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ENGENHARIA CIVIL

PROF: MIKE DA SILVA PEREIRA


DISCIPLINA: SISTEMAS ESTRUTURAIS DE CONCRETO ARMADO I
TURMA: 7 ENN1

A ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

Equipe:
1. Enio Cardoso Leite 7. Marcos Santana
2. Gionanni Giordano 8. Rafael Silva
3. Hellen Pereira 9. Ricardo Vogado
4. Ivan Sulzbach 10. Rodrigo Brígido
5. José silveira 11. Ruberval Oliveira
6. Marcel Vasconcelos

Belém/Pa
2015
1. INTRODUÇÃO

1.1 MOTIVAÇÃO

 Caracterizar em detalhes a Concepção, Cálculo e Execução

1.2 OBJETIVOS

 Caracterizar a Estrutura do Monumento, sua história, concepção,


projeto estrutural e tecnologia construtiva;
 Avaliar sua situação física atual e propor as bases de um programa de
recuperação e manutenção preventiva para estrutura.

A ESTRUTURA DO
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PALÁCIO DO ITAMARATY
ITAMARATY
1. INTRODUÇÃO

1.3 DESCRIÇÃO DOS CAPÍTULOS

 Capítulo 2 cadastramento de informações históricas;

 Capítulo 3 software SAP 2000;


 Capítulo 4 dimensionamento e comparar as armaduras desta peças
estruturais com as do projeto original.

 Capítulo 5 objetivo avaliar a durabilidade da estrutura;

 Capítulo 6 Tem por finalidade desenvolver uma proposta de recuperação


estrutural.
 Capítulo Final

A ESTRUTURA DO
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2. HISTÓRICO DO PALÁCIO DO ITAMARATY

2.1 PESQUISA HISTÓRICA INSTITUIÇÃO ENDEREÇO

2.1.1 INSTITUIÇÕES E ENTREVISTAS Novacap - Companhia Urbanizadora SAP - Lote B - Ed. Sede - Tel.: (61)
da Nova Capital do Brasil 361-7316
IPDF - Instituto de Planejamento e
Praça do buriti - Palácio do Buriti
desenvolvimento de DF
ArPDF - Arquivo público do Distrito SAP - Lote 41 da Novacap - Bloco B -
 Instituições procuradas: Federal Tel.: (61) 361-1454
SCN Quadra 4 - Lote 1 - Ed. Sede -
Administração de Brasília
Tel.: (61) 327-5014
IPHAN - Instituto do Patrimônio SBN Quadra 2 - Bloco F - 1º/6º andar
Histórico e Artístico Nacional - Tel.: (61) 326-0955
esplanada dos Ministérios -Palácio
Sarq - Serviço de Arquitetura e
dp Itamaraty - Anexo I - 8º Andar -
Engenharia do Palácio do Itamaraty
Tel.: (61) 411-6347
Praça dos 3 Poderes, sem número -
 Entrevistas realizadas: Fundação Oscar Niemeyer
Tel.: (61) 224-3255

• Arq. Milton Ramos – Resp. Téc. Pela obra do P.I;


• Eng. Armando Lima – Resp. Téc. da empresa Tecnosolo;
• Eng. Hiderval Teixeira – Eng. Chefe da Novacap;
• Eng. Moacy Bruzzy – Eng. Téc. Pela obra do P.I;
• Arq. José Carlos Grillo – Resp., atual do SARQ do P.I

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2. HISTÓRICO DO PALÁCIO DO ITAMARATY

2.1.2 PROJETOS E CONSTRUTORAS

• Projeto Arquitetônico: Arq. Oscar Niemeyer


• Calculista: Joaquim Cardozo
• Construtora: Pederneiras (06/11/62)
• Obra Avaliada: U$ 5.959.520,00
• Fundação: Estacas Franki

2.2 HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO

CONCEPÇÃO PROJETO EXECUÇÃO

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2.2 HISTÓRICO DA CONSTRUÇÃO

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2.3 ARQUITETURA DO PALÁCIO


 84x84 m²;
• 75.000 m² S

 Altura de 17,56m, sendo 4,27m no sub solo (CA);


 15 linhas de pilares na sua fachada (L/O);
 Vão entre pilares de 6m, os pilares dos arcos
distantes entre si a cada 6m e com 5 linhas na
fachada (N/S), com vãos variando de 6m a 36m.
L O  4 Fachadas.

