habilitação


perante o Ministério Supervisor.
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS
Exemplo de OS:
 Associação Beneficente Hospital
Universitário - ABHU
 Associação Fundo De Incentivo à
Psicofarmacologia – AFIP
 Fundação de Apoio ao Ensino Pesquisa
e Assistência HCFMRPUSP - FAEPA
 Instituto de Responsabilidade Social
Sírio Libanês
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
DE INTERESSE PÚBLICO

Qualificação jurídica dada a pessoas


jurídicas de direito privado, sem fins
lucrativos, instituídas por iniciativa de
particulares, para desempenhar serviços
sociais não exclusivos do Estado com
incentivo e fiscalização pelo Poder Público,
mediante vínculo jurídico instituído por
meio de termo de parceria. (DI PIETRO, 2010,
p. 515).
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
DE INTERESSE PÚBLICO

Vínculo jurídico:
TERMO DE PARCERIA – precedidos
de consulta aos Conselhos de
Políticas Públicas da área de
atuação.

QUALIFICAÇÃO como OSCIP –


habilitação perante o Ministério da Justiça.
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
DE INTERESSE PÚBLICO
Exemplos de OSCIP
 "CENTRO DE APOIO AOS
MICROEMPREENDEDORES" - "CAM“
 "FORÇA UNIFICADA PELO TRABALHO,
URBANISMO E REEDUCAÇÃO ORIENTADA -
FUTURO / OSCIP“
 "GRUPO DE APOIO À NATUREZA E
DESENVOLVIMENTO DO HOMEM INTEGRAL" -
"GANDHI“
 ASSOCIAÇÃO ARIA SOCIAL - ESPAÇO DE DANÇA
E ARTE - "ARIA SOCIAL"
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL
Lei nº 13.019/14 (Lei de Parcerias)
Estabelece o regime jurídico das parcerias entre a
administração pública e as organizações da
sociedade civil, em regime de mútua cooperação,
para a consecução de finalidades de interesse
público e recíproco, mediante a execução de
atividades ou de projetos previamente estabelecidos
em planos de trabalho inseridos em termos de
colaboração, em termos de fomento ou em
acordos de cooperação; define diretrizes para a
política de fomento, de colaboração e de cooperação
com organizações da sociedade civil.
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL

TERMO DE COLABORAÇÃO – instrumento para


planos de trabalho propostos pela Administração.

TERMO DE FOMENTO – instrumento para planos


de trabalho propostos pelas organizações da
sociedade civil.

ACORDO DE COOPERAÇÃO – quando não


envolver transferência de recursos públicos.
ORGANIZAÇÃO DA SOCIEDADE CIVIL

Exemplos de OSC:
Sindicatos, cooperativas, organizações
comunitárias, Ongs, movimentos sociais,
institutos e fundações empresariais.

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