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VI CONFERÊNCIA MUNICIPAL DE ASSISTÊNCIA SOCIAL DA CIDADE

DE SÃO PAULO

SUAS: SISTEMA ÚNICO DEASSISTÊNCIA SOCIAL

Plano 10: Estratégias e Metas para a Implementação da Política Nacional de


Nacional deAssistência Social

Rosangela Paz

(apresentação elaborada a partir de subsídios


de Neiri Bruno e Rita de Cassia A. Marchiore)
2005
Principal deliberação da IV Conferência Nacional de
Assistência Social

Implantar o Sistema Único de Assistência Social – SUAS


modelo de gestão para todo território nacional
consolidando a LOAS

“As ações na área de A.Social são organizadas em sistema descentralizado e


participativo...” (art.6o da LOAS)
PROCESSO NAASSISTÊNCIASOCIAL:

 1988 - Constituição Federal:AS concebida


enquanto SEGURIDADE SOCIAL
 1993 - LOAS

 1994 - 2004:
Construção do sistema descentralizado e participativo nos quase
5.561 municípios brasileiros: implantação dos conselhos, fundos e
planos municipais,
Conferências nacionais, estaduais e municipais,
 Estudos e pesquisas nas universidades,
Fóruns municipais, estaduais e nacional articulando a sociedade civil.
Marcos normativos:

Constituição

LOAS

SUAS/PNAS

Regulamentação do art. 3º NOB – 2005


da LOAS

Plano Nacional deAS (2006)


Constituição de 1988

Seguridade Social:

Política Pública de Proteção Social: política de direitos,


universal e de responsabilidade estatal, composta pelo tripé:

Saúde, Previdência eAssistência Social .

SEGURIDADE SOCIAL = PROTEÇÃO SOCIAL


Constituição de 1988 e LOAS
Assistência Social passa a se constituir como política pública e direito de
cidadania não mais ajuda ou favor ocasional e emergencial.

DIREITOS SOCIAIS

A política pública de a.social não se confunde com ajuda, pois é um


DIREITO que pode ser reclamado.

A assistência social é política de direção universal - capaz de alargar os


direitos sociais a serem assegurados a todos os brasileiros, de acordo com
suas necessidades e independente de sua renda, a partir de sua condição
inerente de ser de direitos.
SUAS/PNAS

SISTEMA: articulação e integração de ações, com uma determinada


direção.

SUAS

Ações de Proteção Social


BÁSICAe ESPECIAL

estados e municípios
SUAS/PNAS

O SUAS é um sistema público que consolida:

 o modo de gestão compartilhada,


 o co-financiamento,
 a cooperação técnica entre os três entes federativos
(federal, estadual, municipal);

Estabelece:
 a divisão de responsabilidades entre os entes para
instalar, regular, manter e expandir as ações de
assistência social;
O SUAS é:

Aregulação, em todo o território nacional:


 da hierarquia,
 dos vínculos,
 das responsabilidades do sistema, serviços, benefícios e
ações de assistência social,
de caráter permanente ou eventual, sob critério universal e
lógica de ação em rede hierarquizada e em articulação com
iniciativas da sociedade civil.
SUAS é uma Política de Estado e não de governo.

Significa que o Estado deve ter a responsabilidade pela


implementação da política, garantido a qualidade e expansão
dos serviços, ou seja:
T
er serviços próprios,
Implantar política de parcerias,
Coordenar a rede de forma articulada,
Financiar as ações,
Construir metodologia,
Controlar os resultados.
Eixos do SUAS
 precedência da gestão pública;
 alcance de direitos socioassistenciais pelos usuários;
 matricialidade sociofamiliar;
 territorialização do sistema de proteção social;
 descentralização político-administrativa da gestão;
 financiamento partilhado entre os entes federados;
 fortalecimento da relação democrática Estado e Sociedade
Civil;
 valorização da presença e dos instrumentos de controle
social;
 participação popular e do cidadão usuário;
 qualificação dos Recursos Humanos;
 monitoramento e avaliação de resultados das ações
desenvolvidas;
 acesso democrático e transparente à informação.
PORTES DOS MUNICÍPIOS

 Pequenos 1: até 20.000 habitantes


 Pequenos 2: entre 20.001 a 50.000
 Médios: 50.001 a 100.000
 Grandes: 100.001 a 900.000
 Metrópoles: com população superior a
900.000 habitantes.
Critério: porte dos municípios (NOB)
Porte No. População % % rec.
FNAS