PALÁCIO
ITAMARATY

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5 continentes
2.3 ARQUITETURA DO PALÁCIO

 ANEXO I – 9 andares: térreo, sobreloja, 5 andares padronizados e 2


subsolos, é ligado ao palácio por 2 passarelas na altura do segundo andar.
 ANEXO II – prédio circular onde se situam a biblioteca, os arquivos e a
Fundação Alexandre Gusmão e o setor de comunicação.

Espelhos d'água

 Escada Helicoidal, com engastamento


em forma de raiz de arvore aberta para
suportar a espiral;

 Constituída por 1 viga central, onde se


apóiam os pisos dos degraus.

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2.4 EXECUÇÃO • Todas as formas foram produzidas em madeira;


• Foi produzido uma maquete em tamanho real, das formas dos pilares e
arcos da fachada;
2.4.1 - Formas e • Foram selecionadas ripas de 5 cm cada, usadas nas forma dos pilares e
Escoramentos arcos das fachadas (para não visualizar a junta de concretagem);
• Nas vigas foram usadas formas convencionais retangulares;
• O escoramento foi todo em estruturas metálicas convencionais.

CAT – 50: 1/8” – 3/16” – 1/4” - 1/2” – 5/8” – 3/4” – 7/8” – 1”


2.4.2 – Aço CAT – 58: 1”
construção CAT – 37: 3/16” – 5/16” – 3/8” – 1/2”
do palácio
Obs: Todos já corrugados

O presente estudo foi limitado somente cujos projeto foi encontrado.


Nos pilares dos arcos, fora o da extremidade, foi utilizado aço CAT – 50, corrugado:
1/8” – 3/16” – 1/2”
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2. HISTÓRICO DO PALÁCIO DO ITAMARATY

2.4 EXECUÇÃO
• Segundo declaração o valor da tensão de ruptura do concreto
2.4.3. Concreto
aos 28 dias era algo em torno de 30 MPA, para todas as peças
exceto na biblioteca onde chegou a 40 MPA.

• Este aditivo aumenta a resistência mecânica (pela


redução da quantidade da água), a trabalhabilidade,
2.4.4. Aditivo
a densidade e a uniformidade do concreto.

 reduz a fissuração e absorção.

• Dosagem do concreto - Foram realizados vários testes para que se


chegasse a uma tonalidade e resistência desejada.
2.4.5. Cimento
• Cimento utilizado era do da marca Campeão;
e agregados
• O agregado grosso era seixo rolado;
• O agregado fino era areia grossa;
• Para cura do concreto se empregou molhagem diária.
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3. ANÁLISE DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

3.1 CONCEPÇÃO ESTRUTURAL

• Foi utilizado o software comercial SAP 2000

• Objetivo: é obter as reações que ocorrem em uma estrutura, para se


chegar numa análise criteriosa do projeto.

• Idealizou-se um modelo estrutural a partir do projeto estrutural original


do P.I., utilizando elementos finitos Frame, que representa barras
unidimensionais (vigas e pilares).

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3. ANÁLISE DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

3.1.1 CONCEPÇÃO DE VIGAS E PILARES


Fig.3.1- Modelo esquemático em
pespectiva da estrutura do P.I
(programa Acad 2000)

Fig.3.2- Modelo Estrut.


da cobertura do P.I.
(SAP 2000/95)

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3.1.1 CONCEPÇÃO DE VIGAS E PILARES Fig.3.3 - Detalhes dos Arcos do


pilares do P.I

Fig.3.4 - Modelo
Estrutural do 2º PAV do
P.I. (SAP 2000/95)

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3. ANÁLISE DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

