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LITERATURAS DE LÍNGUA PORTUGUESA
CURSO PDE/2011
Profª Adenize Franco
POS-MODERNISMO
(...) um estilo de cultura que reflete um
pouco essa mudança memorável por meio de uma arte superficial, descentrada, infundada, auto-reflexiva, divertida, caudatária, eclética e pluralista, que obscurece as entre a arte e a experiência cotidiana. (EAGLETON, 1998, p. 07) Considerada como um “movimento” estético e filosófico, a pós-modernidade começou no fim do século XIX (com Nietzsche, para Vattimo), no fim dos anos 50 (para Lyotard, Forster e outros), nos anos 60 (para Jameson), e “em algum ponto entre 1968 e 1972” (para Harvey) etc. Há, entretanto, um certo consenso: começou depois da Segunda Guerra Mundial, manifestou-se mais claramente na arquitetura, generalizou-se no discurso teórico a partir do “pós-estruturalismo” francês e tornou- se discurso dominante nos meios acadêmicos norte- americanos. (PERRONE-MOISÉS, 1998, p.181) (...) A definição do pós-moderno oscila conforme a atitude do teórico diante do fenômeno, que pode ser a de um elogio-adesão (Vattimo), de simpatia moderada (Hutcheon), de constatação mais ou menos crítica (Lyotard, Harvey), de crítica negativa mesclada ao fascínio (Jameson), de rejeição (Habermas, Eagleton). (PERRONE-MOISÉS, 1998, p.181) Thomas Bonnici (2005) vê o pós-modernismo a partir de dois arquivos:
• 1) período - denota o momento marcado pela
atual conjuntura econômica e pela crescente comunicação de massa • 2) gênero ou estilo estético - corresponde ao “termo analítico-descritivo com suas próprias convenções, técnicas e metodologias (...) aplicáveis a todos os produtos culturais (...) num contexto transnacional”. Essa passagem do autor apóia-se nas considerações teóricas já referidas por Leyla Perrone-Moisés (Hassan, Wilson e Hutcheon). TRAÇOS PÓS-MODERNOS • heterogeneidade, • diferença, • fragmentação, • indeterminação, • relativismo, • desconfiança dos discursos universais, • dos metarrelatos totalizantes, • abandono das utopias artísticas e políticas. (PERRONE-MOISÉS, 1998, p.183) • Estilo de época < Ciclo estético > Ciclo histórico
Trata-se de uma questão de modulação e
de gradação de espaços semânticos que atende à nossa necessidade humana de dividir para compreender. (PROENÇA FILHO, 1995, p.13) Opera de Sydney (1973) tem cerca de 1000 divisões, incluindo 5 teatros, 5 estúdios de ensaio, 2 auditórios, 4 restaurantes, 6 bares e numerosas lojas de recordações. PÓS-MODERNISMO NA LITERATURA • 1) Intensificação do ludismo na criação literária – concepção lúdica da arte – decorrem daí o pastiche e a parodia
• 2) Presentifica-se uma tendência à
utilização deliberada da intertextualidade (Ex: O nome da Rosa)
• 3) Na prosa, o ecletismo estilístico
• 4) exercício da metalinguagem – o texto literário volta-se para si mesmo, enquanto linguagem ou enquanto processo
• 5) configura-se no texto literário uma figuração
alegórica de tipo hiper-real e metonímico
• 6) fragmentarismo textual – associação de
fragmentos de textos colocados em sequência, sem qualquer relacionamento explícito entre a significação de ambos – montagem cinematográfica • 7) Na narrativa, intensificam-se os elementos de autoconsciência e auto-reflexão; metalinguagem; radicalizam-se posições anti- racionalistas e antiburguesas; assume-se uma ‘posição cultural aristocrática’ - o que contribui para a pouca popularidade da narrativa; o narrador distancia-se ainda mais da matéria narrada
• A NARRATIVA POS-MODERNA INSCREVE-SE
EM CHEIO NA CIVILIZAÇÃO DA IMAGEM • Centramento na linguagem = configuração do Real • Exaltação do prazer e a presença do humor
• 8) Na poesia: 3 posicionamentos que se
superpõem
• A)confessional altamente personalizada,poesia
baseada em componentes objetivos e poesia da imagem profunda • B) preferência por elementos de caráter pessoal, social e antiformal
• C) tentativa de oralização do poema com
forte preocupação com a comunicação à comunidade • Nas três últimas décadas, a cultura brasileira tem vivido sob o signo da multiplicidade, seja na área da política, social ou artística. (PROENÇA FILHO)