Pequeno I 3.994 32.952.033 18,15 20,0

Pequeno II 1.008 30.422.831 16,75 17,0

Médio 309 21.658.922 1 ,93 12,0

Grande 237 57.11 .351 31,45 31,0

Metrópole 16 39.435.887 21,72 20,0


181.581.024
total 5564 100 100
proteção
social

vigilância socio-
defesa social e
assistencial
institucional

FUNÇÕES DAASSISTÊNCIA SOCIAL


Usuários da PNAS

Famílias, indivíduos e grupos que se encontram em situações de


vulnerabilidade e riscos:

• perda ou fragilidade de vínculos de afetividade, pertencimento


e sociabilidade;
• ciclos de vida;
• identidades estigmatizadas em termos étnico, cultural e sexual;
• desvantagem pessoal resultante de deficiências;
• exclusão pela pobreza e/ou, no acesso às demais políticas
públicas;
Usuários da PNAS

Famílias, indivíduos e grupos que se encontram em situações de


vulnerabilidade e riscos:

• uso de substâncias psicoativas;


• diferentes formas de violência advinda do núcleo familiar, grupos
e indivíduos;
• inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho
formal e informal;
• estratégias e alternativas diferenciadas de sobrevivência que
podem representar risco pessoal e social.
O que é Proteção Social,

Básica e Especial?
Proteção Social

A proteção social de assistência social tem a direção do


desenvolvimento humano e social e dos direitos de cidadania.

 principal função da A.Social.


 é o conjunto de ações, cuidados, atenções e benefícios
ofertados através do SUAS para:

 Previnir, reduzir e proteger pessoas e famílias em situação


de vulnerabilidade, exclusão e risco social.
Proteção Social

Proteção Social Básica:

 eTm caráter preventivo e processador de inclusão social.


 Destina-se a segmentos da população que vive em condição
de vulnerabilidade social.

 Proteção Social Especial:

 É modalidade de atenção assistencial destinada a


indivíduos que se encontram em situação de alta
vulnerabilidade pessoal e social.
 São vulnerabilidades decorrentes do abandono, privação,
perda de vínculos, exploração,violência, etc.
Proteção Social Básica
Objetivo:
prevenir situações de risco por meio do desenvolvimento de potencialidades e
aquisições, e o fortalecimento de vínculos familiares e comunitários.

População alvo:
famílias e indivíduos que vivem em situação de vulnerabilidade social decorrente da
pobreza, privação (ausência de renda, precário ou nulo acesso aos serviços públicos,
dentre outros) e, ou, fragilização de vínculos afetivos - relacionais e de pertencimento
social (discriminações etárias, étnicas, de gênero ou por deficiências, dentre outras).

Ações:
Os serviços de proteção social básica serão executados de forma direta nos Centros
de Referência daAssistência Social - CRAS e em outras unidades básicas e públicas
de assistência social, bem como de forma indireta nas entidades e organizações de
assistência social da área de abrangência dos CRAS.
Proteção Social Especial
Objetivo:
Destina-se a proteger situações de risco às famílias e indivíduos cujos direitos
tenham sido violados e, ou, que já tenha ocorrido rompimento dos laços familiares e
comunitários.

de média complexidade:
Destina-se às famílias e indivíduos com seus direitos violados, mas cujos vínculos
familiar e comunitário não foram rompidos.

de alta complexidade:
Destina-se às famílias e indivíduos que se encontram sem referência e, ou, em
situação de ameaça, necessitando ser retirados de seu núcleo familiar e, ou,
comunitário.
Proteção Social Especial

A proteção social especial é modalidade de atendimento


assistencial destinada a famílias e indivíduos que se encontram
em situação de risco pessoal e social:

 ocorrência de abandono,
 maus tratos físicos e/ou, psíquicos,
 abuso sexual,
 uso de substâncias psicoativas,
 cumprimento de medidas sócio-educativas,
 situação de rua,
 situação de trabalho infantil,
 outras.
Proteção Social Especial

 Priorizar a reestruturação dos serviços de abrigamento.

