Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PEDIÁTRICA DE
TORNOZELO
Tereza Andréia Queiroz r1- traumato/ortopedia
Hospital da Restauração
03/10/17
Epidemiologia
As fraturas das placas de crescimento da tíbia e da fíbula distais
representam 18% de todas as fraturas fisárias.
Até 58% das fraturas fisárias do tornozelo ocorrem durante a prática
esportiva.
Mais comuns em homens
Costumar ocorrer entre: 8-15anos
As lesões ligamentares são raras em crianças porque seus ligamentos são
mais fortes em relação a fise
Centro de ossificação da porção
distal da tíbia:
Surge entre 6-24meses de idade
Se funde por volta dos 15anos nas
meninas e 17anos nos meninos.
Durante 18 meses a porção lateral da
fise fica aberta
Centro de ossificação da porção
distal da fíbula:
Surge entre 9-24meses de idade
Se funde 1 a 2 anos após o fechamento
da fise tibial
Mecanismo da lesão
Direto:
Queda, acidente automobilístico
Indireto:
Força axial através do antepé ou retropé (queda)
Força de rotação do corpo sobre o pé “plantado” (atividades esportivas)
Diagnóstico
Clinico:
Presença ou não de deformidade local
Dor local
Equimose, diminuição da mobilidade
Radiológico:
Normas de Ottawa:
• Queixas de dor nas proximidades do maléolo juntamente com
incapacidade de apoiar peso na perna ou sensibilidade à palpação no
maléolo.
Diagnóstico
Radiografia;
Ântero-posterior do tornozelo
Perfil do tornozelo
AP verdadeiro ( com encaixe do tornozelo) (Mortalha-
rotação medial de 15°)
Incidências sob estresse instabilidade ligamentar
TC:
Útil na avaliação de fraturas articulares, especialmente a
Triplanar e a Tillaux
RNM: AUXILIA NA IDENTIFICAÇÃO DE LESÕES OSTEOCONDRAIS DAS
SUPERFÍCIES ARTICULARES
Classificação
◦ 1- Baseiam na localização anatômica:
Salter-Harris:
I: fratura transversa através da placa de
crescimento;
II: fratura através da placa de crescimento
e metáfise;
III: fratura através da placa de crescimento
e epífise;
IV: fratura atravessa todos os 3 elementos
V: fratura compressiva da placa de crescimento
Classificação
◦ 2-Classificação baseada no mecanismo de lesão:
Classificação de Dias – Tachdjian
A: Supinação-inversão:
o É o mecanismo mais comum de fratura
• Grau I: a força de adução ou inversão provoca a separação da epífise
distal da fíbula ( fx tipo I ou II de Salter-Harris)
• Grau II: uma inversão maior produz fratura da tíbia, em geral tipo III ou
IV de Salter-Harris
B: Supinação-flexão plantar: C: Supinação-rotação externa:
A força de flexão plantar desloca Grau I: a força de rotação externa produz
fragmento metafisário para posterior, fx tipo II de salter-harris. O fragmento
causando fx tipo I ou II de Salter-Harris distal é deslocado para posterior
Grau II: uma força de rotação externa
ainda maior produz uma fx em espiral da
fíbula
Classificação
Lesão tipo V SH
Lesão rara
Prognóstico ruim ( interrupção do crescimento)
Dx tardio
Tratamento
◦ A: Fraturas tipo I e II de
Salter-Harris
Sem deslocamento:
Imobilização gessada por 3-4
semanas com gesso longo
Imobilização gessada tipo bota
com salto para permitir
deambulação por mais 3-4
semanas
Radiografia de acompanhamento
a cada 6 meses durante 2 anos
ou ate observar a linha de parada
de crescimento de Park-Harris
paralela a fise e constatar
Com deslocamento:
Crianças com pelo menos 2 anos de crescimento temos como objetivo:
• 15° de inclinção plantar
• 10° de valgismo
• 0° de varismo
Crianças com menos de 2 anos de crescimento o grau de aceitação reduz
para menos de 5°
Levemente deslocadas:
Redução fechada com infiltração no foco da fratura
Aparelho gessado inguinopodalico
Pós- operatório: bota gessada sem apoio de peso por 3semanas e em seguida
outra bota gessada para deambulação por mais 3 semanas.
◦2- Fraturas Triplanares:
SÃO FRATURAS TRANSICIONAIS TIPO IV DE SH
IDADE MÉDIA DE OCORRÊNCIA É 13 ANOS
◦ 12-14 ANOS EM MENINAS
◦ 13-15 ANOS EM MENINOS
PACIENTE TÍPICO
◦ ADOLESCENTE
◦ MASCULINO
◦ TRAUMA EM EVERSÃO DO TORNOZELO
◦ ATIVIDADE ESPORTIVA
Fraturas Transitórias -
Triplanares
TRATAMENTO
FRATURAS SEM DESVIO E EXTRA-ARTICULARES:
◦ CERTIFICADO EM TOMOGRAFIA
◦ GESSO INQUINOPODALICO POR 4 SEMANAS MAIS GESSO SUROPODÁLICO POR 2 SEMANAS
NAS FRATURAS DESVIADAS:
◦ PODE SER TENTADA REDUÇÃO INCRUENTA SOB SEDAÇÃO
◦ ROTAÇÃO INTERNA NAS TRIPLANAES LATERAIS
◦ EVERSÃO E ROTAÇÃO EXTERNA NAS TRIPLANARES MEDIAIS
◦ REDUZIR FÍBULA ANTES CASO TENHA FRATURA DESVIADA