Você está na página 1de 27

UNIVERSIDADE ESTADUAL DO SUDOESTE DA BAHIA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E NATURAIS – DCEN


RECURSOS NATURAIS E ENERGIA

ENERGIA DAS ONDAS E MARÉS

DISCENTES: PAULO VITOR CAMPOS E HELDER FERREIRA


DOCENTE: SÔNIA MARTINS TEODORO
ENERGIA DAS ONDAS E MARÉS

• Assim como a energia solar e a energia eólica, a energia oceânica é classificada como
limpa e autossustentável;

• As ondas são formadas pela força do vento sobre a água e o tamanho destas varia
com a velocidade do vento, da sua duração e da sua distância da água;

• A energia das marés é resultado do deslocamento da água do mar;

• A geração de energia por meio destes métodos consiste basicamente nas


transformação da energia cinética em energia elétrica;

• São constantemente associadas por serem provenientes das águas oceânicas.


ENERGIA DAS ONDAS

• A energia cinética do movimento ondular aciona o funcionamento da turbina;

• A onda pressiona um corpo oco, comprimindo o ar ou um líquido que move uma


turbina;

• A energia mecânica é transformada em energia elétrica através de um gerador;

• Este movimento ocorre tanto pela entrada quanto pela saída da onda na câmara.
ENERGIA DAS MARÉS

• A transformação ocorre por meio da construção de diques na praia;

• O funcionamento destes está relacionado à variação entre as altas e baixas marés no


decorrer do dia;

• Na maré alta, a água enche o reservatório, passando através da turbina e


produzindo energia elétrica;

• Na baixa, a água esvazia o reservatório passando em sentido contrário ao do


enchimento através da turbina e desta maneira também produz energia elétrica.
FONTE: http://saberenemquimicaefisica.com.br/wp/energia-maremotriz/
FONTE: https://www.portal-energia.com/energia-ondas-e-mares-vantagens-e-desvantagens/
FONTE: http://grupoperfeito.blogspot.com.br/2010/10/energia-das-mares.html
FONTE: http://saberenemquimicaefisica.com.br/wp/energia-maremotriz/
O HISTÓRICO DA ENERGIA OCEÂNICA EM
CENÁRIO MUNDIAL

• É desenvolvida desde os anos 70 em países como Reino Unido, Noruega, Portugal, e


França;

• De acordo com dados da Wyre Tidal Energy citados por Sesmil (2013), o projeto La
rance foi a primeira usina maremotriz, sendo operada na região da Bretanha, na
França;

• Atualmente é bastante utilizada no Japão, Inglaterra, Havaí e Portugal;


O CASO DESTAQUE DE PORTUGAL

• Oferece um enorme potencial de exploração da energia oceânica, uma vez que 97%
do nosso território é marítimo;

• De acordo com a comunidade científica, a costa portuguesa tem potencial para a


instalação de 5000 MW de potência em energia das ondas;

• Essa forma de energia se for concretizada pode assegurar 20% do total de energia
elétrica consumida no país;

• O investimento nestas tecnologias pode possibilitar ao país a utilização de


eletricidade 100% renovável até o ano de 2030, acelerando a transição energética de
combustíveis fosseis para energia limpa.
ALGUNS PROJETOS PELO MUNDO

• Projeto de Coluna de Água Circulante (Açores, Portugal);

• Projeto Pelamis (Varzim, Portugal);

• Projeto Archimedes Wave Swing (Portugal) ;

• Projeto Mighty Wale (Gokasho – Japão);

• Projeto Wave Dragon (Nissum Bredning - Dinamarca).


