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Alexandre Kates

TERAPIA COGNITIVO- Joao Paulo Campos


Rodrigo Ramalho
Saana Saara
COMPORTAMENTAL - TCC Quezia Marçal
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - TCC

União das teorias Comportamental e Cognitiva  década de 1960

Caracteriza-se pela utilização de técnicas que ajudam o paciente a identificar


e modificar seus pensamentos e comportamentos disfuncionais e emoções
aflitivas a ele associadas.

AGIR DE MANEIRA CRÍTICA E QUESTIONADORA EM OPOSIÇÃO ÀS


SITUAÇÕES E PENSAMENTOS DESENCADEADORES DOS SINTOMAS
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - HISTÓRICO

TEORIA COMPORTAMENTAL

• Estudos sobre o condicionamento clássico  Ivan Pavlov (1920)

RESPOSTAS INCONDICIONADAS/INATAS x CONDICIONADAS (aprendidas)


Joseph Wolpe – África do Sul
Emparelhamento de situações agradáveis x desagradáveis B. F. Skinner – EUA
Stanley Rachman – Reino Unido

“É possível criar ou remover respostas fisiológicas ou psicológicas”

Ganhou força após a década de 1940  2° guerra mundial


TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - HISTÓRICO

TEORIA COGNITIVA

• Distorção do pensamento em pacientes deprimidos  Aaron T. Beck (1960)

A correção da distorção do pensamento estimularia o paciente a pensar de


modo mais realista

Psicoterapia estruturada, de curta duração, voltada para o presente, direcionada


para a solução de problemas atuais e a modificação de pensamentos e comportamentos
disfuncionais.

Leva em consideração o sistema de crenças do paciente


TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - TCC

TERAPIA COGNITIVA x TERAPIA COMPORTAMENTAL

REVOLUÇÃO COGNITIVA  Técnicas comportamentais foram incorporadas


ao tratamento cognitivo. (1970)

A TCC pode ser aplicada em associação ao tratamento medicamentoso e à


outras técnicas psicoterapêuticas  Terapeutas com nível superior e
formação específica.

AUXÍLIO NA IDENTIFICAÇÃO DOS PENSAMENTOS DISFUNCIONAIS


OBJETIVANDO A SUA MODIFICAÇÃO
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - TCC
SITUAÇÃO GATILHO
(Estímulo externo ou
interno)
PENSAMENTOS
AUTOMÁTICOS
CRENÇAS
(crenças disfuncionais
DISFUNCIONAIS
CORRESPONDEM À
REALIDADE
(interpretação) MODELO
COGNITIVO- COMPORTAMENTAL

INTERPRETAÇÃO
COMPORTAMENTO CATASTRÓFICA
ESPECÍFICO
(isolamento social, SENSAÇÕES CORPORAIS
evitação das situações) RUINS
(emoções que provocam ou
intensificam)
TERAPIA COGNITIVO-COMPORTAMENTAL - TCC
TRATAMENTO

• Identificação dos pensamentos automáticos disfuncionais


• Questionar os pensamentos
• Modificação dos pensamentos
• Pensar de forma diferente
• Agir de forma diferente
É sempre
assim...

 REDUÇÃO DA FREQUÊNCIA E INTENSIDADE DOS


PENSAMENTOS AUTOMÁTICOS
 MODIFICAÇÃO DO COMPORTAMENTO HABITUAL
Principais Técnicas Cognitivas
• Um dos principais momentos do tratamento é a identificação das crenças
disfuncionais.

- Crenças: Tipos de pensamentos mais profundos que influenciam a interpretação


que os indivíduos fazem a seu próprio respeito e a maneira como interagem com o
ambiente.
Principais Técnicas Cognitivas
▪ Crença Nuclear/ Central : As crenças centrais são normalmente desconhecidas pelo próprio sujeito
e consistem em ideias gerais, globais, rígidas e generalizadas para centenas de situações que a
pessoa vivencia em seu dia-a-dia.

Exemplo: “ Eu sou incompetente”

▪ Crença intermediária: São atitudes, regras e suposições criadas para que o indivíduo consiga se
adaptar e sobreviver à ideia absoluta e negativa que ele tem a respeito de si mesmo.

Exemplo: “ Se eu não conseguir entender este livro é porque não sou inteligente”

▪ Pensamento Automático: São aqueles que “brotam” em nossas mentes sem que haja nenhuma
reflexão ou deliberação.

Exemplo: “Eu jamais entenderia o livro”


Principais Técnicas Cognitivas
Principais Técnicas Cognitivas
▪ Técnica da Flecha Descendente: Possibilita a identificação da crença a partir dos
pensamentos automáticos.
Se eu fizer a prova do concurso
não passarei

Se eu não passar no concurso, é porque não


sou inteligente

Eu jamais terei sucesso profissional

Eu sou um fracasso

Ninguém gostará de mim eu serie uma pessoa inútil para a sociedade e eu não serei feliz
Principais Técnicas Cognitivas
▪ Questionamento socrático (maiêutica socrática): Estimular o indivíduo a
questionar suas crenças disfuncionais e pensamentos automáticos com base,
principalmente, em distorções e na falta de funcionalidade dessas crenças.

