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A PARÁBOLA DO RICO E

LÁZARO
Pr. Izéas Cardoso

INTRODUÇÃO

1. S. Lucas 16:19-31.

2. Esta parábola ilustra um princípio


que sempre devemos ter em mente
quando interpretamos parábolas:
Cada parábola tem um objetivo
especial.
a) Numa parábola geralmente tudo é
figurativo e nada é literal.
b) Acidentes podem ser introduzidos
no texto, entretanto não constituem a
lição principal a ser dada.
c) O estudante da Bíblia assim deve
estudar com cuidado para não
confundir os detalhes com o objetivo.

3. A Parábola do Rico e Lázaro está


intimamente relacionada com a
parábola do mordomo infiel na
primeira parte do mesmo capítulo.
A PARÁBOLA DO RICO E LÁZARO
I- Lucas 16:13 – “ Não podeis servir...”
Esta parábola foi dada por causa dos
fariseus.
a) O Verso 14 – Os fariseus eram
avarentos, e não faziam provisão para
o futuro, isto é, para a vida eterna.
1) Suas vidas se centralizavam
unicamente no dinheiro.
2) Por causa deles foi que Jesus disse
esta parábola.
3) Jesus quis mostrar o que acontece
ao homem quando ele não se prepara
para a vida eterna.
II – MUITOS QUEREM UTILIZAR ESTA
PARÁBOLA PARA SUSTENTAR O
ESTADO CONSCIENTE DA ALMA APÓS A
MORTE:
1.Porém não se pode alicerçar uma
doutrina sobre parábolas ou alegorias.
a) Se não, vejamos:
JUÍZES 9: 18-15, HABACUQUE 2:11,
II Reis 14:9.
b) Se eu digo que o meu vizinho é um
leão, não quer dizer que ele é
quadrúpede e tem cauda.
Quero dizer que meu vizinho é forte,
destemido valente.
2. ABSURDO CONTIDOS NESTA PARÁBOLA
SE A TOMARMOS LITERALMENTE:
a) Que alma tem olhos - v.23
b) Tem seios - v.23
c) Tem dedos - v.24
d) Tem língua - v.24
e) Se tem olhos e língua deve ter
cabeça.
(1) Se tem dedos logicamente deve
ter braços e mãos.
(2) Se uma delas sentia sede e
reclamava água para refrescar a
língua, logicamente concluímos que
tem organismo.
(3) Falavam, o que significa que
tinham, cordas vocais, laringe, etc.
(4) Se ouviam deviam ter órgãos
auditivos
(5) Se tinham cabeça, tronco e
membros, ou seja, partes corpóreas
materiais, então não eram almas.
f) O seio de Abraão não pode ser literal.
Se fosse, ele necessitaria ser bastante
grande para conter todos os pobres
que morrem.
g) Se esta parábola descreve a exata
condição das coisas além túmulo, então
quem está no céu pode falar com quem
está no inferno.
h) Se disserem que eram os corpos
glorificados, então o absurdo se torna
ainda maior, pois a parábola coloca os
corpos dos personagens embaixo da
terra.
i) O Rico morreu e também Lázaro e
foram sepultados. V.22.
j) No verso 31 a ressurreição é
apresentada como no futuro.
k) Se não eram almas e não eram
corpos, se haviam morrido e foram
sepultados e estavam conversando, só
poderiam fazer em alegoria, como as
árvores de Juízes 9.
m) PORTANTO, É INSEGURO E
TEMERÁRIO PRETENDER ESCORAR UMA
DOUTRINA, ALIÁS, FALSIDADE SOBRE
TÃO FRÁGEIS PILARES.
III – QUAL É A LIÇÃO PRINCIPAL DA
PARÁBOLA?