A ENERGIA OCEÂNICA NO BRASIL

• No Brasil, o projeto piloto da implantação de uma usina está em andamento;

• É a primeira Usina de Ondas das Américas;

• Localizado em Pecém-CE, este foi desenvolvido pelo Instituto Alberto Luiz Coimbra
de Pós-Graduação e Pesquisa em Engenharia (COPPE), órgão suplementar da
Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ);

• O projeto é de caráter experimental e foi montado no quebra-mar do Terminal


Portuário de Pecém com apenas duas unidades;

• Apresenta a possibilidade de ampliação, por ser modular;


MODO DE FUNCIONAMENTO

• O sistema funciona por meio da utilização de braços mecânicos;

• Esta tecnologia utiliza o movimento oscilatório das marés para mexer um braço
mecânico.

• Ao mexer junto com a maré, bombeia água a um sistema de pressurização, que em


seguida é ejetado nas pás da turbina fazendo-a girar.

• O movimento de rotação é transmitido aos geradores onde é produzida a energia.


FONTE: http://www.pensamentoverde.com.br/economia-verde/ceara-possui-primeira-usina-de-ondas-da-america-latina/
FONTE: https://www.youtube.com/watch?v=i2es_WN-nYw
VIABILIDADE ECONÔMICA

• Cada vez mais a busca-se soluções específicas para a realidade ambiental de cada
região;

• Dispositivos pequenos e de baixo custo responsáveis por gerar a energia para uma
pequena região, ou até dispositivos que abasteçam uma residência, são opções cada
vez mais viáveis;

• Obras gigantescas e de alto impacto ambiental encontram cada vez menos espaço.
VIABILIDADE ECONÔMICA

• Cruz & Sarmento (2004) fazem uma análise das condições portuguesas e a
viabilidade econômica na região, que apresenta um potencial médio de 18 kW por
metro linear de onda. Concluem que, nessas condições, seria necessário aproveitar
cerca de 67,5 km de costa para se atingirem custos de produção de energia
semelhantes aos das centrais eólicas;

• Segundo Sesmil (2013) litoral brasileiro possui um dos menores potenciais médios, com
valores variando entre 13 e 25 kW/m, assim, a viabilidade econômica no Brasil só
pode ser obtida por estudos detalhados e mapeamento de áreas, antes de se decidir
na implantação de projetos que utilizem essa tecnologia.
BARREIRAS AO DESENVOLVIMENTO
• As barreiras ao desenvolvimento destas tecnologias são de diferentes tipos, podendo ser englobadas
genericamente em quatro categorias:

• a. técnicas;

• b. conflitos de interesses;

• c. administrativas e legais;

• d. ambientais.
BARREIRAS TÉCNICAS

• Irregularidade da amplitude, fase e direção das ondas, sendo um desafio


acrescido tentar maximizar a captura de energia numa banda de frequências
da onda incidente;

• Os esforços estruturais a que os dispositivos estão sujeitos, que em condições


extremas de tempestades podem atingir cargas cem vezes superiores às médias;

• O próprio mecanismo inerente aos geradores elétricos, que exigem uma


frequência muito superior à da onda incidente.
CONFLITOS DE INTERESSES

• Áreas passíveis de sobreposição de usos:

 Zonas de pesca;
 Zonas de extração de materiais;
 Zonas de recreio e lazer;
 Zonas de interesse arqueológico.
• Áreas de acesso restrito:

 Zonas que intersectem rotas marítimas


importantes;
 Campos de treino militar;
 Zonas nas imediações de outras estruturas
relevantes, costeiras ou afastadas da
costa(pontes, portos, plataformas
petrolíferas, ...);
 Zonas de passagem de cabos submarinos ou
oleodutos;
 Reservas naturais.
BARREIRAS ADMINISTRATIVAS E LEGAIS

• Administrativas:
 O licenciamento nada ágil que envolve vários ministérios e institutos públicos
extremamente burocráticos;
 Pouca atratividade de investimento.

• Legais:
 Acesso à rede elétrica;
 Restrições no fornecimento de energia;
 Tarifário de compra de eletricidade.
Fortemente dispendiosa

Apresenta baixo rendimento, cerca de 20%

Venda da eletricidade por um preço maior

Falta de apoio a projetos (fundos ou empréstimos)


BARREIRAS AMBIENTAIS

• Aoproduzir eletricidade estes dispositivos não emitem qualquer tipo


de poluente, o que não quer dizer que sejam nulas as emissões ao
longo de todo o seu ciclo de vida.