- Objetivo da técnica: Estabelecer novas maneiras de pensar, a partir do


questionamento de crenças atuais.
Principais Técnicas Cognitivas
▪ Exemplo da técnica do questionamento socrático:
- Paciente: Eu sou peso para a família e tenho certeza de que seria melhor para todos se eu estivesse morto.

- Terapeuta: Caso tivesse um irmão ou familiar próximo na mesma situação que a sua, você preferiria que esse
familiar estivesse morto para se livrar de prestar assistência?

- Paciente: De maneira nenhuma. Eu o ajudaria no que fosse necessário. O mais importante para mim seria o
bem estar dele.

- Terapeuta: O que fez você pensar desta maneira então ? Há outra Interpretação possível

- Paciente: Acho que é uma ideia minha, não tenho evidências para afirmar isso. Provavelmente fui influenciado
por meu sentimento de grande tristeza neste momento.
Principais Técnicas Comportamentais
Técnica de Exposição
▪ A aplicação consiste na confrontação
de maneira gradual, repetida e
prolongada às situações ativadoras da
ansiedade.
▪ O período de exposição considerado
eficaz varia para cada pessoa e
situação, geralmente se encontra no
intervalo entre 15 e 45 minutos.
Repetido 1 x ao dia.
▪ Resultados anotados para facilitar a
percepção a redução dos sintomas a
cada exposição.
▪ Nas situações em que os sintomas são
mais intensos, isso pode desencorajar
a continuar com tratamento.
Lista Hierarquizada de
Sintomas de Acordo com a
Escala de Ansiedade
▪ Terapeuta e o paciente elaborem juntos uma lista de sintomas
de maneira hierarquizada.
▪ Os sintomas que causam mais ansiedade serão os últimos da
lista, bem como serão o ultimo a serem enfrentados.
▪ Os pacientes poderão graduar os sintomas atribuindo valores
de 0 a 10 a cada um deles.
Lista Hierarquizada de Sintomas de
Acordo com a Escala de Ansiedade

▪ Ansiedade de grau 10 seria a mais próxima do ataque de pânico


como: tremores, sudorese, palpitação, dispneia, náuseas, tensão
muscular e sensação de angustia intensa.
▪ Ansiedade de grau 1 poderia estar associado a um sintoma que
desencadeia apenas uma leve preocupação, se sintomas físicos ou
com sintomas físicos muito leve.
▪ Uma analogia interessante é a de que ninguém que esteja
aprendendo um novo esporte enfrentará campeões mundiais em
suas primeira competições.
Aplicação da Prática
▪ Evidenciaram excelentes resultados com a aplicação das técnicas
de TCC em casos:
1. Depressão;
2. Transtorno de ansiedade generalizada;
3. Transtorno do pânico;
4. Transtorno da ansiedade social;
5. TOC;
6. Transtorno de estresse pós traumático e agudo;
7. Transtorno de compras compulsivas; uso compulsivo da
internet;
8. Transtorno da ansiedade e depressão na infância.
Considerações Finais

▪ Seu principal objetivo é a redução dos sintomas de problemas


específicos.
▪ Seus efeitos positivos podem ser mantidos por longos períodos após
o termino do tratamento.
▪ Os avanços tecnológicos na área de computação proporcionam
simuladores virtual bastante convincentes que já vem sendo
utilizados para promover o enfrentamento com exposições em
situações de mais difícil acesso com mais segurança.
Terapia Psicanalítica
Introdução

▪ Sigmund Freud (1856-1939): médico neurologista criador


da psicanálise;
– Jean-Martin Charcot(1825-1893):
▪ Hipnose e drogas para acesso a conteúdos mentais de pacientes histéricos.
– Joseph Breuer(1842-1925):
▪ Cura pelo diálogo.
– “Associação livre”
▪ Incapacidade de recordar.
Definição

▪ Um processo para investigação de processos mentais, praticamente


inacessíveis de outra forma, especialmente vivências internas e
profundas como pensamentos, sentimentos, emoções, fantasias e
sonhos.
▪ Método (baseado na investigação) para tratamento de neuroses.
Fundamentos da psicanálise

▪ Determinismo psíquico
– Não há casualidade, portanto a mente dá sentido a tudo.

