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Intemperismo químico e físico

Clima e intemperismo
Intemperismo e denudação
balanço de massas
 Produtos do intemperismo: é quando o sedimento é gerado em determinado
pontos da Terra quando submetido a processos de alteração de rochas expostas
em superfície :
 relação entre latitude altitude e intemperismo;
 Minerais resistentes ao intemperismo, mesmo quando há o IQ, os quais podem ser
transportados na forma de sedimentos (qtz, zircão, turmalina produtos detríticos);
 Minerais neoformados, produzidos nos perfis de solo, argilominerais, óxidos ... ;
 Íons em solução, carreamento de íons provenientes das rochas fonte.

 Intemperismo Químico e Físico:


 o Físico é a desagregação por processosda superfície como: variação de área sazonal de
temperatura, abrasão na base de geleiras, etc.
 O Químico que tem uma dimensão muito maior na Terra, que é o resultado da ação da
água superficiais, principalmente a chuva, que gera não só a desagregação e
fragmentação, mas também as transformações químicas nas rochas expostas.
<TºC

Seco

Latitudes menores
>TºC úmido Latitudes
têm temperaturas Equador
menores, maior
maiores
precipitação
úmido
Seco

Seco

<TºC
Nas regiões de altitude, áreas desérticas e próximo aos pólos o intemperismo predominante é o físico.

Áreas de altitude mais


elevada tende A ter
menores temperaturas.

Existe uma relação entre


topografia e precipitação
que é positiva.

Bordas topografia mais elevada


que recebe umidade das áreas
elevadas, tende a produzir
maior taxa sedimentar, do que
em regiões planas.

Regiões mais elevados são


sujeitas predominantemente a
processos de intemperismo
físico. As regiões polares e
desérticas próximos aos
trópicos ou interiores, muito
distantes da umidade dos
oceanos, também possuem
essa característica.
Zona
Círculo Tropical Intemperismo químico é mais
Latitude 90º polar 23º Latitude 0º intenso nas áreas de baixa
Latitudes Polares laitude, isto ssociado a um
intemperismo físico, produz um
Precipitação espesso solo.
1000mm/ano No entanto, a taxa de produção
Sedimentar é maior transporte
em áreas com maior declividade.

Temperatura
20ºC

23º

Espessura
Taxa de desagregação e
potencial
de solos e produção sedimentar :
produção • fatores climáticos locais
sedimentar • Transporte – declividade,
relevo
as áreas de maior produção sedimentar, são aquelas que possuem alto relevo em climas diversos

DENUDAÇÃO E DECLIVIDADE
Nem todo o material
depositado em uma bacia
sedimentar foi originado
a partir do intemperismo de
uma rocha fonte, uma parte foi ou será
produzida pelo ciclo do carbono.

Produção sedimentar está


relacionada aos produtos do
intemperismo e escoamento por
declividade através das águas
superficiais:
Transporte de partículas e íons • Minerais resistentes;
• sedimentos terrígenos
• sedimentos químicos • Neoformados
• biogênicos • alguns íons
• terrígenos finos
Definição e unidades
A aproximação de Ludwig e Probst (1996)
Precipitação e variabilidade sazonal
Declividade e escala
A produção sedimentar da Terra
 A produção sedimentar das fontes (SY) é medida da massa de sedimentos
produzida por unidade de área por ano (t km-2y-1)
 Se multiplicada pela área (km2) denudada para uma bacia, determina a massa de
sedimentos que aporta na bacia por unidade de tempo;
 Produção sedimentar tem a ver com a taxa de denudação ( H) – Redução vertical
do relevo por erosão:  H (my-1) = SY (t km-2y-1)/( m-3)*106),

 ONDE  É A DENSIDADE DAS ÁREAS FONTE QUE ESTÃO SENDO DENUDADAS


 A produção sedimentar é determinada por:
 declividade (obs:. quanto maior e profunda for a vegetação maior será a tendência de
estabilizar o solo, mesmo com a declividade um pouco maior);
 erodibilidade; e
 clima.