Construção e instalação
Processamento de materiais;
Extração e movimentos de terras (casos dos dispositivos costeiros);
Produção e transporte de componentes;
Construção e modo operatório do dispositivo;
Desmantelamento;
Após a instalação
Impactos visuais
Ruído
Destruição de habitats naturais de diversas espécies de animais.
tintas anti-corrosão tóxicas
Vazamento de óleo (Projeto Pelamis)
Perspectivas Futuras

• As pesquisas relacionadas a esse tipo de


aproveitamento energético estão ainda em fase inicial.
 Projeto britânico, o Seaflow, que procura desenvolver turbinas
para fabricação em escala comercial.

• Existem usinas maremotrizes em construção ou sendo


planejadas no Canadá, México, Reino Unido, Estados
Unidos, Argentina, Austrália, Índia, Coréia e na Rússia.
REFERÊNCIAS
• Associação Nacional de Conservação da Natureza. Em Portugal, energia dos oceanos com potencial por alcançar. Lisboa, Portugal. 2016.
Disponível em: < http://www.quercus.pt/comunicados/2016-col-150/novembro/4993-em-portugal-energia-dos-oceanos-com-potencial-por-alcancar> Acesso
em: Maio de 2018.

• Blogcamp. Energia das ondas, vantagens e desvantagens. 2011. Disponível em: < https://blogcamp.com.br/energia-das-ondas-vantagens-e-
desvantagens/> Acesso em: Maio de 2018.

• Energias Renováveis, as energias renováveis são o nosso futuro. Energia das Ondas. Disponível em: https://energiasalternativas.webnode.com.pt/energia-
das-ondas/> Acesso em: Maio de 2018.

• NOGUEIRA, D. Saber Enem, Química e Física. Energia Maremotriz – Descubra Como as Ondas Podem Gerar Energia para Abastecer uma
Cidade de 20 mil Habitantes. 2016. Disponível em: < http://saberenemquimicaefisica.com.br/wp/energia-maremotriz/ > Acesso em: Maio de 2018.

• SESMIL, E. L. F. Energia Maremotriz: Impactos ambientais e viabilidade econômica no Brasil. Universidade Federal de Lavras. Trabalho de Conclusão de
Curso. Lavras – Minas Gerais, 2013. Disponível em: <
http://repositorio.ufla.br/bitstream/1/4529/1/TCC_Energia%20maremotriz%3A%20impactos%20ambientais%20e%20viabilidade%20econ%C3%B4mica%20n
o%20Brasil> Acesso em: Maio de 2018.

• SILVA, R. G. A geração de energia maremotriz e suas oportunidades no Brasil. Revista Ciências do Ambiente On-Line, v. 8, n. 2, 2012. Disponível em:
<http://sistemas.ib.unicamp.br/be310/nova/index.php/be310/article/viewFile/337/265> Acesso em: Maio de 2018.

• Tudo sobre Energia. Energia das Marés. 2010. Disponível em: <http://grupoperfeito.blogspot.com.br/2010/10/energia-das-mares.html> Acesso em: Maio de
2018.

• CRUZ, J. M. B. P. Energia das ondas introdução aos aspectos tecnológicos, económicos e ambientais. Instituto Superior Técnico - WEC . Wave Energy Centre.
Instituto do Ambiente. 2004. Disponível em: http://energiasrenovaveis.com/images/upload/Energias_ondas_Cruz_1.pdf.

• FERNANDES, R. Energia oceânica (energia das ondas) - como é extraída. 2014. Disponível em:
http://profrobertofernandes.blogspot.com.br/2014/07/energia-oceanica-energia-das-ondas-como.html.

Você também pode gostar