 Os serviços de proteção especial têm estreita interface com


o sistema de garantia de direito exigindo, uma gestão mais
complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério
Público e outros órgãos e ações do Executivo
Proteção Social Especial

 Os serviços de proteção especial têm estreita interface com


o sistema de garantia de direito exigindo,uma gestão mais
complexa e compartilhada com o Poder Judiciário, Ministério
Público e outros órgãos e ações do Executivo
COMPLEXIDADE abrigos albergues

CENTRAIS DE ACOLHIMENTO
ALTA

Inst. Longa permanência Casas de Passagem

Cuidado no Orientação e apoio


COMPLEXIDADE

domicílio Sócio-familiar

CENTROS ESPECIALIZADOS DE
REFERÊNCIA DA FAMÍLIA
MÉDIA

Liberdade
assistida Plantão Social

Território 1
Ações de Unidades de Geração
C.R.A.S de $
BÁSICO

socialização
Atende a Família;Articula a rede;
Desenvolve ações
comunitárias Ações de Transf. renda

C.R.A.S Território 2 Território 3 C.R.A.S


ANOB/SUAS reafirma: a autonomia dos entes federados.

ANOB/SUAS define:

 financiamento com base em pisos de atenção, segundo porte


dos municípios, a proporção de população vulnerável e o
cruzamento de indicadores socioterritoriais e de cobertura;
 superação da relação convenial para transferência de
recursos federais;
níveis de gestão do SUAS segundo complexidade da rede.
O SUAS terá 4 tipos de gestão

GESTÃO DOS
GESTÃO DA ESTADOS
UNIÃO

GESTÃO DOS
GESTÃO DO DF
MUNICÍPIOS
NÍVEIS DE GESTÃO DOS MUNICÍPIOS

GESTÃO DOS MUNICÍPIOS

INICIAL BÁSICA PLENA


Metrópoles

 Rede complexa = todos os serviços


 Protagonista na referência regional aos municípios de seu
entorno. Deve:
a) Participar na provisão de todos os níveis;
b) Contar com o co-financiamento de serviços de referência
regional e consórcios, para alta complexidade, levando em
conta as demandas de regiões metropolitanas.
PISOS DE PROTEÇÃO

 Piso Básico Fixo


 Piso Básico Fixo de Transição
 Piso Básico Variável (novo)
 Piso de Transição de Média Complexidade
 Piso Fixo de Média Complexidade
 Piso de Proteção Especial deAlta Complexidade I
 Piso de Proteção Especial deAlta Complexidade II
Secretaria Nacional
Secretaria Nacional de
de Assistência
AssistênciaSocial
Social
ORGANOGRAMASNAS

Assessorias
Assessorias

Dep. De Gestão do Dep. de


De Benefícios
Benefícios Dep. de
De Proteção
Proteção Dep. de
De Proteção
Proteção
Sistema Único da Assistenciais Social Básica Social Especial
Assistência Social

CG de Regulação CG de Regulação CG
CGde
de CG
CGdede
Público Privado e Ações Inter Regulação
Regulaçãodas
das Regulação
Regulaçãodas
das
Setoriais Ações
Açõesde
de Ações
Ações de
de
Proteção
ProteçãoSocial
Social Proteção
ProteçãoSocial
Social
CG
CGdedeRegulação
Regulaçãoda
da Básica
Básica Especial
Especial
CG da Gestão
Gestão Gestão dos Benefícios
Intergovernamental
Intergovernamental
CG
CGde
de CG
CGde
de
Acompanhamento
Acompanhamento Acompanhamento
Acompanhamento
CG de Apoio às das
dasAções
Ações das
dasAções
Ações
Instâncias do
SUAS
Desafios

 Construção de uma cultura do direito de cidadania.


 Construção da unidade da política social, por meio de
um esforço permanente de articulação, visando o
acesso da população ao conjunto das políticas
públicas.
 Construção de uma relação qualificada entre estados
e municípios, fortalecendo o sistema descentralizado
e participativo.
Desafios

 Co-financiamento com orçamento público nas 3 esferas de


governo;
 Alcance gradativo de um novo patamar de ofertas de
serviços;
 PLANO SUAS 10 para o alcance da unidade nacional;
 Estabelecer padrões de qualidade e de custeio dos serviços;
 Elaborar pactos de resultados entre os gestores;
 NOB de RH;
Desafios

Consolidação dos Conselhos e dos mecanismos de


participação e controle social,
Organização e representação dos usuários,
Regulamentação do artigo 3º da LOAS;
Elaboração de diagnósticos de vulnerabilidade de todos
os municípios brasileiros;
Monitoramento e avaliação da política.
Agrande questão é uma mudança de cultura na área da assistência
social,
que definitivamente assuma a perspectiva de direitos, a
articulação da política social com a política econômica e a
viabilização de recursos orçamentários para a implementação das
mudanças necessárias.

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