 C = constante (0,02 com a aproximação original, mas dependente da erodibilidade da


área)
 SY = Produção sedimentar (t km2y)
 R = (Runoff)escoamento superficial especifico (mm/Year)
 S = declividade média das fontes
 VP = variabilidade da precipitação=P² cada mês / P ano(mm/Year)

Definições e exemplos de R e VP – Relação com o intemperismo e estabilidade


R= tudo o que chove em um dada região
não evapore, nem transpire, mas escoe
através dos rios. Pode-se então dividir o
volume total de águas superficiais em um
ano pela área e assim descobrir qual é o
escoamento superficial específico
(mm/ano). pode ser calculado
considerando-se o quanto chove em uma
região em mm e subtrair disso, o quanto
evapora, transpira (fotossíntese), o quanto
infiltra no solo freático, este ultimo pode
contribuir para o escoamento superficial.
Com esses dados retira-se o coeficiente de
Runoff = (R/P) que é o quanto precipita em
relação ao que escorre na superfície.
 Quando há uma vegetação muito bem desenvolvida ela tende a estabilizar o
runoff do solo mesmo para declividades um pouco maiores
 quando a vegetação é mais esparsa, menos desenvolvida e raízes mais superficiais
com mesmo runoff específico tende a promover a instabilidade do solo.

exemplo 1: exemplo 2:
VP = P² cada mês / P ano(mm/ano) VP = P² cada mês / P ano(mm/ano)
Distribuição Equilibrada dividido ao longo Distribuição desequilibrada onde o que deveria
de 1 ano: ser em 1 ano passa a ser em um mês:
área que chove 1200 mm/ano área que chove 1200 mm/mês
mas 100 mm/mês: mas 100 mm/mês:
VP = 1002 = 10.000x12 meses/1200 VP = 12002 = 1.440.000 x 1 mes/1200 (mm/ano)=1200
(mm/ano) = 120000/1200 = 100

menor erodibilidade maior erodibilidade


maiores
declidades
em bordas de
montanhas
ALTIPLANO ANDINO

CABECEIRAS

PROCESSO DE
DENUDAÇÃO
MAIOR
PRODUÇÃO
SEDIMENTAR DO PLANÍCIE AMAZÔNICA
PLANETA
ENCOSTAS
ÚMIDAS E DE
ELEVADO RELEVO
 dos 20X109 t/ano (carga tração + suspesão);

 11.4 109 t/ano carreados por apenas 24 rios.

 a carga transportada pelos rios é um reflex


das áreas que drenam. A taxa de carga
transportada varia entre <1Km 10-2 y -1
(sibéria) a mais de 5 X 104 t/km-2 y -1 (centro-leste
da China);
 elevada produção sedimentary em pontos
específicos da terra.
 América do sul  África
 Amazonas 1150 mt/ano  Níger 32 mt/ano e Congo 30 mt/ano drenam área plana e mesmo com
 Paraná 112 mt/ano uma vazão imensa e climas úmidos tem volume de sedimento
reduzido, o que corresponde a ideia de que a produção sedimentar
 Madalena 220 mt/ano (entre as duas cordilheiras)
(SY) está relacionanda a declividade e ao clima;
 Orinoco 150 mt/ano
 rios de savanna (África do Sul) com perfis de solo pouco espressos,
em clima árido, porém com maior declividade possuem maiores
 Ásia capacidades de SY (91 e 48 mt/ano).
 Ganges 1044 mt/ano
 Pramaputra 260 mt/ano  Egito
 windows 250 mt/ano  Nilo 125 mt/ano baixo curso em climas áridos e seu alto curso em
 irauadi 260 mt/ano climas úmidos, e tem uma bacia de drenagem gigante;
 mekong 160 mt/ano
 Europa
 Chineses  Danúbio 70 mt/ano (sedimentos das cadeias de montanhas da
 Yangisen 480 mt/ano, é uma anomalia, pois atravessa depósitos de areia fina
orogenia alpina.
pleistocenicos, fáceis de serem erodidos), menor variabilidade de litotipos;
 Oriente Médio
 América do Norte  Eufrates 103 mt/ano drenam as cadeias de montanhas entre a
 Mississipe 400 mt/ano drenam os platos no oeste da américa do norte, Península Arábica e a Ásia;
área de capitação gigante;  Sudeste da Austrália
 Rio Grande 30 mt/ano  Murray 30 mt/ano
 Rios do Alaska 520 e 60 mt/ano

 Norte do Canadá e Alasca ESTIMA-SE QUE A CARGA TOTAL (carga tração + suspesão)
 Yukon produz 125 mt/ano SEJA O DOBRO DESTES VALORES.
 Covile 520 mt/ano Fonte de geleiras
 Makenzie 60 mt/ano abrasão remove e transporta
Declividade
Soerguimento Tectônico e Produção Sedimentar
Efeito de Variações Climáticas
Efeito de Erodibilidade
• Maior quantidade de sedimentos
• Maior denudação das altitudes e
• Consequentemente menor declividade.
• Produção também cai
 Altitude, antes da alturo do
planaltoAndino denudado pelos
vales amazônicos 3000t/km2/ano. A
altitude atual é a média dos
interflúvios dos vales mais as partes
elevadas;
 Gerações de declividade com
rebaixamento;
Quanto mais elevado maior
a produção sedimentar (SY)

Quanto mais rebaixados menor a


declividade, menor a produção
sedimentar e, por tanto, menor a
taxa com que o relevo é rebaixado. Tempo de exposição e denudação
No início ocorre rápida erosão e
no fim ele erode cada vez mais
devagar.