3.1.1 CONCEPÇÃO DE VIGAS E PILARES


Fig.3.5 - Modelo Estrutural
do 2º PAV e PAV de
cobertura

Fig.3.6 a) Modelo Estrutural do pórtico A: Fig.3.6 b) Modelo Estrutural do pórtico B


direção Leste-Oeste (SAP200) (vigas faixa): direção Norte-Sul
(SAP 2000)
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3. ANÁLISE DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

3.1.1 CONCEPÇÃO DE VIGAS E PILARES Fig.3.7 – Detalhe da variação de


largura nas vigas (SAP 2000)

Seção Seção Seção Seção Seção Seção Seção Seção Seção Seção Seção Seção
Principal Variável Variável Variável Variável Variável Principal Variável Variável Variável Variável Variável
20x120cm 22x120cm 24x120cm 26x120cm 28x120cm 30x120cm 20x120cm 22x120cm 24x120cm 26x120cm 28x120cm 30x120cm

Fig.3.8 a) Seções das vigas de 36m de vão livre Fig.3.8 b) Seções das vigas de 30m de vão livre
adotadas no SAP 2000 adotadas no SAP 2000
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3. ANÁLISE DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

3.1.1.1 CONCEPÇÃO DE VIGAS Fig.3.9 b) Encontro das


Seção Original
Seção
vigas no pilar da fachada
Idealizada II (arco)
Seção
Idealizada I

Fig.3.9 a) Seção transversal do pilar do arco

Tabela 3.1: Comparação das grandezas e momentos entre


os modelos idealizados e o Proj. Original
Seção A Constante M Mmax Mmin
Idealizada (m²) Torsional Ix IY rx rY pilar viga viga
I 0,336 0,007 0,002 0,049 0,08 0,34 257 688 770
II 0,337 0,008 0,002 0,04 0,12 0,24 304 661 787
Original 0,337 0,008 0,002 0,04 - - -
As unidades usadas foram KN e m Fig.3.10 Configurações dos pilares do palácio (SAP 2000)

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3. ANÁLISE DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

3.2 CONDIÇÕES DE CONTORNO E CARREGAMENTOS

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3. ANÁLISE DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

3.3 ANÁLISE DOS RESULTADOS

• O concreto foi idealizado como material isotrópico, fck=30MPa;


• O Valor do módulo de elasticidade é de aprox. 26x10³MPa;
• O aço utilizado foi o CAT 37 (fy= 370MPa) e o CAT 50 (fy= 500MPa)

3.3.1 DESLOCAMENTOS
Estrutura deformada Estrutura Indeformada
Estrutura deformada Estrutura Indeformada

Fig.3.15 Estrutura deformada dos pórticos A e B do palácio do Itamaraty no SAP 2000

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3. ANÁLISE DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY

3.3.1 ANÁLISE DOS RESULTADOS

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3.3.2. ESFORÇOS E REAÇÕES

M+
M-

Fig.3.17: Diagrama de esforço cortante no pórtico


Fig.3.16: Diagrama de momento fletor no
A e B (SAP 2000) Esforços -
Pórtico A e B (SAP 2000)
Cortante +

Tabela 3.3: Comparação das


cargas de fundação

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

• Objetivo: apresentar o dimensionamento, comparar as áreas do aço com o


projeto original.

4.1 ESFORÇOS CONSIDERADOS NO CÁLCULO


 Este modelo gerou 3 esforços distintos momento fletor e forças normal e
cortante.

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.1.1 OBTENÇÃO DOS ESFORÇOS PARA O DIMENSIONAMENTO


N ACUMUL. Q M+ M-
4.1.1.1 PILARES SEÇÃO N(KN)
(KN) (KN) (KN.m) (KN.m)
P2 25X120 SEC. 1 1475 1475 -10,3 24,4 31,6
P2 25X120 SEC. 2 1246 2721 -10,3 47,7 46,2
Tabela 4.1: Esforços de
P2 25X120 SEC. 3 1234 3955 -22 50,4 48,1 serviço nas seções dos
P2 25X120 SEC. 4 1235 5190 -27,4 30,2 21,3 pilares do P.I (modelo
PILAR ARCO 813 813 -20 304,8 0 SAP 2000)