▪ Ideias de conflito
– Aparelho psíquico comporto por sentimentos, pensamentos e impulsos que
entram em tensão.
O desenvolvimento psicossexual

▪ Reconhece a existência da sexualidade infantil;


– “Três ensaios sobre a sexualidade” – 1905, Freud;
– Princípios do prazer e da realidade.;

▪ Pulsão sexual: busca de satisfação de caráter sexual;


– Divisão do desenvolvimento em fases: oral, anal, fálica, latência e adolescência.
O desenvolvimento psicossexual
▪ Fase Oral:
– Primeira fase;
– Zona erógena: lábios e mucosa bucal;
– Satisfação obtida pela sucção;
– Objetivo de incorporação do seio.
O desenvolvimento psicossexual
▪ Fase Anal:
– Segunda fase;
– Zona erógena: mucosa anal;
– Satisfação obtida pela retenção e/ou expulsão das
fezes;
– Desenvolvem-se o sadismo e o controle do
objeto.
O desenvolvimento psicossexual
▪ Fase Fálica:
– Terceira fase;
– Zona erógena: órgão genital masculino;
– Satisfação obtida pela manipulação, escopofilia,
e exibição dos genitais;
– Fase de estruturação do “Complexo de Épido” e
do temor de “castração”.
O desenvolvimento psicossexual

▪ Fase de Latência:
– Quarta fase;
– Supressão do complexo edipiano com a “repressão” do desejo infantil;
– Fase de progressivo
ganho intelectual.
O desenvolvimento psicossexual
▪ Adolescência
– Desenvolvimento da genitalidade;
– Revivência, a partir do inconsciente, da influenciado Édipo na
construção da identidade do sujeito;
– Predomínio genital da
satisfação sexual.
O inconsciente e a teoria estrutural

▪ Forçado a justificar a existência de uma “vida psíquica” com conteúdo


e mecanismos fora do alcance da mente consciente.
▪ Inconsciente: lugar de ideias reprimidas após banidas da consciência.
▪ Resistência: força que mantem as ideias no inconsciente .
O inconsciente e a teoria estrutural

▪ Teorização topográfica da mente:


– Consciente (Cs): imagens, representações e percepções no foco da consciência
atual;
– Pré-consciente (Pcs): representações e lembranças de possível recuperação;
– Inconsciente (Ics): sem acesso consciente.
O inconsciente e a teoria estrutural

Consciente
Pré-consciente

Inconsciente
O inconsciente e a teoria estrutural

▪ Teoria estrutural: intuito de compreender componentes do


inconsciente.
– O Ego e o Id (1923);
– Divide aparelho psíquico em três:
▪ Id: pulsões e reprimidos;
▪ Ego: onde ocorrem os processos mentais (gerência de demanda dos opostos de acordo
com a oportunidade);
▪ Superego: valores culturais transmitidos como ferramentas de censura.
O inconsciente e a teoria estrutural
Formação de sintomas e tranferência
Formação de sintomas e tranferência

▪ O sofrimento atual e o passado: o sofrimento atual tem associação


com as experiências conflitivas da primeira infância.
▪ Transferência: sempre a repetição dos mesmos tipos e qualidades de
relacionamento.
TÉCNICA PSICANALÍTICA

▪ Objetivo: redesignar o sofrimento atual para o passado e gerar


autoconhecimento.
▪ Regra fundamental: “você me dirá tudo que vem a sua cabeça, sem
qualquer tipo de censura.”
▪ Interpretação: revelar o que está oculto. Papéis específicos às
pessoas de sua relação na atualidade em consonância com os que
seus pais e irmãos tiveram pra ele.
TÉCNICA PSICANALÍTICA

▪ Ao final da análise, por meio do desenvolvimento da transferência e


de sua regular interpretação, o indivíduo pode se conscientizar do
seu desejo infantil e da sua tendência a confundir o presente com o
passado.
▪ Internalização do método: compreensão do seu comportamento,
pensamento e reações.
Instrumentos técnicos da psicanálise

▪ No início, combinação do valor para pagamento.


▪ Paciente se deita no divã.
▪ Atenção livremente flutuante: foco para as suas próprias associações,
a fim de acessar o inconsciente do paciente.
Instrumentos técnicos da psicanálise
PSICANÁLISE X OUTRAS ABORDAGENS

▪ Psicoterapia de orientação analítica:


- Paciente frente a frente com o terapeuta.
- Confrontações e esclarecimentos.
- Duração mais breve.
- Influência do inconsciente através da vida de relações atual.
PSICANÁLISE X OUTRAS ABORDAGENS
PSICANÁLISE X OUTRAS ABORDAGENS

▪ Psicoterapia de apoio:
- Terapeuta busca reduzir o nível de tensão e reforçar as defesas do
paciente em sua tentativa de solucionar conflitos.
- O foco sai do inconsciente para as experiências reais da consciência.
- Sessões uma vez por semana.
- Divã contraindicado.
PSICANÁLISE X OUTRAS ABORDAGENS

▪ Psicoterapia de apoio:
- Indicação: graves transtornos, em que o paciente demonstra ampla
dificuldade em administrar conflitos, tolerar frustrações ou inabilidade
para abstrações e o pensamento simbólico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

▪ Quando bem indicadas, a psicanálise e a psicoterapia de orientação


analítica mostram eficácia.
▪ Promovem o autoconhecimento, fragilizam a estrutura dos sintomas
e munem o paciente de um método, o pensamento e a interpretação,
que os auxilia no processo de elaboração desses sintomas, reduzindo
a influência em sua vida.
CONSIDERAÇÕES FINAIS

▪ Importante o médico considerar, quando necessário, a indicação


dessas técnicas e também utilizar seus conceitos e fundamentos
quando necessário na clínica e terapêutica de transtornos mentais.
Obrigado!

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