Esse perfil onde ocorre a diminuição da produção sedimentar e do


rebaixamento de altitude é esperado para áreas em que não há
tectonismo ativo.
Pela Equação de Ludwig e Probst (1996) SY=0,02xRxVPxS – o sistema a produção sedimentar aumenta com o tempo, por que a
declividade aumenta com o tempo, mas o quanto é removido como produção sedimentar (SY) para uma dada declividade ()
depende dos parâmetros climáticos. Em um clima mais seco é necessário uma maior declividade , pois o R e VP são menores
para ter a mesma produção sedimentar que ocorreria com uma declividade menor em clima mais úmido. Em clima úmido a
mesma taxa de soerguimento tectônico vai ser equilibrada por uma taxa de denudação com uma declividade menor, por tanto
a altura final do relevo pode ser menor do que aquela em clima seco.
3. Redução da altitude com um novo encontro de limite
erosivo

2. Em clima mais úmido a elevada declividade promove uma


taxa de erosão maior do que a taxa de soerguimento. O que
irá reduzir a altitude.

Mudança de clima
desequilíbrio do sistema

1. Se em uma mesma área você tem um soerguimento


constante, que atinge uma taxa de erosão que equivale a
taxa de soerguimento, por tanto, qualquer soerguimento
adicional é equilibrado pelo processo erosivo e a altitude e
a declividade ficam constantes. Então a taxa de produção
sedimentar aumentou com o tempo até atingir um patamar
constante, em que a taxa de denudação é igual a taxa de
soerguimento, assim esses dois parâmetros tendem a se
encontrar.
Altitude como resultado da interação entre o soerguimento
e a taxa de denudação e a produção sedimentar é função
da taxa de soerguimento e dos fatores climáticos.
Mas a mudança de clima não é uma resposta direta, ou seja,
nem sempre terá uma maior produção sedimentar. Sendo
esta limitada pela taxa de soerguimento e nas transições
são geradas anomalias com frequência maior do que a
mudança climática.
Soerguimento inativo e erosão constante ocorre a
tendência a alcançar o patamar de equilíbrio,
camadas onde não ocorre mais a produção sedimentar e
rebaixadas nem a erosão

Soerguimento
inativo
Tempo
Soerguimento
constante

Soerguimento
constante

Bacias são o registro das grandes fábricas de


sedimento, representada pelas áreas de maior
elevação, que só persistem no tempo se houver
Tempo tectônica ativa.
Altiplano Andino

Vale Amazônico
Bacias são o registro das grandes fábricas de
sedimento, representada pelas áreas de maior
Rios que drenam o elevação, que só persistem no tempo se houver
altiplano maior tectônica ativa.
declividade, maior
produção sedimentar

Rios que drenam o escudo,


como o negro, o Xingu, o
tapajós.
Aporte sedimentar dos rios andinos com descarga de água semelhante a daqueles que drenam o escudo, é
maior a ponto de só se reconhecer praticamente as fontes andinas na assinatura do sedimento no curso dos
rios e na foz
1. Glaciais
2. Vulcanoclásticos
3. Leques aluviais
4. Fluvial
5. Eólico
6. Deltaico
 FLUXOS LAMINARES E TURBULENTOS
 NUMERO DE REYNOLDS E DE FROUDE IMPORTANTE PARA
ESTRUTAS SEDIMENTARES
 REGIMES DE FLUXOS
 TEM SUA FORMA MODIFICADA FACILMENTE SOB AÇÃO DE SEU PRÓPRIO PESO
 POSSUI DUAS PROPRIEDADES PRINCIPAIS:
 DENSIDADE
AFETAM DIRETAMENTE
 VISCOSIDADE A CAPACIDADE DE ERODIR E
DE TRANSPORTAR SEDIMENTOS
DENSIDADE

DENSIDADE DA ÁGUA > QUE A DENSIDADE DO AR

Afeta a magnitude das forças que agem sobre um fluido e nas superfícies onde ocorre um fluxo, o que também afeta a
taxa na qual as partículas decaem ou se assentam através de um fluido. Onde partículas inseridas em um fluido mais
denso terão taxas menores de assentamento. Sendo assim a água que é mais densa que o ar consegue transportar
sedimentos maiores que aqueles transportados pelo ar.
VISCOSIDADE