Q- Q+ M+ M1 - M2 -
SEÇÃO
(KN) (KN) (KN.m) (KN.m) (KN.m)
4.1.1.2 VIGAS V4 SEC1 30 10,3 27,5 39,5 -19,5
V4 SEC2 25,3 101,9 66,5 19,5 619
V4 SEC3 166,1 166,1 854,5 619 619
V4 SEC4 101,9 25,3 66,5 619 -19,5 Tabela 4.1: Esforços de
V4 SEC5 10,3 30 27,5 -19,5 39,5 serviço nas seções das
V5 SEC1 41,7 89,6 64 56,5 475 vigas do P.I (modelo
SAP 2000)
V5 SEC2 109,6 108,4 334 475 478
V5 SEC3 89,2 -55,8 - 478,33 73
V5 SEC4 59,8 75,1 135 72,89 256
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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.1.2 COMBINAÇÕES E COEFICIENTE DE MAJORAÇÃO DE ESFORÇOS


Q- Q+ M+ M- M- N-
SEÇÃO
(kN) (kN) (kN) (kN) (kN) (kN)
O coeficiente P2 25X120 sec.1 - 14,5 34,1 - 44,3 2064
P2 25X120 sec.2 - 14,5 66,8 - 64,7 1744
de majoração,
P2 25X120 sec.3 - 30,8 70,6 - 67,3 1728
γf , para cargas P2 25X120 sec.4 - 38,3 42,3 - 29,8 1730
permanentes Pilar arco - 28 426,8 - 0 1139
varáveis = 1,4 V4 sec.1 42 14,5 38,5 55,2 -27,3 -
V4 sec.2 35,5 142,6 93,4 -27,3 866,6 -
V4 sec.3 232,5 232,5 1196,2 866,6 866,6 -
V4 sec.4 142,6 35,5 93,4 866,6 -27,3 -
V4 sec.5 14,5 42 38,5 -27,3 55,3 -
V5 sec.1 58,5 125,5 89,33 79,2 664,8 -
V5 sec.2 153,5 151,8 467,6 664,8 669,6 -
V5 sec.3 124,9 -76,7 - 669,6 102 -
V5 sec.4 83,7 105,2 1889 102 358,1 -
Tabela 4.3: Esforços de cálculo nas seções de pilares e vigas do P.I
(Programa SAP 2000)

A ESTRUTURA DO
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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.2 DIMENSIONAMENTO DOS PILARES DO P.I SEGUNDO A NBR 6118/2003


4.2.1 CARACTERIZAÇÃO DAS SEÇÕES DOS PILARES
• Os pilares dos arcos apresentam seção transversal trapezoidal. Para facilitar o
cálculo propôs um modelo idealiza II de 28x120cm, com 2/3 da altura e mesma área
da seção original.

Fig 4.1: Comparação entre seção idealizada e a original e seção dos demais pilares do prédio

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.2.2 CÁLCULO DAS SEÇÕES DOS PILARES DO P.I


Nível da cobertura

L = 14,60
Lf = comprimento de flambagem (m)
i = raio de giração (m)
Le=0,71 NT
Fig.4.2: Comprimento de
flambagem para o pilar do P.I
Fig.4.3: Detalhe da viga faixa no
pilar do arco (planta de forma)
SEÇÃO le (m) ix(m) iy(m) λx λy
P interno sec.1 4,7 0,07 0,35 67,1 13,4
P interno sec.2 3,8 0,07 0,35 54,3 10,8 Fig.4.4: Valores do índice de esbeltez dos pilares do
P interno sec.3 3,15 0,07 0,35 45 9 Itamaraty.
P interno sec.4 3,8 0,07 0,35 54,3 10,8
 Pilar interno: seção constante 25x120cm
Pilar arco modelo I 10,2 0,24 0,12 42,5 85
Pilar arco modelo I 10,2 0,35 0,08 29,1 127,5  Direção X e Y: Figuras 4.1 e 4.3

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.2.3 ANÁLISE DO PILAR DO ARCO


• Excentricidade de 1º ordem devido momento transmitido pelo vão
extremo da viga e devido à carga excêntrica da viga do arco(e1);
• Excentricidade de 2º ordem, pois x = 42,5>40(e2);
Na direção X: • Como 40< x = 42,5 < 90, não é obrigatório considerar a excentricidade
devido afluência (ecc); porém, por se tratar de um monumento histórico,
jogou-se conveniente fazer essa consideração neste dimensionamento,
numa situação mais desfavorável.