1. Será a de que os mortos são


conscientes?
2. Que o céu e o inferno estão tão juntos
que um num lugar pode ver o outro no
outro lugar e podem conversar?
3. Que o seio de Abraão é tão grande que
pode comportar todos os remidos?
4. Que os ricos vão para o inferno? Que
todos os pobres vão para o céu?
IV – QUAL A LIÇÃO QUE PODEMOS
CORRETAMENTE TIRAR DESTA
HISTÓRIA?
1. RICO:
a) O rico não é apresentado como um
pecador depravado.
b) Não é dito ser ele um indivíduo de
maus sentimentos ou injusto.
c) Não é dito ter ele usado mal o seu
dinheiro.
d) Parece-me que não era intenção de
Cristo nos dar um retrato dele como
sendo especialmente maligno.
2. POBRE:
a) O pobre foi um homem bom ou mal?
Nada é dito.
b) Nós poderemos tirar a conclusão de
que ele foi um homem justo, mas não
parece ter sido essa intenção de Cristo.
c) Notamos que não é intenção de
Cristo discutir o caráter dos indivíduos
apresentados.
3. O QUE CONCLUÍMOS É QUE CADA
PARÁBOLA TEM UMA LIÇÃO
PRINCIPAL. TODOS OS PORMENORES
SÃO APENAS PARA PREENCHER A
NARRATIVA E NADA TEM QUE VER COM
A LIÇÃO MÁXIMA.
4. O rico é usado como dando ordens.
Envia à Lázaro. E Lázaro não foi.
5. Cristo está procurando convencer os
fariseus que é o uso e não a posse do
dinheiro que faz o individuo apto para
a eternidade.
6. Se o rico tivesse feito amigos pelo
generoso uso do seu dinheiro enquanto
vivo, Abraão poderia tê-lo recebido no
seu seio. Porém ele falhou e agora era
tarde demais.

V – EXPLICAÇÃO DA PARÁBOLA
1. A nação Israelita, como o rico da
parábola, desfrutava as bênçãos de
Deus.
a) RICO: JUDEUS.
(1) Romanos 9:4 e 5
b) POBRE: GENTIOS
(1) O nome próprio Lázaro, segundo
os etimologistas, vem do hebraico, e
é paralelo de ELEAZAR e igualmente
significa “socorro de Deus” ou
“visitado por Deus”.
(2) Os gentios não tinham profetas,
não tinham as Escrituras reveladas
pelo Espírito Santo. Não tinham
nenhum serviço de Templo instituído
por Deus. Como disse Paulo: Efésios
2:11 e 12. Ver Mat. 15:21 a 28.
(3) Por outro lado os Judeus,
espiritualmente, tinham enriquecido, e
sentiam que nada tinham falta.
(a) Figurativamente estavam
gozando as bênçãos do seio de Abraão.
(b) A Cristo disseram: João 8:33 e 39.
(4) Mas depois da morte de Cristo,
operou-se uma grande mudança. A
presença de Deus afastou-se do
Templo. Jesus disse: Mateus 23: 37 e
38.
2. Mas os gentios entraram no seio de
Abraão, o lugar do favor de Deus.
a) Um grande abismo foi posto,
isolando-os.
Para os Judeus, o retorno ao seio de
Abraão agora, significa voltar ao seio
de Cristo. Gál. 3:29.
b) Os Judeus confiavam na sua
descendência física de Abraão e
negligenciaram a espiritual.
3. A ORAÇÃO DO RICO – Vs. 27 e 28
a) Alguns vêem nos 5 (cinco) irmãos
do homem rico, uma representação de
toda a humanidade, exatamente 5
raças – A Caucásica ou BRANCA; a
malaia ou PARDA; a mongólica ou
AMARELA; A Indígena da América ou
VERMELHA; e a raça NEGRA.
(1) A todo o mundo é feito apelo no
sentido de tirar proveito do que
aconteceu ao povo escolhido como uma
lição para a raça humana inteira.
4. ELES TÊM MOISÉS E OS PROFETAS – V.
29.
a) Moisés e os profetas representam o
Velho Testamento. Quando alguém
começa a duvidar do Velho
Testamento, logo chega a duvidar da
ressurreição de Cristo e do restante do
Novo Testamento.
b) Os homens começam por duvidar de
Moisés e acabam por duvidar de Cristo.
João 5:46 e 47.
c) E não esqueçamos que a parábola do
rico no inferno, mostra-nos que nesta
vida tão somente, podemos prepara-
nos para a eternidade, Ecles. 9:10.
d) Quando a morte chega, é posto um
grande abismo. Não há como
atravessá-lo. Não há mudança. O
destino está fixo. Não podemos voltar a
viver esta vida outra vez.
e) O que Cristo disse aos homens do
seu tempo? Luc. 16:15.
CONCLUSÃO:
Há um futuro diante de nós. Há um dia
de juízo. O abismo estará posto para
sempre. Mas hoje é o dia da salvação.
Agora é o tempo aceitável.
Aproveitemos.
Estamos nós preparados para a vida
eterna?
Estamos nós seguros que estamos
usando os nossos meios de tal maneira
que estamos fazendo o melhor para
honra e glória de Deus?
Preparai-vos para o futuro.
Quando a morte vier e o destino eterno
de cada um fixado, ninguém poderá
passar de um lado para outro.
A decisão será fixada enquanto
vivemos. Não haverá uma segunda
oportunidade.
Portanto preparai-vos agora para
encontrardes com Deus.

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