Papel fundamental na turbulência da água


 Laminar DOIS TIPOS DE FLUXO
 Todas as moléculas do fluido fluem paralelamente
a si mesmas na direção do transporte;
 Neste caso os componentes não se misturam Dependem da velocidade,
 Turbulento
viscosidade e rugosidade do leito
 Transporte de fluido perpendicular a direção de transporte do fluido. Onde
As linhas de corrente se cruzam de forma complexa. É um componente irregular
Ou aleatório de um fluxo;
 Neste caso os componentes se misturam
Definir se um fluxo é laminar ou turbulento Número de Reynolds

Pode ser um tubo ou um canal


Maior Visc. Como
Fluxo de detritos A água que tem menor Visc. Só apresenta
Ou de lavas fluxo laminar se a velocidade for baixa ou
profundidade rasa.

Fluxos turbulentos de ar e
água são os que mais
participam do processo de
transporte de sedimento. É
mais eficiente quanto a
erosão e adentrar partículas
das camadas acima da qual
o fluxo ocorre.

Maior Visc Menor Visc. Sempre turbulento


Efeitos de superfícies
rugosas e lisas são
fundamentais para a
formação de diferentes
formas de acamanetos.
A superfície de um leito é
hidraulicamente lisa se a
subcamada viscosa é espessa. O
A espessura da subcamada que ocorre a baixas velocidades de
viscosa diminui com o fluxos. Ou se a partículas do leito
aumento da velocidade do são tão finas que cabem na
fluxo, mas é independente subcamada vicosa.
da profundidade do fluxo.

A superfície de um leito é
hidraulicamente áspera se a
subcamada viscosa é fina. O que
ocorre a altas velocidades de
fluxos. Ou se a partículas do leito
são tão grossas que se projetam
através da subcamada vicosa.
Diferentes perfis em
fluxos laminares e
turbulentos.
admensional

Fluxo tranquilo a
velocidade das ondas
será maior que a
velocidade do fluxos
Fr<1.
Em fluxo turbulento a
vel. das ondas é menor
que a veloc. Do fluxo
Fr>1.

Parâmetro que quantifica como a gravidade influencia a maneira pela qual um fluido transmite
ondas superficiais. Importante para indicar a tranquilidade ou turbulência de um fluxo. Subcrítico
<1 ou supercrítico >1.
 Movimentos dos sedimentos em um fluido;
 Forças que agem sobre as partículas
 Efeito Bernoulli
 Velocidade critica de incorporação;
 Diagrama de Hjülstrem;
 Lei de Stokes e velocidade terminal de decaimento.
Seixos
Forças geradas pelo fluxo de
fluido > forças de resistência

Efeito Bernoulli

Resistência fricção
entre as partículas.
Energia Potencial = contante Para que se possa conservar a
Energia cinética = alterada, pois a velocidade aumenta
energia total a energia pressão
Energia de pressão = tem que diminuir para conservar a energia total
tem que diminuir
Diminuir pressão p conservar a
energia

Pressão acima do clasto


Será menor em 2
Cinética

Potencial
Energia

Energia

Energia
Pressão

Tem que haver uma maior velocidade acima do


classto para manter um fluxo constante faz com
que seja criada uma zona de baixa pressão
acima deste clasto, devido o efeito Bernoulli.
Essa diminuição de pressão vai proporcionar
uma força de elevação hidráulica momentânea
que vai mover o clasto da base do fluxo em
direção a essa zona de baixa pressão. Isso irá
incorparar o clasto ao fluxo de movimento antes
de cair de volta sob o efeito da gravidade.
Aplicável apenas a areia fina e cascalho
Só vale para partículas esféricas em fluxo laminar
Areia
fina

Areia
média

Redução dos
grãos da base
para o topo

Areia mais
grossa

Diâmetro
dos grãos
 Tipos de Rochas Sedimentares – Parte I
 Rochas Clásticas terrígenas
 Rochas vulcanoclásticas
 Carbonatos
 Evaporitos
 Depósitos carbonosos
 Ironstones
 Cherts
 Fosfatos Sedimentares
Fragmetos de
conchas
(clástos)
Escala de Wentworth
Carrega em si a sua história
A Escala de Krumbein, criada por W. C.
Krumbein usa o phi (φ), é uma modificação da Escala
de Wentworth. É uma escala logarítmica definida por:
Rochas formadas por
minerais que se precipitam a
partir de uma soluçãoà
medidade que a
concentraçãode íons
aumenta devido a
evaporação da água.
Substituição do
CaCO3 por SiO2
É a rocha sedimentar mais dura
Com fratura conchoidal
A fluorapatita ocorre
disperso nos sedimentos.
Mais raramente ocorre em
arenito na forma de apatita
(grãos).

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