• Excentricidade de 2º (e2), pois y > 40 (ambos os modelos I e II, y = 85


e 127,5 respec.);
Na direção Y: • Nos casos em que > 90, é obrigatória a consideração da excentricid.
devido à fluência(e∞). Essa parcela será adicionada nos cálculos segundo
os dois modelos, conforme explanação anterior.

A ESTRUTURA DO
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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.2.4 ANÁLISE DO PILAR INTERNO

 A resultante das FN estão localizadas no centro da gravidade da seção.

Na direção X
• Excentricidade de 1ª ordem (e1), devido ao momento da viga faixa;

• Excentricidade de 2ª ordem (e2), pois λx>40(λx=45 a 67,1: tabela 4.4);


• Excentricidade devido à fluência (ecc), neste caso é obrigatória a
consideração desta parcela, pela características do monumento será
considerada no dimensionamento.

A ESTRUTURA DO
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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.2.5 MÓDULO DE ELASTICIDADE

 Para concreto com fck=30 MPA é de aprox. 26x10³ MPA.

4.2.6 EXCENTRICIDADE DE 1ª ORDEM

 É a distância da FNR N ao centro de gravidade da seção

e1 = excentricidade de 1ª ordem; M/N;


e1 = M/N; onde: M = momento fletor de serviço;
N = esforço normal de serviço

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.2.7 CONSIDERAÇÃO DO EFEITO DE 2ª ORDEM


 Segundo a NBR devem ser levadas em conta as imperfeições globais
e locais nos elementos estruturais.
Para o modelo II do pilar do arco da fachada λy > 90, a NBR estabelece esforços de
2ª ordem em pilares com λ ≤ 140.
 método do pilar-padrão ou pilar-padrão melhorado.
Obs: O momento total
máximo no pilar deve ser
calculado pela expressão:

Fig.4.5 – Momento total máximo e excentricidade devido aos efeitos de 2ª ordem (e2), segundo NBR 6118/03
A ESTRUTURA DO
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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.2.8 CONSIDERAÇÃO DO EFEITO DE 2ª ORDEM


 Para pilares com λ > 90, pode ser efetuada de maneira aproximada, considerando
a excentricidade ecc:

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.2.8 CONSIDERAÇÃO DO EFEITO DE 2ª ORDEM


 Vigas e pilares deve ser considerada a tração decorrente do desaprumo do pilar
contraventado ou da falta de retilineidade do eixo do pilar. (fig. 4.4)

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.3 DIMENSIONAMENTO DOS PILARES


 O et representa a soma de excentricidade de 1ª ordem (e1) com a excentricidade
acidental

v v
v

Fig.4.6 – Modelo do dimensionamento do pilar

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.3 DIMENSIONAMENTO DOS PILARES


 Na tabela 4.11 – Valores de µsd para cada
seção dos pilares.
Como os valores de cálculo foram menores que
os valores limites, pode-se afirmar que não há
necessidade de armadura dupla.

 A tabela 4.12 – Mostra o quantitativo


das armaduras calculadas, comparadas
com as mínimas exigidas e as do
projeto original.

A ESTRUTURA DO
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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.3.1 COMENTÁRIOS
 Os valores encontrados para armaduras dos pilares mostram que o cálculo de Joaquim
Cardozo atende as exigências da NBR 6118:2003, tanto para fck=30 Mpa como para o de
22,5 Mpa, pois todas a áreas de aço ficaram abaixo das seções originais.

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.3.2 DIMENSIONAMENTO DOS PILARES AO ESFORÇO CORTANTE


 O modelo I supõe as forças de compressão inclinadas θ= 45º em relação ao eixo
longitudinal da peça.
 O modelo II admite diagonais de compressão inclinadas de em relação ao eixo
longitudinal da peça, com θ variando entre 30º e 45º.

Obs: Os valores encontrados para os estribos dos pilares internos foram bem próximos dos
valores do projeto original.
A ESTRUTURA DO
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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.4 DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DO P.I SEGUNDO NBR 6118/2003


4.4.1 – Seções das vigas estudadas no P.I
 As dimensões das vigas foram retiradas do projeto original, conforme
figura:

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4. DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS TÍPICAS DO P.I.

4.4 DIMENSIONAMENTO DE VIGAS DO P.I SEGUNDO NBR 6118/2003


4.4.2 – Dimensionamento das Vigas
 As diferenças maior das armaduras no projeto
original, podem ser explicadas pelos valores mais
altos provavelmente, utilizados nos coeficientes de
segurança, pois na época não se dispunha das
ferramentas computacionais atuais, além da natural
preocupação com a importância da obra.

Quadro: Cálculo da flecha imediata (cm) para o P.I

Fig. 4.8: Comparação de Armadura fck=22,5MPa (em escala)


A ESTRUTURA DO
A ESTRUTURA DO PALÁCIO DO
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5. VISTORIA

5.1 PROGRAMA DE INSPEÇÃO

• As estruturas de concreto eram tidas, até pouco tempo, como imunes a


deterioração. Eram consideradas de grande durabilidade e com
manutenção e conservação praticamente nulas.

• Imaginava-se que o concreto armado conservava suas características


iniciais por toda sua vida útil, conservando assim suas propriedades
físicas, químicas e mecânicas inalteradas.

A ESTRUTURA DO
A ESTRUTURA DO PALÁCIO DO
PALÁCIO DO ITAMARATY
ITAMARATY
5. VISTORIA

5.1.1 CONCEITO DE DURABILIDADE E VIDA ÚTIL DAS ESTRUTURAS


Manutenção
Pequenos reparos

• A durabilidade da estrutura pode ser Grande reparos


Reforços

Custo
representada pela relação entre o De Correção

tempo e desempenho. Desempenho


Mínimo

• A medida que a estrutura começa a Desempenho da


estrutura

perder sua funcionalidade devido


alguma deterioração, faz-se
necessário algum reparo ou reforço.
Vida Útil

Fig.5.1: Fase do desempenho de uma estrutura


durante a sua vida útil (CEB, 1992, adaptado
por Andrade, 1997 e citado por Boldo, 2002)

A ESTRUTURA DO
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5. VISTORIA

5.1 .1 CONCEITO DE DURABILIDADE E VIDA ÚTIL DAS ESTRUTURAS

Estabelece parâmetros para repercussão


econômica de todos os custos
envolvidos nas diversas fases que

Deterioração
podem ser previstas durante a vida útil
de uma estrutura.

FASE A – Projeto e construção


FASE B – Início do processo deterioração Fig.5.2: Lei dos cinco (Sitter, 1983 –
FASE C – Início da propagação dos danos modificado, citado por Boldo, 2002)

FASE D – Estado avançado da propagação


dos danos com deterioração avançada.

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5. VISTORIA

5.1.2 METODOLOGIA DE CLASSIFICAÇÃO DE DANOS EM ESTRUTURAS DE


CONCRETO ( BOLDO, 2002)

Fig.5.3: Fluxograma para avaliação


quantitativa da estrutura (castro, 1994;
citado por Boldo, 2002)

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5. VISTORIA

5.2 AVALIAÇÃO DA ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY


 Para a avaliação, foi dividida em 3 segmentos;

Estrutura interna Estrutura de fachada Rampas de acesso

Houve diversas dificuldades para a


análise de tal estrutura, pois as
estruturas são cobertas por elementos
arquitetônicos, dificultando assim a sua
avaliação. Limitando-se verificações
através de alguns pontos de luminárias
espalhadas pelo prédio.

A ESTRUTURA DO
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5. VISTORIA

5.2 DETALHAMENTO

Estrutura interna
protegida pela
Estrutura
fachada de vidro
da fachada

Rampa de
acesso

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5. VISTORIA

A ESTRUTURA DO
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5. VISTORIA

A ESTRUTURA DO
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5. VISTORIA

PROPOSTA DE MÉTODO DE INTERVENÇÃO

• Recuperação das vigas com armaduras expostas, com a


utilização de concreto convencional e aditivos expansores,
ou grout expansivos para minimizar a retração dos concreto
evitando assim fissuras

A ESTRUTURA DO
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5. VISTORIA ESTRUTURA DA FACHADA

PATOLOGIAS ENCONTRADAS

 Aparecimento de fissuras;
 Aparecimentos de fungos;
 Carbonatação do concreto ou
eflorescências.

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5. VISTORIA PROPOSTA DE MÉTODO DE INTERVENÇÃO

 Sugere-se a limpeza dos pilares com


água sanitária para a eliminação dos
fungos e em seguida a aplicação de
hidrofugantes para dificultar a
penetração de água.

 Para as fissuras, após análise, sugere-


se o tratamento com nata de cimento,
de modo a não alterar as características
superficiais do concreto.

A ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY


5. VISTORIA ESTRUTURAS DE RAMPAS DE ACESSO

A ESTRUTURA DO PALÁCIO DO ITAMARATY


5. VISTORIA

PROPOSTA DE MÉTODO DE INTERVENÇÃO

• Reconstituição do concreto com aditivos expansores e polímeros, para


que seja minimizado o problema da retração.

• Faz-se necessário a limpeza das barras que se encontram em processo


de corrosão impedindo assim que esse processo evolua.

A ESTRUTURA DO
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6. PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO

6.1 PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO

 Propor um plano de recuperação

6.1.1 EQUIPE DE MANUTENÇÃO DO PALÁCIO DO ITAMARATY


 Profissionais de Arquitetura e Engenharia, trabalhando no SARQ, chefiados pelo
Arq. José Carlos Grillo (responsável pela manutenção e conservação do palácio)

6.1.2 MANUTENÇÃO DA ESTRUTURA


1. Cadastramento; 4. Reparos de pequena monta;
2. Inspeção periódicas; 5. reparos de grande monta;
3. Serviços de limpeza 6. reforços.

A ESTRUTURA DO
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7. CONCLUSÕES

7.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS

 Objetivo: Avaliação do P.I., visando propor um programa de manutenção preventiva.

 Houve dificuldades para obter informações sobre a obra, todas as informações


foram conseguidas por entrevistas feitas com pessoas que trabalharam na
construção do P.I.;

 Foi analisada a estrutura de um pórtico do P.I. através de um software SAP 2000;

 Usando a metodologia descrita por BOLDO (2002) realizou-se vistoria da estrutura


do P.I, caracterizando-se a situação de cada componente, indicando um prazo
máximo para respectivas intervenções;

 Sugeriu-se um programa de recuperação estrutural visando o monitoramento e


recuperação do monumento.
A ESTRUTURA DO
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7. CONCLUSÕES

7.2 DIMENSIONAMENTO DE PEÇAS ESTRUTURAIS DO P.I

 Verifica-se que o modelo utilizado no presente trabalho indica uma coerência com o
do eng. Joaquim Cardozo;

 Observa-se que as taxas de armaduras obtidas nos dimensionamentos de seções


dos pilares e vigas, são menores que às do projeto original, diferenças aceitáveis;

7.3 AVALIAÇÃO E PROPOSTA DE RECUPERAÇÃO

 Após avaliação percebeu-se que a estrutura do P.I. está em estado de conservação


aceitável, recomendando-se algumas intervenções;

 Apenas alguns problemas localizados na rampa de acesso e nas fachadas Oeste e


Norte, onde a umidade é bem elevada

A ESTRUTURA DO
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7. CONCLUSÕES

7.4 SUGESTÕES PARA TRABALHOS FUTUROS

 Catalogar e divulgar as obras mais importantes do patrimônio histórico do Brasil;

 Para que se possa preservar o patrimônio de engenharia brasileira;

 Temos em nosso país uma gama de monumentos que necessitam de programas de

manutenção, para que se possam ser preservados posteriormente.

A ESTRUTURA DO
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AGRADECIMENTO

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